Fala galera, beleza? 

Começamos o mês de novembro com um prato cheio pros Commandeiros. 

A nova Ixalan vem aí e depois de tantos spoilers lindos, e sim, eu estou gostando muito da coleção, fomos surpreendidos com as 4 listas dos decks de Commander que virão pra comer um pouquinho mais do nosso dinheiro!

 

Antes de começar eu queria deixar registrado por aqui como uma curiosidade inútil que o motivo de todo o meu hype acerca de Ixalan é por que eu simplesmente amo a temática fortemente influenciada pela cultura mesoamericana, e esse plano consegue de uma maneira muito inteligente e bonita trazer todos esses aspectos. 

O único ponto negativo é que meu lado colecionador fica com vontade de ter todas as cartas, mas isso fica fora de cogitação por conta da popularidade que elas já adquiriram antes do lançamento. Então vou aproveitar e convidar vocês para que comentem quais os planos que vocês mais gostam e por quê!

Enfim, sem mais delongas, bora para o que interessa. 

Aqui vou dar um pouco da minha opinião sobre os comandantes e as listas que foram divulgadas, então peço perdão se elas parecerem enviesadas, já que sou jogador de Commander 500 e cEDH e ando me aventurando nos formatos de pré construído a pouco tempo. 

 

- AHOY MATEYS

 

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Esse primeiro deck é um Grixis que trás na zona de commando a já conhecida Almirante Beckett Bronze, mas dessa vez com uma nova roupagem. 

Ao contrário da sua versão anterior que jogava se baseando em roubar as criaturas do seu oponente, essa nova Brass traz uma habilidade que envolve cemitério e reanimate, algo que me surpreendeu bastante, ainda mais se combinado ao fato de que após retornar a criatura do cemitério ela recebe Haste, tornando a rejogabilidade e recursão um ponto muito positivo onde ela estiver como comandante.

 

  

 

Seu custo também é relativamente baixo para o efeito que ela traz, e o corpo 3/3 é até ok, visto que mais do que isso poderia facilmente ser um ponto fora da curva nos decks casuais mais otimizados.  

Além disso, também temos que dar os créditos à excelente combinação de cores que ela recebeu, visto que quem pretende melhorar o deck terá uma enorme pool de cartas para recorrer.

 

Seu sub comandante, Don Andres, o Renegado, é um vampiro que carrega aquela idéia dos conquistadores que já havíamos visto na antiga Ixalan, onde ele deveria ter sido lançado pela primeira vez. 

Quando vemos essas criaturas sem olhar a lista já vem aquela pulga atrás da orelha sobre como o Andres poderia ser útil se o deck não for baseado em roubo de criaturas, ainda mais com um efeito que é muito pouco amigável com jogadores novatos por sua difícil interpretação. 

Com a antiga comandante Almirante Beckett Brass eu aconselharia de olhos fechados a adição dessa criatura, mas ainda tenho um pouco de pé atrás sobre ele dentro desse deck pré construído. 

Vocês me verão repetir isso algumas vezes, mas a Wizards vem melhorando cada vez mais suas listas de Commander, e quando falo sobre isso eu não estou me referindo ao retorno que você vai ter monetariamente, mas sim na estrutura do deck que oferece uma base muito boa pra quem quer jogar Commander casualmente. 

Esse deck é obviamente um deck tribal, o que por muito tempo foi pra Wizards uma grande pedra no sapato. 

Vimos algumas listas baseadas em algum tipo de criatura com baixo número de criaturas daquele tipo, ou com vários tapa buracos, que apesar de serem do tipo especificado não exerciam uma verdadeira função na estratégia. 
 

No caso desse nosso grixis, além de vermos grandes personagens como Malcolm, Navegador da Hipervisao e seu companheiro Bermuda, Saqueador Bronzeo, Port Razer, Capita Lannery Tormenta e a própria Almirante Beckett Bronze, também temos uma quantidade surpreendente de 34 criaturas sendo a maioria delas muito bem escolhidas para compor uma estratégia sólida. 
 

De modo geral, acredito que esse deck merece uma chance e que tem bastante potencial pra alguém que queira fazer alguns upgrades. 

Eu ainda manteria a comandante original por conta de sua versatilidade e dou ao deck uma nota 7 de 10 para um nível de Pré Construído. 

 

- Blood Rites

 

 

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Nosso segundo deck traz a temática de vampiros nas cores Orzhov, dentro do habitual.

Como já falei num breve comentário sobre o deck anterior, me encanta muito como foram representados os vampiros conquistadores dentro do plano de Ixalan, e mesmo pra mim que nunca fui um fã desse tipo de criaturas, eles soam muito interessantes. 

 

  
 

Seu comandante principal é o Clavileno, First of the Blessed, um nome que sugere muito sobre a Lore dos vampiros do plano, e ele vem com uma habilidade um tanto quanto curiosa envolvendo demônios. 

