Bom dia!
Acabamos focando nas últimas semanas no Standard, principalmente por conta do Pro Tour Seattle, mas agora que ele passou, voltamos ao Pioneer / Explorer!
Existem dois baralhos que estão se destacando bastante nesses tempos, Mono Black Discard e 5c Niv. Um deles será o tema do nosso artigo de hoje, o Mono Black, grande terror do popular Izzet Phoenix, com uma proposta extremamente midrange sólida.
Com base nos últimos resultados dos torneios mais expressivos e experiências pessoais, essa é minha lista atual:
Vale notar que a lista não está usando Urborg, Tomb of Yawgmoth, por não ser uma carta presente no Explorer e facilitar o download para o MTG Arena, mas para os amantes do Pioneer, é um bom terreno para interagir com a grande quantidade de manas incolores.
● CARD BY CARD
Agora, vamos as escolhas dos baralhos:
Falando sobre o lançamento da última edição, “Os Foras da Lei de Encruzilhada do Trovão”, tivemos duas adições interessantes.
O Kaervek, o Castigador tem se tornado uma staple no baralho, deixando a grande quantidade de cartas de custo baixo com muito mais potencial, uma vez que praticamente todas as mágicas do deck “praticam crime”.
Ainda temos a jogada fora da curva, que é usar uma remoção no turno do adversário e poder fazer um descarte como “mágica instantânea”, o que em muitos cenários vai te colocar em um ótimo cenário na partida.
Quanto ao Investigador Hostil, não precisamos dizer muito sobre suas habilidades super sinérgicas com o plano de descarte.
Meu receio de usar mais cópias é pela utilização de Sheoldred, o Apocalipse, mas eu consigo imaginar um cenário onde podemos adicionar mais cópias nas 60 iniciais.
Inclusive, na nossa live de segunda essa semana, ele foi muito acima da média, enquanto a nossa pretora favorita não vem entregando tanto assim.
No topo da curva das criaturas, as fortes lendas entregam exatamente o que o deck precisa, uma boa presença de mesa e formas de ganhar vida para estabilizar o jogo.
Não fosse suficiente, ainda trazem sinergias com outras cartas, em destaque o ótimo terreno Sanatorio da Cordilheira de Geier.
Por mais que Sheoldred, o Apocalipse não viva o seu melhor momento no formato, ainda é uma carta que faz o que precisa ser feito, principalmente pelo fato do baralho não ser tão excepcional contra decks super agressivos.
A única planinauta da lista também possui as habilidades certas que o baralho precisa, sendo uma forma de descarte constante, além de servir como uma remoção nos turnos iniciais.
Sem falar que o Rakdos Vampiros é um dos melhores decks e ter esses “éditos” acaba sendo bem relevante para resolver o perigoso Rasgaveia.
Também gosto da interação dela com o Kaervek, o Castigador, sendo um excelente alvo para voltar com o jogo um pouco mais avançado.
Nosso pacote de descartes dispensa muitas apresentações, gerando vantagem e concedendo informações relevantes com os que custam apenas uma mana e aproveitando a alta quantidade de decks que abusam do cemitério para juntar o útil ao agradável com o Dar Branco.
Normalmente, a melhor curva do baralho é desenvolver essas mágicas nos turnos iniciais, fazendo um descarte no turno 1, Nao Desperdicar no turno 2 e Dar Branco no turno 3.
Falando sobre as remoções, acredito que a única carta que tenha um espaço garantido é o Empurrao Fatal, uma das melhores remoções do formato, capaz de interagir com praticamente todos os problemas, dando o suporte necessário nos turnos iniciais.
No momento, Edito de Sheoldred é uma carta muito bem posicionada, lidando com planinautas problemáticos e ainda sendo eficiente contra o Rakdos Vampiros.
Já vi listas dividindo essas vagas com Amargo Triunfo, mas eu acho que nesse baralho os 3 de vida acabam sendo relevantes, então podemos seguir dessa forma, mas é bom deixar essa opção no radar.
Sobre os globais, o Evento de Extincao acaba sendo a “escolha oficial”, já que exilar é algo muito importante com essa chuva de interação com cemitério, mas eu tenho que dizer que o Acobertamento Mortal tem sido bem surpreendente.
Além de não ter restrição para resolver tudo que está na mesa, essa possibilidade de exilar te coloca em cenários bem positivos, lidando com a principal ameaça do seu oponente de uma vez, ainda podendo ser uma carta que já estava no cemitério do adversário.
Nos meus testes iniciais não usava essa carta, mas depois que resolvi adicionar, não tenho cogitado tirar da lista.
