Olá, tudo bem?
Hoje venho com mais um artigo e a incessante caça de qual a melhor escolha, sendo que vamos falar sobre a nova edição Bloomburrow, que fica válida no jogo físico na sexta, dia 26 de Julho, e nas plataformas online na terça, dia 30 de Julho. O foco do artigo será no Pioneer, formato que jogo bastante online e que costumo focar no meu conteúdo.
Bloomburrow é uma edição curiosa, porque ela marca a rotação do Standard e sinceramente fiquei com a impressão que este formato é o seu foco. Muitas cartas são interessantes, mas me pareceram mais lentas para o Pioneer, ainda que tenhamos sim sinergias que gostei e quero testar nas próximas semanas.
● Meu primeiro card é Ral, Crackling Wit
Essa carta é no primeiro momento apenas mais uma opção para o Izzet Prowess, que é um deck que tenta jogar desde que Iteracao Expressiva foi banida. Eu considero que um formato com Lanca Veloz do Monasterio e Exibido Tirofino tem sempre potencial para jogar com prowess, ainda que listas RG pareçam bem melhores, tendo acesso à Escolha Seu Veneno, para não perder para Rasgaveia. Mas Ral realmente é legal para o side tentando enfrentar oponentes baseados em remoção.
E como estamos falando de Izzet e mágicas, é claro que a discussão cai no Fênix. Para mim, Dragonete Fagulhante e Piromante Jovem são o melhor plano B possível para esse deck, podendo ignorar hates de cemitério e de quebra ainda sendo um bom clock, mas, é bom ter as opções, ainda mais que as duas primeiras habilidades são significantes no Fênix. O token ataca muito bem e dar looting é bom mesmo com hate no cemitério, porque pelo menos limpo cartas mortas da minha mão. Outro ponto é que o Fênix consegue acelerar bem os marcadores deste planeswalker, com a habilidade desencadeada e confesso que fazer remoções e draws com Storm é gostosinho.
Spiritis é um deck que sempre, especialmente graças ao brasileiro Remf, aparece fazendo bons resultados, e essa carta obviamente é uma chamada para usar dele. Fico com isso na mesa, tomo a remoção e faço 2 pra 1. As listas usando Quebrabanco Justiceiro de side tem uma lógica levemente parecida, ainda que, como Spirits gosta de jogar no draw go, prefira uma carta como o Quebrabanco, que ajuda nessa linha.
Outro ponto, e aqui precisamos de mais tempo para trabalhar, é que esse tipo de carta nos permite um jogo de recurso parecido com o que Arrastador de Sucata propunha no Modern. Claro que não estou falando de um combo KCI, mas essa carta com alguma engine de sacrifício permite ficar voltando cartas com efeitos de entrar no jogo interessantes, já que a carta que morre precisa ter Voar, mas a que volta não.
Lodo Necrofago já teve fases bem populares no Pioneer, especialmente quando Abzan Rata era um deck bem popular e Gruul Veículos aparecia mais. Essa carta pode entrar na discussão sobre esse slot para decks verdes, mas mais do que isso é um hate de cemitério bem interessante para o Mono Green Devotion, sendo inclusive uma carta que usa muito bem a mana extra que o deck gera, ficando facilmente uma ameaça gigante na mesa. Por mais que eu espere ela mais de side, ainda que Fênix e Amalia sejam bons alvos para ele e decks bem populares, eu considero uma das principais adições da edição ao formato.
Eu não sei vocês lembram, mas Yorion, Nomade Celeste ainda é válido neste formato. E essa carta é linda para esse tipo de deck. Você pode tranquilamente fazê-la cedo, sabendo que mais pra frente vai aproveitar ela mais uma vez, com o Yorion, Nômade Celeste entrando na mesa.
- Exemplo de lista que usa bem:
Valor e mais valor, o deck é bem simples nesse tipo de jogo. Eu gosto bastante de ficar adaptando as cartas de hate do deck, apontando para um metagame esperado, e depois vencer o jogo longo com cartas como Beza, the Bounding Spring.
