Salve galera, beleza?
Esse ano de 2024 passou voando, e mal tivemos tempo de aproveitar todas as coleções antes de 2025 já bater na porta com muitos anúncios interessantes.
E como é de costume aqui na nossa coluna, fim de ano significa especial do rei Roberto Carlos na TV, e retrospectiva Commander na LigaMagic!
Antes de qualquer coisa, vale observar que as cartas escolhidas aqui são baseadas na sua presença e efetividade na comunidade do Commander 500, mas não impede que as coleções também tenham tido outras ótimas cartas que podem não aparecer.
Dito isso, espero que gostem!
Começando por Assassinato na Mansão Karlov, tivemos muitas boas surpresas para inaugurar 2024.
Essa coleção teve uma seleção de melhores cartas aqui para LigaMagic, e algumas delas se destacaram não só na coleção mas também no formato, aparecendo em diversos decks e combos.
Dentre essas cartas podemos facilmente mencionar de maneira honrosa Delney, Streetwise Lookout, que tem como maior defeito seu preço que desde o lançamento nunca desceu para menos de 50 reais.
Fora isso ela é uma criatura excepcional e que traz habilidades que podem facilmente aumentar o patamar de diversas estratégias. E por isso, com certeza se seu preço fosse mais acessível, ela seria facilmente uma staple do Commander 500.
Além dela, não podemos deixar de citar aqui nas menções honrosas as Surveil Lands, que é um grupo de terrenos que tem a habilidade de surveil, semelhante aos templos, mas que ajudam de maneira muito mais ampla e eficiente diversas estratégias.
Apesar de muita gente não considerar o preço atual dessas lands como sendo alto, infelizmente ele sai muito do orçamento dos decks do Commander 500, mas assim como a Delney, elas facilmente seriam opções certeiras para diversos decks.
Mas falando agora das cartas que estão de fato num valor acessível, num power level alto e com muita presença, temos Crime Novelist, que dispensa apresentações e traz uma habilidade de aceleração muito útil. Forensic Gadgeteer, que é uma carta super versátil que proporciona card advantage, além de permitir combos com Basalt Monolith. Voja, Jaws of the Conclave, que mudou a cara da zona de comando em decks de elfos no casual, mas que aparece esporadicamente no competitivo. E por fim, a carta que na minha opinião é o verdadeiro destaque de Assassinato na Mansão Karlov: Thrull Porteiro.
Essa criatura branca de apenas duas manas veio para ajudar a compor a pool dos amantes de Stax, impedindo habilidades de ETB de artefatos e criaturas enquanto estiver em campo, e com um bônus de que pode ser conjurado em instant speed por possuir flash.
Acredito que muita gente vai discordar, mas por ter se tornado uma carta indispensável nos decks de Stax atuais, nosso thrull merece ser chamado de destaque!
- Depois tivemos o lançamento da coleção que marcou minha vida no Magic pela segunda vez.
Quem me acompanha nas outras redes sabe que nunca fui um grande fã de crossovers, e fui o primeiro a virar o olho quando a Wizards começou a anunciar coleções temáticas com universos diferentes. E como todo castigo é pouco, fui obrigado a deixar meu orgulho de lado com o lançamento dos decks de Warhammer, que foi um marco pra mim por trazer um jogo e seu universo que eu amo pra dentro de outro jogo que eu amo. E em 2024 tive novamente que dar o meu braço a torcer, não só por terem anunciado um Universes Beyond Fallout, que é a minha franquia favorita de toda a vida, mas também por ter tido o prazer de ter sido o porta voz de um spoiler da coleção, que foi o ED-E, Lonesome Eyebot.
Confesso que em todos os meus anos como criador de conteúdo de Magic, esse foi aquele momento onde eu realmente “zerei” a vida.
Mas histórias à parte, Fallout nos trouxe poucas coisas diferentes além das artes maravilhosas.
Tivemos o conjunto das novas Filter Lands, completando um ciclo que havia sido aberto em Odisséia e que chegou em um preço bem acessível e ajudou muitas bases de mana a terem mais opções.
Mas a verdadeira carta que chamou a atenção (sim, vai soar bem diferente) foi a Bottle-Cap Blast, simplesmente por ser uma remoção excelente para o deck da Magda, Brazen Outlaw.
Essa mágica instantânea de 5 manas não só serve como uma excelente remoção por ter que improvisar, mas também é uma máquina capaz de fazer tesouros no passe, acelerando muito o andamento da estratégia nos decks de Magda.
