Hora do Pauper - Jogando de BW Ephemerate
Uma nova build BW surge como uma opção midrange, se valendo do valor da Dianteira.
15/02/2023 10:05 - 6.787 visualizações - 4 comentários
E aí, galera, tudo bem? Aqui quem vos escreve é o Heli e hoje venho fazer uma análise do BW Ephemerate. Utilizei o deck num evento semanal da Pandora Geek Store. Fazia algumas semanas que eu não tenho conseguido comparecer aos eventos semanais locais, porém aproveitei um sábado para tirar as “teias de aranha” das minha cartas. Minha primeira ideia para jogar seria o UB Proliferate Storm, um deck recente que ainda está em construção, mas que conta com um fator surpresa. Infelizmente eu não tinha uma das cartas. Sendo assim, parti para algum deck dentro da minha zona de conforto: o BW Ephemerate. Eu imaginava alguns decks que poderia aparecer, então considerei uma boa opção. 
 
BW Ephemerate
 
11/02/2023
R$ 330,43
R$ 1.063,74
R$ 5.959,90
 
11/02/2023
Visualização:
Padrão
Cor
Custo
Raridade
Visual
Grid
CMC
Comprar Deck
Gerar Imagem
Criaturas (23)
 
0,25
  
0,45
  
1,00
  
0,48
  
1,79
   
0,35
   //   
0,10
Mágicas (15)
4  
 
12,90
  
4,31
3  
  
2,00
  
8,91
  
15,60
  
0,99
1  
   
2,50
Terrenos (22)
0,59
0,14
0,10
3  
0,00
6,00
7  
0,00
1,50
60 cards total

Sideboard (15)
 
3,44
 
6,50
  
13,49
  
7,00
  
0,05
  
0,99
3  
   
44,94
  
3,38
  
0,20
   
4,99
 
O interessante dessa versão é que ela consegue comprar bastante, gerando muito valor entre suas criaturas com ETB e Efemerar. Aliado a essa vantagens de cartas, o deck procura reduzir os pontos de vida do oponente com criaturas menores, até que a Soberana Vampira e o Paladino Golias possam trabalhar na definição dos jogos. O que mais me incomodava ao ver as listas desse deck é não ter um Arqueomante ou um Elementalista Ardente para gerar aquele loop de recorrência com o Efemerar. Até discuti isso com um amigo – para ele, a ideia do deck não é controlar e travar a partida, mas gerar um valor inicial que te impulsione no fim da partida, afundando seu oponente por sua vantagem de cartas. Bora falar das partidas?
 
 
- 1ª rodada – Altar Tron
 
Rapidamente percebi que estava jogando contra um Tron, mas não sabia qual era a versão. Meu oponente teve alguns problemas de terrenos no início enquanto eu descia algumas criaturas. Meu jogo estava evoluindo, mas não na velocidade que eu precisaria para conseguir definir a partida, já que eu havia mulligado uma vez. Meu oponente foi comprando tempo, colocando bloqueadores e economizando pontos de vida preciosos. Com esse plano, quando a Soberana Vampira poderia definir o jogo, ele conseguia combar com segurança, já que meu deck quase não consegue responder a essa interação.
 
A segunda partida começou truncada. Consegui comprar peças do meu sideboard, mas não foram suficientes. Aqui tivemos duas situações interessantes: consegui lidar com três Myr de Busca, travando o combo do deck; porém, da mesma forma que o primeiro jogo, a partida estava se estendendo e meu oponente conseguiu conjurar seus quatro Resistir a Tempestade, ganhando 93 pontos de vidas somados. O aviso dos “5 turnos” chegou e vimos que nem uma vitória por deckout seria possível e o jogo acabou assim.
 
Resultado: 0-1
 
Side in / side out: +2  Magibomba Niilista, +1 Po ao Po, +2 Revogar Existencia, +1 Shinobi do Bando de Okiba, -1 Inexistir, -1 Exalacoes Sufocantes, -2 Edito de Chainer, -1 Disputa Mortifera, -1 Inspetor de Thraben, -1 Cordoes Prismaticos.
 
 
- 2ª rodada – UR Skred
 
Essa partida foi a definição de quanto você pode ser punido por seu próprio deck.  No primeiro jogo fiz um mulligan e acabei mantendo uma mão lenta, porém jogável. Logo me arrependi disso, considerando que meu oponente fez três remoções para minhas primeiras criaturas e se manteve à frente comprando cartas adicionais com seus Ninjas. Enquanto o campo dele tinha cinco criaturas, o meu estava vazio. Além disso, a lista possui o Terror Tolariano, o que dificulta meus ataques. Eu tinha duas Disputa Mortifera na mão e nenhuma forma de comprar cartas. Concedi esperando ter melhor sorte no jogo dois.
 
