Olá! Nesse último final de semana tivemos a dobradinha de City Class Showdown (Regional Championship do Brasil) com o 5K Trios Open, um Super Qualifier para o próximo Showdown que será disputado em janeiro - e no artigo de hoje, compartilharei um pouco sobre como foi minha preparação e experiência nesses eventos.
Ganhei a minha vaga com o Mono White Humans no primeiro final de semana da temporada, mas acabei largando o deck pouco tempo depois por conta da alta quantidade de Rakdos Sacrifice no metagame e depois de participar do Showdown anterior com um resultado medíocre, perdendo a última partida que me colocaria na zona de premiação.
Com isso, o meu baralho da vez passou a ser o Mono Green Devotion, e parecia ser a minha escolha para esse Showdown que vinha também. Só que nas semanas que antecederam o evento, eu não conseguia sequer premiar com ele nas ligas do Magic Online, com muitos baralhos surgindo no metagame que puniam a estratégia. Com a proximidade do Showdown, acabei escolhendo outro deck: o Rakdos Midrange.
Escrevi um pouco sobre o deck no Explorer na semana anterior, então não pretendo me prolongar muito nos específicos dessa lista. O deck parecia estar melhor posicionado que o Mono Green Devotion, com mais partidas equilibradas e chances de lidar com outros baralhos usando a reserva, e embora não fosse a minha estratégia favorita, parecia adequada o suficiente para ao menos valer a chance.
O torneio em si não foi muito bom para mim, terminando com um pífio 2-3 drop. Ganhei de Rakdos sacrifice e Bant Spirits, a primeira com Hidetsugu Consumes All brilhando no terceiro jogo, e com todas as remoções da história do universo punindo todos os espíritos que o adversário trazia ao campo de batalha.
As derrotas foram para Mono Green Devotion (oponente recebeu game loss por lista errada, e ainda assim perdi os outros dois jogos para mãos bem medianas por parte dele, mas que eu não consegui pressionar rápido o bastante), Lotus Field (assisti as duas partidas enquanto ele combava) e Abzan Greasefang (consegui não tomar o combo principal, mas em ambos os jogos Carruagem de Esika me destruiu no atrito). Dessa forma, estava acabado o meu Showdown; mas ainda havia o 5K Open de Trios, um Super Qualifier que valia vaga para o final de semana seguinte e onde eu teria a chance de jogar um formato que me apetece muito mais, o Modern.
Minha escolha de deck com certeza seria o Amulet Titan, e o aquecimento para o 5K Trios foi durante o City Class Qualifier (CCQ) na Bolovo Games, onde joguei com a lista acima de "Amuleto Cartas Que Eu Tenho", com algumas pequenas substituições em cartas que eu não tinha na coleção.
No geral, foi um bom torneio, onde passei para o Top 8 com um resultado de 3-1-1 (vitórias contra dois Rakdos Scam e Golgari Yawgmoth, empate não-intencional contra Izzet Murktide e derrota para Temur Rhinos), na sequência vencendo o Top 8 e as semifinais contra Burn até sucumbir nas finais para Living End, onde entreguei o primeiro jogo com uma conta errada terminando em segundo colocado. Apesar dos pesares, estava bem satisfeito com o desempenho do baralho, e a lista "Amuleto Todas As Cartas" seria minha escolha para o 5K Trios.
O Trio Robusto contou com Rudá Andrade, também colunista aqui na LigaMagic e que estava voando com seu Azorius Soldiers Standard direto de uma vitória no Store Championship e com Antônio Zanutto, também vindo forte do Showdown na véspera com seu 5C Bring to Light com Subir no Pe-de-feijao.
Thragueopresa foi a tecnologia adotada depois de ver algumas listas indo bem com ela no Magic Online, como forma de ter mais uma ameaça parruda contra Rakdos Scam, porém que custasse menos manas. Pedra do Oblivio foi incrível durante o CCQ da Bolovo Games, e ganhou a segunda cópia na reserva. No mais, a lista era bem padronizada.
Eu começo perdendo para Izzet Murktide, com ambos os jogos sendo punido por Ragavan, Afanador Agil no turno 1 para todas as interações no primeiro jogo, e Ragavan para Magus da Lua para Forca da Negacao no meu Desmembrar quando eu precisava tentar fazer alguma jogada para não morrer. Rudá teve sua vitória contra Esper Control, e a partida decisiva era o 5C do Zanutto contra o Mono White Humans. Ele liderava por 1x0, em uma partida que até possui vantagem, e parecia que o segundo jogo estava indo para um caminho controlado.
