Olá! O Modern segue na reta final da temporada de classificatórios para o próximo Showdown (Regional Championship), e há um baralho que claramente se destaca, tomando para si ¼ de fatia de metagame: o Boros Energy.
O baralho em si pouco mudou desde sua concepção. Ele ainda combina a ultra eficiência de Guia das Almas. Bando de Ocelot e Raptor Amplificado para fazer uma mesa extremamente rápida, assim como Raio, Descarga Galvanica e Prisao Estatica são remoções que lidam com ameaças muito acima do que custam em mana. Ajani, Paria Nacatl representa o potencial absurdo de dano, principalmente junto do Bombardeio Galvanico que permite controlar a hora que ele se transforma, assim como é uma permanente vermelha para manter a habilidade de dano direto ativa. Phlage, Tita da Furia Ignea é o topo de curva para partidas mais arrastadas, que também sinergiza bem com Bando de Ocelot e em particular com o ímpeto gerado por Arena da Gloria.
Tudo isso ainda é o mesmo que o deck faz desde o lançamento de Modern Horizons 3 quatro meses atrás. Porém, a incorporação da carta mais jogada e mencionada como candidata à banimento levou o Boros Energy ao nível Tier 0 de dominância: O Um Anel.
Se o precioso vai continuar no Modern por muito tempo, não é a questão principal para aqueles que simplesmente querem levar o melhor baralho para maximizar suas chances de ganhar a tão esperada vaga ou premiações em eventos, como no Magic Online. Sem mais delongas, vamos à lista:
Essa versão maximiza todos os aspectos do deck, com quatro cópias de tudo que é importante para fazer o jogo andar e as quatro cópias de O Um Anel para ter a vantagem nas partidas longas de atrito – ou ao menos, não ficar para trás contra outros Boros que também tenham as quatro cópias do precioso. Lua Sangrenta ainda é uma concessão à estratégias como Amulet Titan e Jeskai Control, decks que podem sofrer bastante para uma Lua bem encaixada, embora algumas listas já tenham cortado o encantamento vermelho do deck principal pensando em um metagame cheio de mirrors (utilizando opções como Aparição do Enclave Celeste, ótima resposta para qualquer ameaça do deck, incluindo O Um Anel e Phlage).
Uma das ausências é Ragavan, Afanador Agil. Embora poderoso em um metagame aberto, sendo capaz de explodir na mana gerando ampla presença de mesa, uma criatura com um de resistência acaba sendo bastante difícil de conectar considerando a quantidade de bloqueadores e remoções que lidam com ele em paridade de mana (e Bando de Ocelot em particular segura ele com a iniciativa).
Para finalizar, compartilho algumas dicas para pilotar o baralho e um breve guia de sideboard para as principais partidas:
- Ajani, Paria Nacatl ser lendário possibilita usar seu flip com duas cópias dele, já que o que ficar na mesa vai ver um Felino indo para o cemitério;
- Se você tiver outras opções de jogada, evite fazer o Raptor Amplificado antes de chegar nas potenciais quatro energias – dessa forma, não se desperdiça um eventual Phlage, Tita da Furia Ignea ou O Um Anel;
- Da mesma forma, é importante empilhar as habilidades do Guia das Almas de modo a ganhar a energia antes de resolver a habilidade do Raptor;
- Ainda no Raptor Amplificado, não esqueça que ele apenas gera energias se vier de outra zona, por exemplo, sendo revelado por um Raptor anterior, ou caso retorne ao campo de batalha se você destruir uma Prisao Estatica ou Acorrentado as Rochas;
- Se tiver pelo menos quatro manas desviradas e cinco no cemitério, vale a pena usar a fetchland na fase principal buscando Sala de Visitas Elegante pela chance de acertar Phlage no vigiar;
- Arena da Gloria gera duas manas vermelhas para dar ímpeto, mas elas não precisam ser necessariamente na mesma criatura. Uma jogada possível é usar uma das manas geradas para um Ajani e outra para um Raptor, e então ter mais criaturas atacando com ímpeto;
- Considere descer Prisao Estatica ou Lua Sangrenta como forma de ganhar a benção da cidade, dependendo da situação;
- Descarga Galvanica nas próprias criaturas para aumentar a quantidade de energia também é um truque interessante, especialmente quando revelada via Raptor Amplificado;
