Os 3 Melhores Decks do Mundial
No último fim de semana, de 25 a 27 de Outubro, aconteceu o 30º Mundial de Magic: The Gathering
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No último fim de semana, de 25 a 27 de Outubro, aconteceu o 30º Mundial de Magic: The Gathering, nos formatos Draft e Standard. O campeão foi o espanhol Javier Dominguez, que já havia conquistado o título em 2018 e inclusive será a primeira pessoa a ter duas cartas em sua homenagem, já que ele já foi imortalizado como Campeao Fervoroso, lançado em Trono de Eldraine, e agora terá novamente essa oportunidade, graças ao título de Campeão Mundial. 

 

O torneio em si teve vários momentos icônicos, como o alemão Kai Budde fazendo mais um Top 8, ou o Javier vencendo o americano Seth Manfield na Semifinal e de quebra se sagrando Jogador do Ano. Mas para hoje eu vou falar dos números e dos decks que tiveram uma taxa de vitórias bem alta.

 

O Metagame do Mundial já mostrava uma evolução para o que víamos online, por exemplo com o Tokens deixando de aparecer, o Azorius Oculus se popularizando muito, mas o Gruul ainda era o deck mais jogado.

 

 

Com 8 rodadas de Standard e incluindo os resultados de Draft, temos essa Matriz de Resultados (postada pelo Frank Karsten em sua conta no X):

 

 

Os números do Mono Red são questionáveis, apesar de bons, porque basicamente é sobre apenas um jogador, Quinn Tonole, que fez Top 4 no evento e abriu muito bem na porção suíça, inclusive tendo dois byes nas rodadas finais. Significa que é o melhor deck do formato e “oh meu deus, 100% de WR”? Não. Significa que devemos ignorar os resultados do deck? Também não.

 

Mais do que ver os resultados do Mundial, é sempre bom ver os decks após o torneio, e como eles jogam em torneios online e tabletop. Isso porque o metagame muda para receber os novos decks ou as novas versões de decks conhecidos, mudando completamente do que era antes do Mundial e mesmo do que foi no Mundial. Ano passado o Soldiers foi esse deck, apesar do Jogador do Ano de 2023, Simon Nielsen, ter feito Top 8 com o deck, os números da estratégia foram bem ruins, no entanto, o metagame após esse torneio favoreceu muito o Soldiers, que se desenvolveu muito bem também e foi a melhor escolha do formato por um tempo. 

 

Enquanto o Top 8 do Mundial aconteceu tivemos um Classificatório para os Regionais, no Magic Online, com 128 jogadores, e que teve seu Top 8 dominado por essa versão do Mono Red. Isso porque muita gente estava animada com os midranges que se destacaram no Mundial, esquecendo de se preparar para decks rápidos e eficientes. Resultado, 6 Mono Reds no Top 8.

RDW, por Quinn Tonole
Por Ruda
 
29/10/2024
R$ 996,14
R$ 1.465,65
R$ 3.314,69
 
29/10/2024
Visualização:
Padrão
Cor
Custo
Raridade
Visual
Grid
CMC
Comprar Deck
Gerar Imagem
Criaturas (24)
4  
 
3,99
 
13,53
 
0,99
  
4,99
  
67,79
  
64,58
Mágicas (15)
4  
 
0,04
 
20,68
  
0,07
  
0,29
Terrenos (21)
17  
0,00
0,53
60 cards total

Sideboard (15)
 
0,25
 
1,75
  
0,25
  
0,06
  
69,90
  
0,29

O deck tem muito mais alcance do que as listas Gruul, o que pode fazer ele mais letal contra um oponente cheio de remoções. Claro que se você não conseguir desenvolver a mesa fica difícil de ganhar a partida, mas enquanto os decks Prowess precisam de alguma criatura na mesa para chegar na vida do oponente, esse deck pode finalizar apenas com alguns burns, como o RDW é famoso por fazer. 