Claramente fui tapeado! O jogo parecia normal, mesmo com meu mulligan a seis, até que os terrenos não pararam de aparecer. Quando uma dezena dele tinha dado as caras, resolvi que não merecia isso e concedi, mesmo meu oponente atacando com pouco poder. Ele acumulou muitos recursos e era impossível voltar. Apenas para critérios estatísticos, comprei doze terrenos em 20 cartas.
 
Resultado: 0-2
 
Side in / side out: +1 Destruir o Mal, +1 Exalacoes Sufocantes, +1 Bracos de Hadar, -2 Inspetor de Thraben, -1 Disputa Mortifera.
 
 
- 3ª rodada – GW Auras
 
Duas derrotas seguidas é uma péssima forma de começar um evento – por isso o famoso “0-2 drop” é um termo tão popular dentro do MTG. Mas eu tinha um objetivo maior e continuei procurando extrair o melhor das partidas. Meu oponente começou com Floresta + Batedor Cobre-clareira, então sabia que estava jogando contra um GW Auras. Minha lista conta com apenas dois Edito de Chainer e nenhum dos dois estava na minha mão inicial, o que dificulta imensamente meus primeiros turnos. Entretanto, uma outra interação foi essencial para segurar esse ímpeto: Clerigo Arauto da Aurora + Efemerar. Eu conseguia destruir dois encantamentos em cada interação, mas o primeiro encantamento que ele desceu foi o Rancor. Já que ele ficaria voltando, eu precisava lidar com o restante, principalmente os que aumentam o poder muito rapidamente, como Armadura Eterea e Mascara Ancestral. Aqui o problema da falta do loop com Efemerar se tornou evidente, pois usei dois e mesmo assim tive que aceitar uma Máscara Ancestral encantar uma criatura que já tinha Rancor e uma Cartula da Solidariedade. Nesse momento eu já tinha uma Soberana Vampira na mesa e estava batendo e tinha tirado alguns pontos de vida com o Supervisor Inspirador. Fiz as contas e tomei o ataque do Elfo, bloqueei com o Inspetor de Thraben, o que o levou a um ponto de vida. Na volta, bati com minhas criaturas voadoras, usei um Efemerar e o Resgatar o Potro (a parte da Aventura do Guardiao Pegaso) e defini a partida.
 
No segundo jogo eu sabia que teria mais opções para lidar com encantamentos. O começo de jogo foi similar, mas eu consegui ser bem mais efetivo, lidando com encantamentos e removendo as criaturas dele durante o combate, já que novamente não comprei nenhum Edito de Chainer. Um Manto de Tatu chegou a assustar, mas segurei meus Efemerar para ter a chance de usá-los durante o bloqueio, para lidar com a criatura dele também. Assim foi feito. Após eu Assumir a Dianteira e ter uma Soberana Vampira em jogo, meu oponente concedeu a partida.
 
Resultado: 2-0
 
● Side in / side out: +2 Revogar Existencia, +1 Bracos de Hadar, +1 Exalacoes Sufocantes, +1 Destruir o Mal, -1 Inspetor de Thraben, -2 Demover, -1 Disputa Mortifera, -1 Inexistir.
 
 
- 4ª rodada – BW Ephemerate
 
Ao sair a rodada, descobri que iria enfrentar meu amigo Helder, num mirror que poderia ser extenso. As listas eram bem similares, mas eu consegui um início bem forte, repondo boa parte das minhas cartas com minhas criaturas. Num dado momento, ele se focou em minhas criaturas voadores, o que me parecia um plano para fazer seu Paladino Golias de forma mais segura. Logo acabaram as opções, ele Assumiu a Dianteira, que foi prontamente roubado com o meu Paladino, seguido de remoções que tiraram suas criaturas com evasão. Sem opções na mão, ele concedeu a partida, visando ter mais tempo para as próximas.
 
