Se aproxima mais um Pro Tour e confesso que estou bem animado com esse evento. O torneio será Standard e Draft de Aetherdrift, o que já me faria ficar de olho de qualquer maneira. Mas tem o tempero a mais que DFT acabou de ser lançada, e tenho uma real expectativa sobre o que os grandes times querem inventar para o formato. No texto de hoje vou falar sobre como vejo o formato, quais suas bases nesse momento, e possibilidades que aparecem para quem quer tentar algo novo.
Quando falamos de Standard, quatro decks me vêm à mente no quesito “base” do formato: Esper Pixie, UB Self Bounce, Domain e Prowess. Detalhe que Esper e UB são bem parecidos.
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Sideboard (15)
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Os decks são abordagem muito parecidas do que os jogadores de Pauper viram por muito tempo no Boros Bully, um midrange de sinergia que vai somando pequenas vantagens até construir uma bola de neve que engole o jogo. Várias permanentes com ETB (enters the battlefield) começam essa bola de neve, mas é quando This Town Ain't Big Enough começa a voltar coisas para a mão, que o jogo fica estranho, e quando começamos a voltar ela do cemitério com Stormchaser's Talent, e fazer um loop, onde sempre voltamos alguma coisa e o talento, para depois subir o talento e voltar This Town Ain't Big Enough para a mão, nesse ponto, o jogo acaba.
Esse deck colocou Nowhere to Run no centro do formato, tornando bem difícil a vida de qualquer criatura com três de resistência, além de fazer Resistência à Magia bem pior. Ele também trouxe Baloth Obstinado para vários sideboards, para punir Pesadelo Sem Esperanca, que feito várias vezes, simplesmente vence jogos por si só.
A discussão entre jogar e Esper ou de UB costuma passar pela base de mana, porque normalmente a base do Esper pune mais, por usar muitas pain lands, tornando algumas matchs bem mais complicadas por você estar tomando muito dano, como contra alguns aggros. O UB teria a vantagem de uma base mais reta e também de usar mais criaturas que permitem um plano agressivo, enquanto o Esper joga mais pelo valor. Essa discussão ganha novos tons com DFT, que fecha o ciclo de Verges, então mais opções para a base de mana do Esper e além de trazer cartas bem interessantes para a estratégia em si.
DFT nos deu Momentum Breaker e Grim Bauble, que podem parecer redundantes para um deck que já tem várias remoções, mas que potencializam o plano “bully” do deck. Quanto mais “retângulos” você tem para voltar para a mão, mais comum se tornam as situações onde você está gerando valor. Ambas cartas já foram absorvidas pela estratégia, inclusive com Grim Bauble cortando Cut Down das listas.
As estratégias UBx Self Bounce tem sido um sucesso primeiro pela sua capacidade de vencer o Prowess. Ficar copiando uma remoção é bem complicado para eles e Nowhere to Run acaba com a match. Mas também são decks que abordam com solidez o resto do meta, a match contra UB Mid e Golgari é bem parelha e pode ser resolvida no player diff, e mesmo matchs complicadas, como Convoke, podem ser adaptadas. No final estamos falando de um midrange, o que dá muita flexibilidade à estratégia.
Outra grande opção é o Domain:
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Sideboard (15)
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Desde a rotação passada Domain tem sido um grande deck, mas com o lançamento dos Overlords o deck mudou bastante e inclusive adicionou Zur, Conspirador Eterno, que eu uma abordagem mais agressiva ao deck, permitindo jogadas onde ele abre quase como um combo, tendo muita mana e vários encantamentos, onde você faz Zur, ativa várias vezes e vira completamente a mesa.
DFT pouco afetou o Domain diretamente, a principal novidade tem sido Ride's End, que aproveita como efeitos de exílio são muito bons contra Prowess, cortando a vantagem de um Heartfire Hero, por exemplo. No entanto, ainda que nada realmente novo tenha aparecido nas listas, a estratégia tem feito ótimos resultados. Pest Control, por exemplo, no main deck, ajuda muito vs Pixie, e curvar Subir no Pe-de-feijao, Overlord of the Hauntwoods e Zur, Conspirador Eterno, acaba com muitas partidas. O deck pode ter poucas novidades, mas o que tem, consegue abordar muito bem o metagame.
