Olá! Logo mais teremos a chegada de Duskmourn: House of Horror no Magic Arena, Online e nas lojas locais, o que provavelmente vai dar uma boa sacudida no formato Standard – em nosso artigo de hoje aqui na LigaMagic, vamos dar uma olhada em algumas das cartas que mais me chamaram a atenção pensando nesse formato, embora se tivermos alguma carta que seja bem interessante para outros formatos, como Pioneer ou Modern, também será citada.

● Dollmaker's Shop // Porcelain Gallery – É bem possível que juntando algumas mecânicas de fichas como Talento do Cuidador e Bolo de Cenoura tenhamos uma estratégia Tokens mais agressiva, e Dollmaker’s Shop joga tanto como uma forma de ganhar valor nos turnos iniciais, como um finalizador ao melhor estilo Escudo de Armas. 

● Abhorrent Oculus – É uma grande ameaça para estratégias estilo Prowess/Xerox com azul, já que consegue colocar uma criatura com 5 de resistência, com evasão, e que mesmo se for respondida no mesmo ciclo de turno, ao menos vai ser capaz de manifestar uma outra ameaça já que sua habilidade dispara na manutenção do oponente. Seu “defeito”, entretanto, é ainda depender do cemitério – o que a impede de ser uma ameaça interessante em um Izzet Phoenix da vida no Pioneer, onde o “hate” (cartas de ódio) ao cemitério é muito mais presente que no Standard.

● Hauntwoods Shrieker – Talvez o mundo de 2024 seja muito duro para uma simpática criatura 3 manas 3/3 que não tem efeitos ao entrar em jogo, e precisa além de desvirar também atacar para começar a gerar valor. Porém, em combinação de Kona, Rescue Beastie talvez dê pra fazer algo envolvendo Atraxa, Grande Unificadora e outras bombas gigantescas vindo via Manifestar.

● Unidentified Hovership – A Aparicao do Enclave Celeste em um nível justo para o Standard, Unidentified Hovership lida com uma criatura do oponente enquanto desenvolve a própria curva, ataca com evasão e tripulada apenas por 1, de modo que é muito difícil que não veja jogo caso tenhamos algum Aggro com branco vingando no formato.

● Unholy Annex // Ritual Chamber – Embora tenhamos Arena Phyrexiana jogando no Standard para poucos usos além de uma cópia ali nos sideboards dos Golgari Midranges, quando muito, Unholy Annex oferece uma alternativa interessante, já que além do recurso adicional já vir no mesmo turno (sem dar a chance do oponente desvirar), ela por si só pode virar um demônio 6/6, e pode converter o dano auto infligido em dreno de vida caso haja outro demônio em jogo, como Arquidemonio de Dross.

● Enduring Innocence – Uma excelente fonte de vantagem de cartas para decks agressivos brancos, Enduring Innocence possui a resiliência de continuar fazendo seu efeito mesmo quando morre, tornando-o um ótimo candidato para uma versão mais agressiva de Boas-vindas de Tocasia. O corpo 2/1 vínculo com a vida também vem bem a calhar em um mundo de aggros com vermelho, como Prowess e Lizards.

● Enduring Courage – Talvez quatro manas seja pesado demais, mas o fato de alvejar ativando as habilidades de Valiant dos camundongos, pressionar com ímpeto e continuar na mesa depois de tomar a remoção fazem com que Enduring Courage, assim como os outros do seu ciclo, sejam boas alternativas para manter a contagem de criaturas alta em decks agressivos, mas ter um efeito mais resiliente após a primeira leva de remoções.

● Leyline of Mutation – Conseguir gerar uma de cada cor para conjurar bombas é um efeito que talvez valha a pena ser montado no Pioneer, onde temos Ulamog, a Fome Interminavel, Emrakul, o Fim Prometido e afins – talvez até no Modern para Emrakul, o Fragmento dos Eons, considerando o potencial de ganhar o jogo imediatamente sem depender de cemitério ou resolver mágicas como Atraves da Brecha. Já no Standard, tanto a ausência de uma base de mana que suporte bem gerar WUBRG nos turnos 4 ou 5 (sem triomas) quanto não termos tantas bombas limita um pouco seu uso.

