Olá!
O último anúncio de banimentos e desbanimentos do Modern mexeu bastante com a comunidade e com o formato em si.
O Um Anel, Jegantha, a Fonte e Raptor Amplificado se mostraram acertos: Boros Energy continuou uma estratégia viável, mas sem se destacar absurdamente das demais como era anteriormente. Inclusive, algumas alternativas como Piromante Experiente e Capitao-patrulheiro de Eos passaram a aparecer, dada a ausência de Jegantha e a necessidade de repor os recursos que O Um Anel fornecia. Versões com splashes, como a Jeskai para Mockingbird e Iteracao Expressiva e a preta para Mestres Arqueiros Orcs, Capturar Pensamento e Empurrao Fatal adicionaram variedade para a estratégia, o que é bem-vindo na proposta da Wizards de gerenciar o formato e na percepção de “diversão” dos jogadores.
Três dos quatro desbanimentos também se provaram grandes acertos: Zenite do Sol Verde é forte, mas não habilitou nada absurdamente quebrado – até mesmo sua presença não é unanimidade nas listas de Amulet Titan, o deck que mais incorporou o poderoso feitiço, com as listas variando entre 0 a 2 cópias de maneira geral.
Gemea Estilhacadora causou um “momento revival”, quando modas antigas retornam para o “mainstream” por um tempo porque é legal, mas rapidamente se provou lento demais para o Modern de 2025. Até foram lançados desafios, como o pagamento de tickets no Magic Online para o primeiro jogador que conseguisse ganhar um Modern Challenge com quatro Gêmea Estilhaçadora e quatro da “criatura do combo” nas 60 iniciais (Exarca Enganador, Chatonilda, Krasis Renegado, Sineiro da Aldeia) – e mesmo com Fear of Missing Outt servindo como peça adicional, o deck não saiu do território do “meme”.
Pilhagem Infiel permitiu que Hollow One voltasse a ser um sólido Tier 2, com o deck performando resultados aqui e ali de vez em quando, mas outras estratégias como Phoenix, Dredge e Griselshoal se mostraram lentas ou frágeis demais. Griselshoal, inclusive, sofre sem a mana rápida e grátis de Espirito-Guia Simio. O que nos leva a última das cartas nessa lista de desbanimentos: Mox de Opala.
Eu juro que consigo entender as boas intenções e a nostalgia por trás de trazer Mox de Opala de volta. Affinity, e de certa forma, Scales, foram decks muito presentes na tal “era de ouro” do Modern. O Affinity em particular existe desde o lançamento da primeira Mirrodin, em 2003, como um deck “do metagame” – e se foi extremamente opressivo e banido no Standard, em formatos de nível de poder maior, como o Extended, sempre esteve operando como uma estratégia justa que sofria para “hate” (cartas de ódio) poderosíssimas, como Fusao, Fluxo de Energia, Ato Pernicioso e Retorno de Hurkyl.
Só que o mundo de 2025 não é mais o mesmo da época que a coisa mais poderosa que a Mox de Opala podia fazer era equipar um Chapeamento Craniano no turno 2 – olha, nem mesmo equipar Martelo do Colosso no turno 2 é sequer perto das coisas poderosas que a Mox habilita em 2025. Estamos falando de você, Ruptura do Submundo.
Um baralho que já existia pré-desbanimento de Mox de Opala, mas era no máximo, forçando muito, um Tier 2 que existia. Afinal, era muito mais difícil combar apenas com Mox de Ambar, já que precisava usar mais lendas, o que tornava a estrutura do baralho em si mais frágil (Ragavan, Afanador Agil era bastante utilizado).
