E aí, galera, tudo bem? Aqui quem vos escreve é o Heli e trago uma análise sobre o metagame após o lançamento de Assassinato na Mansão Karlov. Mesmo que a edição não tenha sacudido tanto o formato, ela conseguiu adicionar cartas em decks que já estavam jogando, além de trazer de volta estratégias esquecidas. Mesmo cientes que a edição trouxe cartas com nível de poder interessante, o metagame passa por um momento estável, onde vários decks continuam se esforçando para combater a ainda persistente presença do Mono Red Kuldotha. Vejamos algumas listas com cartas de Karlov:
O Kirblinxy nos trouxe essa lista de Boros Synth, que terminou na segunda colocação do Challenge do dia 10/02/24. Contando com oito inspetores (Inspetor de Thraben e Inspetor Novato), o deck consegue garantir que tenhamos criaturas nos primeiros turnos, que ainda podem melhorar nosso late game com mais compras. Parece pouco, mas com a constante presença do Mono Red, ter bloqueadores efetivos contra as fichas de goblins é bem relevante. Outra carta de Karlov que aparece na lista é a Exigir Respostas. Como comentei na minha análise da edição (aqui) a carta é interessante e pode ajudar o vermelho a comprar mais cartas, não dependendo apenas do Sintetizador Experimental, nem tendo a necessidade da cor preta. Reforçando, não acho que ela seja “igual” a Disputa Mortifera, mas vejo utilidade em listas que possam ser mais lentas, como é o caso do Boros. Em um passado recente tínhamos que adicionar a cor preta no deck, piorando demais sua base de mana, forçando a inserção de cartas como Bussola do Navegador nas listas.
Outra surpresa nessas listas foi a presença de Renascimento de Kuldotha, dando uma agressividade ao deck, ainda mais aliada ao Ritos de Iniciacao. Essas duas cartas, unidas com os oito Inspetores, podem ganhar partidas puramente pela quantidade de ameaças que teremos no campo.
O Inspetor Novato apareceu em listas de UW Affinity também, o que me parece ser uma aposta sólida. Em decks com Tudo que Reluz, qualquer criatura pode se tornar uma ameaça letal -- melhor ainda se ela puder fornecer mais um artefato em campo.
O RubensNetto nos trouxe Deduzir, que podemos comparar com um Pensar Duas Vezes que não depende do cemitério. Me parece uma forma interessante de comprar cartas, ainda mais se pensarmos na redução de custo do Familiar de Sunscape. Já o GN42 testou a Inconsciente em outra lista, o que me parece ser uma boa saída contra decks com Terror Tolariano e Tudo que Reluz. Nessa estratégia, podemos lockar os atacantes do oponente enquanto você compra as peças para vencer a partida.
Outra grata surpresa foi a adição da Dissidente da Faixa de Escombros no Dredge. O deck tem evoluído dentro do metagame, arrumando espaço, predando os decks que compram muito, uma tendência dos midrange do formato. Essa criatura consegue te ajudar a filtrar qual carta vai para o cemitério, o que realmente pode ser relevante nesse tipo de deck.
Por último temos o Tunel de Fuga, aparecendo numa lista de UB Fadas do brasileiro Beicodegeia, que continua fazendo bons resultados em Challenge com o deck. Acredito que todos os decks que usavam mais de uma Terras em Desenvolvimento devam começar a usar pelo menos uma cópia do Túnel. Nesse deck, podemos tirar vantagem com o Ninja das Horas Tardias para comprar uma carta, Pescador de Grumag para engatar mais dano, além de poder roubar o Monarca de volta caso você o tenha perdido.
Como eu citei no início do ano, fiz uma análise do metagame com base nos números do Challenge, após o banimento da Lanca Veloz do Monasterio. Vimos que o Mono Red ainda era o deck com mais aparições, mas a distância tinha diminuído bem. Vamos ver como está o metagame de lá pra cá?
Então, será que o problema era somente Monastery? Os números mostram que não. O deck ganhou presença (aumentou o número de aparições nos Challenge) e eficácia (conseguindo mais aparições no Top 16 e Top 8 desses eventos), melhorando seus indicadores nesses últimos 30 dias. Veja essa comparativo do Mono Red nesses três períodos:
Vamos por partes: Não estou dizendo necessariamente que o deck ainda precisa de banimento. Porém, não podemos deixar de analisar o que esses números nos trazem. Não chegamos ainda nos mesmos números pré-banimento da Monastery, mas houve um aumento expressivo, principalmente no Top 8. Um aumento de quase 50% na presença do deck dentro dos Top 8 mostra que o deck está sendo decisivo, ou seja, tem convertido boa parte de sua presença em resultados.
Um dos argumentos do PFP para não ter tomado uma decisão antes com relação ao Mono Red era que o deck aparecia muito, mas não era tão eficaz. Mas o que será que mudou para que o deck continuasse melhorando nesse quesito? No meu ponto de vista, Renascimento de Kuldotha é a chave. Antes do ban, o Mono Red que fazia mais resultado era o Ping Burn, uma versão mais lenta que apostava na geração de recursos associada ao dano indireto das suas criaturas e a agressividade da Monastery. Atualmente, o deck está bem mais explosivo.
Essa lista é do “monstro sagrado” Carvs que reflete alguns pontos que eu comentei. O deck só possui Drop 1 no main deck! Ou seja, potencializa o uso do Sintetizador Experimental e evita a perda de cartas. Goblin Corredor-bomba e Goblin Saqueador de Tumulos são excelentes criaturas para começar a partida, ameaçando os pontos de vida do seu oponente rapidamente. Além disso, Renascimento de Kuldotha+Guerrilheiro Goblin tem sido o melhor “combo” do formato, definindo inúmeras partidas. E acabei nem falando tanto dos burn, que são o outro aspecto de pressão que o deck cria, criando uma tríade de ameaças que fica difícil lidar.
