O Circuito Ligamagic Central continua com força total, eventos toda semana em vários formatos (Duel Commander, Pauper, Pioneer, Duel Commander 500, Legacy, Modern, Standard e Limitado) e uma Grande Final a vista. Você ainda não está participando das etapas? Procure pelas lojas participantes no site do CLM, https://www.circuitoligamagic.com.br, ou entre em contato com o nosso suporte para quaisquer dúvidas em [email protected]
Mas hoje eu quero falar de quem está jogando as etapas e quais listas estão se destacando nesses eventos, focando no Pioneer, que é uma final que tem a premiação de 10 mil reais, no dia 14 de Dezembro.
O Pioneer passou por uma grande mudança após a última atualização da banlist, e não é pra menos, o formato perdeu dois pilares importantes, o Rakdos Vampiros e o Amalia combo, deixando muito espaço para que muita gente voltasse a tentar aquele deck que tanto gosta. E que lugar melhor para isso do que uma etapa do maior circuito independente do Brasil?
Vamos começar com a lista do Pedro Moura De Farias, vencedor da etapa da Neowalkers Geek Store, de Guarulhos/SP:
Boros Heroic foi um ótimo deck por muito tempo e inclusive estava na final do último Pro Tour Pioneer. Ter ganho Exibido Tirofino fez um baita bem para essa estratégia, dando mais uma carta que pode vencer “do nada”, assim como o Virtuoso Iluminador já fazia.
Nessa lista do Pedro temos uma novidade de Boomburrow, Vem Quebrar, que no seu modo “normal” é só mais um pump, sem grandes vantagens, mas que vira uma proteção a mais, mas juntando proteção e bônus de ataque, o que o faz bem interessante durante o combate. No side, fazia muito tempo que eu não via Nahiri, a Inclemente, com sua terceira habilidade, que casa muito bem com a estratégia quando você enfrenta remoções. Normalmente temos Confronto dos Skalds nesse slot, mas um planeswalker, e a Forja de Urabrask, são mais complicados de lidar.
A próxima lista é do Joe Carlos Moura Campos, vice-campeão da etapa da King Play Games, de Goiânia/GO:
Joe ficou em segundo local na sua etapa e está com um deck que é um ponto importante para entender o Pioneer. O Fênix existe desde o começo do formato, mas foi nos últimos anos que ele ascendeu ao top3 do formato, inclusive antes dos bans ele batia de frente com Vampiros e Amalia. Com o meta mudando, o deck continua uma grande força do formato, ainda que bem difícil de pilotar.
A lista do Joe traz um ponto interessante que é sobre usar ou não Memoria Eidetica de Proft. Essa discussão começou quando a carta foi lançada e tem tópicos interessantes. A princípio, esse slot do deck era utilizado por Transgressao Temporal, que acompanhava também Iteracao Galvanica. Com essas cartas o deck ganhava opções quase de combo, já que você pode gerar dois ou até mesmo três turnos extras, fazendo com que mesmo um Salao dos Gigantes da Tempestade fosse letal. No entanto, é mais um plano do deck que depende de cemitério, o que significa que pós side piora consideravelmente, Mas se você, como o Joe, usar Memoria Eidetica de Proft, você ganha um “quase turno extra”, no sentido que suas criaturas ficando maiores terminam o jogo mais rápido, mas isso sem depender do seu cemitério, apenas da sua capacidade de comprar muitas cartas. O que tenho visto, inclusive nas listas do CLM, é variar o uso dessas opções, onde quem gosta de jogar mais “all in”, vai com o turno extra e quem prefere, ou espera, um jogo mais lento, vai com a. Memoria Eidetica de Proft.
A próxima lista é da etapa da Ancestral Cards, de Varginha/MG, utilizada pelo Luis Henrique Ribeiro Luciano:
Dimir Control é um deck que varia bastante com o ambiente, normalmente indo muito bem, como foi nesse caso, já que o Luís ficou em primeiro, quando lê corretamente o metagame. O deck é o tradicional “draw go”, onde a estratégia é muito focada em responder tudo do oponente e depois de vários turnos, finalmente fechar a partida, especialmente com Tufao de Tubaroes e Ashiok, Inspiracao do Pesadelo.