● Razorkin Needlehead – Um ótimo “hate” para punir baralhos que manipulam muito o topo, como os estilos Xerox que podem vir a surgir no Standard (Izzet Prowess) e os Domains com Subir no Pe-de-feijao, e até mesmo no Pioneer contra Izzet Phoenix. O fato de ter iniciativa no próprio turno não o torna inútil nas partidas de criaturas, e mesmo que o adversário esteja comprando apenas uma por turno, a tendência é conseguir arrancar ao menos 2 ou 3 de dano apenas “jogando o jogo”. Em múltiplos pode causar muitas dores de cabeça, e talvez dê até para pensar em algum tipo de Rakdos mais pra frente com Sheoldred, o Apocalipse e efeitos de “Gift a Card” para forçar o oponente a comprar, como Cruelclaw's Heist.

● Silent Hallcreeper – Lembrando de certa forma Clandestina Suspeita, Silent Hallcreeper é uma criatura azul que pode gerar um certo valor e robustez em decks como Azorius Flash ou Dimir Tempo. Podendo recuperar o recurso e aumentar a pressão, ou até mesmo conectar um pouco para depois bloquear contra o Aggro, sua última habilidade também pode ser interessante para copiar criaturas como Pregador do Cisma.

● Balustrade Wurm – Thrun, Quebrador do Silencio ocasionalmente aparece nas reservas como uma ameaça semi-impossível de ser interagida – entretanto, a falta do ímpeto o torna bastante suscetível às remoções globais, especialmente Queda Solar. Balustrade Wurm cumpre função similar, pressionando sem poder ser anulado e já no mesmo turno para 5 de dano, além de ser resiliente podendo retornar do cemitério posteriormente, sendo talvez o que um deck como Golgari Midrange precisasse para jogar melhor contra estratégias mais pesadas do Standard.

● Split Up– Uma remoção global que parece ser perfeitamente equipada para lidar e até mesmo ser usada pelo Boros Convoke, no Standard e até mesmo no Pioneer. Por exemplo, o deck consegue manipular suas criaturas usando Cavaleira Errante de Eos, Loxodonte Venerado e Guardia do Ceu Interior, de modo a destruir todas as criaturas que esperavam para bloquear o adversário – talvez uma luz no fim do túnel para a péssima partida contra o Selesnya Angels no Pioneer?

● Chainsaw – Efeito simples e prático, que atua como remoção “justa” pelo custo, e agrega valor com o passar dos turnos. Baralhos como Izzet Ensoul, que querem aumentar a contagem de remoções sem abrir mão da massa crítica de artefatos e/ou ameaças se beneficiam dessa opção, de forma similar ao Extrusor de Legioes (que pode ser substituído em metagames que criaturas com 3 de resistência precisem ser removidas).

● Hedge Shredder – Cada vez mais a mecânica de triturar e retornar terrenos do cemitério ganha reforços, de modo que o Golgari Lands já é um arquétipo viável no Standard. Hedge Shredder é uma adição que ajuda a contornar remoções globais e feitiços, colocando uma ameaça grande no campo de batalha que contribui para o plano e bate 5. 

● Twitching Doll – Mais uma criatura de duas manas que rampa qualquer cor de mana e ganha valor conforme os turnos passam, similar ao Guia Silvestre Gentil. Com a onipresença de Confinamento Temporario, Queda Solar e as várias remoções globais, além do verde não estar vendo muito jogo agressivamente falando (com no máximo servindo de suporte para o Gruul Prowess) torne a vida de Twitching Doll difícil de se encaixar no Construído.

● Toby, Beastie Befriender – Toby oferece dois corpos a um custo razoável, muito embora o 4/4 só consiga pressionar ou bloquear junto de alguma outra criatura. Porém, é na sua segunda habilidade que decks como Tokens podem estar mais interessados, servindo como uma forma de finalizar pelos céus em partidas mais arrastadas e até mesmo segurar ameaças de decks como o Dimir Tempo e Orzhov Midrange.

● Violent Urge – Em um Standard de Exibido Tirofino, Heroi do Fogo Interior e Desafiante do Coracao Ardente, truques de combate de apenas uma mana estão com boas chances de se encaixarem na estratégia – iniciativa é ótima para ganhar vantagem nas mirrors, com o potencial de golpe duplo sendo um belo bônus que ocasionalmente pode selar partidas.

