Salve galera.
Em meio aos inúmeros bons lançamentos desse ano, agora em setembro tivemos Duskmourn, que veio depois de Bloomburrow, uma coleção muito boa mas que foi um pouco mais morna.
Na minha opinião, seguindo os moldes de Outlaws of the Thunder Junction, Duskmourn atingiu o Commander 500 e o cEDH com diversas amostras de power creep e staples que vieram pra ficar, consequentemente mudando um pouco o que era o padrão de jogo atual.
Nesse texto resolvi separar 10 das cartas que eu particularmente gostei mais, levando em consideração a combinação entre power level e preço delas.
Então sem mais delongas, bora conferir essa lista!
Começando por essa criatura de apenas duas manas que foi um ganho para vários decks que possuem a cor preta, afinal, além do baixo custo e do poder alto ela ainda traz uma habilidade complementar para várias estratégias.
Essa nova habilidade que surgiu nessa coleção, a Survival, faz com que as criaturas desecadeiem efeitos se iniciarem sua segunda Main Phase viradas, e no caso da Cynical Loner você poderá procurar no seu deck por uma carta e colocá-la diretamente no seu cemitério.
Como já é de conhecimento geral, os efeitos baseados em Entomb servem em diversas estratégias como formas rápidas de acessar cartas pelo cemitério, que funciona como uma espécie de extensão de sua mão, o que torna essa criatura capaz de te dar um atalho logo no early game por custar apenas 2 manas.
Apesar do evidente problema de que ela pode ser bloqueada com facilidade, seu poder alto acaba fazendo com que pelo menos no início do jogo o seu oponente não a priorize como alvo de um bloqueio, já que ela consegue remover muitas criaturas em uma batalha. E mesmo em situações onde ela consiga desencadear seu efeito apenas uma ou duas vezes, o valor gerado por ela vale muito a pena.
Nossa segunda carta é o Insidious Fungus, uma criatura que dispensa apresentações apesar de ter sido recém lançada. Isso porque se você joga Commander priorizando a otimização sabe o quanto Caustic Caterpillar desempenha um papel importante no formato.
Em Guerra dos Irmãos ganhamos também a Haywire Mite, uma versão um pouco melhorada que infelizmente acabou ficando numa faixa de preço que acaba não valendo tanto a pena no 500, apesar de ainda ser “barata”.
E agora, dois anos depois, assim como em um episódio de Digimon, tivemos a evolução da lagarta para um fungo que aumentou um pouco seu escopo de ação mantendo sua facilidade de uso.
Basicamente dessa vez além de destruir um artefato ou encantamento por um total de 3 manas, podemos usá-la como uma fonte de draw que ainda pode te acelerar baixando um terreno da sua mão para o campo virado. E o detalhe é que isso pode ser usado no passe, melhorando consideravelmente uma carta que já era boa!
Nossa próxima criatura da vez é lendária e traz um efeito no mínimo interessante.
Por 3 manas, The Jolly Balloon Man é uma criatura 1/4 com haste, mas com uma habilidade que só pode ser ativada como um feitiço.
Como custo dessa habilidade, podemos pagar 1 mana e virá-lo para criar um token que seja uma cópia de outra criatura que você controla, com exceção de que ela será um balão vermelho 1/1 com voar, e terá que ser sacrificado no final da sua próxima end step.
Apesar de ainda não ter tido tempo de testar esse cara em campo, acredito que ele seja uma carta com enorme potencial, capaz de “multiplicar” efeitos de ETB para valor, ou até mesmo para alguns combos.
Apesar dessa limitação que faz com que sua habilidade só possa ser usada em sorcery speed, ainda acho que no deck certo ele pode ser uma boa adição.
Como Comandante não vejo tanto espaço para essa carta, afinal estamos falando de Boros, que apesar de ter alguns bons comandantes é uma combinação de cores difícil de sair da “mesmice”, o que garante para a Winota, Joiner of Forces um trono permanente.
De modo geral, seu preço ainda continua um pouco elevado, o que dificulta muito sua entrada nas listas de Commander 500, mas por ter gostado bastante do efeito e por acreditar que ele ainda iria cair um pouco de preço, resolvi colocá-lo nessa lista.
Agora vamos direto para um feitiço que de cara chamou a atenção de muita gente.
Antes de tudo devo dizer que seu preço ainda é um problema, já que está mega inflado, mas ao contrário da carta citada anteriormente acho que Come Back Wrong dificilmente irá cair de preço.
Essa carta trouxe mais uma vez um efeito de remoção para a cor preta, que pelo seu custo de 3 manas na velocidade de feitiço acabaria sendo “mais do mesmo”, se não fosse pela parte que faz com que a criatura destruída por ela, se fosse ser colocada em um cemitério, ao invés disso será devolvida para o campo sob o seu controle e sacrificada na sua end step.
