Olá! 

 

O Pro Tour Aetherdrift ocorreu nesse último final de semana, e com ele tivemos a chegada de vários novos baralhos aos primeiros pelotões do metagame Standard. Desde alguns arquétipos que já circularam aqui e ali, mas ainda não tinham aquela força necessária, até os decks que simplesmente debutaram no evento profissional, esses baralhos serão o tema do artigo de hoje aqui na LigaMagic. 

Claro que Gruul Mice, Domain Overlords e Esper Pixies talvez sejam opções mais sólidas e garantidas, mas é bom vermos que é possível sair desse pedra-papel-tesoura e ainda assim se dar bem no formato!

 

Talvez a maior surpresa entre os decks que fizeram Top 8 no Pro Tour Aetherdrift, foi necessária muita coragem para chegar lá com um Golgari baseado em cemitério em um mundo de Descanse em Paz – com certeza os Acaro do Curto-circuito e Scrapshooter trabalharam muito no final de semana.

 

  

Indo por uma linha diferente do Golgari Roots, o plano do Golgari GraveBeans é apostar mais no valor de Subir no Pe-de-feijao enquanto ganha redução em ameaças parrudas, como Saqueador Vazio e Huskburster Swarm. Porém, o talvez segredo desse Golgari é que ele é capaz de gerar valor e jogar normalmente com ameaças como Overlord of the Balemurk e Ceifador de Miseria nas curvas médias, e até mesmo descer seus bichões pagando um preço mais alto em partidas mais longas – tudo isso enquanto vai comprando cartinhas com o encantamento verde, afogando os oponentes em valor.

Esper Pixies era um dos baralhos mais cotados para esse Pro Tour, e as versões Dimir Self-Bounce traziam uma base de mana mais sólida, com terrenos de utilidade, mas abrindo mão de algumas das melhores cartas brancas, como Silfide Acalentadora, Confinamento Temporario e Perder-se. A solução encontrada pela equipe do Ben Stark foi abrir mão do azul, ao invés do branco, fazendo uma versão de Orzhov Pixie que joga quase como um The Rack focado em descarte dos formatos mais antigos. Liliana do Veu e Adesao de Ossinhos arredondam os descartes e faz jogar no modo “top deck”, com seis terrenos criaturas que ajudam a finalizar a partida, além do retorno de Unholy Annex // Ritual Chamber como fonte de vantagem de cartas e também condição de vitória.

Um baralho que já existia no Standard anteriormente mais no território do “meme” que dos decks metagame, a chegada principalmente de Wastewood Verge melhorando a base de mana ao permitir 16 fontes de verde com todas as 23 gerando preto finalmente habilitou Obliterador Phyrexiano de forma consistente no turno 4 – o terror dos aggros com vermelho, que não podem simplesmente tirar da frente com remoção e atacar, e até mesmo tentar passar atropelando com Raiva Monstruosa é uma tarefa hercúlea. Outras criaturas grandes como Sentinela da Cidade Sem Nome, Pregador do Cisma e Baloth Obstinado tornam complicada a vida de quem tenta agredir com pequenas criaturas vermelhas.

 

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Contra os baralhos mais controles e com remoções pretas, é possível mudar para um plano mais convencional com Unholy Annex e Arquidemonio de Dross, além de descartes e interações como Coagir, O Cerebro de Pedra, Rasgar em Dois e Dorso-frisado Tranquilo.

Um deck que já vinha sendo sensação no Magic Online e que se provou com o Top 8 no Pro Tour, o Jeskai Oculus combina um plano de ameaças eficientes que nunca param de cavar no baralho, de modo que gera muito valor enquanto joga para a mesa – uma receita que costuma ser de sucesso nos vários formatos de Magic. Inti, Senescal do Sol brilha mais do que tudo por aqui, transformando a desvantagem do descarte em mais recursos, e o baralho também tem o plano de ressuscitar Abhorrent Oculus no turno três. Interações eficientes como Incendiar a Torre e Perfurar Magica arredondam tudo, dando uma janela bem complicada para o oponente lidar com as ameaças.

