Olá! Como é de costume, quando chega o final do ano é a hora do balanço pessoal do ano enquanto jogador competitivo e produtor de conteúdo de Magic com uma retrospectiva por escrito aqui na LigaMagic - as dos anos anteriores podem ser encontradas aqui: 2019, 2020, 2021 e 2022.
Quando chega essa época do ano, gosto muito de dar uma olhadinha nas retrospectivas anteriores para ver quais pontos se concretizaram, o que foi possível de alcançar e, principalmente, repensar o planejamento para o ano que ainda está por vir. 2024, vamos lá!
DE VOLTA AO TABLETOP
2023 foi o meu ano de retorno definitivo para o Tabletop. Logo no início do ano, tivemos o City Class Showdown Standard (nosso Regional Championship, que premia 25k dólares e vagas para o Pro Tour/Mundial), o primeiro final de semana de eventos competitivos que joguei desde que o Magic Tabletop retornou pós-pandemia. Nesse evento em particular, eu não possuía a vaga, e fui tentar nos Last Chances com o Grixis Midrange, sem muito sucesso. Mas ele serviu para sentir novamente o gostinho de competir com as cartas na mão, encontrando a galera, cara a cara com o oponente novamente.
Com a Bolovo Games aqui em Santos, pude ter a oportunidade de disputar novamente os classificatórios (City Class Qualifiers/CCQs) para o Showdown de uma forma muito mais acessível logística e financeiramente. No primeiro deles, joguei com Mono White Humans e acabei perdendo na final, para na sequência emendar duas vitórias consecutivas no último CCQ de uma das temporadas e no primeiro CCQ da temporada seguinte.
Por uma questão de disponibilidade de cartas e familiaridade com o baralho, foi o deck que utilizei no primeiro dos Showdown Pioneer que eu possuía a vaga, mas o metagame não estava tão favorável na época com muitos Rakdos Sacrifice aparecendo (inclusive foi o deck que levou o título); nesse evento perdi a última rodada, que valia terminar na zona de premiação com alguns dólares a mais no bolso.
Depois de algumas semanas "de folga" do Tabletop por conta da temporada Pioneer que eu já tinha vaga, veio a temporada Modern. Meu deck escolhido e único que possuo é o Amulet Titan, e minha primeira parada foi a dobradinha Modern da Limiar Games, em Sertãozinho. Embora o CCQ em si tenha sido ruim pra mim, com uma derrota na primeira rodada em um torneio de exatos oito jogadores (logo, eliminatória simples), fui campeão do Modern Competitivo do dia seguinte - além de ter tido uma experiência de viagem incrível, interagindo com a comunidade e conhecendo o excelente espaço da Limiar (os detalhes desse evento podem ser conferidos aqui).
A sequência da temporada veio com o primeiro CCQ da Bolovo Games, onde perdi na final para um Living End após uma jogada errada da minha parte, uma mistura de cansaço, incapacidade de concentração momentânea e ter alguns terrenos do "combo" na mão me fizeram errar uma conta no sequenciamento do turno de modo que eu não conseguia pagar os Pacto do Invocador na volta, e simplesmente perdi a segunda partida sem muitas chances.
O evento seguinte seria o segundo Showdown Pioneer, esse que eu planejava há bastante tempo jogar com Mono Green Devotion ao invés do Mono White Humans. Mas o deck simplesmente não estava mais entregando nada, e eu sofria pra sequer fazer 3-2 nas ligas Pioneer. Acabei mudando de última hora para o Rakdos Midrange, buscando ter um jogo mais justo entre os matchups do formato, mas não fez muita diferença e acabei fazendo um 2-3 drop.
Ainda assim, estava tranquilo, e disposto a me divertir jogando Modern no evento de trios do dia seguinte, onde junto do trio Robusto com Rudá Reis e Antonio Zanutto, conseguimos terminar no Top 8, premiando mesmo que sem a vaga para o Showdown seguinte (detalhes podem ser conferidos aqui).
Meu último evento Tabletop do ano foi o segundo CCQ Modern da Bolovo Games aqui em Santos. Novamente trouxe o "Amulet Titan cartas que eu tenho", faltando uma ou outra carta que não comprometiam a jogabilidade. Dessa vez, não tive muito o que fazer, empatando uma partida que ia acabar perdendo, perdendo outra partida para uma matchup horrível contra um Dimir Shadow, e vencendo as outras três para terminar em nono colocado nos critérios de desempate.
