Salve galera!
Phyrexia chegou e já trouxe muito assunto, além também daquele hype em cima de sua ambientação. Além disso, nesse mês de fevereiro também teremos a 3a Edição da Conquest Cup, o maior torneio brasileiro de Conquest via Spelltable em parceria com a Conquest Brasil!
Pensando nisso, resolvi aceitar o desafio do meu amigo Luiz da Incommander (instagram.com/incommander) e criar um deck Conquest utilizando algum comandante incomum que ele escolhesse, sendo o da vez um Mono Green que traz consigo essa “vibe” bem tóxica!
Antes de mais nada, se você gosta de magic multiplayer em geral, Commander e suas variações, vou te convidar à me seguir no Instagram (instagram.com/jeff3nd) onde estou sempre postando conteúdo desse nicho. Além disso você também pode me encontrar na Twitch (twitch.tv/jeff3nd) onde durante a semana faço lives analisando decks, construindo listas do zero e trocando aquela idéia descontraída sobre os mais diversos assuntos do Magic!
Apresentação feita, vamos ao que interessa!!!
● CONHECENDO O FORMATO
Já irei começar esse tópico sugerindo que se você é recém chegado na nossa coluna e ainda não conhece o Conquest, recomendo que leiam os artigos a seguir onde introduzo o formato com mais detalhes e tiro algumas dúvidas sobre ele.
Adianto também que ambos os artigos já estão datados por serem antigos, mas durante o mês irei refazê-los com todas as atualizações feitas desde então.
Em resumo o Conquest se trata de uma variação do Commander mais voltada ao competitivo, onde foram usados conceitos tirados de grupos de jogo onde o foco é a vitória como no cEDH, o Duel Commander e o falecido Oathbreaker.
Nele você tem uma lista de banidas diferente da tradicional, contando com cards icônicos como Paradox Engine, Gifts Ungiven e Prophet of Kruphix liberados, mas em contrapartida não permite o uso da Lista Reservada e nenhuma das Fetch Lands, além de limitar a vida dos jogadores à 30 e o dano de comandante a 12.
● CONHECENDO O COMANDANTE
Agora que vocês já foram inseridos ao formato, vamos relembrar quem é o nosso comandante da vez.
Fynn, the Fangbearer é um humano lançado em Kaldhein de custo 1G com Toque mortífero, mas que carrega consigo uma habilidade um tanto quanto original que faz com que toda vez que uma criatura que você controla com Toque mortífero causa dano de combate à um oponente, esse jogador recebe dois marcadores de veneno.
Não preciso nem dizer que 10 marcadores matam um jogador, tornando esse deck um clock muito legal e muito diferenciado.
Vamos então conhecer a lista e entender um pouco de como ela funciona!
*Ps: Não há um limite de Budget, por isso o valor pode estar acima do habitual de muitos players, mas isso de modo algum é um impeditivo para que você monte sua lista dentro dos próprios limites.
● ESTRATÉGIA
Com o deck em mãos podemos falar um pouco sobre a (óbvia) estratégia proposta, que consiste em ganhar utilizando os marcadores de veneno, e por isso temos algumas várias formas de fazê-lo.
Como a habilidade do comandante é diferente de Infectar, que também é diferente de Poison (agora chamada “Toxic”), podemos utilizar de múltiplos efeitos que irão desencadear uma enorme onda de marcadores caso tudo corra como o esperado.
Vale ressaltar a importância do custo baixo do comandante, permitindo que o early game tenha uma boa consistência e começando logo cedo com uma pressão no board.
Podemos iniciar tanto com:
- T1 > Land >Dork / T2> Land > Fynn, o Portador da Presa > Dork ou Criatura de custo 1
ou
- T1> Land > Presa de Shigeki / T2> Land > Fynn, o Portador da Presa > Combat (2 poison counters)
Em ambas as opções que são super comuns, você tem um início bem estruturado para dar andamento à estratégia, já que a partir do momento que são colocados os primeiros marcadores, é uma questão de tempo até que seus oponentes adoeçam até a morte (rs).
Uma das formas de colocar múltiplos marcadores simultaneamente é utilizando criaturas de custo baixo como Glistener Elf em conjunto de outras cartas que proporcionam a habilidade de deathtouch como Ohran Frostfang e Bow of Nylea. Dessa maneira, além do infect da criatura, o comandante ainda irá desencadear sua habilidade colocando mais dois marcadores extras sobre o jogador que sofreu o dano. O mesmo vale para Toxic.
Por isso é notável que a curva de mana do deck é muito baixa e conta com muitas criaturas de custo 1 e dois com múltiplos efeitos.
Também utilizamos muitas formas de tutores e card advantage, já que essa lista sofre muito para remoções globais e precisa que o campo esteja sempre cheio de criaturas para que ele não perca espaço no jogo.
Os card advantage funcionam muito bem com esse propósito de acrescentar continuidade ao plano principal, seja com Toski, Bearer of Secrets ou Ohran Frostfang, enquanto os tutores diretos vão ser parte essencial dos tópicos futuros.
De modo geral, como o deck é efetivamente um Aggro, é importante por parte do piloto que ele tenha em mente uma boa ponderação dos seus recursos para que o deck não caia na maior armadilha do Commander, que é ficar sem opções de jogo em certo momento.
● PROTEÇÕES E UTILIDADES
Acho que é interessante comentar que quando montamos decks que necessitam de grandes quantidades de criaturas nos vemos numa situação de ter que optar por criaturas simples e que muitas vezes são “ruins”, e por esse motivo temos que considerar as melhores versões de cada uma.
