Olá, amigos, tudo bem?
A temporada Pioneer está rolando e aqui estou eu novamente para dar algumas dicas relevantes na hora de você montar sua lista de Phoenix para os torneios. Depois de um longo período de desenvolvimento da lista no Pioneer nestes últimos anos de formato, acho importante destacar alguns pontos que vão contribuir para uma melhor eficiência do deck.
Atualmente o Izzet Phoenix está na sua plenitude sendo um dos melhores decks do formato ao lado do Niv to Light e Vampires, e mesmo após o Pro Tour Chicago, com a ascensão do Mono-Black Discard, o Phoenix vem se mantendo firme nesse posto.
Hoje a lista tem poucos slots em aberto e das 60 cartas principais, 54-56 são praticamente unanimidade entre os jogadores. Porém, a exemplo do Pro Tour Chicago, no qual vimos listas utilizando Ashiok, Dissolvedor de Sonhos main deck, as vezes o metagame do formato influência em algumas escolhas de cartas. Esse artigo é para que na hora de construir sua lista para determinado evento, deve-se levar em consideração alguns dos fundamentos mais importantes para o deck.
É importante lembrar de não encarar os pontos abordados abaixo como uma regra absoluta, pois o Phoenix é bastante flexível e tem a capacidade de suportar algumas escolhas fora do padrão. O intuito aqui é passar informações gerando um entendimento que há princípios fundamentais do deck, e eles não podem ser ignorados. Assim, você terá uma lista com maior sucesso e eficiência nos torneios.
1. Muitas mágicas de 2 ou 3 manas no main deck
No artigo "Passado, presente e futuro. Izzet Phoenix Pioneer" falei um pouco da história e criação do deck e evolução da sua lista no Modern, no qual começou com mágicas mais pesadas, mas que no processo de desenvolvimento ficou nítido que quanto maior era a quantidade de mágicas baratas, mais eficiente o deck se tornava. Com a coleção de Wilds of Eldraine nós conseguimos trazer essa característica com consistência para o Phoenix Pioneer. As cartas Truque de Maos e Traquinas Arrombador // Libertar as Fadinas eram justamente o que eu já pedia há bastante tempo, pois conseguimos baixar a curva do deck e espelhar um pouco da construção que aprendemos do Modern.
O ponto fundamental aqui é não abusar de muitas mágicas pesadas na lista, até porque recentemente devido a coleção Fora da Lei de Encruzilhada do Trovão, o metagame mudou, e o surgimento do Exibido Tirofino trouxe os aggros de volta, a exemplo do Gruul e Mono-Red. Com isso, fica mais punitivo jogar com cartas pesadas e quanto maior o número de mágicas de custo 2 ou 3 utilizarmos, mais difícil será retornar nossas Phoenix. Certamente no game 1 antes do sideboard, o que geralmente queremos fazer é ter o plano das Phoenix, pois o oponente terá pouca interação de exílio contra elas e o seu cemitério.
Recentemente, no Pro Tour Chicago, vimos alguns jogadores importantes trazendo Ashiok, Dissolvedor de Sonhos no main deck. Coincidência ou não, os dois Phoenix no Top 8 não tinham essa carta nas 60. Isso prova que Ashiok foi uma má escolha no Pro Tour? Claro que não! Porém, é preciso analisar que o Pro Tour é um torneio no qual os jogadores já estão esperando mais ou menos o que irão enfrentar, e era óbvio duas situações: Phoenix seria muito jogado e Lotus estaria lá como o maior predador do Phoenix. Então, é possível que se eu estivesse me preparando com um time para esse tipo de evento, chegaria numa conclusão parecida e poderia ter tido a mesma escolha que alguns jogadores, pois naquele torneio específico, o Ashiok era bom e justificável.
Entretanto, em condições normais não precisamos desse tipo de carta no main deck, pois além de ser uma mágica de CMC3, não é feitiço, não é instant, não é uma win-condition e não pode ser pego com a Traquinas Arrombador. Após o Pro Tour, praticamente todos seguiram essa linha de duas cópias de Ashiok main deck, porém hoje, o metagame já é bem diferente se compararmos com o Pro Tour. Além disso, ela é uma carta morta em diversos jogos do formato, principalmente contra os aggros e por mais que você tenha Ledger Shredder e Lightning Axe para descartar em algumas situações, nem sempre isso vai funcionar, logo, a consequência é aumentarmos a chance de não ter três mágicas para voltar nossas Phoenix do cemitério.
Ainda que Ashiok tenha minimamente uma sinergia que é millar 4 cartas para seu cemitério, convenhamos que por três manas não é o ponto principal da carta que queremos ter. Por motivos parecidos, cartas como Fabula do Quebrador de Espelhos que apesar de ser espetacular no formato, não é usada nas 60 do Izzet Phoenix. Então, meu conselho aqui é: busque mais eficiência nas Arclight Phoenix Game 1 seguindo o fundamento de mais mágicas baratas, e deixe cartas como essas no sideboard ou em cenários específicos como o do Pro Tour, para se usar nas 60. Ainda sim, caso ache necessário o uso por determinado motivo, considere utilizar apenas uma cópia main. Como disse acima, o deck tem a capacidade de suportar cartas “fora” do plano principal.
