Aqui quem vos escreve é o Heli e hoje venho apresentar meu Top 3 cartas da nova edição Noctumbra (Duskmourn no original em inglês). Em termos de pano de fundo, Duskmourn cria um grande contraste em relação a Bloomburrow: um plano composto por uma mansão, cheia de sustos e criaturas horripilantes.

 

 

 

 

 

    

 

Possessed Goat – Mesmo não tendo evasão, esse bode pode ser interessante. Se tornar uma criatura preta 4/4 ao custo de descartar qualquer carta pode ser útil. O fato de se tornar uma criatura preta faz com que ela fuja de Liquidar - e ainda podemos fazer em velocidade instantânea.

 

Grand Entryway // Elegant Rotunda – A primeira Room que trago pode ser útil em decks que usem mais criaturas. Um de seus lados coloca uma criatura encantamento e o outro coloca dois marcadores +1/+1 em até duas criaturas. A primeira grande vantagem dessas cartas é usar seus efeitos, escapando de anulações pois, ao destrancar seu outro lado, não há conjuração (lembrando que, destrancar uma Room é uma ação especial que não usa a pilha, semelhante a habilidade Metamorfose). Decks com base em encantamentos ou algum White Weenie que foque em ser menos wide pode se beneficiar.

 

Fear of Surveillance – Falando em descarte, esse pesadelo consegue fazer isso muito bem. Um corpo OK para uma criatura com vigilância, mas que se destaca por desencadear o Vigiar 1, jogando cartas para o cemitério. Elas ainda podem ser úteis e o próprio branco tem boas opções, como Cordoes Prismaticos e Guinchado de Guerra.

 

 

 

 

Glimmerburst – O “Vaga-Pensador nerfado” como dizem, tem lá sua utilidade. Mesmo que a criatura que ele gera não tenha evasão, o fato de ser um encantamento pode ser relevante. Porém, sua maior vantagem é ser uma mágica instantânea, o que é muito útil em decks de controle.

 

Meat Locker // Drowned Diner – Um dos seus lados é uma “remoção azul”, possuindo efeito de colocar marcadores de atordoamento. Seu outro lado te faz comprar três cartas e descartar uma. O útil aqui é você poder driblar as anulações, garantido seu uso em momento oportuno.

 

Underwater Tunnel // Slimy Aquarium – Já temos decks azuis que se preocupam em jogar cartas para o cemitério, se valendo de criaturas como Terror Tolariano e Serpente Criptica. O trunfo aqui é poder usar o Manifest Dread, seja transformando uma mágica em criatura, seja criando dúvidas no combate, já que pode não ser “apenas” uma criatura 2/2.

 

 

 

 

Derelict Attic // Widows's Walk – Comprar três cartas e perder dois de vida por três manas sempre foi um clássico da cor preta. Porém, essa Room tem um segundo lado que deixa seus atacantes pequenos bem mais chatos de serem bloqueados. Ser um efeito contínuo melhora muito seu potencial, ainda mais se o combinarmos com outra habilidade, como Ameaçar, por exemplo.

 

Fear of Lost Teeth – Mais uma criatura da série de pesadelos, e essa também pode aparecer em um deck que já existe. O Mono Black Burn pode se utilizar dessa criatura, já que as listas tendem a usar várias ferramentas para sacrificar as próprias criaturas - e essa ainda drena a vida do oponente.

 

Final Vengeance – Sinceramente, eu fiquei bem empolgado com essa remoção. A “falha” que eu vi algumas pessoas apontando, como não poder sacrificar um artefato, é exatamente o que me fez olhar para ela com mais detalhes. Nessa linha temos várias opções e quero diversidade no formato. Decks com encantamentos caíram bastante e gostaria de ver o metagame tendo boas opções nessa temática. Além disso, acho que exilar uma criatura é bem significativo. Sua sinergia com cartas, como Pesadelo Sem Esperanca é o que me faz pensar em decks onde ela seja mais útil.

 

 

 

 

Glassworks // Shattered Yard – Um dos lados dessa Room é uma remoção e o outro lado tem um efeito igual à Maldicao do Coracao Perfurado, clássica carta dos antigos Burn. Penso que ambos os custos são maiores que o normal para seus efeitos, mas não vejo um deck em que ela entraria no momento. Inclusive, o fato das Room não desencadearem nenhum de seus efeitos quando são blinkadas é algo que diminui bem a chance de tirarmos vantagem repetidamente.

