Na última semana tivemos o Pro Tour Aetherdrift, no formato Standard. O Torneio foi vencido pelo americano Matt Nass, jogando de Domain, que foi o grande deck do evento, sendo um dos três mais jogados, junto com Esper Pixie e Gruul Camundongos, e ainda com uma taxa de vitórias de 55%, que é um número bem alto para um deck com tantos representantes.

 

Normalmente focamos em taxas de vitórias e Top 8, quando falamos dos decks do Pro Tour, o que faz sentido pelo foco ser no resultado e qual “a boa” para os próximos eventos. Mas existem também outras listas, tem muita gente tentando coisas diferentes para achar novas linhas no formato. Esse Pro Tour em específico não foi exatamente o com mais novidades por conta de que tínhamos pouco tempo desde o lançamento e Aetherdrift até o prazo de entrega de decklists, então muita gente preferiu ir nas escolhas seguras e focar em destrinchar o limitado, até então desconhecido. No entanto, sempre tem quem tenta coisas muito fora da caixa, e hoje vamos com algumas dessas listas que estavam no Pro Tour, e tentavam coisas diferentes. 

Começamos pelo Simic Merfolks, de Bram Meulders. Eu falei de uma lista parecida com essa no Pioneer ano passado e a lógica é parecida, temos um deck que curva ameaças bem, especialmente tendo um lord, como Cata-magia Vodaliana, mas que também tem linhas interessantes com Caldeirao de Almas de Agatha, que vê várias habilidades ativadas nesse deck e encontra um terreno fértil para gerar pequenas sinergias. Especialmente quando falamos da interação de Pesquisadora Forense e Peregrinacao a Raiz Profunda, que quando temos duas Pesquisadoras, ou alguém com sua habilidade, nos permite um combo de criaturas infinitas. 

 

 

Por conta do deck ficar pressionando o jogo todo, não é raro que nosso oponente fique full tapped, tornando relativamente fácil de combar, até porque o deck joga criaturas para o cemitério com certa facilidade, dando sempre material para o Caldeirao de Almas de Agatha. 

 

O resultado no Pro Tour foi longe de ser algo marcante (2-8), mas é um combo bem divertido e como disse, tem seu potencial também no Pioneer.

Outra opção para quem gosta de decks baseados em criaturas, mas uma mais agressiva, é o Goblins, de Szu-Yuan Chen, que fez um modesto, mas promissor, 4-5 no Pro Tour.

 

    

A lista é uma opção de aggro swarm, ou seja, que lota a mesa, e ganhou bastante com Foundations, graças a Searslicer Goblin e Volley Veteran, mas foi em Aetherdrift que o deck realmente foi para outro nível, com Volley Veteran, Greasewrench Goblin, Draconautics Engineer, Lifecraft Engine e especialmente Howlsquad Heavy, que é um primo distante do Goblin Lider da Plebe, mas que pode adicionar muita mana. O plano de jogo não tem mistério, você faz uma mesa grande e pressiona seu oponente com sua horda de goblins, que não respondida vence muito rápido, até porque o baralho tem Mestre de Horda de Rundvelt, que gosta bastante de jogos que o oponente interajam, engolindo os recursos do oponente. 

 

    

 

O Splash é basicamente para melhores opções de side, já que o Vermelho não tem tantos hates assim e por vezes eles são necessários, como Destruir o Mal, Perder-se, Descanse em Paz e principalmente Boas-vindas de Tocasia, que pode engolir sozinha um deck midrange que tente ficar fazendo trocas 1 pra 1.

 

Curiosamente, essa lista tem sido modificada no Magic Online e apresentado bons resultados, inclusive Top 8 de eventos importantes. Então realmente Szu-Yuan Chen pode ter encontrado algo para o Standard.

Outra opção, e dessa vez que fez 7-3 no evento e até apareceu na câmera, foi o Izzet Artefatos do francês Rémi Roudier.

