Por Dentro do Lado B do Pioneer
Novidades da última semana no formato
Há 3 dias - 2.038 visualizações - 0 comentários
Olá, tudo bem?
No final de Setembro começaram os Regionais pelo Mundo, começando pelo do Brasil, dia 28 de Setembro e que continuam acontecendo até o dia 1 de Dezembro, na América Central. Todos são no formato Pioneer, o que significa um formato se desenvolvendo muito rápido, já que a competição faz com que os jogadores procurem a “boa” do formato, o que faz todo mundo tentar coisas diferentes.
No texto de hoje vou falar sobre listas fora do comum que apareceram no último fim de semana de competições, contando Regional de Taiwan, Challenge do Magic Online, e Showcase, que é outro evento importante do Magic Online, com 332 jogadores.
A primeira lista que eu queria falar e que estava bem hypada essa semana foi o Dimir Ninjas, nessa versão do membro do LigaMagic Bolts, Eduardo “L1X0” Vieira:
Entre os deck tempo, o Spirits deve ser o mais popular e o mais famoso, sendo um dos decks que estava no Pioneer quando os primeiros grandes eventos, o Regional Players Tour, aconteceram. Depois dele, tivemos outros decks nesse estilo e também apostando nos tipos de criatura, como o Rogues, mas ainda faltava os Ninjas, que ironicamente não vieram com uma edição baseada em Kamigawa.
O começo desse deck passou por duas cartas, Floodpits Drowner e Kaito, Bane of Nightmares, sendo que o planeswalker é com certeza a grande carta para jogar com esse deck. O ponto é que jogando de Ninjas você precisa criar a vantagem do uso da mana, daí Ninjutsu ser tão bom, porque é usar a mana de uma maneira mais eficiente, e depois apostar que suas mágicas darão suporte para que suas criaturas, feitas de maneira rápida, terão força para puxar o jogo. A teoria é até que fácil, mas na prática, é um balanço bem sútil onde você não pode ver o tempo virando, já que, por exemplo, o Kaito, Bane of Nightmares é muito bom atacando e péssimo se defendendo, então temos que colocar o oponente para correr atrás de nós.
Inclusive Floodpits Drowner é incrível atrasando o oponente, porque o Stun Counter dele tem um potencial incrível de Time Walk, ainda com voltando pra mão e mais ainda com Mockingbird.
Por fim, Ornitoptero é gigante nesse deck, por ser uma maneira gratuita de “ligar” o Ninjutsu.
Sobre o deck no metagame, ele venceu um Challenge semana passada, ainda usando muito o fator surpresa, mas essa semana foi mais “na média”, beliscando alguns Top 16 e 32, o deck tem potencial de ser uma força tempo real no formato e deve ser muito bom em um ambiente mais lento.
Aqui a gente já começa a pisar em lugares estranhos do metagame.
Tanto Fecund Greenshell, quanto Dreamdew Entrancer, tem as mesmas características, parecem completamente fora de uma abordagem normal de Magic, mas também tem efeitos muito bons, que se você sentar pra abusar, vai afogar o oponente em vantagens, e é isso que esse deck faz.
Primeiro que para “ligar” o Fecund Greenshell você precisa de 10 terrenos, para dar o bônus, e de criaturas com resistência maior que o ataque. Nesse ponto foi fácil, porque o formato tem uma gama bem grande de criaturas com resistência alta e que rampam, tornando mais fácil completar as duas ações com os mesmos slots. Tendo isso, já estamos a meio caminho da estratégia, porque temos muita mana e criaturas que entram e geram card advantage. Mas faltava algo mais injusto, e é aí que entra o Dreamdew Entrancer. Esse sapo parece lento, estamos falando de uma criatura de quatro manas e ¾, mas as duas opções de ETB são muito boas, seja travar uma criatura do oponente por três turnos, seja comprar duas cartas. O segredo é fazer isso várias vezes, então você tem efeitos de cópias aos montes e ainda pode voltar o Dreamdew Entrancer para a sua mão, refazendo o efeito várias vezes. Detalhe, é um deck de Yorion, Nomade Celeste, tudo o que falei vai se aplicar pelo menos mais uma vez.
O resultado é um deck que se consegue abrir acelerando a mão, vai ter um late game bizarro onde tudo gera valor ao entrar e você tem muitas ações no mesmo turno, afogando o jogo do oponente em vantagens.
O próximo deck é um clássico do formato que está meio esquecido por conta do Mono Green Devotion e de Nyktos, Santuario de Nyx.
O Mono Green Ramp ganhou algumas peças interessantes nessas últimas edições. Vislumbrar o Nucleo é um ramp realmente bom se você só se importar com Florestas ou Cavernas, lembrando que Busca Longinqua já foi uma carta fortíssima em vários formatos. E com DSK o deck ainda ganhou Say its Name, que tem uma sinergia bizarra com Rompe-mundos, mas principalmente com Altanak, the Thrice-Called, rendendo uma jogada insta que pode surpreender muita gente.
