Olá!
Mais uma semana de torneios do 13º Circuito LigaMagic Central, o maior circuito independente do Brasil, com a Grande Final, que acontece em São Paulo nos dias 14 e 15 de Dezembro, e mais de 35 mil reais de premiação. Quer saber mais sobre o CLM? Acesse o site do Circuito.
A partir de hoje, e farei sobre cada um dos formatos, farei um metagame dos decks que classificaram via top8. Toda loja classifica, em média (a exceção são as super etapas), dois jogadores, um desses jogadores é classificado pelo ranking, após cinco etapas, e o segundo vence o top8. Enquanto nas cinco etapas os jogadores podem variar suas escolhas, no top8 nós sabemos exatamente com qual deck o jogador venceu e podemos ter uma prévia do ambiente.
Lembrando que a final do Pauper acontece dentro do LigaFest, um evento com diversas atrações, entre torneios, influencers, lojas, e que no caso do formato Pioneer, terá, além da final Sábado, dois Opens, sábado e domingo, dando premiação e vaga para o CLM 14.
Nós tivemos 101 listas cadastradas, entre campeões de top8 e de Super Etapas, e o metagame é o seguinte:
15 Red Kuldotha
14 Grixis Affinity
11 Gruul Ramp
5 Jund Glee
4 Caw Gates
4 Madness Burn
4 Izzet Skred
4 Mono U Terror
4 Dimir fadas
4 WW
3 Bogles
3 Golgari Gardens
3 Elfos
2 Fractius
2 Azorius Familiar
2 Mono U Fadas
1 Turbo Dianteira
1 Hot Dogs
1 5c Tron
1 4c Bully
1 Naya Gates
1 Orzhov Blade
1 Wall Combo
1 Dimir Terror
1 Simic Infect
1 Rakdos Affinity
1 Mono Black Midrange
1 Naya Cascade
1 Jund Dredge
1 Poison Storm
1 Mardu Bully
1 Golgari Glee
1 Jeskai Ephemerate
Ter 33 decks diferentes em 101 listas é um número muito expressivo e que mostra não apenas a diversidade do formato, como do próprio CLM, porque mais do que uma diversidade de listas nos eventos, essas são as listas que venceram eventos e potencialmente estarão na grande final, dia 14.
Falando sobre o top3 mais jogado, começamos com o Red Kuldotha, lista do Eduardo Livio, que venceu o top8 da Goblin Hero Store, do Rio de Janeiro/RJ.
Nascer e morrer são certezas da vida, assim como saber que você enfrentará um Kuldotha Red em um grande evento Pauper, já que é bem comum que esse seja o deck mais jogado. A eficiência do Kuldotha faz dele uma escolha muito boa e segura, por vezes, é mais fácil apenas atacar do que ficar confabulando qual o melhor ângulo para um metagame. Muita coisa só se resolve com três fichas de goblin seguidas por Guerrilheiro Goblin.
Quanto mais diverso um ambiente fica, mais plurais as respostas precisam ser, já que precisam responder uma diversidade maior de ameaças e melhor para o Kuldotha, que pede respostas eficientes, não necessariamente específicas, mas que acompanhem sua curva. Um ótimo exemplo é o Xama do Cla de Krark, que é tão eficiente na mana, quanto o próprio Kuldotha.
Na lista do Eduardo eu destaco usar Risco Tectonico te no main deck, o que pode ajudar muito na mirror, mas também contra o Mono U Fadas, que tem se popularizado muito, ou contra o WW, que é uma match chata para o Kuldotha. Mesmo dentro desse deck que pede muita eficiência de mana e velocidade, existe espaço para customizar a decklist e atacar um metagame. Inclusive os números que eu trago sobre o metagame podem te ajudar sobre isso.
O segundo mais jogado foi o Grixis Affinity, que eu usarei a lista do Gustavo Santos, que venceu o top8 da Pimp My Deck, de Osasco/SP.
O Grixis é o principal midrange do formato, e ainda que tenha aberturas rápidas e injustas, por conta da mecânica de Afinidade, ele propõe jogar de forma justa e fazendo um jogo grind, onde ele vence por comprar mais cartas e ter mais eficiência de recursos. Inclusive, é difícil, mas mais do que atacar os terrenos artefato do Affinity, é possível vencê-lo como todo midrange é vencido, afogando em card advantage.
A última grande atualização do Affinity foi Análise de Toxinas, que ajuda versus Kuldotha, fazendo seu Xamã do Clã de Krark ganhar vida enquanto limpa a mesa, mas também versus decks grandes, como Gruul Ramp, onde nós temos um combo de duas cartas que limpa toda a mesa do oponente. Essa sinergia de cartas deu ao baralho a potência de uma Cólera de Deus no formato, que ajuda a colocar diversos decks, como Walls e Elfos, em cheque no formato.
Para o CLM o Affinity é uma boa escolha, como qualquer um dos top3 que temos, mas é sempre bom lembrar que é um deck muito focado no sidebaord de todos que estarão presentes, mais do que saber jogar com o deck e como jogar as matchs, planos de side, etc, é importante saber jogar contra os mais diversos hates que vão aparecer, como Xama dos Gorilas, Po ao Po e Lancar ao Fogo.
Por fim, o terceiro deck mais jogado entre top8s e Super Etapas é o Gruul Ramp, que usarei como exemplo a lista do Francisco Kleyson Oliveira dos Santos, que venceu o top8 da Guilda Geek Games, de Vargem Grande Paulista/SP.
O Gruul Ramp passou por um arco de desenvolvimento interessante, ele surge como principal deck do formato na forma do Ponza, focado em destruir terrenos dos oponentes, enquanto acelera sua mana para grandes criaturas, vê o metagame ficando mais agressivo para se adaptar à isso, e depois ele mesmo se adapta, abrindo mão do plano Ponza, e focando em gerar card advantage, aproveitando que sua base de cartas com Dianteira, Cascata e, no caso da lista do Francisco, Monarca.
Ainda falando das especificações da lista do Francisco, ele manteve efeitos de destruição de terreno no maindeck, como o Limo Acido de Mwonvuli, e uma Chuva de Pedras no side. Por mais que boa parte das listas tenham aberto mão desse recurso, ele é útil caso você enfrente decks midrange, que sofrem mais pelos LDs. O Gruul não abriu mão dessa linha de jogo porque ela fosse ruim, mas porque o metagame não sofria tanto para ela, caso do Kuldotha Red, mas em um ambiente mais lento, atrasar os terrenos do oponente é uma estratégia muito válida e se tem algo que aprendemos vendo decks de top8 de CLM, é que escolhas em cima do metagame são recompensadas.
Falando para a Grande Final, um ambiente maior e diverso, eu prefiro uma lista mais genérica na abordagem e diferente de uma lista com oito decks que você pode saber quais são. Aqui a ideia é entender que você vai enfrentar os decks mais jogados, mas que também pode jogar uma vez contra algo fora do radar e ter um plano mais sólido é importante para que uma abordagem aguda demais não te custe um jogo.
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Esse foi o último “Destaques” do Pauper, até a Grande Final, dia 14, no LigaFest!