 

 

Outra carta muito boa nessa versão é Screaming Nemesis. Essa carta atrapalhou muito os combates de quem tentava travar a mesa com bloqueadores. Essa criatura já tem naturalmente um potencial bom de dois para um, porque podemos trocar em combate com uma criatura do oponente e depois levar outra criatura. Mas sua habilidade de cortar ganhos de vida dá ainda mais consistência ao plano de alcance com burns. 

 

Por fim, a base de mana “lisa” do deck te permite usar 4 cópias de Rockface Village, que é uma carta fantástica nesse deck, sendo um trigger de graça dos seus camundongos e de quebra ainda pode dar um gás para o Hired Claw.

 

O deck tem tido uma ótima semana de resultados em Ligas online pela sua eficiência e é sim uma boa opção para o formato, apesar de ainda estar crescendo em popularidade. 

 

Mas falando dos números da Matriz, tem dois decks que eu quero destacar:

 

O primeiro é o Azorius Oculos, com 58% de taxa de vitória. 

Azorius Oculos, por Eli Kassis
Por Ruda
 
29/10/2024
R$ 1.427,47
R$ 2.447,97
R$ 8.387,21
 
29/10/2024
Visualização:
Padrão
Cor
Custo
Raridade
Visual
Grid
CMC
Comprar Deck
Gerar Imagem
Criaturas (12)
   //   
6,92
   
7,15
  
189,90
Mágicas (24)
 
0,31
 
14,94
 
0,23
  
0,07
2  
  
0,05
2  
  
41,89
  
0,85
  
0,12
Encantamentos (4)
  
0,32
Terrenos (20)
49,50
12,99
5  
0,00
34,95
1  
0,00
9,50
60 cards total

Sideboard (15)
 
0,23
 
14,94
  
8,75
2  
  
0,99
2  
  
0,05
2  
   
16,00
  
12,54

Meus últimos artigos sempre citaram esse deck e não é à toa, ele saiu de “um deck que algumas pessoas usam de vez em quando” para “o deck com melhor taxa de vitórias do Pro Tour”.

 

  

 

O uso de mana do deck é sua grande força, por vezes ele faz a média de uma mana para uma ação, que coloca sua eficiência de mana em níveis de outros formatos, como Pioneer. Sendo que é um deck que tem uma jogada nível Modern, quando Mao Amiga faz às vezes de Desenterrar e por uma mana você ganha Genio Arrogante na mesa, ou um Abhorrent Oculus

 

O que explica os números tão bons do baralho é que ele é muito bom contra decks lentos, que foram bem mal no evento, no geral. Mas também consegue jogar contra o Gruul, que era a principal estratégia do evento. A partida não é fácil, mas se o Azorius colocar uma das suas bombas na mesa cedo, ele tem a capacidade de virar o jogo, especialmente o Abhorrent Oculus, que fará um bloqueador a cada manutenção do oponente. 

 

Essa lista do Eli Kassis tem uma tecnologia que deu muita velocidade ao deck, Fundacao da Terceira Via. Com essa carta você aumenta em muito as chances de colocar uma das bombas do deck na mesa, porque virtualmente é como se no capítulo onde você tomba cartas o deck estivesse usando uma cantrip e cavando opções, já que no próximo turno você pode fazer uma mágica do cemitério. Ganhar velocidade é muito importante para esse deck dar certo, e toda carta que ajuda a tombar mais rápido, é bem vinda. No entanto, após esse evento eu espero mais hates de cemitério, vendo os bons números dessa estratégia.  

 

E o terceiro deck que eu queria destacar, é o Dimir Midrange, que teve uma taxa de vitória de 56.6%.