2. Base de mana
Geralmente quando pensamos que os terrenos podem ser problemas para um deck, automaticamente a tendência é associar à listas de 4 ou 5 cores, no qual temos muitas mágicas multicoloridas. Então porque se preocupar com a base de mana de um deck Izzet?
Aqui temos dois pontos importantes. A primeira é que por mais que nosso deck não necessite de mais cores, nosso objetivo principal consiste em castar três mágicas por turno, e nosso desejo é fazer isso da forma mais consistente possível. Portanto, isso significa que muitas vezes você vai precisar de três azuis no mesmo turno, lançando Optar, Optar e Considerar, ou duas vermelhas e duas azuis, e por mais que possa não parecer difícil, quem joga de Phoenix há bastante tempo sabe que eventualmente deixamos ou não conseguimos fazer certas jogadas por não ter as cores corretas naquele turno. Uma característica interessante da lista do francês Jean-Emmanuel Depraz foi que ele usou atipicamente uma Montanha básica no Pro Tour, talvez pensando que o deck estivesse com bastantes fontes de terrenos mono coloridos da cor Azul, já que usamos mais ilhas Básicas, Otawara, Cidade Flutuante e Hall of Storm Giants, ou até mesmo ele tivesse preocupado em querer mais terrenos em pé a qualquer momento. O que nos leva para o segundo ponto a se observar.
O segundo ponto é o cuidado com os terrenos que entram virados, pois podemos ter um problema parecido de não conseguir ter nossas melhores jogadas e perder os jogos. Recentemente, venho me questionando sobre o uso da 2° Salao dos Gigantes da Tempestade, e seguindo o exemplo do Adam Edelson que fez Top 8 no Pro Tour Chicago, estou utilizando apenas uma cópia desse terreno, porque nos últimos torneios acabei sendo punido por ela entrar virada e o benefício de ter duas cópias não tem sido tão relevante assim. No slot acabei optando por uma 3° ilha básica no intuito de diminuir a eficácia dos Campo da Ruina do formato. Se utilizar o 2° Salão dos Gigantes da Tempestade não está sendo um problema para você, tudo bem, porém tenha um olhar mais crítico caso atrapalhe nos seus jogos. Provavelmente se no futuro o metagame se tornar mais rápido, esse fator seja nítido para a maioria dos jogadores.
A partir desse fundamento tenha cuidado na hora de montar sua base de mana e analise se as cores e os terrenos estão devidamente equilibrados para que você aproveite o máximo de eficiência em suas jogadas. É importante lembrar que temos cartas no sideboard como, Anger of the Gods, Fim da Fraternidade, Crackling Drake, Ashiok, Dissolvedor de Sonhos, entre outras, que vão exigir uma atenção redobrada sobre seus terrenos durante as partidas, além disso há decks como o Mono-Black Discard que usam Campo da Ruina e constantemente quer fazer você zikar de vermelho na partida.
3. Buscar mágicas mais interativas
Como dito anteriormente, terrenos virados e curvas muito altas podem ser fatores negativos para o Izzet Phoenix, mas também ter mágicas que você não possa usar em qualquer momento do jogo torna-se um outro problema. Ainda que o formato não nos proporcione cartas mais interativas para se colocar no lugar do Impulso Flamejante, podemos amenizar esse fator utilizando cartas úteis na maioria do tempo. Opções como Incendiar a Torre e o Caloteiro Descarado são exemplos claros de cartas que podem nos ajudar nesse aspecto. Provavelmente, se você jogou de Phoenix deve ter passado pela experiência de não conseguir três mágicas por encontrar cartas que não seriam castáveis naquele momento. Ou ser obrigado a anular sua própria mágica com a Perfurar Magica para voltar suas Phoenix do cemitério. Então aqui, o fundamento é não exagerar em muitas cartas que podem ficar mortas na mão por não ter alvos válidos, pois, isso pode te gerar algumas derrotas.
4. Um bom plano "anti-hate"
Certamente o Phoenix é um dos decks mais hateados do formato, não só por ser um deck muito popular, como pelo hate ser muito comum e fácil de encaixar em qualquer lista do Pioneer. Portanto, ter um bom plano de sideboard na hora de construir seu Izzet Phoenix pode ser a diferença de ganhar ou perder um torneio. No Modern, o Phoenix tinha excelentes opções e win-con alternativas que proporcionaram tanto sucesso ao deck na época. No Pioneer não é diferente, já que eu costumo dedicar pelo menos cinco slots do ide para ter um plano consistente contra todo o ódio dos nossos oponentes.
