Salve galera, beleza?
Bloomburrow é a nossa atual recém chegada coleção, e em meio a tantos lançamentos fortes e com o power creep elevado eu diria que ela chegou de maneira honesta pra nós, commandeiros.
Sendo assim, hoje resolvi trazer para vocês algumas recomendações de cartas que eu gostei e vou adicionar à minha pool.
Isso quer dizer que ao invés do tradicional Top 10, vou recomendar duas cartas de cada cor que acho que podem ser úteis de sua maneira, saindo um pouco do óbvio.
Apesar de sempre deixar bem claro, acho importante ressaltar que esse texto é baseado somente em opinião, então muitas cartas aqui podem não ser de fato as melhores, ou não se adequar ao seu modo de jogo, mas eu irei tentar explicar da melhor maneira as minhas escolhas para o artigo!
Então sem mais delongas, vamos ao que interessa!
Começando pelo verde, temos o nosso novo grave hate em forma de criatura que me surpreendeu bastante.
Você não precisa jogar Commander à muito tempo pra saber que um deck completo precisa ter formas de lidar com todos (ou a maioria) os tipos de situações, e como a utilização do cemitério é algo muito comum no formato é essencial que na lista exista pelo menos uma forma de lidar com eventuais problemas vindos disso.
Nosso amigo é uma versão atualizada do já conhecido Scavenging Ooze, e apesar de acreditar que não é necessário ter muita redundância para efeitos tão específicos resolvi colocá-lo na lista como uma opção extra.
Ao contrário do Ooze, o Keen-Eyed Curator precisa de duas manas verdes para ser conjurado, enquanto seu efeito pede uma mana incolor, e isso pode ser um fator crucial na hora de escolher entre os dois em decks multicoloridos, porém sua diferença maior está no efeito.
Enquanto Ooze pode ganhar poder exponencialmente e recuperar um ponto de vida por vez, o curador tem um buff fixo caso cumpra seu requisito.
Na prática, se pensarmos que o Ooze seria um 6/6 com o mesmo número de cartas exiladas com o Curador, ele acaba saindo na frente nessa corrida de otimização, e isso fica ainda mais evidente se colocarmos o preço de cada um lado a lado. Mas ainda assim é bom deixar aqui registrado essa nova criatura que tem um espaço no banco de reservas dos graves hates de Commander.
Nossa segunda carta verde da lista é a Bloodroot Apothecary, uma das criaturas que eu particularmente mais gostei de toda coleção.
Ela é um esquilo 3/3 com Toxic 2, o que para o commander não tem um peso enorme mas que pode trazer uma certa preocupação à mesa conforme o jogo se desenvolve.
Além disso ela tem um segundo efeito que a princípio não parece muito bom, já que entrando no campo de batalha ela irá criar uma ficha de tesouro para você e uma para um oponente à sua escolha, acelerando um pouco da estratégia de maneira simétrica, mas igualmente genial quando lemos a última parte de seu texto.
Como um efeito passivo, toda vez que um oponente sacrifica um token que não seja de criatura, aquele jogador recebe dois poison counters, perdendo o jogo ao atingir 10, como dizem as regras padrão.
Esse tipo de efeito limitador para os oponentes, principalmente quando vem de maneira assimétrica, pode mudar o rumo de várias partidas quando falamos de commander mais otimizado.
Atualmente o uso de tesouros é uma das maneiras mais eficazes de se finalizar o jogo, ou pelo menos criar a estrutura necessária para isso, e com o efeito da Apotecário conseguimos fazer com que os oponentes desacelerem, ou até mesmo se matem no processo, o que é um preço mais do que justo para seus 3 manas.
Infelizmente estamos falando de uma carta que ainda está na faixa dos 50 reais, quase impossibilitada de integrar decks de Commander 500, mas é definitivamente uma criatura que merece um espaço na sua pasta
Para começar as cartas brancas não podemos deixar de citar Dawn's Truce.
Essa nova instant é uma máquina quando falamos de cartas de proteção, e isso não apenas para decks de poucas cores.
Assim como as outras cartas com a mecânica de presente ela pode ser uma faca de dois gumes por fornecer ao seu oponente um recurso valioso, mas definitivamente isso não apaga o seu brilho.
Por apenas duas manas, em instant speed, Dawn’s truce faz com que todas as suas permanentes ganhem Hexproof até o final do turno, o que por si só já um efeito muito forte, principalmente por não se limitar a um tipo específico de permanente.