Eu sou um grande fã de Mirrex, como já fui de Casarao Assombrado do Pantano. Esses terrenos que te dão pequenas vantagens de forma “gratuita” sempre me agradaram e com o advento de Criatividade Indomita e Transmogrificar esse sentimento só ficou mais forte. No caso de Fountainport, temos uma carta que é uma fonte para fichas/artefatos, mas que também dá utilidade para late game em que fizemos muitas fichas e precisamos repor recursos. Eu ainda prefiro um Izzet Criatividade com mais cópias de Mirrex, mas já assumo usar 1 disso entre os terrenos que adicionam incolor e ter o mid/late game mais interessante.
Essa é a última carta que separei pensando só nas opções e menos em decks já existentes. Uma carta que desliga cartas é sempre interessante e as aplicações são várias. Eu entendo que desligar artefatos é mais forte em formatos como Modern e Legacy, onde existe uma variedade de artefatos que travam seu jogo e por vezes desligá-los é a diferença entre jogar ou não a partida. Mas eu gosto dessa carta no Pioneer e como agora temos a opção de, por exemplo, desligar uma Esfera Amortecedora e combar de Lotus. Isso em um pós side onde meu oponente terá menos remoções (espero eu). Desligar uma Sheoldred, o Apocalipse, ou qualquer outra carta de utilidade que está na mesa. É o tipo de carta que melhora conforme a pool do formato aumenta porque temos mais chances de ter alvos melhores, lembrando que é até o nosso próximo turno o efeito, então durante o turno do oponente a carta está desligada também, algo bem interessante quando falamos de planeswalkers.
A grande sacada é equilibrar o quanto eu ganho desligando algo, vulgo, quanto de tempo isso me dá, dai falei de um combo, que quer essa janela, e quanto perco ao precisar desse combate extra.
Se você jogou Pioneer nos últimos meses, não preciso te explicar que Amalia é um dos decks mais dominantes do formato e um dos maiores candidatos ao martelo do ban no final do mês de Agosto, e foi com uma carta surpresa que vi o deck ganhando uma novidade. Dewdrop Cure é uma ótima carta que apenas por 3 manas já pega 2 peças do combo, e por 3 manas, e uma compra para o oponente, pega literalmente as 3 peças do combo caso esteja no cemitério. Eu entendo que Retornar as Fileiras pode ser feito até mesmo “de graça” por conta do convocar, mas ter essa opção é ridiculamente forte e pode marcar mais um pico de poder do deck, mesmo no seu final.
Inclusive, falando de Amalia, o formato ganha Sunspine Lynx, que evita ganho de vida e prevenção de dano, ainda que seja bem lento para parar Amalia, mas que pode ser alguma maneira de de punir bases de mana ambiciosas, que é algo que acontece às vezes no Pioneer, ainda que não seja o caso atual.
● E falando em vermelho, queria falar de Heartfire Hero.
Heroic é um deck bem antigo e popular no Pioneer, especialmente no jogo físico, sendo que viu no Exibido Tirofino um upgrade muito bom. E Heartfire Hero vira mais uma opção de drop 1 baixo para a estratégia, com um algo a mais de que se morrer, causa um dano colateral. Claro que a comparação com Maroto da Cacofonia acontece, mas o herói ter um “heróico” me agrada mais e gosto da ideia de ter cada vez mais criaturas redundantes nessa estratégia.
Mas vamos falar de coisas novas? Por exemplo, Iridescent Vinelasher. Com certeza é uma das cartas que mais me deu vontade de testar coisas novas. Fiquei um bom tempo quebrando a cabeça em como poderia abusar mais do seu efeito. Primeiro pensei em Metapaisagem e fazer vários terrenos em um único turno, o que não é ruim, e pode ser um caminho também, mas também lembrei que recentemente no Standard, e até em algumas listas Pioneer, Analista em Retrospecto foi uma ótima carta e ele poderia fazer exatamente o que eu quero. Fora que, eu fiquei muito surpreso com o alcance que Atalaia dos Desgarrados teve no Modern e no Standard, e veja só! Iridescent Vinelasher dá alvo com sua habilidade, dando a ele utilidade antes de combar.