Claramente temos aqui um plano de jogo que se baseia em beatdown, pensado para criar a longo prazo uma pseudo proteção contra remoções globais, já que seus vampiros irão retornar mais fortes se foram mortos, e isso é algo que realmente dá um respiro para essa estratégia. 

Seu custo 3 é bem justo visto que é legal que ele esteja em jogo antes do swarm ser feito, o que com toda certeza foi bem pensado e dá a ele alguns pontinhos positivos. 
 

Sua Subcomandante por sua vez me conquistou um pouco mais por trazer uma idéia de reanimate que conversa muito bem com as cores Orzhov. 

Sua primeira parte do texto serve como uma forma de potencializar seu segundo efeito, já que ela é limitada pelo seu poder inicial, o que não é um problema pois teremos muitas maneiras de sacrificar criaturas, o puro suco dos aristocratas. 

Apesar de seu custo ser de 5 manas, um pouco mais do que o Clavileno, First of the Blessed, e também possuir um corpo pequeno (2/2), acredito que ela não deixa de ser uma comandante potencialmente tão boa quanto o original. 

Sobre a lista de modo geral, reforço o quanto me agrada a preocupação por ter um deck sólido quando falamos de decks baseados em um tipo de criatura e com cartas que realmente fazem sentido, sem entregar uma lista que parece ter sido feita apenas com o intuito de reunir qualquer porcaria pra vender. 

Assim como no primeiro deck temos muitos reprints conhecidos de criaturas excelentes como Viscera Seer, Bloodghast, Blood Artist e Elenda, the Dusk Rose, e também algumas novas cartas que com certeza vão ser escolhas para decks de vampiro a partir de agora. 

 

Vou fazer aqui uma menção honrosa para o Bartolome del Presidio que na minha opinição tem um ótimo design. 
 

Para esse deck eu com certeza optaria pela Carmen, Cruel Skymarcher como a Comandante e usaria o Clavileno, First of the Blessed nas 99 cartas, e minha nota pra ele também seria 7 de 10, considerando que ele poderia ter sido feito nas cores Mardu, mas ainda é um excelente presente para quem gosta de vampiros. 

 

-EXPLORER OF THE DEEP

 

 

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E por enquanto não dá pra dizer que algum desses decks ficaria pra trás, por que agora nossos amigos Tritões são o assunto da vez e trazem um Comandante que é realmente bom. 

Pelo menos quando falamos sobre power level um pouco mais alto no Commander fica um pouco unânime a opinião de que o melhor comandante para os tritões sempre foi o Kumena, Tirano de Orazca, e talvez ele ainda continue sendo por muito tempo por conta da sua versatilidade e sensação de que você pode mudar de estratégia no decorrer do jogo consertando os problemas que aparecem durante a partida, mas isso não anula o fato de que o Hakbal of the Surging Soul chega pertinho dele. 

 

 

Apesar de ter essa limitação que faz com que seus efeitos sejam desencadeados em momentos específicos do turno, ele traz uma progressão invejável, explorando exponencialmente no início de cada turno (uma vez para cada tritão) o que pode tanto aumentar seu potencial de beatdown, como também pode te dar um card advantage tirando do topo suas lands.

E quando vamos pra segunda parte do efeito e vimos que ele funciona como complemento do primeiro te permitindo baixar o terreno que foi comprado pelo explorar, ele fica ainda melhor, pois caso você não tenha terrenos na mão você poderá comprar uma carta. 

Para o nível de pré construído e casual, esse comandante merece reconhecimento. 
 

Como Subcomandante temos Xolatoyac, the Smiling Flood, que apesar de ser legal e trazer uma temática de untap que funciona muito bem com os tritões que ganham marcadores +1+1, ela não vem com força suficiente para assumir a posição do Hakbal.

Isso não quer dizer que um deck focado nisso não seja legal, afinal se formos fazer modificações pensando nela como Comandante iríamos com certeza aproveitar o untap das lands que acontece somente durante a end phase para criar uma shell baseada em respostas em instant speed, criaturas com flash, counters e outras cartas que podem te dar valor no turno de seus oponentes, mas infelizmente como vocês verão agora na lista ela ficará apenas como coadjuvante. 

Apenas para não perder o fio da meada vou começar reforçando que como vocês podem ver o deck não traz uma grande quantidade de mágicas instantâneas (9) ou criaturas com Flash e efeitos de impacto que podem ser usados no turno do oponente como forma de interação (5 contando as criaturas que possuem Adaptar), por isso apesar de muito legal, nesse deck nossa Xolatoyac, a Enchente Sorridente fica no banco de reservas, por mais que eu tenha gostado dela.
 

De modo geral o deck apresenta como todos os outros uma lista bem sólida e cheia de criaturas úteis, dando destaque dessa vez para a quantidade de criaturas lendárias que você terá à disposição caso queira variar sua jogatina. 
 