A melhor carta do deck foi deixada para o final, mas sem dúvida a sua mão inicial será sempre muito melhor fazendo essa carta logo nos primeiros turnos.
O desenvolvimento que ela gera é bem evidente e mesmo as manas geradas em momentos genéricos são produtivas com a grande quantidade de terrenos com alguma utilidade que podem se beneficiar.
Atenção aqui que, mesmo sendo uma carta de custo 2, existem diversos cenários onde eu deixo para fazer ela no turno 3, junto com um descarte como Capturar Pensamento, para aproveitar seu efeito de maneira segura e acabar “protegendo” ela das interações do adversário.
Claro, se você acredita que seu oponente já tenha uma maneira de lidar com ela, como por exemplo com uma Marcha da Luz de Outro Mundo ou Amarras da Linha de Forca, faça o descarte antes para garantir que essa carta super importante permaneça em jogo, mesmo perdendo sua habilidade desencadeada.
Chegando finalmente nos terrenos, esse é o baralho que mais tem acesso a esse tipo de permanente com efeitos no formato.
Basicamente conseguimos fazer de tudo, comprar cartas, destruir terrenos, exilar cemitério, interagir no combate, corrigir sua mão, etc. E esse é o grande motivo de usar a Cidadela Submersa em um baralho de apenas uma cor, que por mais que seja um “pântano entrando virado”, essa mana extra vai se pagar na imensa maioria das vezes no desenvolvimento do seu jogo.
Em um mundo onde os decks acabam usando muitas cores, essa sem dúvida é a grande vantagem de ter apenas uma, a consistência que a base de mana é capaz de gerar.
● MULLIGANS
Como todo baralho midrange, a imensa maioria das mãos é razoável e a tendência é você mulligar pouco com esse tipo de deck.
Tirando as mãos que são mulligan automático, com 0, 1, 6 ou 7 terrenos, a ideia é conseguir interagir nos turnos iniciais e evitar mãos muito pesadas.
O deck tem um plano de descartes, que certamente são bem piores no final da partida, onde seu oponente pode simplesmente não ter mais cartas na mão, então conseguir desenvolver bem esse plano nos primeiros turnos é importante.
Saber o que seu oponente está jogando também é algo muito benéfico, já que no primeiro game, teremos sempre a “parte certa” e a “parte errada”, onde você não quer ter Empurrao Fatal e Evento de Extincao contra um Azorius Control, mas também não quer uma chuva de Dar Branco contra decks agressivos.
No geral, busque mãos sólidas com cartas de custo 1 e 2 de maneira regular e evite algo próximo ao exemplo abaixo:
● SIDEBOARD GUIDE
Agora aquele bom e velho guia de sideboard, para servir como base para quem for jogar com o deck ou até mesmo entender um pouco melhor ele nos jogos 2 e 3.
• Amalia Combo
+2 Elidir, 1 Ashiok, Dissolvedor de Sonhos, 2 Caminho dos Perigos, 1 Evento de Extincao, 2 Invasora do Cemiterio
- 2 Coagir, 3 Liliana do Veu, 1 Quebrabanco Justiceiro, 2 Dar Branco
• Aggro genérico
+2 Elidir, 2 Caminho dos Perigos, 1 Evento de Extincao, 2 Invasora do Cemiterio
-2 Coagir, 4 Dar Branco, 1 Quebrabanco Justiceiro
• Azorius Control
+2 Coagir, 2 Quebrabanco Justiceiro, 1 Ashiok, Dissolvedor de Sonhos, 2 Invasora do Cemiterio, 3 Invocar o Desespero
-4 Empurrao Fatal, 1 Edito de Sheoldred, 1 Evento de Extincao, 1 Acobertamento Mortal, 3 Sheoldred, o Apocalipse
• Izzet Ensoul
+2 Coagir, 2 Elidir, 2 Caminho dos Perigos, 1 Evento de Extincao
-1 Quebrabanco Justiceiro, 4 Dar Branco, 1 Investigador Hostil, 1 Kaervek, o Castigador
• Lotus Field
+1 Ashiok, Dissolvedor de Sonhos, 2 Quebrabanco Justiceiro, 2 Coagir, 2 Invasora do Cemiterio
-1 Acobertamento Mortal, 1 Evento de Extincao, 4 Empurrao Fatal, 1 Edito de Sheoldred
• Niv To Light
+2 Quebrabanco Justiceiro, 2 Coagir, 3 Invocar o Desespero
-1 Evento de Extincao, 4 Empurrao Fatal, 2 Sheoldred, o Apocalipse
• Mono Black Discard
+2 Coagir, 2 Quebrabanco Justiceiro, 3 Invocar o Desespero
-4 Empurrao Fatal, 1 Evento de Extincao, 2 Sheoldred, o Apocalipse
• Izzet Phoenix
+2 Invasora do Cemiterio, 1 Ashiok, Dissolvedor de Sonhos, 1 Evento de Extincao, 2 Quebrabanco Justiceiro, 2 Coagir
-2 Empurrao Fatal, -3 Liliana do Veu, 3 Edito de Sheoldred
• Quintorius Combo
+2 Coagir, 2 Quebrabanco Justiceiro, 1 Ashiok, Dissolvedor de Sonhos, 2 Invasora do Cemiterio
-1 Evento de Extincao, 4 Empurrao Fatal, -2 Sheoldred, o Apocalipse
• Rakdos Vampires
+3 Invocar o Desespero, 1 Evento de Extincao, 2 Quebrabanco Justiceiro
-2 Coagir, 2 Dar Branco, 2 Sheoldred, o Apocalipse
Curioso mencionar que a Sheoldred, o Apocalipse tem saído bastante no plano de sideboard, mas eu acho que quando organizamos a estrutura, ela acaba sendo apenas boa contra os decks mais agressivos e Phoenix.