Por fim, o Gruul Prowess:
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Sideboard (15)
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Baseado em Bloomburrow, o Prowess é outro deck que não absorveu muito de Aetherdrift ainda, mas é com certeza um dos melhores decks do formato por conta da sua explosão e capacidade de trocar em jogos longos, mesmos endo um deck agressivo. A última novidade da estratégia foi mudar sua base de criaturas, para uma com resistência maior, para assim aguentar o jogo contra os UBx SelfBounce, onde cartas como Sentinel of the Nameless City começaram a aparecer mais. Outra carta que ganhou holofotes foi o Pawpatch Recruit, que além de ajudar a aumentar a resistências das suas criaturas a cada interação do oponente, ainda é um empecilho real para This Town Ain't Big Enough, já que dar alvos em suas criaturas se torna algo mais doloroso.
Essa seria a primeira prateleira do formato, claro que outros decks são opções sólidas também, como Dimir Midrange, Golgari, Azorius Tempo, Tokens, mas esses são os destaques.
Agora, DFT trouxe coisas novas? Claro que trouxe, e é aqui que a gente sempre espera que os profissionais “cozinhem”.
Monument to Endurance é uma das cartas que chamou a atenção de muita gente para construir estratégias, seja com Artist's Talent, que te permite descartar uma carta sempre que jogar uma mágica que não seja de criatura, seja com outros efeitos que te permitam loot, o que não falta é lista tentando abusar desse artefato para gerar valor.
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Sideboard (14)
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Sideboard (15)
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Falando em bandeiras, ou seja, cartas que você constrói em volta, tem o Daretti, Rocketeer Engineer, que obviamente chama para uma estratégia onde reanimar artefatos que gerem valor, como Portal para Phyrexia, seja o foco. Aqui além do Daretti, Rocketeer Engineer, temos o já citado Monument to Endurance e ainda tem Chandra, Spark Hunter, que é um plano B muito bom para esse baralho e que pode aparecer até como side de decks agressivos que precisem de uma ameaça mais difícil de lidar.
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DFT também deu mais opções a outros deck que já existiam, como o Convoke, que ganhou a opção do Sunbillow Verge, mas principalmente ganhou Nesting Bot, que é uma opção para fazer a abertura mais agressiva do deck, onde com Demolicao Animada você faz Cavaleira Errante de Eos no segundo turno. Com Nesting Bot, Inspetor Novato e Sirena da Luneta, você aumenta em muito suas chances de abrir “a la Hogaak”. Outro que gostou de novos brinquedos, no caso Momentum Breaker, foi o Rakdos Sacrifice, que é um deck que vem crescendo em popularidade nas últimas semanas.
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Um deck que mudou muito com Aetherdrift foi o Roots, baseado na carta Raizes Insidiosas. Na lista que separei, além das vantagens normais desse deck, que gera um valor absurdo com o cemitério, ainda tem Ketramose, the New Dawn, que dá mais uma janela de card advantage para a estratégia, então enquanto você está criando fichas de planta ou exilando com Caldeirao de Almas de Agatha, você compra cartas e ganha vida.
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Para os amantes daquele deck baseado em um tipo de criatura, DFT trouxe a cereja no bolo que faltava para que os Goblins voltassem a jogar. A estratégia já tinha uma base muito boa em Foundations, mas foi agora que começou a fazer top 8 nos Challenges do Magic Online. A nova edição trouxe Draconautics Engineer, que permite ene situações de letal repentino, especialmente quando Howlsquad Heavy já tem Max Speed ligado, que vai gerar uma quantidade absurda de mana, lotar a mesa, e todo mundo ganhará Ímpeto, graças ao Draconautics Engineer. Muitas novidades para essas criaturas que sobem de posto quando descobrem qual lado da lança você espeta no inimigo.
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Para fechar, como falei de Draconautics Engineer, essa carta chamou muita atenção no Japan Standard Cup, torneio presencial com mais de 400 jogadores e que teve em sua final uma lista de Gruul Delirium com o Draconautics Engineer e Afterburner Expert, que geram uma “situação de Trepadeira Vingativa”. A lista abaixo tenta levar essa sinergia mais fundo, inclusive splashando preto para Overlord of the Balemurk e Terror Sanguinario. Existe todo um mundo para explorar falando da sinergia dessas cartas e é onde muita gente deve estar na preparação para esse Pro Tour.
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Como eu já disse, espero muito desse Pro Tour, seja na primeira prateleira, se adaptando a um novo metagame, seja das estratégias novas, procurando seu lugar ao sol, mas precisando punir Pixie, Domain e camundongos, ou seja, linhas multifacetadas e que precisa ser muito eficientes.
O Standard não para de se desenvolver.
Até mais!
Ruda
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Embutir na Liga
DECK ID
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Paisagem -
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