● Come Back Wrong – Remoções feitiço costumam não passar nem perto de ver jogo, especialmente custando três manas. Porém, Come Back Wrong está ali para um trabalho, e somente ele: Atraxa, Grande Unificadora. Ser capaz de remover o bloqueador 7/7 vínculo com a vida, e então repor o gás para continuar punindo o adversário é excelente – e mesmo outros alvos como Beza, a Primavera Saltitante, Zoraline, Convocadora do Cosmo já são capazes de fazer um bom valor. Talvez uma cópia ali na reserva para esse tipo de jogo valha a pena.

● Get Out – Anular criaturas ou encantamentos por duas manas já é um negócio razoável, considerando que são dois dos tipos que mais vêm sendo utilizados no atual Standard, e o seu segundo modo pode ser uma grande forma de tirar mais valor protegendo ameaças como Morcego da Caverna Profunda e Vinculadora de Mare de Tishana.

● Splitskin Doll – Há um forte incentivo para montar Aggros baseados em poder 2 ou menos com Duskmourn, e a principal recompensa é Splitskin Doll. Embora seu corpo seja bastante frágil, está na curva e poder ideal para pressionar nos turnos iniciais enquanto gera valor. Junto de ameaças como Enduring Innocence é capaz que vejamos um Mono White ou Boros/Orzhov bem pra frente.

● Floodpits Drowner – A combinação das várias habilidades em Floodpits Drowner torná lo viável tanto em estratégias mais tempo do Standard, como o Dimir, mas até mesmo no Merfolks Modern (e ajuda a obter a massa crítica necessária para um eventual Merfolks Pioneer). Ele serve como forma de atrasar ligeiramente o oponente, e caso seja necessário lidar permanentemente com a ameaça, Floodpits Drowner se reembaralha (ótimo para lidar com ameaças resilientes, como o novo ciclo de Endurings).

● Withering Torment – Embora nada eficiente, o efeito de remover encantamentos alvejando na cor preta é uma das poucas formas de lidar com Confinamento Temporario e Amarras da Linha de Forca, mas sem ser morto contra outras ameaças como Atraxa, Grande Unificadora e Sheoldred, o Apocalipse. Pode ser uma opção de sideboard para decks como Rakdos Lizards, que não possuem formas de lidar com os encantamentos na mesa sem ser via descarte (antes de serem jogados).

● Piroclasma – Reprint de peso que vai mudar bastante a dinâmica do Standard, sendo capaz de ficar ativo para limpar a mesa de decks como Boros Convoke, Gruul Prowess e Rakdos Lizards antes de vir o tapa gigante ou o descarte na curva três. Piroclasma bem possivelmente deve ganhar espaço no Izzet Phoenix Pioneer também, sendo capaz de limpar mesas menores, e, por custar menos mana, habilitar turnos melhores com Picotador de Livros-caixa e Fenix Arco-lume, além de poder se encaixar em outros baralhos com vermelho (talvez no lugar de Caminho dos Perigos em decks como o Rakdos Midrange).

● Ethereal Armor – Estrela de formatos como o Pauper e Modern, Ethereal Armor talvez não tenha todo o suporte necessário para brilhar no Standard (afinal, mesmo no Pioneer o Auras ainda sofre bastante considerando a ausência da redundância na criatura com resistência à magia). Ainda assim, um leque de criaturas encantamento e outras opções como Tumulto Demoniaco, além do pacote “camundongos Valiant” fazem com que a carta ao menos apareça no radar.

● Shardmage's Rescue – Complementando Ethereal Armor, essa nova aura é excelente para proteger a criatura de uma remoção também no branco, além de sinergizar tanto com o Valiant como com cartas que se importam com encantamentos no campo de batalha. Espero muitos balões acontecendo com Shardmage's Rescue no Standard em estratégias como Boros “Valiant”.

● Fear of Impostors – O Supressor de Magicas que é compatível com o nível de poder do Standard, Fear of Impostors imediatamente entrega o valor para o adversário, tornando-o uma opção inferior quando pensamos em tirar as jogadas do caminho e seguir pressionando – mas ainda é capaz de punir as jogadas grandes dos adversários, como Queda Solar, ao mesmo tempo em que habilita os Elidir que costumam ser mortos no primeiro jogo contra decks mais lentos.