Dito isso, tanto pela falta de mais cartas referência, e pelo impacto significativo em um deck importante do Commander 500, minha escolha de Universes Beyond Fallout é com certeza Bottle-cap blast.
- Seguindo em frente, tivemos Outlaws of the Thunder Junction, que gerou um enorme burburinho por conta do seu power level elevadíssimo em algumas cartas.
Não à toa, nela tivemos a chegada de algumas cartas que até agora são essenciais para a pool de qualquer jogador de 500 que se preze.
Podemos começar com uma menção honrosa muito triste, que é High Noon, um encantamento com efeito de Rule of Law, mas que possui um efeito ativado que permite que você possa removê-lo de jogo voluntariamente, dando 5 pontos de dano em qualquer alvo pelo custo de 5 manas. Uma carta simplesmente sensacional, apesar de ter seu uso mais restrito por exigir cores Boros.
Mas infelizmente, assim como outras cartas desse ano, High noon saiu de R$3.75 em agosto, para atuais R$20…
Apesar disso, ela continua sendo uma carta excelente e que tem um espaço merecido entre as cartas mais importantes do 500 neste ano.
Mas como ela é só a menção honrosa, vamos continuar com três criaturas lendárias que caíram no gosto dos comandeiros: Marchesa, Dealer of Death com o seu card selection, Kambal, Profiteering Mayor por ser um excelente payoff e causa dores de cabeça contínuas aos oponentes, e a ela, uma das criaturas mais escolhidas pela turma do Izzet: Stella Lee, Wild Card.
Essa comandante dos decks pré construídos de OTJ chegou para ficar, se garantindo como uma comandante Izzet de respeito e fazendo diversos resultados. Você pode ler mais sobre ela aqui.
Mas se você achou que eu daria a honra de ser o destaque de OTJ para uma comandante Storm super forte, você estava enganado, pois nessa mesma coleção tivemos também Lively Dirge.
Esse feitiço preto tem uma das keywords presentes na coleção, que é “Série”.
Se você quiser se aprofundar um pouco mais nisso, falei em um artigo da época sobre a força dessa habilidade e da importância de se ter múltiplas opções de escolha numa mesma carta, o que a Lively Dirge faz com maestria.
Nela temos por 3 manas a chance de colocar uma carta do seu deck no cemitério, ou por 4 manas devolver do seu cemitério pro campo de batalha até duas criaturas que tenham custo de mana total igual ou inferior a 4. E se isso não fosse suficiente, por 5 manas você pode escolher realizar os 2 efeitos dela.
Early, Mid ou Late game, Dirge é uma carta que funciona de maneira eficaz, direta e serve de enabler para muitas estratégias.
Sem dúvida essa carta deu uma cara nova para decks que utilizam bem o cemitério, e por isso é a minha escolha para ser o destaque de OTJ!
- Continuando, tivemos Modern Horizons 3…
Uma coleção que dispensa comentários, que virou o Magic de cabeça pra baixo, trouxe staples para todos os formatos onde ela é legal, trouxe muitas polêmicas e junto com tudo isso Nadu, Winged Wisdom.
Fica difícil não dizer que Nadu foi um grande destaque desse ano, talvez o maior. Mas como ele praticamente não existe em lugar nenhum é melhor encará-lo como um delírio coletivo e focar nas outras cartas quebradas de MH3.
Aqui tenho que abrir um parêntese enorme, visto que MH3 trouxe tanta carta boa, que se eu precisasse lista-las aqui o texto ficaria enorme e injusto, então irei me limitar a algumas cartas baratinhas, que jogam 500 e tem aparecido com frequência no formato.
Menção honrosa aos ciclos de land que possuem tipos e também para as bolt lands.
Vamos então começar por uma carta que talvez seja minha preferida de todo esse ano, mas que infelizmente ainda flutua numa média de preço que faz com que ela seja um pouco limitada, que é a nossa Warren Soultrader.
Esse Goblin foi uma adição excelente para diversos decks por ser um pseudo Altar Phyrexiano, te permitindo por 1 ponto de vida sacrificar uma criatura para gerar uma ficha de tesouro.
Uma criatura completa, com efeitos complementares muito fortes, com um custo de mana justo, e uma habilidade de mana fora da curva que te traz muito mais vantagens do que simplesmente adicionar mana na pool. Então caso esse texto tivesse algum tipo de ranque, certamente essa carta estaria no top 5.