O legal dessa lista é como ela é direta, chegando na sua curva 7 começa uma chuva de bombas para mesa e esse tipo de jogo pode punir muitos decks que são lentos. Outro ponto é ser um deck de Ugin, o Dragao Espirito, uma carta que está muito fora do meta, mas que é impossível de ser batido caso você esteja com algo justo, como um midrange, ou um deck de Fires, se o planeswalker entrar na mesa, a partida reseta e em muitos casos isso pode ser letal, até porque tem chances reais de logo em sequência Ulamog, a Fome Interminavell aparecer.
Quando o Arquidemonio de Dross foi lançado, alguns podem lembrar que surgiu um combo dele com Alteracao Metamorfica, onde você encantava uma criatura do oponente, que se tornava uma cópia do Arquidemônio de Dross, mas sem os Marcadores de Óleo, o que mataria o oponente na manutenção. Tempos mais simples. esse Dimir é uma variação desse deck, mas com algumas novidades interessantes.
Primeiro que o deck usa Demonic Counsel, que é uma carta que ainda está procurando seu espaço no formato, o que parece estar chegando, já que Mono Black e Rakdos estão jogando com versões focadas em Demônios. Mas aqui essa carta é uma peça de tutor para o combo, sendo que no Delírio ela pode pegar qualquer parte do combo.
Outra novidade de DSK é o Abhorrent Oculus. Essa carta é muito boa sempre que suas proposta consiste em trocar recursos com o oponente de forma barata, interagindo muito, e esse eck faz muito isso, e você quer um plano B, porque o Abhorrent Oculus nada mais é do que uma carta que chama remoções do oponente, deixando espaço para que você combe. Se o oponente resolver ignorar o Abhorrent Oculus para só focar no combo, pode perder para um exército de criaturas 2/2.
Por fim, a lista ainda tem Overlord of the Balemurk, que é um enabler muito bom para o cemitério e também ajuda como plano B, dando consistência ao deck.
Essa lista fez 5-0 em uma Liga do Magic Online e tem um plano tempo bem amarrado que pune um oponente que gaste todo o recurso nas ameaças “tradicionais” do deck, e acabe ficando sem respostas quando você tentar combar.
Por fim, vamos com a última lista:
Essa lista fez Top 4 no Pioneer Showcase, o que é um resultado muito bom para um deck ainda desconhecido.
O deck é baseado em como podemos fazer os Overlords por custo de Impeding, colocando eles na mesa muito cedo e dali em diante aproveitando as sinergias por conta de ter uma criatura/encantamento tão forte cedo. Mesmo no Impeding, os Overlord desencadeiam a habilidade de Subir no Pe-de-feijao, o que permite curvar Feijão, Overlord e comprar uma carta, outro Overlord e comprar outra carta e assim em diante.
Mas não é só sobre card advantage, porque Zur, Conspirador Eterno pode transformar os Overlords que entraram via Impeding em criaturas, com poder/resistência iguais ao seu custo, por exemplo, ele transforma o Overlord of the Hauntwoods em uma criatura 5/5, com Vínculo com a Vida, Toque Mortífero e Resistência à Magia. É uma maneira bem eficiente de “cheatar” uma criatura muito grande na mesa. Basicamente você curva Overlord of the Hauntwoods para Zur, Conspirador Eterno e já ataca, é muito bom. E além do Zur, você ainda pode usar Bruxuleio do Destino para blinkar um Overlord no Impeding, ganhando mais um trigger do Overlord e uma criatura grande na mesa.
E além de tudo isso, ainda é um deck com um kit de remoções bem eficiente para o formato, ou seja, além de vencer um jogo longo porque compra muita carta e é cheio de criaturas com ETBs, ainda é um deck que consegue segurar o começo do jogo, para não perder para decks como o Rakdos Prowess, que são tão presentes no Pioneer.
Essas foram novidades só dessa última semana e o formato tem se desenvolvido muito bem nessa temporada de Regionais, então até o final do ano espero mais novidades. Claro que após os últimos anúncios dos torneios da Wizards muita gente que gosta do formato ficou receosa, mas garanto que online o formato sempre foi forte e deve continuar dando uma base para quem quer jogar.
Qualquer dúvida ou sugestão, é só falar. Bons Jogos!
Últimos artigos de Daniel Sant Anna
Por Dentro do Showdown dos EUA
1817 jogadores no maior campeonato do mundo atualmente
Por Dentro do Showdown dos EUA
1817 jogadores no maior campeonato do mundo atualmente
O Novo Pioneer
Analisando como os banimentos afetaram o metagame do formato!
O Novo Pioneer
Analisando como os banimentos afetaram o metagame do formato!
O Pioneer com Bloomburrow
Algumas ideias interessantes com a nova coleção
O Pioneer com Bloomburrow
Algumas ideias interessantes com a nova coleção
Minhas apostas de Bloomburrow para o Pioneer
Separei algumas cartas que me chamaram atenção e trouxe algumas apostas de decks, com o foco no formato Pioneer.
Minhas apostas de Bloomburrow para o Pioneer
Separei algumas cartas que me chamaram atenção e trouxe algumas apostas de decks, com o foco no formato Pioneer.
Meu Top5 de Modern Horizons 3
Minhas opções de Modern Horizons 3 para o Modern
Meu Top5 de Modern Horizons 3
Minhas opções de Modern Horizons 3 para o Modern