Até que ele comprou inúmeros terrenos seguidos (cinco? não tenho certeza) e deu tempo para o Mono White virar a partida. Já no terceiro jogo, a sorte não sorriu novamente, o Zanutto perde um terreno em um turno crítico e depois é forçado a fazer jogadas grandes onde poderia ser muito punido por remoções (e foi o que aconteceu) para, no final, perder para duas cópias de Caverna Mutavel sem uma resposta apropriada.
Começar o evento com uma derrota era bastante complicado, já que precisaríamos ganhar as próximas cinco rodadas para pleitear as vagas para o próximo Showdown, o Modern, em Janeiro de 2024.
Conseguimos levar a segunda rodada, com uma vitória minha contra 5C Cascade Beans onde no primeiro jogo eu encaixo O Um Anel e junto recursos para um Colosso Cultivador gigantesco, no segundo tomo Forca do Vigor no Amuleto + Saga e sequer entrei na partida e no terceiro game O Um Anel novamente me dá recursos para batalhar o atrito com um Tita Primordial dando dano com Valakut + Dríade mesmo sem o Amuleto de Vigor. Rudá não precisa terminar seu jogo.
A terceira partida acabou sendo bastante decisiva. Zanutto perde seu jogo, e eu consigo levar o meu contra Rakdos Scam após perder a primeira partida para a combinação de mulligan a 5 e o "scam" de Luto + Afinal Nem Morreu, e com O Um Anel carregando depois da primeira leva de disrupções em partidas mais longas. Porém, a fatídica partida do Standard está nos cinco turnos, e mesmo com o Rudá conseguindo vencer o jogo, a partida terminou empatada no 1x1, o que nos eliminou da vaga. Entretanto, ainda era possível batalhar pela premiação, e foi o que fizemos nas rodadas seguintes.
Nossa quarta rodada é o primeiro "clean sweep", com os três vencendo suas partidas. Meus jogos foram bem diretos, contra Mono Green Tron eu combo no turno 2 com dois Amuleto para Colosso Cultivador, que compra pelo menos umas oito cartas e me permite também ir pro combo do Titã, perco o segundo para Tron cedo + Karn Liberto, e levo o terceiro com o combo "simples" de duplo Amuleto no turno três.
Na quinta rodada novamente vejo o Mono Green Tron na minha frente. Após um mulligan a 5 e perder o segundo terreno, no turno três não tenho recursos para ir para o Titã, faltando uma mana, mas consigo fazer um turno grande de Herbivoro Arboreo, Azusa, Perdida mas Procurando, Driade do Bosque Ilisiano e O Um Anel com a mesma bounceland - só que ele volta de Pedra do Oblivio limpando tudo, e alguns turnos depois faz um Ulamog, a Fome Interminavel que me tira totalmente da partida.
O segundo jogo acaba sendo bem mais pegado - faço um Tita Primordial cedo, mas com apenas um Amuleto, tenho de ir pro jogo de interagir com Boseiju, a Persistente nas peças do Tron dele. Só que ele consegue ir se segurando com O Um Anel, especificamente, com quatro cópias dele que foram contornando o letal turno após turno, enquanto eu seguia interagindo com as peças do Tron dele, chegando a usar os meus quatro Boseijus. Quando ele finalmente sucumbiu, sou informado que ambos meus colegas de time tinham vencido, e não precisamos ir para o terceiro jogo.
Na sexta rodada, acabamos sendo pareados para baixo, enfrentando um trio que estava 3-2 - e sem chances matemáticas de alcançar o Top 8, eles concedem a partida para o nosso trio. Dessa forma, terminamos exatamente na oitava colocação, premiando. Num geral, fiquei bastante satisfeito com meu resultado individual no Modern, que calhou de ser exatamente o mesmo que o coletivo em número de vitórias, derrotas e empates. Apesar de não ter sido o suficiente para cravar a vaga, não posso reclamar de passar o domingo jogando um evento de Trios ao lado de dois grandes amigos e jogadores, em um formato que me agrada, e tendo a chance de novamente vivenciar o lado Gathering do Magic.
Abraços e até a próxima!