● Insidious Fungus – As pequenas criaturinhas que lidam com artefatos/encantamentos como Acaro do Curto-circuito ganharam uma nova amiga: Insidious Fungus é capaz inclusive de acelerar o jogo repondo-se com compra e colocando um terreno no campo de batalha, dando vazão para os momentos onde não houverem bons alvos para serem destruídos. Decks de Acorde do Chamado ficarão felizes em ter essa alternativa buscável, e principalmente em formatos como Commander esse tipo de redundância é sempre bem-vinda (meu Muldrotha agradece!).

● Grab the Prize – De tempos em tempos chega alguma comum poderosa que eleva o nível de determinadas estratégias no Pauper – Familiar Recondicionado foi para o Affinity, o pacote Eldrazi de Modern Horizons 3 viabilizou o Gruul Ramp/Ponza, e Grab the Prize parece ter sido feita especialmente para o Rakdos Madness Burn. Como o baralho frequentemente descarta não-terrenos, como Temperamento Explosivo, Esmola Venosa e Beliscadora Furtiva, esses dois de dano ficam “de graça”, permitindo um alcance maior para finalizar o oponente. Lembre-se de cada partida onde faltou 1 ou 2 de dano, ou até 3-4, e pense em como Grab the Prize pode resolver esse problema!

● Turn Inside Out – As variações de Red Prowess/Valiant não param de receber ferramentas, e Turn Inside Out pode ser uma delas. +3/+0 não é brincadeira, especialmente quando consideramos a evasão de Exibido Tirofino ou Camundongo Polivalente.

● Kaito, Bane of Nightmares – Uma das cartas mais difíceis de avaliar, considerando que a sinergia de estirpe para Ninjas não é exatamente abundante, de modo que o +1 do Kaito, Bane of Nightmares praticamente só jogue bem com ele mesmo no Standard. Entretanto, o corpo 3/4 resistência à magia no seu turno, junto com a capacidade de ganhar valor através de sua segunda habilidade e tempo para pressionar através da segunda, tornam o Kaito uma ótima ameaça para atacar por outro ângulo em decks como Dimir Tempo.

● Undead Sprinter – As mecânicas de sacrificar andam relativamente em baixa no Standard, mas Undead Sprinter pode ser uma boa ameaça recorrente para decks como Rakdos Lizards ou até mesmo uma variação de Rakdos Aggro que não depende da estirpe dos lagartos. Atropelar, ímpeto e ser capaz de voltar praticamente “de graça” conforme as criaturas morrem torna Undead Sprinter uma ameaça bastante incômoda, que pode se encaixar até mesmo no Rakdos Sacrifice Pioneer como dano recorrente.

● Arabella, Abandoned Doll – Embora relativamente lenta e frágil, Arabella, Abandoned Doll pode prover o alcance que decks como o Boros Convoke precisam em algumas partidas, principalmente mesas muito travadas. Provavelmente vale o teste da primeira cópia em um primeiro momento.

● Floodfarm Verge, Gloomlake Verge, Blazemire Verge, Thornspire Verge, Hushwood Verge – A Wizards segue mostrando que ainda há espaço de design para novos ciclos de terrenos duplos desvirados. As Verges não são para todos os decks, mas são especialmente interessantes em decks que operam praticamente como um monocolorido com um sutil “splash” para uma segunda cor. Por exemplo, o Selesnya Angels do Pioneer adoraria Hushwood Verge ao invés de Trilha dos Galhos Altos, já que permite fazer o Elfos de Llanowar no primeiro turno e o Anjo Resplandecente/Bispa das Asas/Aparicao do Enclave Celeste no segundo turno. 

O Gruul Prowess/Atarka Red também se beneficia desse tipo de Thornspire Verge, já que são decks majoritariamente vermelhos, e quando pensamos em nível Standard, onde há pouca punição para não-básicos, mesmo Blazemire Verge provavelmente já vai ser superior ao Pântano no Rakdos Lizards. O fato é que “sendo o que tem”, terrenos duplos desvirados sempre acabam vingando no Standard (e às vezes até os virados, como Surveil Lands, Templos, etc. se forem a única opção), e é difícil de imaginar que algumas estratégias no Pioneer também não se aproveitem deles (onde também há pouca punição para não-básicos).

E quanto a vocês, leitores, quais cartas de Duskmourn enxergam como viáveis para os formatos construídos competitivos? Tem alguma carta potencialmente poderosa que tenha lhes chamado a atenção e não tenha sido citada no artigo? Compartilhem suas opiniões nos comentários!

Abraços e até a próxima!