Olá! Logo mais teremos a chegada de Senhor dos Anéis: Contos da Terra Média tanto no Magic Arena, quanto nas lojas locais com os pré-releases, e essa é particularmente uma das coleções que mais têm me chamado a atenção no quesito hype dentre as recentes - mesmo eu que acabo sempre tentando ser um pouco mais prático e racional na hora de enxergar novas cartas, constantemente me vi empolgado com os spoilers.
Dito isso, resolvi compartilhar hoje algumas das minhas cartas favoritas da nova coleção, dando preferência para as que têm algum potencial de Modern, mas que também sejam interessantes pensando em Commander ou mesmo que eu tenha gostado a nível pessoal.
Um Anel para a todos governar, um Anel para encontrá-los, um Anel para a todos trazer, e na escuridão aprisioná-los. À parte de toda a mística envolvendo o legendário O Um Anel serializado de somente uma cópia no mundo todo, com múltiplos compradores potenciais já declarando valores na casa de milhões de dólares, The One Ring é uma carta com potencial de jogo surpreendentemente interessante.
Sua primeira habilidade de proteção contra tudo permite alguns combos, como por exemplo junto de Drafna, Fundador de Lat-Nam para infinitos turnos protegidos, bem como ganhar tempo para começar a simplesmente gerar valor com sua habilidade. Considerando que no primeiro turno ele compra uma carta, e no segundo mais duas, por apenas 4 manas parece uma excelente barganha é algo perfeitamente alcançável para alguns decks no Modern, como os de gerar valor com artefatos usando Asmoranomardicadaistinaculdacar ou Urza, Grao-lorde Artifice.
Levando os efeitos de Honra do Puro a um novo nível, Flowering of the White Tree funciona como uma Antifona Gloriosa básica, mas que em um possível Mono White Aggro / Taxes / Legends com Skrelv, Acaro Desertor, Kytheon, Hero of Akros, Isamaru, Hound of Konda, Thalia, Guardia de Thraben, Adeline, Catara Resplandecente e afins realmente brilha, adicionando um ponto extra de poder e a Salvaguarda 1, o que torna essas já difíceis de serem interagidas criaturas ainda mais complicadas de lidar.
Parece que o Hammer Time ganha uma nova ferramenta para auxiliar na redundância de suas peças - Forge Anew permite não somente equipar "de graça" o Martelo do Colosso, como o permite fazê-lo em velocidade instantânea! A primeira linha do texto também joga bem nas partidas pós-side, quando os adversários vão vir com remoções para os equipamentos. O único empecilho, entretanto, é o seu custo de três manas, que talvez faça com que não seja tão interessante simplesmente colocar quatro cópias da nova carta, e sim começar com números mais moderados para fins de teste.
● Frodo, Determined Hero
Em um primeiro momento, Frodo, Determined Hero parecia a adição perfeita para complementar o Hammer Time - até seu efeito se mostrar equipamento de custo 2 ou 3, que não permite equipar o Martelo do Colosso. Porém, a carta em si apresenta bastante potencial junto das Espadas, essas tidas como muito lentas no Modern, e junto de Mistico Litoforjador talvez seja possível ir para um caminho de equipamentos um pouco mais orientado para o valor.
Normalmente as anulações não costumam encaixar bem contra decks de criaturas pelo fato de serem pouco eficientes na mana, condicionais demais e dependem de acertar a criatura na pilha, ao invés de no campo de batalha. Stern Scolding contorna dois desses problemas ao anular qualquer criatura na curva 1 e 2 - um prato cheio para formatos mais antigos, onde lidar com Ragavan, Afanador Agil, Thalia, Guardia de Thraben e Tarmogoyf por apenas uma mana é excelente. E mesmo nas partidas onde falha, ainda é uma carta azul para ser exilada por Forca de Vontade / Forca da Negacao.
"O Anel tenta você" é uma das mecânicas que chega com a nova coleção, funcionando de forma similar às Masmorras/Dianteira. Call of the Ring parece funcionar bem em um baralho cheio de criaturas pequenas para funcionar como portadores, além de fazer a perda de vida importar menos se for uma estratégia estilo aggro/sacrifice. O Golgari Yawgmoth parece a casa perfeita para começar os trabalhos com Call of the Ring, mas talvez até mesmo algo como Rakdos Goblins ou os decks de Familiar do Caldeirao / Forno da Bruxa / Asmoranomardicadaistinaculdacar possam encaixá-la.
Com uma massa crítica cada vez maior de criaturas lendárias para se trabalhar, é questão de tempo até que algo similar ao Esper Legends do Standard apareça nos formatos mais antigos - a própria Classe: Bardo é uma carta com grande potencial adormecido, que já chegou a ver algum jogo no Pioneer/Explorer. O nível de poder do Modern é certamente mais alto, mas Delighted Halfling também é um bom passo em caminho desse tipo de estratégia se concretizando.
Izzet Storm é um baralho que anda bastante sumido desde os recentes aumentos de nível de poder ocasionados pelas Modern Horizons, e infelizmente para os adeptos do formato, Fiery Inscription parece ter um nível de poder abaixo de outras cartas pré-existentes como Aria de Chamas. Mesmo com a tentação do Anel, Baral, Chefe da Conformidade e Goblin Electromancer não parecem ser os portadores mais interessados em seu poder.
