Toda jornada possui duas certezas: A existência de um início e a existência de um fim. Esse é o primeiro artigo dessa nova corrida que chamamos de 2025, que já começou bem corrida para mim, visto que precisei manejar minha agenda para entregar esse artigo de especulação antes do início da Lore de Aetherdrift. Espero que todos tenham passado um ótimo final de ano com suas famílias (as de sangue e as de coração) e tenham aproveitado essa pequena pausa entre coleções para recarregar as baterias, pois esse ano temos muitas promessas.
Em 2025 teremos a volta de Tarkir, prometendo uma continuação para uma das histórias mais aclamadas pelo público que acompanha esse aspecto do jogo. No segundo semestre teremos Edge of Eternities, uma coleção que irá explorar pela primeira vez o gênero das aventuras espaciais, se passando em uma região limítrofe entre o multiverso e as Eternidades Cegas, A Borda. Ambas coleções dão continuidade a lore estabelecida da Saga dos Omenpaths iniciada em As Terras Selvagens de Eldraine e prometem desvendar muitos segredos do multiverso. Depois dessas coleções, teremos a polêmica coleção de Homem-Aranha, a qual deixarei para dar minha humilde opinião em outra ocasião.
Entretanto, tudo irá começar por Aetherdrift, um novo tipo de experiência ao se tratar da Lore, explorando não apenas 1, mas sim 3 planos de uma vez só. Sempre é importante lembrá-los que tudo aqui é totalmente especulação e teoria, visto que ainda não sou funcionário da Wotc (me nota senpai). Peço que se não concordarem com algo dito aqui, sejam educados nos comentários.
Retornando a lugares e encontrando amigos
Esse será um pré-ordenando bem diferente, pois ao contrário dos anteriores, já temos muitas informações relevantes sobre Aetherdrift. Antes de entrar na minha teoria em si, tenho que exaltar alguns pontos.
Primeiramente, eu adorei a escolha de cenários para esse grande evento. Ao invés de tentarem atrair o público com algum dos planos já bem estabelecidos e populares, sinto que a Wizards resolveu arriscar, trazendo 3 planos que pouco foram desenvolvidos: Avishkar, Amonkhet e Muraganda.
Avishkar é o novo nome do plano que conhecíamos anteriormente como Kaladesh. Para quem ficou perdido com essa mudança, ela ocorreu devido a uma polêmica envolvendo o nome anterior. Kaladesh em hindu significa “Terra do Amanhã”, se alinhando com a temática de tecnóloga e inventores do plano. Entretanto, se pronunciado de uma forma errada, Kala também pode ser lido como uma ofensa racista. Para evitar equívocos, visto que em muitas línguas não se utiliza acentuação e seria muito difícil demonstrar a forma correta de se pronunciar o nome para todos, a Wotc optou por mudar o nome do plano. Em sua Lore, a mudança veio através da Revolução Índigo, um evento que depôs quase que pacificamente o Consulado para instaurar um governo democrático que combatesse a corrupção e ineficiência do seu antecessor.
É nesse ponto que eu tenho que enaltecer certas escolhas. Mudar o nome do plano para evitar injúrias raciais é para mim o mínimo que a Wizards poderia ter feito, como foi justificado in Lore para mim foi perfeita. Kaladesh já era um plano com uma rixa política muito forte entre os Renegados e o Consulado, durante todo o bloco original, vimos como o governo no plano era corrupto, elitista e segregativo. Não faria sentido a população simplesmente aceitar que o mesmo continuasse depois da Revolta do Aether. De certa forma, mesmo esse plano sendo muito levemente baseado na Índia, sinto que é natural que a ficção reflita a realidade e mostre as mudanças político-sociais que tem acontecido em muitos países asiáticos, africanos e europeus, onde estigmas sociais tem sido refutados por movimentos impulsionados pelo acesso à informação.
Outro ponto que achei bem interessante foi como os Omenpaths foram usados nesta coleção. Ao contrário do que muitos pensam, na maioria dos planos os Omenpaths são portais aleatórios e temporários. Não é à toa que Jace e Vraska precisam da habilidade Fomori de Loot para encontrá-los. Em Duskmourn foi necessário um esforço coletivo de Alquist e Kaito para criar um Omenpath artificial para salvar nossa equipe de resgate. Contudo, Avishkar nunca foi um plano comum. Sua ligação natural com o Aether vindo das Eternidades Cegas e seu conhecimento tecnológico avançado, permitiram que os mesmos criassem portais estáveis. Foi dito no Guia de Aetherdrift que atualmente Avishikar se aproveita dessas passagens para se tornar uma rota comercial interplanar, expandindo sua influência através da cultura e comércio e rivalizando com Ravnica.
Para mim, que sou formado em Relações Internacionais e Integração e tenho todo meu estudo focado justamente na área de política, esse é um movimento tão natural e realista. Avishkar é como um país que descobriu uma nova rota de comércio e está usando de fatores não bélicos (o que chamamos de poder brando) para expandir sua influência e domínio. Sempre ressalto o quanto sinto falta disso, dos planos sendo planos, de vermos o que acontece em um novo universo além das forças cósmicas internas, de ver a vida de seus habitantes e sentir que eles importam.