Caso você tenha prometido o presente, que nesse caso é um draw para o oponente, suas permanentes também ganham indestrutível até o final do turno.
Assim como fiz um comparativo no início desse artigo, aqui devo falar sobre Heroic Intervention, uma carta verde que faz o mesmo efeito sem o downside do presente.
A maior diferença aqui é a cor, já que agora decks sem acesso ao verde mas que conseguem fazer mana branco terão algo parecido, mas acredito que o melhor de tudo isso é que atualmente Dawns Truce custa quase 20 reais a menos do que Heroic intervention.
De modo geral, ambas são cartas muito fortes e ambas merecem estar na sua pool!
Como minha segunda escolha de carta branca resolvi colocar a Dewdrop Cure, um feitiço que também tem a nova habilidade de presente mas que funciona perfeitamente caso o presente não tenha sido oferecido.
Nossa mágica de 3 manas permite que você retorne até duas criaturas alvo do seu cemitério que tenham valor de mana 2 ou menor cada, para o campo de batalha.
Se esse fosse o efeito completo ela já estaria marcando presença por aqui, mas caso você ofereça uma carta ao seu oponente você pode voltar até 3 cards de criatura ao invés de 2.
No Commander mais otimizado é muito comum que criaturas de efeito relevante tenham custo baixo para que consigam entrar em campo cedo, e é muito comum que no mid game seu cemitério tenha uma boa seleção de boas criaturas mesmo involuntariamente.
Essa carta não só permite que você devolva 2 criaturas como também te dá a opção de dar um draw à um oponente para quase refazer um board dependendo de qual for o deck que você escolheu colocá-la.
Além disso, é muito comum no branco a presença de criaturas que precisam ser sacrificadas para completar seus efeitos como Dauntless Dismantler, Benevolent Bodyguard, Selfless Spirit ou Remorseful Cleric.
E tudo isso fica ainda mais amplo se considerarmos a presença dessa carta em decks multicoloridos, onde temos mais infinitas possibilidades de alvo.
Para concluir, acredito que essa carta seja boa desde decks casuais até aos mais otimizados por conta da sua versatilidade, permitindo ao jogador um reanimate de uma até três criaturas com um downside muito justo que pode ser ignorado em vários momentos, além de atualmente custar menos de 1 real.
Começando as cartas pretas temos Darkstar Augur, uma criatura de 3 manas com offspring, uma habilidade que também veio nessa coleção e faz com que você possa pagar um custo adicional ao conjurar esta mágica para criar uma cópia dela, com exceção de que ela é um token 1/1.
Sendo assim, todas as criaturas com offspring são potenciais 2 por 1, e no caso de Darkstar podemos por 4 manas criar duas criaturas com um efeito de valor para o nosso campo.
Essa criatura possui um efeito passivo que diz que no começo da sua manutenção você tem que revelar o topo do seu deck, colocar aquela carta na sua mão e perder vida igual ao seu valor de mana.
Apesar deste ser um efeito obrigatório, a vantagem que produz mesmo a curto prazo é muito alta, principalmente em decks mais otimizados.
Quando falamos de nível de poder nos decks de commander é essencial que durante a construção desses decks haja um certo controle da sua curva de mana, o que garante que a maioria das listas mais otimizadas tenham sua curva bem baixa, e isso faz com que o efeito de Darkstar seja muito menos punitivo, consumindo uma quantidade aceitável de vida em uma troca que é muito mais vantajosa ao jogador.
Isso fica ainda melhor por te oferecer a capacidade de criar uma cópia dessa criatura, o que no early game vai te garantir duas cartas a mais no início do turno, impulsionando o jogo e te dando uma boa vantagem.
Apesar de estar custando 20 reais e esse ser um valor alto pra quem joga Commander 500, acredito que ele seja uma boa opção para diversos decks que tem pouco “gás” no início.
De maneira geral, é o tipo de carta que eu jamais deixaria de fora do meu carrinho de compras.
Quem já me acompanha nas outras redes sociais sabe o quanto gostei da nossa segunda carta preta, que é a Scavenger's Talent.
Claro que aqui eu deixo o meu gosto pessoal falar mais alto, já que sempre gostei de decks baseados em cemitério ou estratégias que flertam com sacrifício de criaturas, e é justamente nessas estratégias em que esse encantamento realmente brilha.
Nossa Classe tem 3 níveis, o que demanda um total de 6 manas para atingir o seu terceiro nível. Porém, seu verdadeiro potencial é o level 2, que tem um efeito estático que diz que toda vez que você sacrificar uma permanente, o jogador alvo tritura dois cards.