Nossa próxima carta é o Volatile Stormdrake, outra criatura de custo baixo que veio pra ficar.
Nessa releitura de Gilded Drake, podemos por menos de 10 reais, contar com a presença de um removal super consistente, que te permite “sequestrar” criaturas chave dos seus oponentes sem comprometer o seu budget, mesmo com um power level acima da média.
Essa é também uma carta que certamente faria parte de um top 5, caso esse fosse o objetivo do texto.
Indo agora para os encantamentos, tivemos Ripples of Undeath, que é um encantamento preto que fornece um card selection excelente para vários decks e um combustível extra para aproveitar o seu cemitério.
Além dele, Amphibian Downpour é outro encantamento destaque que desliga as criaturas do seu oponente com muita facilidade, e em instant speed, o que faz com que ela mereça ser citada por aqui.
Mas sem enrolar muito mais, nossa carta destaque é surpreendentemente barata, e eu acreditava que por ser uma contraparte de uma carta já muito famosa no Magic, ela acabaria ficando fora dos limites dos decks budget, que é a Powerbalance.
Esse encantamento não só chegou para ficar como é um auto-include em praticamente qualquer deck com acesso ao vermelho. E isso tudo por que ela permite que você olhe a carta do topo do seu deck quando seu oponente joga uma mágica, e caso o custo da carta revelada seja o mesmo da carta conjurada pelo oponente, você poderá castar a mágica direto do seu topo sem pagar o seu custo.
Então concluindo, tanto pelo seu custo de mana baixo, seu preço super acessível, seu nível de poder e também pela sua popularidade, Powerbalance é o meu destaque de MH3 para o Commander 500.
Vocês podem ler aqui um artigo onde eu falo mais sobre outras cartas boas da coleção.
- Na sequência de MH3 tivemos Assassin’s Creed, que confesso que talvez tenha sido um lançamento ofuscado pelo seu antecessor, e que pra mim não teve tanto impacto.
Para que não passe em branco, devo citar que recentemente o nosso Ezio Auditore da Firenze vem sendo um destaque muito grande no Duel Commander, responsável por resultados muito satisfatórios e que em breve terá um artigo dedicado por aqui.
Mas no Commander 500, tivemos Desynchronization, uma instant que tem visto jogo em alguns decks com estratégias de artefato por ser um bounce global que ignora permanentes históricas.
Por ser uma carta de disabler rápida e massiva, ela tem tido o seu espaço merecido em alguns decks, e por isso vai ser o nosso destaque de Assassin’s Creed.
- Depois de Assassin’s Creed tivemos uma das coleções mais aguardadas do ano, e tudo isso por que ela trouxe criaturas fofinhas, um plano de animais antropomorfos e versões furry de personagens já conhecidos da lore do Magic.
Mas falando de 500, tenho que começar com uma menção honrosa que foi uma facada no bucho dos jogadores do formato.
Quando falamos de Bloomburrow no Commander 500 é impossível não lembrar de Into the Flood Maw, um bounce muito forte que por apenas 1 mana azul poderia devolver uma criatura para a mão do seu oponente, mas que em troca de uma ficha de peixe 1/1 virado, ela poderia retornar para a mão do oponente uma carta de permanente que não fosse um terreno.
Uma carta simplesmente incrível, com custo baixo, efeito relevante e drawback quase inexistente. Porém, foi afetada pela doença do Spike.
Into the flood maw em setembro saiu de R$0.56 para os atuais R$28. Uma subida brusca que fez com que ela fosse cortada da grande maioria dos decks.
E saindo um pouco desse clima de luto, vamos falar de uma carta que tem um valor um pouco alto, mas que vale cada centavo dependendo do deck que você irá colocá-la: Dawn's Truce.
Uma mágica instantânea de apenas 2 manas que te protege com hexproof (você e suas permanentes), e ainda te possibilita dar para suas permanentes a habilidade de indestrutível, e tudo isso ao custo de um draw para o seu oponente.
Com certeza uma opção muito interessante para diminuir um pouco o investimento em cartas como Heroic Intervention e Teferi's Protection, que tem dificuldade em serem encaixados no formato.
Valley Floodcaller também é uma das diversas criaturas boas de Bloomburrow que flutuam na casa dos 20 reais.
Pelo custo de 3 manas, ele é uma criatura com Flash e que faz com que você possa conjurar noncreature spells como se elas tivessem flash.
