Feliz ano novo, mulecadinha!

Espero que tenham passado bem a virada, eu passei(com insolação, mas passei) e para ser sincero, estava com vontade de jogar um Magiquinho durante a virada, mas não passei em casa.

O anúncio de banidas e restritas de Dezembro mudou TANTO o Modern e deixou ele TÃO legal, que, pela primeira vez em 2 anos, eu realmente estou com vontade de jogar Modern e, principalmente, testar listas diferentes. Nos últimos torneios que joguei, fui sempre de Amulet Titan, mas sempre com 8~15 cartas diferentes para testar o máximo de maluquices possível.

É claro que com o unban, o impacto dos decks que receberam/se adaptaram às cartas recém desbanidas será muito grande, muita gente querendo testar e muitos decks sendo bem sólidos(vide Creativity que ganhou Looting e foi de deck fringe para tier 1/1.5).

O que eu gostaria de trazer hoje, são decks SEM Faithless Looting, Mox Opal, Green Sun's Zenith ou Splinter Twin que estão fazendo resultados, mostrando que é possível sim jogar sem os novos-velhos brinquedos.

Começamos com o RG Eldrazi, um deck que não tem nada “novo” mas que abusa dos Eldrazis de Modern Horizons 3(Breaker of Creation, Devourer of Destiny, Sowing Mycospawn) e da “Ancient Tomb” da mesma edição, o Ugin's Labyrinth.

Ramp é um arquétipo que nunca foi viável no Modern se ele não tivesse uma combo kill, como o antigo Valakut ou o Amulet Titan. O que faz esse ser viável, é que as jogadas de custo 4 são feitas no terceiro ou segundo turno sem esforço. Uma abertura de Labirinto + Talismã + qualquer land no segundo turno já gera 4 manas, o suficiente para fazer Mycospawn ou Karn, o Grande Criador, ambas jogadas que te colocam na frente ou podem colocar o oponente em maus lençóis(buscando Caverna das Almas, Shifting Woodland ou o pack de artefatos do Karn).

 

A carta que eu considero a cola de tudo é o Comando de Kozilek, que é ramp, card selection, removal e hate de grave em uma carta só, 4 cópias e main deck!

Mesmo que o oponente esteja com um deck onde ter uma “Swords to Plowshares" ou “Bojuka Bog” seja irrelevante, rampar e dar scry X + 1 draw vai te colocar na frente quase sempre. Ter umas maninhas que não apresentam perigo, para voltar com um Eldrazi ou Karn + algo de impacto torna o deck bem injusto.

Já faz um tempo que o Modern é lotado de decks "injustos". Até os decks "justos" têm jogadas bem injustas(como era o caso de Anel, Raptor), e ter acesso à 3 Emrakul, o Fim Prometido quebra o oponente no meio. Se ele for um deck muito justo, não vai conseguir lidar com o clock de um Mindslaver 13/13 proteção contra instants. Se for injusto, talvez você consiga jogar o turno dele “normal” e finalizar ele mesmo com as próprias cartas, como seria o caso de um Storm ou até Goryo’s com Griselbrand e vida múltipla de 7.

Apesar de não ser barato, o deck é um pouco mais em conta que outros tier 1, e a Shell Eldrazi permite ir para diversas versões, como GR, Mono Blue, UG, UR e até Eldrazi Tron.

Com certeza um deck a ser respeitado!

RW Energy, o deck que sofreu TRÊS BANS DE UMA VEZ SÓ ainda é uma opção sólida, se não for a melhor opção.

 

    

Sem Jegantha, a Fonte, The One Ring e Raptor Amplificado você pode jogar com cartas de custo repetido e precisa de mais elementos de grind, portanto o Seasoned Pyromancer é uma boa pedida para o momento, um Faithless Looting proxyado que pode encher o grave, tirar Phlage, Tita da Furia Ignea de mão e ainda ser de 1 a 5 corpos para que o Goblin Bombardment metralhe seu oponente.

Não são muitos decks que se dão bem contra o poder de grind absurdo que o Boros gera no Game 1 com o acesso à hates absoutos(Blood Moon, Drannith Magistrate), tornando o Boros Energy aquela partida que ninguém realmente gostaria de enfrentar, pois até mesmo suas bad matchups podem ser lockadas por Ragavan + Moon na curva ou um Meltdown bem encaixado!

O Death and Taxes Legacy adaptou o preto como splash principal no lançamento de Orcish Bowmasters e, desde então, o deck vem sempre jogando com esse splash como principal, algo que, a partir de agora, se torna real para a versão Modern também.

No passado o deck era composto por Leonin Arbiter e Thalias de todos os tamanhos, com um plano bem pesado de hate de terreno com o Arbiter + Ghost Quarters. O intuito do deck é o mesmo, mas as ferramentas mudaram.

Com Phelia, Exuberant Shepherd agora é possível blinkar alguma permanente TODOS os turnos, então Skyclave Apparition, Recruiter of the Guard, Solitude e até Entomber Exarch enquanto a cachorrinha sobreviver. Falando em Phelia, a jogada injusta do deck é fazer uma Phelia no passe do segundo turno e um Overlord of the Balemurk pelo impending e já blinká-lo com a doguinha, que vai fazer com que ele entre como 5/5 normal, sem os marcadores de impending, tudo isso enquanto você milla 4 cartas e volta a melhor criatura do seu grave duas vezes, insano!

É um deck com clock meio lento mas que pode grindar as partidas mais absurdas possíveis desde que você tenha tempo para isso. 

Ainda no assunto de “decks que sofreram bans e sobreviveram”, temos o 4C Rhinos, sem Simian Spirit Guide, sem Fury e sem Violent Outburst e mesmo assim fazendo resultados.

 

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Para compensar a falta de uma carta com Cascade em instant speed, temos o pack de Leyline of the Guildpact + Herdeiro de Draco que serve como maneira adicionar de grindar e até ganhar a partida. O oponente abriu de Chalice of the Void para 0 + Drannith Magistrate? Tranquilo! Draco e seu amigo Phlage, Tita da Furia Ignea conseguem levar a partida no peito.

A grande quantidade de free spells e spells com redução te torna muito eficiente na mana, uma ótima maneira de se batalhar num formato que ainda não está estabilizado como estamos na era pós unban.

Diferente da era em que Rhinos e Living End dominavam o formato, não temos mais decks com 5+ hates dedicados a cascade, melhorando bastante a partida do Rhinos contra decks aleatórios que não vão fazer Chalice + Deafening Silence + Drannith + Teferinho, é a hora de ser injusto sem ser punido por isso!

Sei que vai ficar repetitivo, mas eu realmente estou me divertindo muito nesse novo Modern, principalmente jogando os semanais IRL, onde o metagame é mais diverso e com ainda mais pessoas testando tecnologias que online, eu mesmo estou me forçando a testar tudo que aparece novo no Amulet Titan pois agora não temos apenas mirror de Boros Energy e de The One Ring.

 

Espero que vocês moderneiros estejam curtindo tanto o formato quanto eu, e para quem pretende entrar no Modern, lembre-se que esse ano ainda teremos a temporada de qualifiers para o Pro Tour e duas edições do Circuito LigaMagic, um ótimo momento para pular de cabeça!

 

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