Dimir Midrange, por Kai Budde
Por Ruda
 
29/10/2024
R$ 2.337,47
R$ 4.009,59
R$ 10.563,51
 
29/10/2024
Visualização:
Padrão
Cor
Custo
Raridade
Visual
Grid
CMC
Comprar Deck
Gerar Imagem
Criaturas (21)
 
0,42
  
59,88
  
2,99
  
60,29
  
42,49
   
54,00
   
4,21
Planeswalkers (2)
   
56,13
Mágicas (12)
3  
 
8,00
 
0,18
 
35,00
  
1,98
  
0,28
Terrenos (25)
2  
0,00
44,00
19,66
5  
0,00
34,95
3,96
13,99
60 cards total

Sideboard (15)
 
44,95
2  
 
0,04
1  
 
8,00
  
0,05
2  
  
0,05
  
0,28
1  
  
0,24
  
42,49
   
420,00
   
5,95

O lendário Kai Budde jogou com esse deck que foi uma das melhores escolhas do torneio. 

 

    

 

O Dimir existe desde antes da rotação, mas ainda procurava pelo caminho que seguiria. Especialmente se jogaria de forma mais leve e tempo, ou um midrange mais pesado e focado em valor. Com Duskmourn: House of  Horrors, esse baralho ganha duas cartas que vão ajudar no seu aspecto tempo e a dominar a mesa. A primeira é o Unstoppable Slasher, que tem a capacidade de “encurtar” o jogo, deixar o oponente com menos vida e colocar a race a seu favor, o que obviamente ajuda a te colocar em uma posição mais agressiva na match. Mas secretamente o Unstoppable Slasher também é muito bom porque ele é um ótimo bloqueador, já que volta para o campo, caso não tenha marcadores. Essa capacidade faz dele uma ferramenta importante no controle do early game de decks agressivo, que historicamente são matchs sensíveis para o Dimir


A segunda carta é o Enduring Curiosity, que entrou no lugar do Gix, Pretor de Yawgmoth, como carta que nos ajuda a criar grande card advantage. As vantagens do Enduring Curiosity são na velocidade, ele tem Lampejo e pode surpreender o oponente, não perde vida, o que ajuda na race contra decks agressivos e principalmente ele é melhor contra remoções, já que precisa ser destruído duas vezes. Com isso o deck ganha mais força para jogos longos contra outros midranges.

 

Apesar dessas duas cartas terem grande impacto, eu também não posso deixar de citar o Kaito, Bane of Nightmares, que sempre que o deck fica a frente na match, ele é a carta que pressiona muito o oponente, podendo comprar carta, aumentar o clock ou mesmo travar uma criatura do outro lado. Kaito é o tipo de carta com valor individual que fazia falta no Dimir. Por vezes você tinha boas remoções e counters, mas faltava uma carta que fizesse tração na partida, obrigando seu oponente a responder ou perder o jogo.

 

A melhora no valor individual das cartas do Dimir, deixando de ser uma pilha de cartas com evasão e counters pra se defender, mas ganhando mais cartas que sozinhas, já pediam respostas do oponente, ajudou nos bons números do Mundial e mesmo nos primeiros eventos após o fim de semana. 

 

---------------------------------------------


Pensando a frente, tanto Azorius quanto Dimir terão como grande desafio bater de frente com Gruul e RDW que vem se popularizando bastante, provavelmente adaptando o sideboard para respostas mais eficientes a esses decks, mas sem esquecer que outros midranges com preto, que também apareceram no Mundial, como o Golgari Midrange ou o Dimir Demônios, também estão presentes. Lembrando que a partir de 16 de Novembro teremos a nova temporada de CCGs no formato Standard, já usando a nova coleção: Foundations.

 

Até mais!

Ruda

 

Rudá Andrade dos Reis ( Ruda)
Rudá joga Magic desde 2003, sendo que em 2012 começou a produzir conteúdo sobre o jogo, fazendo artigos, streaming e narração. Como jogador tem diversos resultados, destacando top8 no Magic Fest São Paulo em 2019 e participações no Regional Player Tour Europe e Kaladesh Championship.
Redes Sociais: Facebook, Twitter
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