Uma carta muito versátil, mas que pelo seu preço atual acaba sendo escanteada, mas que com certeza é uma das boas cartas dessa coleção.
Mas sem mais enrolar, o meu destaque de Bloomburrow, com toda certeza vai para o Darkstar Augur.
Esse que é uma criatura com um efeito semelhante ao Dark Confidant adaptado para as realidades dos jogos mais budget.
Além disso, o Áugure ainda permite que você faça um 2 para 1, já que com a sua habilidade de Offspring, por apenas 1 mana preto a mais, ele cria uma ficha de criatura que é uma cópia dele, mas que tem poder e resistência 1/1.
Sejamos sinceros, ter 3 draws por turno por apenas 4 manas e alguns pontos de vida, pode te subir muitos degraus rumo à vitória!
Você pode ver um pouco mais sobre os destaques de Bloomburrow Aqui.
- E mal tivemos tempo de digerir a chegada dos sem floresta no magic e a nossa nave mãe nos presenteou com Duskmourn, A casa dos Horrores, uma coleção com uma temática diferente mas que agradou demais a maioria dos jogadores, mas que acima de tudo trouxe diversas cartas legais dentro de um power level muito bem equilibrado.
Nela tivemos a chegada da Arabella, Abandoned Doll que pode ser usada tanto como parte das 99 cartas de alguns decks beatdown como na Zona de Comando.
Vale citar que além do 500 ela é um comandante viável no Conquest e funciona como um deck Burn Boros muito divertido.
Ainda no Boros, não podemos ignorar o The Jolly Balloon Man que vem sendo testado desde o lançamento, e apesar de ter uma certa dificuldade de encaixe, é uma carta excelente.
Mas saindo um pouco das criaturas, eu pensei bem e decidi cometer um roubo aqui nesse texto e colocar como destaque da coleção um pacote de 3 cartas que na minha opinião merecem estar aqui por serem cartas fortíssimas, genericamente muito boas, e estarem jogando com muita frequência no formato, que são elas:
Untimely Malfunction, Withering Torment e Unwanted Remake.
Todas essas 3 cartas chegaram para ficar no Commander 500 e tem sido cartas muito ativas em diversos decks, já que trouxeram mais redundância para efeitos importantes, além de no caso da Whitering Torment ter sido uma solução para um defeito de sua cor, que é a baixa capacidade de lidar com cartas de artefato e encantamento.
Então por esses motivos, considerem esse trio como um destaque MUITO positivo dentre as cartas de Duskmourn.
Vocês podem conferir o que eu achei da coleção com mais detalhes aqui.
- E finalmente, chegamos na derradeira coleção do ano que foi Foundations, uma coleção Standard que deu o que falar, mas que trouxe para os comandeiros algumas cartas interessantes.
E para abrir Foundations, vamos começar falando da Vengeful Bloodwitch, uma carta que trouxe redundância para o nosso já conhecido Blood Artist, e por um preço bem acessível que não vai pesar nos budgets de decks que precisam de payoff.
Além dela também tivemos uma criatura que no lançamento estava custando um pouco mais caro, mas que caiu de preço e agora faz parte da pool do 500 com folga, que é o Archmage of Runes, um redutor de custo para suas instant e sorceries que ainda te fornece draw.
Essa carta merece uma atenção especial por trazer uma opção muito mais acessível ao Archmage Emeritus, que custa o dobro de valor, que custa 1 mana a menos, mas tem um efeito a menos.
Mas como destaque de Foundations resolvi colocar Electroduplicate, mas sem muitas desculpas, já que o maior motivo para que ela esteja em destaque na lista é por ser mais uma carta de redundância para o combo de Dualcaster Mage por um valor menor do que as outras duas que já compunham o combo. Além disso ela também possui flashback, o que vai garantir uma reutilização que pode fazer a diferença pontualmente.
Então é isso pessoal. 2024 foi um ótimo ano para os comandeiros (apesar de todas as coisas polêmicas que aconteceram), e não posso deixar de desejar que ano que vem tenhamos ainda mais cartas boas como tivemos esse ano!
E só por desencargo, mais uma vez o Magic chegou perto, mas não morreu. Então fiquem tranquilos!
Espero que tenham gostado, e deixem aí nos comentários quais são as suas cartas destaque do ano!
Agradeço muito a todos que leram até aqui, e até a próxima!