Sem muitas opções no sideboard, fomos para um jogo dois cheio de altos e baixos. Ele começou com claros problemas de mana, tendo poucos terrenos a disposição, mas comprando a melhor parte do próprio deck. Uma Soberana Vampira entrou em campo, precedendo um Paladino Golias. Possuindo mais terrenos que ele, mas sem respostas para aquelas criaturas, recuei e utilizei minha única cópia de Cordoes Prismaticos para evitar perder minha criatura com evasão para a Vampira. Um Shinobi do Bando de Okiba foi crucial aqui, já que a falta de mana limitava a quantidade de mágicas que ele poderia fazer. Com ajuda de uma Disputa Mortifera comprei um Inexistir. Tomei a Dianteira, lidei com a maior ameaça do campo dele e comecei a reduzir seus pontos de vida. Três compras de terrenos seguidos fizeram ele estender a mão e encerrar a partida. É interessante ver como ambos os decks ganham muitos pontos de vida. Somando, eu ganhei 22 e ele ganhou 20 pontos de vida.
 
Resultado: 2-0
 
● Side in / side out: +2 Revogar Existencia, +1 Destruir o Mal, +1 Shinobi do Bando de Okiba, -1 Inspetor de Thraben, -1 Edito de Chainer, -1 Disputa Mortifera
 
 
- 5ª rodada – Land Spy
 
Saber o que eu ia enfrentar na última rodada, que valia o Top 8, não me ajudou tanto. Era uma partida que eu nunca tinha enfrentado, ainda mais sabendo que existem algumas variações na forma de ganhar. No primeiro jogo meu oponente fez mulligan a três. Mesmo não tendo respostas ao seu plano de jogo, e tendo pouquíssima agressividade em campo, acabei vencendo.
 
Sabendo que o combo funciona com o cemitério, mantive uma mão com uma Magibomba Niilista. A segunda cópia também veio, me dando uma confiança na vitória. Entretanto minhas compras foram pesadas e eu acabei ficando sem muitas opções, já que meu oponente conseguiu remover minhas duas Magibomba Niilista. Imaginando que ele poderia combar, me coloquei numa situação em que, se isso não acontecesse, eu venceria na volta. Resultado? Perdi .
 
O jogo se mostrou bem frustrante. Fiz um mulligan, mas talvez devesse ter sido mais arrojado, arriscando uma mão melhor. Não sei como seria o resultado, mas talvez eu pudesse ter resposta para o combo que veio no turno quatro.
 
Resultado: 1-2
 
● Side in / side out: +2 Magibomba Niilista, -1 Inspetor de Thraben, -1 Disputa Mortifera.
 
 
Resultado final: 2-3
 
Impressões: fiquei um pouco frustrado, desejando um resultado melhor. Porém, fazia um bom tempo que não jogava e não fazia muita ideia do que esperar do metagame. Esse é um ponto interessante desse deck, pois acredito que ele teria uma performance bem acima se enfrentasse decks como Affinity, Monored ou UB Terror. Tivemos cinco cópias desse deck no evento e nenhum deles foi para o top8, o que exemplifica essa observação.
 
No geral acho que o deck esteja bem posicionado, surfando bem durante a partida, dada a sua capacidade de reposição. Suas doze criaturas pequenas se repõem, somando a Disputa Mortifera e Efemerar, isso sem contar a chance de comprar recursos suficientes para que o Paladino Golias vire a balança para seu lado. Além disso, a Soberana Vampira se mostrou a criatura com maior poder de definir partidas. Uma cópia dela pode tirar nove ou doze pontos de vida até ser destruída. O Guardião Pégaso me pareceu lento demais para que seja efetivo, sendo que sua Aventura foi a única opção que cheguei a utilizar.
 
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O que acharam da análise do BW Ephemerate? Acham que o deck tem conseguido se desempenhar bem? E localmente, estão enfrentando alguma versão dele? Foi satisfatório voltar a jogar um evento em local, ainda mais podendo trazer as impressões disso para vocês. Deixem nos comentários suas opiniões e sugestões.
 
 
Galera, vou ficando por aqui, um abraço a todos e até mais!
Heli Mateus ( helimateus)
Heli Mateus conheceu o Magic em 1998, mas começou a jogar em 2015 quando conheceu o
formato Pauper. Hoje é entusiasta do formato e produtor de conteúdo, principalmente como
podcaster sendo cohost do RakdosCast.
Redes Sociais: Facebook, Instagram, Twitter
Comentários
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(Quote)
- 17/02/2023 08:17:47

valeu, mto obrigado!!

(Quote)
- 17/02/2023 08:17:33

valeu meu querido!!! vou me esforçar pra conseguir!

(Quote)
- 15/02/2023 23:37:07
Ótimo resumo das jogadas, adorei o conteúdo, sempre bom ver artigos de qualidade sobre o nosso pauperzinho!
(Quote)
- 15/02/2023 17:23:51
boa heli, por mais conteudos desse o
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