Gaiola do Colecionador sempre esteve aparecendo aqui e ali em um deck mais fora do metagame, mas foi com Brightglass Gearhulk em Aetherdrift que o deck ganhou força a ponto de conseguir resultados honestos no Pro Tour. A curva dos sonhos envolve ativar Gaiola do Colecionador para Overlord of the Mistmoors já no terceiro turno, mas o deck é plenamente capaz de ir para o atrito contra remoções graças aos seus múltiplos 2x1. As criaturas grandes também dificultam a vida dos aggros.

Brightglass Gearhulk definitivamente é uma carta de Magic poderosa, e habilitou outra linha de baralho: o Bant Gearhulk. Apostando em múltiplos drops 1, o baralho mistura a base de criaturas que geram valor nos artefatos dos Convokes/Artifacts, possui Coelhicornio Regio como um excelente finalizador, e a “toolbox” (caixa-de-ferramentas buscável) de custos 1 para situações diversas: Colar de Basilisco, Shardmage's Rescue, Acaro do Curto-circuito e Relicario da Rosa do Crepusculo, além de opções na reserva como Ghost Vacuum.

Monument to Endurance é uma das melhores cartas da nova coleção, embora tenha passado relativamente batido durante o Pro Tour. Duas cópias dele na mesa acabam com a partida em dois ciclos de turnos, e uma delas já significa uma quantidade absurda de valor sendo gerada. Além disso, o Jeskai Monument não precisa lotar o deck de cartas ruins com reciclar, e basicamente todas as ameaças são capazes de oferecer pressão individualmente enquanto contribuem para o plano principal, com destaque para Dragao Mecanico junto das reanimações, que garante que o gás nunca acabe.

 

Além disso, o deck tem a possibilidade de reanimar Abhorrent Oculus no turno três, jogada comprovadamente poderosa em vários formatos que pode dominar a partida por si só.

O Mardu Monument abre mão do azul do Oculus em prol de Amargo Triunfo, remoção que sinergiza com os descartes, e Zoraline, Cosmos Caller, que mantém as reanimações acontecendo todos os turnos. Dessa forma, o baralho fica ainda mais voltado para o plano principal de descartes/Monument to Endurance, com todas as cartas conversando melhor com esse objetivo. Controle de Peste na reserva também funciona muito bem no metagame de aggros vermelhos e Pixies.

Sintetizador de Simulacros sempre foi uma carta poderosíssima esperando por uma casa para brilhar, e talvez Aetherdrift tenha trazido as ferramentas que faltavam – ao menos, pensando em Standard. Repurposing Bay permite ao baralho funcionar com uma “toolbox” com vários artefatos diversos, além de uma sequência que termina com Radiant Lotus sacrificando sua mesa para uma ativação letal de Boommobile.

 

Mas, claro que o deck não depende apenas disso, e tanto as fichas geradas pelo Sintetizador como criaturas com tamanho relevante no Standard, Aranha Thran e Memory Guardian, funcionam bem no combate e pressão.

Eu falei um pouco da versão Gruul Exhaust em meu artigo da semana passada na LigaMagic, e embora essa não tenha aparecido no Pro Tour, uma lista com azul para Loot, the Pathfinder apareceu entre as listas do Dia 2. A essência é parecida: alimentar o cemitério com cartas como Dredger's Insight, Semente da Esperanca e Fear of Missing Out, habilitando turnos grandes com Draconautics Engineer (e agora Loot) ressuscitando vários Afterburner Expert.

 

    

Mas, o deck ganhou uma combinação nova e poderosa ao envolver Caldeirao de Almas de Agatha com Loot, the Pathfinder: todos os seus Elfos de Llanowar e Molt Tender inúteis se transformam em Raio, Ancestral Recall e Black Lotus. E com amplo acesso a essas mágicas todos os turnos, não é difícil ganhar uma partida de Standard.

 

E quanto a vocês, leitores, o que acharam dos baralhos que surgiram? Acreditam que eles têm chances de competir contra o restante do metagame e permanecerão firmes? Acreditam que é possível “tuná-los”? Compartilhem suas opiniões nos comentários!

Abraços e até a próxima!