Outro detalhe interessante do Dimir é que ele tem a capacidade de fazer os chamados “soft lock”, atrapalhando o jogo do oponente bastante, ainda que não é um nível que fica impossível de jogar. Então ele pode fazer Acobertamento Mortal sem nada na mesa só para pagar o custo de Indício e exilar todas as cópias de uma carta do deck do oponente, e se você for um combo e tomar isso no G1, vai ser complicado. Mas o softlock mais forte desse deck envolve Narset, Rasgadora de Veus, porque com ela na mesa, você pode fazer Desfazer do Dia e comprar sete… Enquanto seu oponente comprará apenas uma carta. Ou, com a planeswalker na mesa, ficar ativando Sanatorio da Cordilheira de Geier no turno do oponente, para que a pessoa apenas descarte. Normalmente com um jogo controlado e esse tipo de lock, a partida acabou.
Vamos agora com a lista vencedora da etapa da Epic Level, de São José do Rio Preto/SP, utilizada pelo Guilherme Uduvic:
Um dos grande problemas do Amalia Combo é que ele deixava impossível para alguns aggros existirem no formato. Com o banimento de Amalia Benavides Aguirre, foram reabertas as portas do metagame e decks como esse voltaram a ver a luz das primeiras mesas. A lista Mono White do Humans é muito eficiente no que faz, mas ao usar as cinco cores, como é o caso aqui, você ganha mais opções para interagir com o oponente, e uma opção muito forte para jogos longos, com Companhia Agrupada.
O que mais gosto da lista do Guilherme é que após o lançamento de Ladrao do Aeroveleiro, o baralho ganha uma opção “humana” para algo que você esperava de Aparicao do Enclave Celeste, que é lidar com artefatos/criaturas que incomodem, mas agora dentro do tipo de criatura do deck. Outra vantagem de usar mais cores é poder usar Ginete de Mantideo, que é uma carta espetacular quando você quer vencer uma corrida.
A última lista do dia é a do Rodolfo Tostes Lemos, que venceu a etapa na Tutubahia, em Juiz de Fora/MG:
Lá no começo eu falei sobre o Fênix ser um dos pilares do formato e o Sacrifice também é, com Rasgaveia deixando de ser algo, os gatos voltaram ao topo. No entanto, essa lista do Rodolfo é bem diferente do normal.
Ainda temos Familiar do Caldeirao e Forno da Bruxa, e também Ygra, Devoradora de Tudo, que com dois gatos (um deles no cemitério) resulta em um loop infinito. Ou então Talento do Carniceiro, que ativado ao último nível vai gerar fichas de Comida, tombar seu próprio deck e trazer, por exemplo, uma Ygra, Devoradora de Tudo do cemitério. Até aí tudo normal. Mas esse deck tem Andarilho das Aflicoes e Diario de Tarrian para sacrificar mais cartas,e principalmente, tem Camelia, Avarenta das Sementes, que dá uma abordagem bem diferente ao deck, porque toda vez que sacrificamos uma Comida fazemos um esquilo e vira uma bola de neve que resulta em um exército de esquilos gigantes.
É claro que a ausência de Diabo do Pandemonio e a cor vermelha é notável, mas achei bem diferente a abordagem do Rodolfo sobre o deck e confesso que está coçando para colocar shield em algo assim.
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Esse foi um breve report do Pioneer da última semana de CLM, nos próximos dias falaremos de outros formatos e semana que vem tem mais Pioneer.
Se você gostaria de ver o seu deck publicado aqui nos artigos da LigaMagic, lembre-se de cadastrar o deck nas etapas que participar! Nos vemos no próximo artigo!!!
Vou procurar saber mais sobre, obrigado pelo feedback!
No entanto, queria sugerir uma atenção especial a eventos e histórias que envolvam novos jogadores, especialmente a galera mais jovem.
Recentemente, um garoto de 13 anos do Rio de Janeiro, o Enzzo Borges Lins, ganhou tanto a etapa Pauper quanto a Standard.
Video: ( https://www.instagram.com/reel/DAKPPI-Jqs2/?igsh=MWpqdTdsczZnZWwxeQ== )
Acho que acontecimentos como esse merecem destaque, pois mostram que ainda existe uma nova geração se interessando por Magic, o que é fundamental para manter o jogo vivo.
Sinto que o número de jovens no Magic IRL (na vida real) vem diminuindo, e seria interessante promover iniciativas que incentivem a entrada de novos players.
Dar visibilidade a esses novos talentos e criar eventos voltados para os mais jovens pode ser uma boa estratégia para revitalizar o cenário e atrair mais gente pro jogo.