Hora do Pauper - Retrospectiva 2024
Recapitulando os fatos e cartas que impactaram o Pauper em 2024.
Há 2 dias - 2.672 visualizações - 0 comentários

 

E aí, galera, tudo bem? 

 

Aqui quem vos escreve é o Heli, e vou trazer meus destaques do ano de 2024 para o Pauper. Já começamos o ano com a esperança de um metagame mais diverso, já que a Lanca Veloz do Monasterio havia sido banida no fim de 2023. Tivemos duas edições Masters, Ravnica Remasterizadas e Mystery Booster 2, além da bombástica Modern Horizons 3. Tivemos também duas edições de Commander, Fallout (somente reprints e sem downgrades) e Assassin’s Creed. Pelo último ano (até que a WotC mude novamente) tivemos quatro premier sets no Standard, que trouxeram adições sutis ao formato.
    

RAVNICA REMASTERIZADA

 

 

Sendo um plano adorado, novamente temos uma edição somente de reimpressões, entretanto um pouco melhor que a anterior. Bons tratamentos nas cartas, tornou a edição uma boa forma de reduzir preços e pimpar decks. Tivemos oito downgrades para o Pauper, porém somente dois deles apareceram no metagame. Cabeca Deslizante apareceu em deck com sinergia de cemitério e Familiar do Juiz apareceu em versões de White Weenie e Caw Gates. São boas cartas, mas o timing me pareceu ruim, já que o power level dessas cartas estão longe das cartas comuns atuais que chegam no formato.

 


ASSASSINATO NA MANSÃO KARLOV

 

 

Exigir Respostas surgiu com a “Disputa Mortifera vermelha”, mas acabou não vingando no formato, mesmo sendo uma carta boa. Inspetor Novato brilhou, sendo um reprint funcional de Inspetor de Thraben, mostrou que redundância em compra de cartas é sempre bem-vinda. Porém, foi a cor preta que realmente se beneficiou aqui. Analise de Toxinas  chegou tímida, mas tem feito um estrago nos decks agressivos, encontrando duas companhias: Xama do Cla de Krark e Ratos da Cripta. Extrair uma Confissao se tornou a opção principal de sacrifício do side, já que podemos fazer o oponente sacrificar sua criatura mais forte.  

 

OS FORAS DA LEI DE ENCRUZILHADA DO TROVÃO

 

 

Recebemos um ciclo de terrenos do tipo deserto que causam dano quando entram em campo. Mesmo que relativamente eficientes, somente Jagged Barrens e Abraded Bluffs jogaram efetivamente, já que são as cores que conseguem tira proveito desse dano. Outlaw Medic conquistou seu espaço no Caw Gates, provando que seu ganho de vida e o fato de se repor possuem uma boa sinergia com a estratégia do deck. Reckless Lackey apareceu muito bem no Monored, mas acabou perdendo espaço. Não por ser ruim, mas por sua vantagem incidental acaba sendo pesada demais.

 

MODERN HORIZONS 3

 

Em Junho chegou uma das edições mais impactantes dos últimos anos. Ela modelou o metagame, oferecendo opções que não pensávamos em ter, principalmente por ainda estarmos nos recuperando do banimento de Tudo que Reluz, que ocorreu em Maio. 

 

O ciclo de paisagens é uma opção muito sólida de  busca de terrenos, além de possibilitar decks com mais cores. A cor Branca nos trouxe Amuleto de Thraben, que possui uma versatilidade muito importante atuando como remoção e hate de cemitério, duas das funções importantes que uma carta pode ter nesse metagame. Julgar Inferior veio como uma nova opção de bounce no Azul. Mas dessa vez foi a cor Preta que mais recebeu cartas fortes: Familiar Recondicionado manteve o Grixis Affinity como um dos mais jogados, devido a sua facilidade em ser conjurado e ao seu efeito que sempre funciona; Percepcao do Eviscerador não é Disputa Mortifera, mas sua habilidade de Recapitular faz com que seja utilizado em vários decks; já o Saqueador Amaldicoado traz essa habilidade de sacrifício específica, ajudando muito num metagame que temos várias fichas de criaturas. Porteiro Fundente apareceu tímido no formato e Esmagar Cerco nem chegou perto de afetar o formato quanto prevíamos, sendo uma grande decepção. A cor Verde também veio forte trazendo o Escamoso Preguicoso e seu combo com Prazer Sadico, sendo um dos três decks mais jogados do metagame atual. Estrondo Malevolo apareceu como uma das cartas mais versáteis que recebemos, sendo opção em praticamente qualquer deck com verde. Testemunha da Evolucao se mostrou eficiente para recuperar recursos do cemitério.

