Phyrexia está em todos os lugares. Na Lore. Nas imagens. E nas suas cartas. Com a Marcha das Máquinas eles apenas mostraram o óbvio, que Phyrexia está em tudo e que nossa única defesa é se unir a eles. A única salvação é se tornar um.
Piadas à parte, a nova coleção, Marcha das Máquinas, traz uma série de cartas para a tribo dos phyrexianos que confesso, estão mexendo com minhas entranhas de jogador de tribal. Já em ONE tivemos o GW Toxic que é um deck bem interessante, tendo feito inclusive Top 8 no US Regionals, mostrando que existem mais abordagens possíveis nessa estratégia.
No Toxic o tema não era exatamente os phyrexianos, ainda que O Germinucleo esteja presente. O tema é um aggro que tem um alcance maior usando a habilidade de Toxic, o que nos faz focar em ferramentas de combate, como Audacia, além de Resistencia de Tyvar, uma carta que serve de combat trick, proteção e torna Putridotisa Venerada uma bela carta. Então estamos usando Phyrexia, mas sem trabalhar ela como tema.
Com MOM ganhamos a oportunidade de trabalhar esse tribal, ganhando cartas que sinergizam melhor e até podendo desenvolver um subtema de Aristocratas.
Processador Inchado é a carta que usei de “bandeira” para trabalhar a minha lista, isso porque ela me permite dar “cola” à estratégia toda. Seu efeito de sacrifício pede o tipo “phyrexiano”, então vou priorizar criaturas desse tipo e se vou lotar meu deck de phyrexianos, MOM me dá Carniceira Enxertada. Essa carta realmente me agradou porque além de ser um lord, ainda temos evasão, o que todo deck agressivo sempre agradece. Para melhorar, um pouco de resiliência, algo necessário nesse Standard de Grixis e afins.
Como eu tenho efeitos de sacrifício, eu abri espaço para Elas il-Kor, Peregrina Sadica e Vraan, Thane Executor, que me permitem uma maneira de alcance para finalizar a partida. Inclusive, sou o primeiro a assumir que existe um universo onde uso quatro cópias de cada um desses e me livro de quantidades indesejadas na mesa apenas alimentando o Processador Inchado, tal qual Devastador Arconexo fazia com Mox de Opala.
Para fechar as novidades de Marcha das Máquinas, Censor Phyrexiano é uma maneira de taxar meus oponentes, além de criar combates melhores para nós, e Elesh Norn torna a race contra esse deck uma tarefa bem difícil, além de dar uma certa inevitabilidade, já que usar sua habilidade de transformar é um efeito gigantesco. (Ainda que, sendo sincero, desculpa mãe das máquinas, mas em uma lista onde quero usar 4-offs de tudo, você é a primeira a ser cortada).
Antes da lista em si queria destacar duas cartas que não param de me surpreender e que todos deviam levar com maior prioridade. A primeira é Skrelv, Acaro Desertor, eu não concebo a ideia de um deck que use branco, seja minimamente agressivo e não use quatro cópias dessa carta. Sim, a Madre das Runas achou a sua versão Standard/Pioneer e não usá-la é um erro. Mesmo que esse deck não seja a lista mais agressiva de todas, ter um para-raio de remoção sempre me agrada e Processador Inchado ainda pode me ajudar a se vrar de cópias extras do ácaro (por mais que ele sempre tome remoção, então vir em múltiplos é bem vindo. A outra carta é Colmeia de Skrelv, uma carta que demorou a fazer o barulho merecido, mas que nesse tipo de estratégia é muito forte, é “comida” para o Processador Inchado, é boa em matchs grind e dar Vínculo com a Vida é um modo que parece simples, mas que te ajuda a vencer basicamente qualquer coisa mais agressiva, especialmente RDW (que deve crescer, mas é assunto para outro texto). Por hora fui bem seguro com apenas duas cópias da Colméia, mas seu impacto contra midranges me agrada tanto que não estranhem se eu estiver em live usando quatro cópias de maindeck, apenas porque sim.
Começarei com algo assim:
A lista está bem crua e quando estiverem lendo isso terei testado ela no Acesso Antecipado da edição, onde tenho essa como uma das minhas principais apostas, junto com outros testes que posso até comentar depois em artigos futuros.
Comentando desse tema eu queria ressaltar que fico feliz de ver novamente no Standard uma tendência que me agradava muito que era os decks baseados em blocos, normalmente tribais ou baseados em alguma mecânica. Soldados, Toxic, Encantamentos, Phyrexia, são decks baseados em A Guerra dos Irmãos, Phyrexia: Tudo será Um, Kamigawa: Dinastia Neon e Marcha das Máquinas, respectivamente e esse tipo de baralho é exatamente o que ajuda o Standard crescer por tornar mais fácil a conexão entre o jogador que participou de um evento de Pré-Lançamento e esse mesmo jogador começar a frequentar a loja em um evento regular. Claro que ainda temos ene barreiras, mas decks baseados nas coleções é um passo importante para essa direção.
De resto, estarei testando muita coisa de Marcha das Máquinas no Acesso Antecipado e posteriormente no MTG Arena e Magic Online, especialmente no Standard e Pioneer, até porque o segundo é o formatos dos Qualifiers dessa temporada e do Showdown, no fim de Junho.
Muitos testes no futuro me animam bastante e espero que tenha o mesmo impacto em vocês.
Até mais!
Ruda
![](http://repositorio.sbrauble.com/arquivos/up/artigos/redator/1532516485_1359.jpg)
Pq não precisa, não entra no tema.
Montei esse deck hoje quando usando a lista do Legenvd, mas vou colocar o skrelv msm no lugar do drop 1 preto. Deck MUITO forte.