Somente fazendo um comentário para os jogadores do formato Explorer, como lá não existe o Lotus Combo e 5c Niv ainda, podem desconsiderar esses planos enquanto as cartas não chegam na plataforma do MTG Arena.
Caso alguém tenha alguma dúvida diferente de alguma partida específica, podem postar nos comentários que vamos debater a respeito.
● DICAS E TRUQUES
Vamos agora a algumas dicas para utilização do baralho:
• Sanatorio da Cordilheira de Geier tem uma interação muito boa com o Nao Desperdicar, Sheoldred, o Apocalipse, Investigador Hostil e Aclazotz, Traicao Profunda. Abuse dessa sinergia, principalmente quando seu oponente não tiver cartas na mão;
• Justamente por usar Sanatorio da Cordilheira de Geier, em alguns cenários vai ser interessante segurar um ou outro terreno na mão, podendo substituir por uma carta mais útil no final do jogo;
• Kaervek, o Castigador te possibilita fazer a carta preta do seu cemitério no momento em que a habilidade resolve. Isso significa que você pode usar uma remoção na criatura do seu adversário durante sua fase de compra e usar um Capturar Pensamento na carta comprada no mesmo turno;
• Acobertamento Mortal não é muito eficiente contra decks que não são focados em criatura, mas você pode usar ele como uma forma de apenas exilar as cópias de uma carta do deck do seu adversário com o custo adicional de “obter indícios 6”;
• Campo da Ruina é a melhor forma de usar um Empurrao Fatal em criaturas de custo 3 ou 4;
• O deck consegue gerar a mana branca do Caminho dos Perigos através da ficha feita pelo Quebrabanco Justiceiro, isso pode ser relevante em momentos específicos de uma partida;
• Ashiok, Dissolvedor de Sonhos faz que o jogador alvo coloque 4 cartas do topo em seu cemitério e o alvo pode ser você mesmo, otimizando as opções do Kaervek, o Castigador.
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Então é isso amigos, espero que tenham gostado do artigo e que as informações sejam esclarecedoras para quem joga com o baralho ou até mesmo para saber como ele funciona de uma maneira mais aprofundada, aumentando as chances de vencer esse que é um dos decks que mais crescem de popularidade nos últimos tempos.
Para quem quiser acompanhar meu trabalho no Magic, acompanhe as Lives que eu faço no Canal da LigaMagic, todas as Segundas, das 19h30 às 00h, onde jogo principalmente Explorer, além é claro de Standard, Limited, Timeless, Brawl e eventos na plataforma.
Quem tiver interesse e puder me seguir nas redes sociais para acompanhar novidades, seguem os links:
Abraço a todos.
LuCaparroz
LuCaparroz)
Quote: PajecopPior q Sheoldred que praticamente ganha esse jogo :( sem ela, o q vc pode fazer eh subir mais evento de extinção pro main deck se tá muito ruim e tá enfrentando muito.
Lista do Uegjo, eu to no discord dele de Waste Not. Davriel é quase que um pet card dele kkkk Nessa mesma idéia do Davriel, eu acabei pegando uma Liliana, Waker of the Dead, em algum momento vou testar ela no side como uma "quarta" liliana do véu.
Eu estou tendencioso a usar 1 Cling to Dust, acho que é a "primeira carta fora da lista".
Depende muito do meta, mas é uma carta bem interessante de ter solta no baralho, me agrada.
Esse fim de semana vi uma lista que foi bem em um torneio do MOL com 2 Invoke e 1 Davriel, fiquei interessado em testar essa configuração.