Esse bônus faz essa carta subir muito de nível, permitindo que você replique efeitos de criaturas dos seus oponentes, que por diversas vezes podem te ajudar a desenvolver sua estratégia, ou até mesmo ganhar o jogo.
Imagine que por 3 manas você consiga destruir uma Spellseeker? Ou uma Eternal Witness que vai te garantir a recursão que você precisava? Um Imperial Recruiter que pode te tutorar aquela peça que faltava pro combo. As opções são muitas!
Além disso, a criatura alvo para essa mágica não precisa estar sob o controle do oponente, permitindo que você destrua uma de suas próprias criaturas para repetir mais uma vez seu efeito, e assim por diante.
Come Back Wrong veio pra ficar, com a sua arte que é uma clara referência ao filme de 2013, “A morte do Demônio”, e seu efeito que com certeza pode fazer seus oponentes terem alguns pesadelos!
E vamos de Cantrip!
Ainda na cor preta, esse feitiço veio para agradar os jogadores de Grave Decks, como eu.
Por apenas 3 manas em velocidade de feitiço você pode olhar as 4 cartas do topo do seu deck, colocar uma delas na sua mão e o restante no seu cemitério, e de brinde, você ainda ganha 3 de vida.
Apesar de não ser uma carta extremamente forte, ela fornece um card selection muito alto que em vários decks pode ser decisivo, já que ela gera valor de ambos os lados: Colocando uma carta na sua mão, e colocando 3 cartas no seu cemitério!
Como já citei anteriormente, em muitos decks o cemitério acaba se tornando uma extensão de sua mão quando falamos de estratégias de jogo, e fazer uma manipulação do seu top deck logo no início da partida, pode acelerar demais os seus planos.
Além disso a carta que é colocada na mão não precisa ser revelada, o que aumenta ainda mais o fator estratégico dessa escolha, e é por isso que considero essa uma das cartas mais úteis (pelo menos para os meus decks), e acredito que ela será uma boa opção para o Commander 500, já que atualmente está custando apenas 2 reais.
E pulando agora para uma mágica instantânea na cor vermelha temos Untimely Malfunction, que assim como o fungo que apareceu lá no início, também é uma evolução de uma carta já conhecida: o famoso Abrade.
Dessa vez, ao invés de adicionar um efeito tivemos também uma substituição, já que perdemos os 3 de dano que Abrade causava, mas ganhamos a chance de mudar o alvo de uma mágica ou habilidade.
Apesar disso, essa nova capacidade faz com que o vermelho tenha mais uma carta de resposta, e por um custo de mana muito acessível, o que torna essa mágica muito visada para quem joga Commander 500.
Sua terceira habilidade é um bônus que faz com que uma, ou duas criaturas não possam bloquear neste turno, o que apesar de não ser o foco principal da carta pode te salvar em diversas situações em que um ataque precise ser encaixado para dar andamento à algum plano de jogo, como efeitos de Malcolm, Keen-Eyed Navigator, Tymna the Weaver e a própria Cynical Loner, que apareceu logo no início desse texto.
Tudo isso faz com que Untimely malfunction seja uma carta completa para os jogadores que precisam de versatilidade em seus decks!
E se a redundância é o que faz um deck ser consistente, Duskmourn entregou ainda mais consistência para uma cor que já tem muito espaço no commander atualmente!
Às vezes quando eu digo que o branco saiu do fundo do poço do Commander para uma das melhores cores de suporte ainda tem gente que discorda, mas é inegável que lançamento após lançamento o branco vem ganhando cada vez mais adições para efeitos que a cor já domina.
Apesar da cor preta ser sempre lembrada pelas suas remoções pontuais, é no branco onde as remoções de custo 1 com drawbacks irrelevantes em velocidade instantânea moram!
Com Unwanted Remake agora poderemos ter 3 chances de remover uma carta de seu oponente no passe sem gastar muitos recursos, e com o “bônus” aleatório de ainda ter a chance de remover uma carta importante do seu top deck.
Mesmo com a chance dessa última opção ser menor, quando o oponente for colocar a carta do topo do seu deck em campo virada para a baixo, caso ela não seja uma criatura, ele não poderá jogar essa carta, e nem enviá-la voluntariamente para o cemitério com facilidade (a menos que ele tenha um sac outlet), e isso acaba removendo tutores, counters, removals, ramps, terrenos e etc.
Definitivamente essa é uma das cartas que vão estar na lista de compras de todo e qualquer commandeiro.
Nossa última mágica instantânea é a Withering Torment, outra carta preta destaque dessa coleção e que também já foi lançada como uma staple.
Nela, por apenas 3 manas você pode destruir uma criatura ou encantamento alvo, e isso ao custo de apenas 2 pontos de vida.