O Standard já teve algumas listas baseadas em artefatos, seja Izzet, seja Azorius, mas nenhuma realmente vingou. No geral, Sintetizador de Simulacros é a grande estrela dessas listas e rapidamente faz uma mesa tão grande que seu oponente não tem como lidar ao menos que faça uma cólera, sendo que você não gastou nada relevante para gerar tal vantagem, sendo possível refazer tudo. O ponto é que esses decks eram bons com  Sintetizador de Simulacros e ruim sem, e DFT resolveu dar mais consistência a essas estratégias.

 

 

Repurposing Bay é uma mistura de Casulo de Nascimento com Fabricar, e no caso precisa buscar apenas uma carta: Sintetizador de Simulacros. Claro, você tem mais opções no deck e pode escalar bastante, mas geralmente é sobre ter Sintetizador de Simulacros na mesa e dominar tudo rapidamente. 

 

  

 

O deck ainda tem jogadas interessantes com A Joia do Enigma e Radiant Lotus, mas sinceramente a grande estrela ainda é fazer fichas a cada drop 3+ que cair na mesa. 

Muita gente, eu inclusive, estava (e ainda está), animada com Monument to Endurance e suas possibilidades. A carta gera uma quantidade razoável de vantagens quando você descarta e tendo duas na mesa, sai completamente do controle. O grande desafio é como usar bem essa carta e é essa linha que a lista do Cory Lack, com seus modestos 5-5 no evento, tenta desenvolver.

 

    

 

O deck diversos efeitos de descarte, como Fear of Missing Out e Inti, Senescal do Sol, mas o principal aqui é Guardia de Nova Benalia, que te permite descartar várias cartas no mesmo turno, gerando múltiplos triggers do Monument to Endurance. Detalhe, vários artefatos na mesa, fazem dessa criatura quase uma condição de vitória, podendo drenar muita vida todo turno. ,

 

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Outro ponto dessa lista e que decks do Monument to Endurance precisam resolver é o que fazer com o que é descartado, e reanimar é a linha aqui, seja com Mao Amiga e Reentrar em Servico, seja com o Dragao Mecanico Phyrexiano voltando sozinho do cemitério. É uma sinergia interessante onde você cria vantagens ao descartar e depois aproveita esse recurso novamente, sempre forçando 2 para 1 em cima do oponente. 

 

O último deck que vou falar é o Temur Exhaust, do Jelmer Koopmans.

Essa lista, que fez 5-4, quis aproveitar o hype de duas cartas de Aetherdrift, Draconautics Engineer e Afterburner Expert, que geram uma situação de Trepadeira Vingativa, já que ao ativar a primeira habilidade do Draconautics Engineer, você volta os Experts do cemitério com ímpeto. O grande desafio tem sido como achar uma combinação boa de cartas que use essa dupla de forma efetiva. Nessa lista,. temos os dois e ainda Xama da Fauna, que é um tutor incrível para qualquer peça dessa sinergia, além de ser uma carta interessante com Caldeirao de Almas de Agatha, além do próprio Draconautics Engineer.

 

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Mas e o Azul? Porque uma terceira cor? Na verdade a terceira cor é pelo Loot, the Pathfinder, que é espetacular quando pensamos no Caldeirao de Almas de Agatha, inclusive porque ele deixa você pagar mana de qualquer cor para fazer as habilidades. E lembrando, Caldeirão exilando uma criatura que tenha Exhaust, a habilidade ainda terá a restrição de poder ser feita naquela criatura apenas uma vez por jogo, mas claro, com a vantagem de todas as suas criaturas com marcador poderem fazê-la. 

 

No final o deck faz um toolbox para o Caldeirão de Almas de Agatha e tenta ter vários turnos agressivos voltando Afterburner Expert para a mesa várias e várias vezes.

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Essas foram opções diferentes do Pro Tour, e sinceramente, após o evento tem mais lista divertida aparecendo, provando que DFT trouxe muito para o formato, inclusive no Pioneer também tem novidades, mas aí é assunto para outro artigo.

 

Até o próximo artigo, até mais!

Ruda