- Ainda na Descarga Galvânica, só é necessário declarar a quantidade de energia utilizada na hora que a mágica resolve, de modo que o oponente não tem mais janela de interação depois que você decidir a quantidade de dano que vai entrar. Isso é especialmente relevante ao lidar com Sapo Psiquico;
- Caso o oponente responda a habilidade de virar do O Um Anel, você não vai comprar o card, então por vezes pode ser mais interessante esperar o oponente estourar a fetchland e comprar no fim do turno, ou pelo menos ativar na vez do oponente para fazer com que ele gaste a mana de um eventual Amarras da Linha de Forca na vez dele;
- Na guerra de Phlages na mirror, exilar o cemitério em resposta à conjuração da Phlage com Amuleto de Thraben não impede o gigante de entrar no campo de batalha. O ideal é exilar o cemitério quando o oponente tiver cartas suficientes para reanimá-la em resposta a alguma habilidade que jogue no cemitério (como vigiar ou descarte da Fábula do Quebrador de Espelhos), ou em resposta a própria Phlage sendo conjurada da mão pela primeira vez;
- Canto de Orim pode ser usado para quebrar alguns combos, como contra o Storm em resposta ao transformar de um Ral, Monsoon Mage ou de um Passado em Chamas, mas principalmente reforçado após o oponente de Atraves da Brecha resolver seu bichão;
- Flauta Disruptora é uma excelente resposta contra várias ameaças complicadas do formato, mas está no sideboard principalmente contra Mono Blue Belcher. Lembrando que ela também precisa estar proativamente no campo de batalha para os +3 de mana fazerem efeito (jogar a Flauta em resposta à mágica não faz o oponente ter que pagar +3);
- Lembre-se que não pode revelar a Jegantha, a Fonte nas partidas em que subir a Gorja Ardente de Obsidiana;
- Se estiver em dúvidas na hora de realizar o sideboard, Lua Sangrenta não costuma ser bom contra decks cujo plano seja mais voltado para criaturas/ameaças, que possuam muitos básicos ou outras formas de fixar a mana. Raptor Amplificado é outro corte honesto, porque ele piora bastante seus flips quando temos mais cartas situacionais no pós-sideboard, além de que possui somente um de resistência e depende da mecânica de energia, dois fatores que costumam ser “hateados” com cartas como Medo! Fogo! Inimigos!, Purificadora Solar e afins.
● Boros Energy (mirror):
-2 Lua Sangrenta
-2 Raptor Amplificado
-2 Prisao Estatica
+2 Acorrentado as Rochas
+2 Medo! Fogo! Inimigos!
+2 Amuleto de Thraben
● Dimir Murktide:
-2 Lua Sangrenta
-2 Raio
+2 Acorrentado as Rochas
+2 Amuleto de Thraben
● Domain Zoo:
-2 Raio
-2 Raptor Amplificado
+2 Acorrentado as Rochas
+2 Amuleto de Thraben
● Ruby Storm:
-2 O Um Anel
-2 Lua Sangrenta
+2 Canto de Orim
+2 Amuleto de Thraben
● Eldrazi Ramp:
-2 Raio
-2 Descarga Galvanica
-2 Lua Sangrenta
+2 Canto de Orim
+4 Gorja Ardente de Obsidiana
● Eldrazi Breach:
-2 Raio
-2 Descarga Galvanica
-2 Lua Sangrenta
+2 Canto de Orim
+4 Gorja Ardente de Obsidiana
● Mardu Energy:
-2 Lua Sangrenta
-4 Raptor Amplificado
+2 Acorrentado as Rochas
+2 Medo! Fogo! Inimigos!
+2 Amuleto de Thraben
● Jeskai Control:
-2 Descarga Galvanica
+2 Amuleto de Thraben
● Mono Blue Belcher:
-2 Lua Sangrenta
+2 Flauta Disruptora
● Esper Goryo’s Vengeance:
-3 Descarga Galvanica
+2 Amuleto de Thraben
+1 Flauta Disruptora
● Amulet Titan:
-2 Raio
-2 Descarga Galvanica
+2 Amuleto de Thraben
+2 Flauta Disruptora
E quanto a vocês, leitores, o que acham do Boros Energy no atual metagame do Modern? Acreditam que o deck está na fase “se não pode com ele, junte-se a ele” ou ainda há como combatê-lo no formato? Esperam algum tipo de banimento nas próximas janelas? Se sim, o que mudariam? Compartilhem suas opiniões nos comentários!
Abraços e até a próxima!
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Artigo bem completo, mas acredito que esse tipo de artigo, especialmente quando fala do deck mais jogado do formato, poderia trazer uma sessão dedicada a formas de hatear/combater, explicitando fraquezas e brechas do deck. Fica a sugestão!