Podemos começar ressaltando que o sacrifício não precisa ser de criatura, e sim de uma permanente, fazendo com que tesouros e outros artefatos que precisam ser sacrificados também desencadeiam essa habilidade.
Fora isso podemos perceber que o alvo dela pode ser o jogador alvo, incluindo você, e em decks que utilizam o cemitério o mill se torna uma ferramenta muito poderosa de card advantage, e se usado para complementar um loop de sacrifícios você pode usá-la como win condition, enviando o deck de seus oponentes para o cemitério no processo para ganhar o jogo.
Um outro ponto que favorece demais a minha escolha por essa carta é que ela pode ser conjurada “parcelada”, e como seu primeiro custo é apenas um mana, ela entra muito rápido em jogo e já começa a ter seu efeito aproveitado logo nos primeiros turnos.
Apesar de seus outros efeitos não serem tão relevantes quanto o de nível 2, ela ainda assim acaba sendo uma carta versátil que pode dar retorno de 3 maneiras diferentes, dependendo do que o jogador necessita na hora.
Com todo esse pacote eu acredito que essa seja uma das cartas mais completas dessa coleção quando o assunto é cartas que eu fiquei apaixonado!
Brincadeiras a parte, com certeza esse encantamento é uma adição e tanto pra qualquer coleção.
Nas cartas azuis também resolvi começar recomendando um encantamento que apesar de não ser uma das melhores cartas azuis da coleção, eu gostei bastante e acho que tem um bom potencial para ser explorado.
Fortune Teller's Talent é uma classe que demanda de 8 manas para chegar em seu último nível, mas ao contrário de Scavenger’s Talent que é feita para funcionar no level 2, essa aqui consegue ser mais versátil e funcionando em qualquer um dos 3 níveis, dependendo da sua situação.
Um ponto ruim que não pode ser deixado de lado é que apesar de ser uma carta que pode ser jogada parcelada, ela exige um salto de 1 mana (lvl 1) para 4 manas (lvl 2). Isso quer dizer que apesar dela poder ser uma carta jogada no turno 1, o que já garante informação do seu top deck, ela só irá para o nível 2 depois no turno 3, onde seu verdadeiro potencial poderá ser melhor explorado.
Como acabei de citar, no nível 2 esse valor também tem um salto significativo, te permitindo jogar cartas do topo do seu deck caso tenha jogado uma mágica esse turno, e esse “jogar” permite que você faça seu drop de land direto do top deck, liberando caminho na busca pela consolidação da sua estratégia, e fazendo um card advantage absurdo no caso de decks spellslinger com capacidade de fazer múltiplos casts.
No nível 3 temos um redutor de custo que também pode ter um peso enorme no seu mid game, reduzindo custo de comandantes e outras cartas conjuradas que não sejam de sua mão.
Alguns combos com loops do cemitério, ou decks que já se apoiam em efeitos de Flashback são muito beneficiados por esse tipo de efeito, e isso faz de Fortune Teller's Talent uma ótima pedida.
Nos decks mais casuais essa carta ganha um brilho ainda maior, já que a longo prazo seu efeito acaba te economizando muitos recursos.
E seria impossível fazer um top cards, ou minhas cartas favoritas, ou qualquer seleção de cartas de Bloomburrow sem citar esse monstro da coleção.
Tal qual um Opala SS 78 no seu auge, aqui temos um exemplo de carta que talvez seja superada, mas nunca vai sair da minha pool.
Seus dois efeitos são complementares, o que me faz começar esse parágrafo com muito gosto, pois apesar de ter uma certa limitação, ela consegue de uma maneira simples e independente supera-la.
Em resumo, toda vez que um oponente jogar uma mágica que não seja de criatura que tenha o valor de mana menor do que o poder do nosso sapo, você pode comprar uma carta.
Nesse ponto temos o que seria o maior problema dessa criatura, que é o seu poder 1 que te permite comprar cartas apenas quando o oponente conjurar cartas de custo zero.
Mas sua keyworld de Evoluir permite que toda vez que uma criatura que você controla entre em campo com o poder maior do que o dele, ele ganhe um marcador +1 +1.
A questão é que em ambientes mais otimizados, o topo da curva no early game é 3, enquanto no mid game a grande maioria das cartas também se mantém nesse limite.
Sendo assim, com 3 marcadores +1 +1 você transforma essa criatura em uma remora mística sem a parte do tax e que vai te garantir pelo menos 1 draw a mais por turno.