No momento atual, venho utilizando nesses slots três cópias de Dragonete Fagulhante, no qual salva diversas matchs, principalmente contra os Black decks que hoje temos vários. E os outros dois slots eu venho utilizando duas cópias de Piromante Jovem, carta que vem sendo crucial em inúmeros jogos. Em um passado recente utilizava Saheeli, Artifice Sublime no lugar, e por mais que ela fosse difícil de remover do campo, a versatilidade da Piromante Jovem e a possibilidade de entrar um turno mais cedo vem sendo decisivo para a mudança. Além disso, utilizo duas cópias de Caloteiro Descarado, sendo uma no main deck e a outra no side, e mesmo não sendo um slot dedicado exclusivamente ao plano anti-hate, ela serve como suporte nessas matchs para lidar com cartas como Linha de Forca do Vacuo, utilizada no Rakdos Vampires.
Outras opções como a Fabula do Quebrador de Espelhos também podem ser excelentes para o sideboard. Portanto, é bastante valioso ter um bom plano pós-side como fundamento na hora de construir a sua lista e deixar o oponente preocupado com as diversificações de ameaças que podemos ter.
5. Sideboard versátil
Por fim, mas não menos importante, a busca por um sideboard versátil é interessante na hora de montar seu Izzet Phoenix. Mas como faremos isso?
A ideia é colocar cartas que podem ser úteis em variadas matchs. Um exemplo disso é o uso da Disputa Mistica, que pode ser útil contra Control, Phoenix, Lotus, Ensoul, e variações 4C/5C como Niv, anulando todo tipo de mágica azul por uma mana. Outra recente mudança que fiz foi a troca de Golpe Desdenhoso para Rajada de Eter, pois devido a volta dos Aggros e a utilização de permanentes problemáticas como Lagarto Antimago, essa carta me proporciona mais funcionalidades, sendo ainda útil em algumas partidas que anteriormente eu subia o Golpe Desdenhoso, como o Lotus e o Niv.
Outro exemplo é o uso do Ashiok, Dissolvedor de Sonhos, pois quando queríamos hatear cemitério, muitas vezes utilizamos Rabecao Clandestino, que apesar de não ser uma carta ruim no deck, é bem mais específica, já Ashiok consegue ser melhor contra Lotus e Amália, além do Phoenix. Outras cartas que seguem linhas parecidas, é o Fim da Fraternidade e o Comando de Prismari, que podemos utilizar contra decks de criaturas, mas também ser uma forma de destruir artefatos que são colocados contra nós. Sendo assim, na hora de construir seu sideboard, analise quais cartas podem ser mais úteis em diversas partidas, principalmente quando você vai para um evento onde o metagame é desconhecido.
Considerações finais
A história do Izzet Phoenix é repleta de adaptações e a capacidade da lista de suportar certas cartas sempre foi bem positiva, por esses motivos o deck teve um grande sucesso no Modern e continua sendo um do melhores do Pioneer, resta você como jogador fazer as escolhas mais corretas na hora de montá-lo.
E por hoje é só, amigos. Espero que tenham gostado da leitura e que na hora de montar sua lista Phoenix Pioneer, esses fundamentos contribuam de alguma maneira positiva para a temporada de CCGs.
Para quem quiser acompanhar meu trabalho no Magic, apareçam nas lives que faço no Canal da LigaMagic, ou no meu canal Mateusf34 também na Twitch, com conteúdo de Modern, Pioneer e Explorer.
Dúvidas sobre algumas escolhas na lista do Phoenix? Deixa nos comentários ou cola nas lives que terei o prazer de responder. Até a próxima!
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Feliz pelo sucesso do melhor streamer BR de cartas mágicas. 3
Em geral, resumidamente falando...Contra control você sempre vai cadenciar suas ameaças e tentar jogar com counters aberto. Você sobe todas as win con alternativa e counters, e tira as cartas mais irrelevantes, como fiery impulse.
No game 2, eu tiro sempre um barco, fiery impulse, umas duas ou tres fadinha, e coloco os pyromancer, os anulas de mágicas e uns dois ou três drakes, a partida não pode durar até ele colocar rest in piece e descer o teferi se não tu perdeu.
cuidar muito as manas dele para não tomar farewell e perder suas criaturas , evitar vomitar sua mão muito no começo para não tomar essa global, manter mana em pé para tentar anular a primeira wanderer.
Mas é uma partida difícil não tem receita de bolo não.
se precisar usar 4 manas para baixar a fênix no braço para matar um teferi ou a wanderer vai fundo.
Tenho sofrido um pouco nas partidas contra UW Control. Estou jogando com 2 Proft's e 1 Brazen Borrower main deck e sem o pacote de turno extra e sem Ashiok, a lista de deck e sideboard é basicamente a mesma das suas últimas lives. As dúvidas são:
O que entra e o que sai no pós-side e qual a melhor postura de jogo nessa partida?