 

Clockwork Percussionist – A banda dos goblins recebe mais um integrante e, dessa vez, ele ainda é um percussionista! Brincadeiras a parte, esse macaco só faltava ser um goblin para ser perfeito. Ter ímpeto ajuda demais na explosão que o Mono Red precisa, podendo ser uma ameaça nos primeiros turnos ou dar aquele dano final para vencer o jogo. Sua habilidade de “compra” tem sido o padrão para vantagem de cartas no vermelho, já que pode conjurar a mágica até o próximo turno possibilitando turnos bem explosivos. Como se não bastasse, ele ainda é um artefato, o que facilita seu uso em decks que usem mágicas que possam exigir sacrifício desse tipo.

 

Grab the Prize – Temos a quarta carta vermelha com efeito similar. Disputa Mortifera começou a ter “irmãs” dessa forma, o que fez com que pequenos detalhes de suas habilidades definissem em qual deck cada uma seria mais útil. Grab the Prize segue muito bem essa linha, já que sua vantagem aparece quando descartamos uma carta que não seja um terreno. Esse dano incidental é muito relevante, pois comprar cartas é o objetivo principal. Usando essa carta com Temperamento Explosivo, causamos cinco pontos de dano, compramos duas cartas por apenas três manas. Vejo que Rakdos Madness é o deck que mais se favorece dessa mágica no metagame atual.

 

 

 

 

Horrid Vigor – A primeira coisa que devo dizer sobre a cor verde em Duskmourn é que, para o Pauper, ela está muito fraca. Nas últimas edições somente MH3 que ajudou a cor, porque as outras não se esforçaram muito nesse sentido. Horrid Vigor é uma carta útil como truque de combate, então precisamos de um deck com criaturas maiores. Talvez o Gruul Ramp poderia utilizar alguma cópia, em partidas em que queiram lidar com alguma criatura do oponente. Além disso, Bencao da Furia de Batalha e Oferecer a Imortalidade possuem o mesmo efeito, mas são cartas pretas.

 

Manifest Dread – Essa carta tem a característica de ter o mesmo nome do que ela faz. Como citei, a habilidade em si tem utilidade, por poder “transformar” criaturas em mágicas ou esconder a real criatura que está em combate. Além disso, dá para pensar em criaturas que tenham custo adicional ou ETB para ambos os jogadores, visando burlar exigências dessa criatura.

 

Monstrous Emergence – Mais uma remoção verde. Ela possui o efeito de “mordida”, que é aquele onde a mágica causa dano direto a uma criatura do oponente. Entretanto, a grande diferença dela é que a quantidade de dano pode ter como fonte, uma criatura a ser revelada da sua mão. Isso previne que a sua criatura seja removida antes de causar dano, além de podermos esconder o quanto podemos causar dano.

 

 

 

 

Recebemos um novo ciclo de terrenos duais, sem nenhum tipo básico. E a condição para que eles entrem desvirados é que algum dos jogadores possui treze ou menos pontos de vida. Admito que, quando eu os vi pela primeira vez, fiquei deslumbrado! Os primeiros terrenos duais do formato que podiam entrar desvirados, sendo um ciclo com todos os pares de cores. Porém, o tempo foi passando e eu fui aceitando que essa condição mudava totalmente a efetividade desses terrenos. Atualmente, penso que não são terrenos para você usar quatro cópias em algum terreno, talvez substituindo um terreno básico. É um terreno que você quer que entre desvirado, senão ele não tem utilidade.

 

Bom, analisando as cartas como um todo, meu Top 3 fica assim:

 

 

O que acharam do power level de Duskmourn? Eu me decepcionei um pouco, pois me parecia uma edição que iria oferecer mais ao formato. Senti uma edição onde experimentos foram feitos, quase como uma preparação para mudanças. Talvez, Foundations seja o motivo dessa sensação de quebra no power level da edição. Deixem nos comentários o que pensam das opções que a edição nos oferece e onde elas podem ser úteis. Galera, vou ficando por aqui e espero que tenham gostado da análise.