A primeira vista essa carta parece apenas mais uma pra coleção de remoções pretas, ainda mais se considerarmos que o custo desse efeito tem sido reduzido com as últimas coleções que vem sendo lançadas. Mas o que realmente faz dessa carta um ponto fora da curva é o fato de que ela pode remover pontualmente um encantamento!
Para os que não se lembram, remoções de encantamento são extremamente raras na cor preta, e isso é uma grande pedra no sapato dos jogadores de Mono Black, principalmente quando enfrentam decks Stax.
Atualmente a única carta para decks Mono Black que supre esse vácuo é a Feed the Swarm, um feitiço de duas manas que também é capaz de destruir um encantamento, mas te faz perder vida igual ao custo daquela permanente. E por mais que esse pareça o “defeito” da carta, seu verdadeiro problema é que ela é um feitiço, o que te obriga a gastar essas duas manas durante seu próprio turno e não abre espaço para que você responda seus oponentes.
No caso de Whitering Torment tivemos um aumento de 1 mana em seu custo, mas o que é mais do que justo por fornecer um efeito em instant speed.
● Unholy Annex // Ritual Chamber
E se você esperou até agora para ver uma carta de sala aqui no nosso texto, chegou a sua hora.
Claro que entre as cartas dessa coleção (sem contar os decks de Commander) tivemos 23 encantamentos do tipo sala, então obviamente que outros deles também são bons, como por exemplo a Surgical Suite // Hospital Room, que foi uma que particularmente também me chamou a atenção. Mas acredito que em comparação às outras cartas, infelizmente eles acabam ficando um pouco atrás, especialmente os que custam muito mana.
Por outro lado, acho muito legal o fato de que esse é um tipo de encantamento que acho muito promissor, afinal ele te oferece mais variabilidade para efeitos de encantamento, já que você pode usar suas salas em diferentes momentos do jogo.
Dito isso, levem em consideração que só escolhi um para esse texto por ainda ser um tipo muito experimental, e também por não ter achado seus efeitos tão bons quanto as outras cartas citadas.
Voltando ao foco desse assunto, devo dizer que o que realmente importa na nossa carta da vez é a sua sala chamada de “Unholy Annex”.
Ela é um encantamento de 3 manas que faz com que no começo da sua end step você compre uma carta. Caso você controle um demônio você faz com que cada oponente perca 2 pontos de vida e você ganhe 2 pontos de vida. Caso contrário, você perde 2 pontos de vida.
Ao bater o olho nessa carta a gente logo lembra de Arena Phyrexiana, uma carta icônica dos formatos competitivos por gerar um constante valor por um custo muito baixo, mas nesse caso o draw vem no final de seu turno, ao contrário da arena que faz isso no início.
Isso muda muita coisa, afinal comprando uma carta logo ao começar o turno, seu leque de jogadas aumenta muito, te fornecendo mais opções para que você execute nas próximas 5 fases.
Dito isso, acredito que essa carta vai depender muito do seu preço para entrar ou não nas listas, já que Arena Phyrexiana é uma carta que pesa bastante no budget de vários decks de Commander 500, mas em formatos onde o preço não importa, ela acaba ficando pra trás;
Ainda assim, alguns decks podem se beneficiar do draw no final do turno, mas como essa é uma exceção, vamos considerar Unholy Annex apenas como uma opção secundária para as suas fontes de draw.
Seu outro lado, a “Ritual Chamber” faz com que você crie uma ficha de demônio 6/6 com voar, o que complementa a sala aberta anteriormente.
Nos CMD 500 ou no cEDH esse é o tipo de efeito que acaba sendo muito dispensável, mas em certas situações você pode até se beneficiar disso para tirar mais vida de um oponente específico, ou até bloquear uma esfinge 6/6 Esper com Ward e Voar, quem sabe.
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Enfim, essas foram as cartas que eu achei que são destaque nessa coleção levando em conta um balanço entre power level e preço.
Também não falei dos decks de Commander pois pretendo abordar essas cartas em outro artigo.
Caso você queira ver essas opiniões em vídeo onde complementa melhor as ideias por trás de cada escolha, você pode assistir clicando AQUI!
Espero que vocês tenham curtido, e se você acha que alguma carta faltou por aqui, deixe um comentário com o seu top pra gente conversar!
Lembrando que no Commander tem espaço pra todo tipo de playgroup, e essas listas são baseadas na minha opinião, e não são para ser levadas como uma verdade absoluta.
Agradeço a todos que leram até aqui, um grande abraço e até o próximo
ué, até onde entendi comprar na end step é melhor, vc terá uma carta que se for instant e tiver mana, voce joga no turno do oponente. E se não usar ela ainda terá essa extra pra começar o turno.