Ao contrário da surpresa que tive com o comandante, dos 3 primeiros esse foi o deck que mais achei que a lista ficou genérica, sem aproveitar alguns pontos fortes dos tritões de colocar uma quantidade maior de criaturas de topo de curva, o que é compreensível visto que o Comandante consegue acelerar muito bem a progressão de mana. 

Enfim, eu daria a esse uma nota de 6 pontos de 10, sendo quase que inteiramente garantida pelo Comandante. Mas com certeza acredito que esse seja um dos mais legais para fazer alterações e que mais teria potencial com alguns upgrades, já que tanto as cores são excelentes como o tipo de criatura é abundante em habilidades e interações legais. 

-VELOCI-RAMP-TOR
 

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Por fim o quarto dos nossos decks, o Naya de Dinossauros que não poderia faltar!

Já vou me adiantar e pular uma parte enorme que escrevi e apaguei quando pensava nesse artigo e dizer que ao contrário do deck de Tritões aqui o subcomandante pra mim é infinitamente melhor do que o comandante principal, mas vamos lá. 

 

Pantlaza, Sun-Favored é uma criatura muito enigmática pra mim, pois fiquei um certo tempo analisando essa criatura e tentando achar motivos para utilizá-la ao invés da Wayta e não achei, mesmo que seja extremamente irônico o dinossauro ser pior comandante do que um humano para um deck de dinossauros.

 

  

Por 5 manas e um corpo 4/4 temos uma habilidade que a princípio parece muito legal, uma pseudo cascata que desencadeia tanto com o ETB do Comandante, o que não faz com que o turno que ele entra em jogo seja perdido, mas também com o ETB de outro dinossauro. 

Tudo bem que a resistência da criatura é o que vai definir o número de cartas que serão “cavadas” por esse efeito, e tudo bem que você não vai poder pegar nada muito grande do topo do deck por ter que respeitar um custo de mana específico, mas ser uma vez por turno somado a todas essas outras limitações não dá nem um pouco de vontade de deixá-lo lá na Command Zone. 

Se você considerar a existência do Gishath, Sun's Avatar, não preciso nem falar nada.

 
Mas sério. Se você gostou, viu potencial no Pantlaza, comenta aí pra me convencer a testar depois!

 

Por outro lado, depois desse meu desabafo com o comandante, vamos falar da Wayta, Trainer Prodigy, a humana que vai ser uma ótima opção para decks baseados em Enrage, o que na minha opinião é muito legal pois vai dar vida a essa estratégia que foi introduzida na antiga ixalan, mas que nunca teve força suficiente no commander. 

Além de vir com um custo justíssimo de 3 manas num corpo ⅕ (sobrevive até a Languish), ela também tem Haste, permitindo que sua habilidade seja usada sem muita demora na partida. 

Essa habilidade faz com que uma criatura que você controle lute com outra criatura, e se ambas estiverem sobre o seu controle você ainda paga 2 a menos, servindo tanto como um removal que pode controlar com excelência o early game matando Dorks e criaturas de drop baixo, quanto como uma forma de ativar voluntariamente o enrage das criaturas que você controla!

Agora vamos para a lista. 

E é aqui que eu fiquei com cara de bobo quando vi que depois de ter amado a idéia de um deck baseado em Enrage e ter esperado pelo menos ver essa habilidade como sub tema do deck me deparei com 3 criaturas que possuem a keyword. 

 

Apesar de termos na lista alguns dorks, alguns redutores de custo, temos apenas 5 ramps num deck de 40 criaturas onde mais da metade delas custam mais do que 4 manas.

Mas vamos lá, se pegarmos o topo de curva dessas criaturas que estou falando vamos ver muita coisa forte que pode decidir o jogo, como o Zacama, Calamidade Primordial, Altissauro do Apice que é uma global para dinossauros, Zetalpa, Aurora Primordial que nunca morre, mas que são extremamente difíceis de aparecerem no board. 

No Gishat tínhamos uma maneira de burlar esses custos os ignorando com a sua habilidade, ao contrário do Pantlaza que tende a trazer criaturas sempre menores do que as que foram colocadas em jogo, te obrigando a chegar no topo de curva com Hard Cast. 

Veja bem, não estou dizendo que eles são comandantes ruins, afinal todos os decks daqui podem ser modificados e melhorados para que eles façam mais sentido, mas se estivermos falando de pré construídos, e principalmente comparando os 4 que serão lançados juntos, esse Naya que era o que eu mais estava esperando foi o que menos me apeteceu.

No geral, vou dar nota 4 de 10 para o Veloci-ramp-tor e esperar para comprar a Wayta, Trainer Prodigy separadamente, e quando isso acontecer trago aqui minhas experiências com ela num deck de enrage. 

Enfim, espero que vocês tenham gostado e espero também que eu consiga ver esses decks na mesa em breve. 

Comenta aí as suas opiniões mas lembrem-se de manter sempre o respeito acima de tudo, mesmo que você discorde de outra pessoa. 

Além disso, o lembrete geral é que diversão é subjetivo!

 

Um grande abraço e até a próxima!