 


Nas cartas multicoloridas, Beliscadora Furtiva é a “fênix do Pauper”, aparecendo até em decks que não conseguem conjura-la pagando seu custo, se valendo apenas de sua habilidade de voltar ao campo. Mas, é a Crisalida Contorcida que fica com o prêmio de sleeper do ano. Não que não sabíamos dela, até imaginávamos que haveriam decks sendo montados tendo ela como base, sendo um pilar para os novos midranges do formato, mas ela foi muito além.  E claro, não podia deixar de citar o pré-banimento do Ariete Craniano, medida totalmente acertada do PFP, já que a própria comunidade acreditava que a carta polarizaria demais o formato.

   

ASSASSIN’S CREED

 

Nove cartas novas apareceram nessa edição, mas nenhuma delas apareceu ainda no formato. Meu destaque fica para a Battlefield Improvisation, que consegue anexar um equipamento seu em velocidade instantânea, faltando agora algum equipamento que valha essa construção.

 

BLOOMBURROW

 

 

Depois de uma edição como MH3, qualquer coisa iria parecer mais fraca para o formato. Poucas cartas fizeram aparições no metagame e normalmente em decks não tão expressivos. Carrot Cake, Heaped Harvest  e Cache Grab apareceram em decks voltados para a mecânica de Comida, enquanto Bakersbane Duo está procurando seu espaço em decks mais agressivos.


DUSKMOURN

 

 

Muitas opções apareceram dessa edição, como as cartas do tipo Room e os terrenos duais que podem entrar desvirados. Porém, somente o Monored recebeu cartas que realmente impactaram no metagame. Grab the Prize é uma mágica que compra cartas, tem sinergia com descarte e ainda causa dano, ou seja, tudo o que decks agressivos querem atualmente. Clockwork Percussionist é a opção que faltava na “banda dos goblins”, já que tem Ímpeto, se repõe e ainda é um artefato.

    
FOUNDATIONS

 

 

Com a premissa de revitalizar o Standard, a edição precisava trazer cartas comuns relevantes. Hare Apparent surgiu como uma promessa e ainda continua assim. Pilfer vem timidamente como uma opção para descarte no main deck. Já o Crackling Cyclops ainda aparente raramente nas versões de Monored Blitz. Dwynen's Elite foi uma grata surpresa para o deck de Elfos, porém o deck tem se mostrado mais eficiente sem ela.

 

 

-

No geral, 2024 foi um bom ano para o formato. Começamos com uma adaptação pós banimento da Lanca Veloz do Monasterio, passando um sufocamento causado pelo Tudo que Reluz, chegando a uma estabilização com Modern Horizons 3. Mesmo com reclamações sobre o Glee Combo, o formato encorpou com vários decks midranges, mas de uma forma que permite o uso de decks agressivos. Em 2025 tudo vai mudar, pois teremos Innistrad Remasterizada no começo do ano, sendo uma edição de reprint, mas as outas seis edições do ano valerão em todos os formatos. Além disso, três delas serão em planos do MTG e outras três serão da série Universes Beyond – uma delas do Homem-Aranha e a outra baseada nos jogos de Final Fantasy. Ainda falta a confirmação do tema da última edição do ano, mas o clima de ansiedade é notável.

 

Escrevi 21 artigos durante o ano e abaixo seguem os números deles:

 

Total de visualizações: 132572
Média de visualizações: 6313
Total de comentários: 151
Média de comentários: 9

 

Destaque para meu artigo Hora do Pauper - Top 3 de Modern Horizons 3 para o Pauper que foi o segundo artigo com maior número de visualizações da LIGAMAGIC DO ANO DE 2024! É uma honra muito grande ter conseguido esse feito, ainda mais tendo tanta gente boa escrevendo aqui! OBRIGADO!

    
Desejo a vocês um excelente 2025, com muita paz, saúde e prosperidade. Um abraço a todos e até mais!

 

 

Heli Mateus ( helimateus)
Heli Mateus conheceu o Magic em 1998, mas começou a jogar em 2015 quando conheceu o
formato Pauper. Hoje é entusiasta do formato e produtor de conteúdo, principalmente como
podcaster sendo cohost do RakdosCast.
Redes Sociais: Facebook, Instagram, Twitter
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