Essa é uma linha, não vamos necessariamente combar em um único turno, mas temos vários turnos de grandes turnos, fora que com a Furia da Anima Mundi fica bem fácil de finalizar o jogo, ou simplesmente rampar bastante. Carnificina Impiedosa é espetacular nesse deck e quando essa versão Jund apareceu no Standard, eu gostei muito de como a carta faz turnos bizarros com Analista em Retrospecto.
Como eu disse, combar com Metapaisagem também é interessante e cheguei até a pensar em uma lista usando Urborg, Tumba de Yawgmoth, Driade do Bosque Ilisiano e Presenca Medonha, aproveitando que existe uma janela no formato para esse tipo de combo. Não esquecendo que Iridescent Vinelasher pode ser usado fora do combo, como já falei acima e que ativa Kaervek, o Castigador facilmente, permitindo um jogo mais mid com recursos, talvez como plano principal e um midrange, talvez como plano b de um ramp que fica mais midrange após o side, contra controle, por exemplo.
Por sinal, colocar o Santuario Mistico e a Driade do Bosque Ilisiano no mesmo deck, em uma lista Golgari, é uma sensação bem estranha. Recomendo.
● Ainda tentando coisas novas, temos Ygra, Eater of All.
Eu pensei, você pensou, todos pensamos em Familiar do Caldeirao. E todos pensamos em dois gatos, Ygra, Eater of All na mesa e um oponente perdendo o jogo. Mas vamos “cozinhar” um pouco mais, no caso, com Scavenger's Talent. Essa nova saga tem muito potencial em um Food deck, ela gera mais fichas, ela dá alvo em ambos os jogadores e pode reanimar, dando um aspecto de combo para nosso deck. Então podemos jogar com uma base Golgari para esse deck e tentar combar com ele, ainda que todos sabemos do potencial de jogos longos que Familiar do Caldeirão e seu kit.
Além do nosso combo para letal, aproveitei para usar novamente uma carta que teve bons tempos no Standard, o Rei Trol Glutao, e que gosta bastante dessa lista mais baseada em comidas. O legal é que o deck pode tanto fazer um jogo longo, com gatos segurando a partida e Trilha de Migalhas comprando cartas, rushar um Rei Trol Glutão, ou simplesmente trazer Ygra para a mesa e vencer.
● Por mais, ainda nessa temática, uma carta que gostei bastante foi Osteomancer Adept.
Esse esquilo também tem sinergia com Comida, mas eu queria jogar mais focado em Raizes Insidiosas e Tyvar, Lutador Jubiloso. Para isso, preferi abrir mão do kit mais pesado que Familiar do Caldeirao usa, no sentido de precisar de mais cartas, e ter o kit do BG Roots, mas com Scavenger's Talent nos garantindo Comidas e fichas para usar na habilidade do Osteomancer Adept, fora que a segunda habilidade da saga normalmente será em você mesmo.
Importante lembrar que as criaturas que você volta com o Osteomancer Adept tem marcador de Finalidade, então serão exiladas quando morrerem novamente. Logo, voltar Sacerdotisa dos Deuses Esquecidos acaba sendo uma das suas prioridades, especialmente com Tyvar, Lutador Jubiloso na mesa.
Essas foram minhas primeiras ideias com a edição, como falei lá no começo, eu achei ela mais focada no Standard, mas tem algumas cartas que podem brilhar no nosso amado Pioneer.
Qualquer dúvida ou sugestão, é só falar.
Bons jogos!
RoxWeek)
Quote: lucrilhosLoucura esses decks que eles montam as pressas pra tentar encaixar as cartas novas, ilusão pura kkk
Jamais. Primeiro que Dina é lendária e é BG, pior pra castar e só pode 1 na mesa. O morcego pode usar várias cópias. Não precisa usar com Offspring obrigatóriamente. Voa e bate 2. Ajuda o Amália a ganhar sem bater. Até pro plano B do deck é melhor. Se o opponente ficar lidando bem com a Amália, esse morcego é melhor no beatdown. Só de descer os bichinhos que ganham vida vc drena demais o oponente.