Mas, e o tabletop? No início do mês tivemos o Next Level Pauper Tour, campeonato pela iniciativa Next Level, que visa fomentar o formato em todo o Brasil, não como um time, mas como um grupo preocupado com todo o ambiente de jogo Pauper do que com resultados. Faço parte do Next Level desde a sua fundação, mas infelizmente não pude participar ativamente do evento, mas fico feliz pela conquista de todos! Nesse evento, não tivemos nenhum Mono Red no Top 8 e apenas cinco no Top 32 inteiro, sendo que na final tivemos uma mirror de Familiar.
O saidin.raken levantou uma thread no X (ex-Twitter) recentemente e acho que ainda rende mais pano para manga. Qual o motivo do Mono Red ter tanto destaque no digital e não no tabletop? Será que, no digital, os jogadores estão mais preocupados com o resultado se compararmos com a galera do tabletop? Quais outros fatores vocês acreditam que impactam nessa diferença?
E vocês, como estão vendo a evolução do metagame com as adições da Assassinato na Mansão Karlov?Acreditam que mais cartas ainda podem aparecer de forma competitiva? Galera, vou ficando por aqui e espero que tenham gostado da análise.
Heli Mateus conheceu o Magic em 1998, mas começou a jogar em 2015 quando conheceu o
formato Pauper. Hoje é entusiasta do formato e produtor de conteúdo, principalmente como
podcaster sendo cohost do RakdosCast.
Problema do IRL vs MOL para certos decks sao os triggers. Decks que grindam ou exigem multiplos triggers perdem no relogio, limitando um pouco Tron, Familiar, Tortex, Turbo Fog e afins, decks muito fortes e alguns bem posicionados. Quanto ao Dredge cada dia mais galera vem refinando listas e pelo deck ser barato pode ter uma crescente de popularidade no MOL e IRL podendo virar o elefante na sala.
opa! realmente essa relação vai continuar existindo, mas parece que é mto evidente no Pauper. Sobre o Dredge, ele aumento um pouco o preço no tabletop, principalmente pela Colheita de Nozes, por ser uma carta antiga...valeu
[quote=LeoLoukinho=quote]Problema do IRL vs MOL para certos decks sao os triggers. Decks que grindam ou exigem multiplos triggers perdem no relogio, limitando um pouco Tron, Familiar, Tortex, Turbo Fog e afins, decks muito fortes e alguns bem posicionados. Quanto ao Dredge cada dia mais galera vem refinando listas e pelo deck ser barato pode ter uma crescente de popularidade no MOL e IRL podendo virar o elefante na sala.[/quote]opa! realmente essa relação vai continuar existindo, mas parece que é mto evidente no Pauper. Sobre o Dredge, ele aumento um pouco o preço no tabletop, principalmente pela Colheita de Nozes, por ser uma carta antiga...valeu
Uma coisa que eu boto no irl e que tem muito mais familiar jogando. No mol, a quantidade de clicks que precisa para jogar com ele acaba inviabilizando o arquétipo
Opa! Familiar no MOL é só pra cara treinado mesmo...se não, sempre vai perder jogo ganho no tempo.
[quote=barara=quote]Uma coisa que eu boto no irl e que tem muito mais familiar jogando. No mol, a quantidade de clicks que precisa para jogar com ele acaba inviabilizando o arquétipo [/quote]Opa! Familiar no MOL é só pra cara treinado mesmo...se não, sempre vai perder jogo ganho no tempo.
Por que esses decks de goblins não usam "granada goblin"? Não seria uma carta boa?
opa, blz? cara, as listas com Granada normalmente focam em ter mais goblins, pra poder sacrificá-los. As atuis focam em tê-los para continuar os ataques. E outra, Granada sendo feitiço pode ainfluenciar seu uso. valeu
[quote=Faussto=quote]Por que esses decks de goblins não usam \"granada goblin\"? Não seria uma carta boa?[/quote]opa, blz? cara, as listas com Granada normalmente focam em ter mais goblins, pra poder sacrificá-los. As atuis focam em tê-los para continuar os ataques. E outra, Granada sendo feitiço pode ainfluenciar seu uso. valeu
Problema do IRL vs MOL para certos decks sao os triggers. Decks que grindam ou exigem multiplos triggers perdem no relogio, limitando um pouco Tron, Familiar, Tortex, Turbo Fog e afins, decks muito fortes e alguns bem posicionados. Quanto ao Dredge cada dia mais galera vem refinando listas e pelo deck ser barato pode ter uma crescente de popularidade no MOL e IRL podendo virar o elefante na sala.
Problema do IRL vs MOL para certos decks sao os triggers. Decks que grindam ou exigem multiplos triggers perdem no relogio, limitando um pouco Tron, Familiar, Tortex, Turbo Fog e afins, decks muito fortes e alguns bem posicionados. Quanto ao Dredge cada dia mais galera vem refinando listas e pelo deck ser barato pode ter uma crescente de popularidade no MOL e IRL podendo virar o elefante na sala.
Uma coisa que eu boto no irl e que tem muito mais familiar jogando. No mol, a quantidade de clicks que precisa para jogar com ele acaba inviabilizando o arquétipo
Uma coisa que eu boto no irl e que tem muito mais familiar jogando. No mol, a quantidade de clicks que precisa para jogar com ele acaba inviabilizando o arquétipo