Depois de alguns Showdowns consecutivos com vaga, ainda não decidi se vou tentar jogar o Last Chance Qualifier no final de janeiro. Vai depender de vários fatores, como o Modern como um todo e, principalmente, se o único deck que eu possuo Amulet Titan estiver bem posicionado no metagame, e se me sentirei treinado o suficiente para performar bem em alto nível próximo aos dias do evento. Infelizmente, não possuo essas respostas ainda em 2023, e só saberei com mais precisão quando tiver maior proximidade da data em si.
O MAGIC DIGITAL
O ano começou quente no digital para mim, com uma vitória no Pizza Box Open jogando com Keruga Fires, no Explorer, mas ficou nisso mesmo.
Esse foi o meu único resultado de mais destaque no Magic digital esse ano - entre o circuito independente do Magic Arena sofrendo uma desaquecida, com, principalmente, o "bug" do Desafio Direto impedindo os torneios de acontecerem (que dependem da ferramenta para fazer com que os jogadores se enfrentem), minha principal forma de competição no digital teve menos oportunidades.
Já o circuito oficial de Qualifier Weekends/Arena Opens continuou a pleno vapor, mas ao colocar compromissos da vida adulta e do Magic Tabletop em alguns poucos finais de semana disponíveis, acabou que eu não consegui jogar boa parte desses eventos, e já sabendo de antemão que não poderia em algumas datas específicas, não tentei sequer me classificar para tais.
O mesmo vale para o Magic Online, que não é a minha plataforma preferida para gameplay digital - me classifiquei para as Finais de alguns ManaTraders Series como Pauper e Modern, mas não fui bem no suíço dropando logo nas primeiras rodadas, e salvo algumas Ligas aqui e ali, tampouco competi no circuito oficial do MTGO.
A PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
Nesse ano, fui para a quinta temporada consecutiva aqui na LigaMagic Bolts, seguindo como um dos membros da formação inicial como parte dessa iniciativa surreal de produção de conteúdo de Magic: the Gathering. Também sigo como colunista aqui na LigaMagic, com um total de 52 artigos escritos no ano (contando com esse), dentro da média de um por semana.
Também tive a oportunidade de, pela primeira vez, participar de uma Command Fest - grande evento com um foco muito maior no casual e diversão, e que, mesmo para um jogador com inclinação mais competitiva como eu, foi incrivelmente bacana de participar. Minha saga como "Sanduba Commandeiro" pode ser encontrada em mais detalhes aqui.
2024
Para o meu 2024, pretendo continuar jogando os eventos Tabletop aqui na região - já até comecei a montar um deck Pioneer, o Izzet Phoenix "cartas que eu tenho". Os eventos em São Paulo ainda continuam um tanto quanto distantes, considerando custos financeiros e esforço logístico, mas ainda pretendo aparecer em um ou outro que aconteça e que eu tenha disponibilidade de data.
Já no digital, a incerteza do "bug do confronto direto" coloca em xeque a frequência e até mesmo a total realização dos torneios independentes, os que eu mais costumava competir no Magic Arena. Já os Qualifier Weekend/Arena Open/ManaTraders Series (esse no Magic Online) devo jogar considerando o "freeroll", ou seja, a tentativa "grátis" e conveniente para mim, a depender também de disponibilidade de datas e outros compromissos.
Dessa forma, é bem provável que esse seja o ano onde eu realmente vou me voltar de forma total para a produção de conteúdo com as lives, artigos e demais projetos - claro, ainda com um foco nos formatos competitivos, mas sem investir tanto em performance ou nível técnico como já fiz outrora.
Gostaria de finalizar o ano agradecendo todos os espectadores, inscritos e apoiadores das lives, Apoia-se e demais redes sociais, que estão sempre mandando mensagem, torcendo nos eventos e marcando presença, além de todo o pessoal que trabalha comigo nos eventos, patrocinadores, colegas de trabalho e membros da Staff aqui na LigaMagic, que me possibilitam continuar trabalhando com Magic: the Gathering pelo meu oitavo ano consecutivo.
E quanto a vocês, leitores, como foi o 2023 de Magic de vocês? Muito grind nos torneios? Mais digital ou tabletop? E o que estão pretendendo para 2024? Compartilhem suas opiniões nos comentários!
Abraços e até a próxima!