Claro que se eu deixar o meu puxa-saquismo de lado, ela tem alguns defeitos, mas é inegável o fato de que essa criatura pode facilmente criar um snowball de valor se bem jogado, principalmente em ambientes mais otimizados.
O grande problema atual é seu preço que ainda está na casa dos 50 reais, mas esperamos que em breve ela se torne um pouco mais acessível.
Agora que vamos para o vermelho, a última cor da nossa lista, confesso que fiquei muito em dúvida em qual carta trazer, afinal não faltaram opções de destaque dentre as diversas criaturas que desencadeiam efeitos conforme você conjura uma mágica. Então resolvi roubar e trouxe duas juntas que vou fingir que são apenas gêmeas siamesas.
Ambas essas criaturas são bons payoffs, o que quer dizer que seus efeitos são úteis conforme o jogo avança, mas sua utilidade verdadeira está como complemento final para que um combo finalize o jogo.
Em poucas palavras, aqueles combos infinitos que demoram horrores mas não ganham o jogo precisam de um payoff para chegarem ao final, e é aí que entram essas duas lontras.
Coruscation Mage vem como uma versão simplificada do já conhecido Guttersnipe, mas que custa um pouco menos por um pouco menos de dano, mas que por sua vez tem offspring por dois manas incolores que te permite evadir com um pouco mais de facilidade de remoções pontuais que podem vir a ser um problema.
Já o Stormsplitter é uma carta que cresce o campo exponencialmente, na primeira mágica criando um token, que na segunda também vai se copiar num total de 4, depois 8 e assim por diante.
Isso em alguns decks pode significar uma vitória mesmo quando não temos um combo de cast infinito ou um Fury Storm, por exemplo.
Apesar de tudo, seu custo de 4 manas pode ser um pouco alto, então apostaria que talvez ela jogue com mais frequência e melhor aproveitamento em decks de Conquest.
Por fim, temos nossa última carta monocolorida que é a Festival of Embers, um encantamento muito interessante e que com certeza vai ter um certo espaço em decks mais otimizados.
Seu efeito de recursão de cemitério já não é mais novidade, e ela é a terceira do trio das mais usadas, junto de Past in Flames e Underworld Breach.
Porém, Festival of Embers por sua vez funciona diferente de ambas as duas citadas acima.
Enquanto Past in Flames dá flashback para as instant e sorcery do cemitério, nosso encantamento permite você castar essas mágicas do cemitério pelo seu custo +1 ponto de vida, porém exila qualquer carta ou token que fosse ser colocado no cemitério vindo de qualquer lugar enquanto ele estiver em jogo.
Isso ajuda muito a finalizar estratégias já definidas que vão de algum modo já garantir a vitória, visto que apenas para valor ela pode ser prejudicial para o deck, de maneira geral.
Underworld Breach por sua vez também consome seu cemitério, mas mantém a carta do loop fora do exílio, e justamente por isso ela é uma carta tão forte.
Tudo isso é para ressaltar que todas as 3 são válidas caso você precise de uma boa carta para recursão e combos de cemitério em seus decks, mas cada uma tem as suas particularidades que podem tanto ajudar quanto prejudicar a sua estratégia. Mas o que as três têm em comum é serem todas cartas muito fortes!
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Enfim galera, espero que tenham gostado.
Esse não foi um Top 10 tradicional, mas são 10 cartas que recomendo bastante ter em sua pool de cartas se você joga commander.
Bloomburrow nos trouxe muita coisa legal e como me propus a trazer as cartas monocoloridas muita coisa acabou ficando de fora, mas isso não quer dizer que não estariam em uma lista de cartas top.
Mas comentem aí quais as cartas que vocês mais gostaram dessa coleção!
Agradeço a todos que leram até aqui, e se você gosta de conteúdo de Commander, não deixem de me seguir no meu Instagram e também na Twitch!
Muito obrigado, um grande abraço e até a próxima!
E não apenas com o poder maior como mencionado no texto sobre Pollywog Prodigy, esta carta é incrível e já peguei a minha.
Excelente artigo (:
Quote: masterjp27Foco nos coelhinhos, ratos e e etc...ignorando um elefante na sala. Faltou a parte das landas e artefatos (apesar dos artefatos que interessam serem coloridos).
O post fala diretamente como ele vai recomendar 2 cartas de cada cor. Ou seja, não tem nada aqui incolor ou multicolorido.