Várias peças que chegaram ao decorrer do tempo, principalmente com Modern Horizons 3, como Tamiyo, Estudante Inquisitiva e Estrondo Malevolo formaram um pacote sólido para encontrar as peças do combo, e junto de Saga de Urza, há um bom plano alternativo com Constructos e um deck com peças que conversam muito bem entre si. E Mox de Opala foi a cereja do bolo, que deu velocidade para tudo isso, facilitando o combo ao contar com sete Moxes, não necessitando mais de possuir uma lenda no campo de batalha (e sim apenas três artefatos), potencializando mãos que ganham nos primeiros turnos do jogo caso o oponente não responda, e com todo esse plano alternativo caso ele seja capaz de responder.
Pegando apenas o mês de março, tivemos sete Modern Challenges no Magic Online, até o momento da escrita deste artigo:
• 01 de Março (Temur Breach Campeão)
• 01 de Março II (1 Temur Breach no Top 8)
• 02 de Março (4 Temur Breach no Top 8)
• 02 de Março (Nenhum no Top 8)
• 03 de Março (1 Temur Breach no Top 8)
• 03 de Março II (3 Temur Breach no Top 8)
• 04 de Março (3 Temur Breach no Top 8)
Os números saltam ainda mais aos olhos quando pegamos torneios maiores, onde os jogadores sempre vão privilegiar a melhor escolha, ao invés de decks com preferências pessoais ou onde precisem “clicar muito” (caso do MTGO):
• Regional Championship da China (Temur Breach Campeão e mais 4 no Top 8)
• Magic Online Showcase Challenge (3 Temur Breach no Top 8)
E esses resultados não são por falta de sideboard alheio: desde “hates” de encantamento e cemitério, como Descanse em Paz, Extracao Cirurgica, Reliquia de Progenitus, Fusao, Silencio Petreo e Trasgo Colecionador, até os de mágicas, como Canto de Orim e Silencio Ensurdecedor, o que não faltam são boas opções para segurar um baralho que continua sobrepondo e sobrepondo esse “hate” rumo ao Tier 0 absoluto do Modern, e que muito provavelmente trará mudanças no dia 31 de Março, data do próximo anúncio de banimentos.
Mox de Opala seria o nome correto, cortando de vez a geração de mana rápida e gratuita do formato (embora ainda exista Mox de Âmbar, apenas aguardando uma massa crítica de lendas jogáveis, e a futura Mox Jasper com dragões), mas é bem possível que tenhamos o banimento ocorrendo em Ruptura do Submundo, que já é banida no Pioneer e no Legacy, afinal, é uma Determinacao de Yawgmoth melhorada em estratégias que conseguem auto-alimentar o cemitério.
Mas e quanto a vocês, leitores, o que acham de Mox de Opala e Ruptura do Submundo no Modern atualmente? Apostam no banimento? Acreditam que ele deve ocorrer, independentemente de qual seja a decisão da Wizards? Dia 31 de março teremos novidades? Compartilhem suas opiniões nos comentários!
Abraços e até a próxima!
sandoiche_13)
Quote: Thiago_MastersVc tem 2 caminhos aí: A pool é pequena (então tem poucas opções pra buildar - que não é o caso do modern)
OU
Você tem uma meia dúzia de cartas que são TÃO TÃO fortes que nem hate focado segura.
Veja o T2: Vc tem uma pool bem grande hj em dia... e mesmo tendo "decks meta", não existe um grande opressor... e volta e meia alguma groselha estranha surge e faz resultado. Pq não tem nenhum cancer de "Standard Horizons" que é insano de forte. Então a pool fica balanceada e abre margem pra buildar coisas diferentes.
Já no modern, é complicado... tem algumas coisas que são muito muito acima da linha média. Igual era o One Ring
Mas acredito que isso não seja culpa dos jogadores, afinal, os jogadores vão optar por escolher o deck mais forte para ganhar torneios competitivos, isso faz parte, o problema real é dos responsáveis por banir e desbanir algumas cartas e o time de teste.
Acho que falta um pouco de flexibilidade da parte dos jogadores que só olham o deck com a maior win rate e todo mundo sai copiando a mesma lista.
Mas o motor é a Estação de Trituração, acaba a consistencia de fazer mana com as mox, e deixa o Ruptura do Submundo mais lento.