Uma remoção que lida com criaturas legendárias, Planeswalkers, artefatos e Sagas, por duas manas, em velocidade instantânea? Embora seja bastante específica, Lost to Legend ainda é razoavelmente abrangente para ter algum espaço em reservas, podendo lidar principalmente com artefatos incômodos que não podem ser destruídos (Kaldra Compleat ou The One Ring, por exemplo), com o bônus ficando em responder outras ameaças perdidas como Ragavan, Afanador Agil, Wrenn e Seis e Saga de Urza.
Em um deck com muitas legendárias, pode substituir uma Floresta como forma de ganhar recursos adicionais através da comida. Num geral, gostei bastante do ciclo de terrenos raros da nova coleção, que se encaixam nos decks com sua cor podendo entrar virados, ou muito bem desvirado caso tenha uma massa crítica de lendas suficientes.
A segunda habilidade de Mount Doom é mais pela questão da história, encaixando perfeitamente no "flavor" - mas é em suas duas primeiras habilidades que estamos mais interessados. A casa imediata seria o Burn, entretanto, Mount Doom exige a mana preta para ser capaz de dar dano diretamente ao adversário, e o "splash" somente para isso exigiria muito em termos de dano. Entretanto, algumas listas de Burn no passado chegaram a jogar Mardu para encaixar Barulho na Noite e ter mais "Raios virtuais", e o Mount Doom poderia se encaixar bem nessas listas.
Um ótimo terreno para um eventual Mono White Aggro / Legends, onde a desvantagem de entrar desvirado é mitigada, e é capaz de gerar bastante valor com uma mesa pré-existente. Mesmo pensando em Modern / Legacy, o custo de ativação é bem alcançável, e ainda permitiria fazer outros movimentos no mesmo turno nos estágios médios da partida.
Embora Rivendell por si só não seja exatamente impressionante, o conjunto de terrenos legendários com utilidade torna ainda mais possível a presença de um eventual Kethis Combo no Modern, já que traz um complemento ao ciclo de terrenos lendários das duas Kamigawas, facilitando no número de cartas lendárias para ativar a habilidade do Kethis.
O "novo Massacre do Gancho de Carne", Spiteful Banditry acaba por ser uma carta que apela um pouco mais ao Commander do que ao Modern. Os tesouros acabam por ser menos relevantes aqui quando as partidas são definidas de maneira mais rápida, e outras remoções como Furia e Fim da Fraternidade acabam tendo mais espaço por sua eficiência na mana.
Um "hate" (carta de ódio) de cemitério que pune especificamente as encarnações de Modern Horizons, Stone of Erech também ataca Familiar do Caldeirao, Croxa e as criaturas do Golgari Yawgmoth. Para punir esse aspecto em particular, funciona muito bem, mas em termos de "hate de cemitério generalista", acaba sendo um tanto quanto mais lento até mesmo que alguns clássicos como Reliquia de Progenitus.
Aqui talvez já estejamos entrando mais no território do "cartas preferidas" do que cartas com chances de ver jogo, mas Horn of Gondor parece tudo que meu estimado Mono White Humans do Pioneer gostaria de receber - uma forma de gerar ameaças contínuas, e que pode gerar turnos absurdos junto de Tenente de Thalia. Porém, até mesmo lá tenho minhas dúvidas quanto à velocidade de Horn of Gondor, então imaginá-la no Modern parece um cenário impossível.
E para fecharmos, uma menção honrosa: Gandalf the White. Seu custo de mana é alto, mas sua habilidade é poderosa - dobrar os efeitos quando suas lendas e artefatos entram ou morrem, além de dar lampejo para suas mágicas lendárias e artefatos (e ele próprio possuir lampejo). Além de decks cheios de sinergias de artefatos, é possível imaginá-lo como condição de vitória em um Azorius Control mais pra trás.
Mas não descartem o Gandalf totalmente: muitos duvidaram de Elesh Norn, Mae das Maquinas por ser um "drop 5 que não faz nada", mas a prática que estamos vendo do Modern hoje é que a pretora se tornou uma "staple" (pilar do formato) com vaga cativa nos 4/5C Elementals e até mesmo na reserva de algumas listas de Amulet Titan!
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E quanto a vocês, leitores, quais cartas de Senhor dos Anéis acreditam ter potencial de jogo competitivo, pensando principalmente no Modern? E em relação ao Commander e demais formatos, têm alguma favorita? Ou quem sabe alguma carta que não tenha sido citada no artigo, mas que vale a menção? Compartilhem suas opiniões nos comentários!
Abraços e até a próxima!
Isso é válido para quase toda edição nos últimos 5 anos.
Senti que faltou a melhor carta da edição (na minha opinião), o Orcish Bowmasters.
Pensando em competitivo, no modern nem tanto, mas legacy parece que será extremamente forte.
Do restante, a edição é bem fraca no competitivo. Vejo no máximo o Forge Anew e Stern Scolding com chances de jogo no modern, talvez Mount Doom no Death's Shadow, Remand branco é legal mas não acho que veja jogo também, talvez um ou outro land desses lendários.
Edição parece boa para cmd... Por outro lado achei bom o PL mais baixo pra competitivo pq estava com receio de ser MH3 para o modern que está com ambiente bem diversificado.