A volta de Amonkhet também me deixou muito feliz. Achei que o plano nunca mais seria visto após Hora da Devastação, mesmo que tenha aparecido nas comics da Boom Studio e em cartas como Imoti. A realidade é que o bloco original criou uma ideia de que todo o plano havia sido condenado por Bolas, mas já era de se esperar que isso não fosse a realidade quando em Marcha das Máquinas recebemos a confirmação de que Imoti era uma cidadã de Amonkhet contemporânea. Agora não apenas teremos a volta do plano, como teremos novos deuses a conhecermos e entendermos melhor como os mesmos funcionam nesse plano. Será que teremos a volta de antigas lendas como Samut e Djeru? Ou até mesmo uma nova Imoti como Vizir de um dos novos deuses? Esse é um plano com muito potencial a ser explorado ainda.
Por fim, estou em êxtase com a nossa primeira ida à Muraganda. Para aqueles que não conhecem, esse é um plano que tem sido citado aqui e ali pelo menos desde Visão do Futuro, pois bem, o futuro chegou. Pouco se sabe sobre esse misterioso plano, mas esse punhado de informações está reunido aqui. Primeiramente, Muraganda é um plano com cor primária verde, e acredito que assim como Ikoria, esse é um plano onde a adaptação seja essencial. A maioria das cartas que fazem referência a criaturas sem habilidades e com grande poder (como em Petrogrifos de Muraganda e Plasma Primordial) ou terrenos básicos (Imperiossauro), valorizando um pouco mais cartas que veem pouco jogo, algo que já foi feito com Ruxa e Jasmine. Poucos sabem, mas O Mimioplasma já foi confirmado como sendo desse planos, o que me leva achar que em Muraganda ou você é grande e forte ou pequeno, mas com habilidades mortais. Por fim, os fãs de Dinossauros, Lodos e Insetos podem comemorar, pois é bem provável que tenhamos algumas novas cartas para as suas coleções.
Saindo um pouco dos cenários que visitaremos, creio estar bem claro o plot central dessa aventura. O Grande Prêmio do Grand Prix não é nada mais nada menos que o Aetherspark, um artefato com uma centelha imbuída em seu interior e que, pelo seu status como equipamento no jogo, concederá provavelmente a habilidade de um planinauta a quem o obter. Também sabemos que Chandra será a corredora principal dessa competição, mas por quê?
Como disse anteriormente, Omenpaths são portais muito instáveis, e provavelmente Chandra está em busca de dar o Aetherspark para Nissa, assim podendo viajar com sua namorada com mais segurança pelo Multiverso. Agora, quem eu tenho certeza que teve a mesma ideia foi Jace. Podemos ver que Loot esteve tanto em Muranganda quanto Amonkhet pela Floresta de Foundations e o flavor de Eggnogger's 'Stache, respectivamente. Isso é um bom indicativo de que de alguma forma Jace irá estar envolvido na corrida. Estou bem animado com essa possibilidade, pois a última vez que lembro de Jace e Chandra interagindo foi em Guerra das centelhas, e muito aconteceu desde então.
Dessa forma espero que Aetherdrift seja uma coleção que além de veículos nos apresente muitos cenários exóticos, criaturas esquecidas, situações de vida ou morte e principalmente muito drama.
Conclusões e Reflexões
Dessa forma, posso dizer que tenho certas expectativas para Aetherdrift, principalmente por se passar em 3 planos tão interessantes e diferentes um dos outros.
Falando em nossos companheiros, peço que me ajudem nessa empreitada compartilhando esse e outros textos meus com seus amigos. Deem também uma olhada nos meus artigos na LigaYuGiOh! e conheçam um pouco da Lore desse jogo incrível.
Também ficaria honrado em ter a participação de vocês na sessão dos comentários deste artigo. Como sempre vou deixar uma pergunta para vocês: Qual personagem você gostaria que tirasse a habilitação e participasse do Grande Prêmio de Giraphur?
Um grande abraço a vocês e até o mês que vem!
Não necessariamente, vemos que a construção de uma pista de corridas multiplanar foi muito bem sem nenhum dos envolvidos ter uma centelha. Na lógica da maior parte dos envolvidos não existe razão para se arriscar com uma tecnologia de viagem desconhecida e não testada quando as omenpaths existem e estão ficando muito bem categorizadas. A invenção em si é tentadora apenas para exploradores qur não querem se limitar a o que abre nas passagens e a aqueles que se perderam e precisam de um jeito de voltar.
O bom é que logo a primeira história já fala que sim, a inventora que fez o aetherspark o usou assim que realmente conseguiu, e não sabemos o fim dela. Sabemos apenas que ela sumuiu e a invenção ficou.
Assim como, apesar de ser um premio tentador, os corredores não sabem que ninguém sabe se funciona, especialmente com não-PWs.
Quanto a velocidade dos eventos, não vejo pq não, na historia fazem 2 anos da invasão, a primeira corrida na europa após a Segunda guerra mundial foi em Paris em 1945, 1 semana após o fim da guerra e o primeiro Grand Prix foi 01/09/1946, em Turin.
Claro que, para a Chandra e o Jace se meterem teria que ser algo nesse nível, mas acaba ficando estranho quando se considera o contexto inteiro de quem tá organizando as corridas e para quê. Essa questão do poder brando e de Avishkar querer usar os omenpaths para se consolidar como potência no multiverso é sim muito legal. Estranho é tudo que tá em volta.