No caso do nosso Fynn fica impossível de correr das famosas criaturas de 1 mana com deathtouch e nada além disso, então temos que tentar ampliar a utilização desses efeitos com cartas como Viridian Longbow que as transforma em removals, ou Smell Fear que também vira uma remoção que ainda te permite proliferar.
Dito isso vamos para as curvas mais altas onde podemos notar uma melhora tanto na quantidade quanto na qualidade dos efeitos presentes.
Começando com Champion of Lambholt que apesar de não ter deathtouch fornece uma evasão em área que é relativamente incomum no verde, permitindo que suas criaturas batam “livremente” na maior parte das situações.
Outro ponto dessa carta é que como sua condição depende de seu poder que é alterado em forma de marcadores +1/+1 podemos facilmente aumentá-lo proliferando ou com múltiplas conjurações de criaturas de baixo custo.
Depois temos já na curva 4 duas outras criaturas muito fortes que nesse deck são extremamente importantes: Adversario de Carvalhandia e Questing Beast.
De um lado nosso Grob fornece card advantage contínuo, possui deathtouch e de quebra ainda entra no jogo muito mais cedo do que o esperado. E do outro temos uma criatura que define o que é o Power Creep, com um texto gigantesco, Haste, Deathtouch, Vigilance, Evasão e um efeito de removal que pode pegar muitos decks de surpresa.
Ainda no CMC 4 vamos também ter Toski, Bearer of Secrets e Saryth, the Viper's Fang que dão efeitos em área muito importantes para toda a estratégia.
No caso do Toski ganhamos mais card advantage, mas dessa vez relativo à quantidade de criaturas que causaram dano no seu oponente, e que de quebra vem com indestrutível e tira a opção do oponente de o anular.
E no caso da Saryth vamos ter uma redundância ainda maior nos efeitos distribuídos de deathtouch para todas as criaturas atacantes que não possuem vigilância.
Além disso ela também serve como uma forma de proteger nossas outras criaturas desviradas dando a elas Hexproof, que apesar de não salva-las de remoções globais faz com que estratégicamente possamos manter certos personagens importantes de pé para que não sejam facilmente removidos.
● O COMBO
Por fim, mas não menos importante, nesse tópico vamos explorar o combo do deck, que apesar de não ser seu foco funciona muito bem utilizando peças que sozinhas já fazem outros papéis durante o jogo.
Como peça principal aqui vamos ter Ashaya, Soul of the Wild que funciona além de tudo como uma proteção contra certos globais que não afetam land permanents como Cyclonic Rift.
Com ela podemos utilizar tanto Quirion Ranger quanto Argothian Elder para criar loops e eventualmente chegar em triggers ou mana infinita.
No caso da Quirion, com o próprio efeito dela e Ashaya presente na mesa temos a possibilidade de virá-la para gerar um mana verde, devolvê-la para a mão pelo próprio efeito, desvirar um outro dork, utilizar a mana verde gerada para fazê-la novamente e repetir esse processo agora utilizando o dork como fonte de mana. Com isso conseguimos ETB infinitos que podem ser aproveitados tanto pela Champion of Lambholt quanto pelo Evolution Sage, que pode te garantir uma vitória.
Com o Argothian podemos fazer mana infinita, já que com a Ashaya na mesa podemos virá-lo para desvirar dois terrenos, sendo um desses terrenos ele mesmo. Após isso é só repetir o processo até ter mana infinita.
● BÔNUS
Quem me acompanha nas lives ouviu muito sobre isso, mas como aqui falo bem pouco sobre esse combo irei aproveitar a deixa.
Na maioria dos decks verdes do Conquest, principalmente com o aumento significativo do uso da Ashaya, consequentemente passamos a ver muito mais o nosso Argothian Elder.
Outra carta que já é muito utilizada no Conquest é o terreno chamado Maze of Ith que brilha por conseguir tirar comandantes do combate no formato onde voltron é muito utilizado.
Sabendo disso, temos com apenas essas duas cartas a chance de fazer mana infinita durante a fase de combate.
A interação funciona pois, apesar de muitos jogadores não saberem, a fase de combate é dividida em algumas etapas que permitem a geração de triggers, como você poderá ver na imagem abaixo.
Após a fase de declaração de atacantes até o final da fase de combate você pode utilizar o Maze of Ith a qualquer momento para prevenir o dano de combate causado a e por um acriatura que você tenha designado como atacante e desvirá-la.
Sabendo disso, podemos atacar com o Elder, e antes que a prioridade para a etapa de declaração de bloqueadores seja passada você pode com o Maze desvirar o Elder, tirá-lo do combate, utilizar o efeito dele para desvirar o Maze e outro terreno.
Virando o outro terreno para gerar um mana para a sua pool você poderá novamente dar alvo no Elder (que ainda é considerada uma criatura atacante) com o Maze para desvirá-lo e repetir esse processo até que você tenha mana infinita.
A partir daí é possível usar efeitos como Chord of Calling ou até mesmo conjurar criaturas em instant speed caso tenha na mesa a Vivien, Champion of the Wilds que também é parte do deck. Fica por conta do jogador!
● CONSLUSÃO
Espero que tenham curtido essa lista, e super recomendo para quem é fã desse tipo de jogo que parte mais pro lado do aggro.
Ele é um deck interessante e com muitos detalhes para serem explorados, além também de ser um forte candidato ao budget, pois além de ser monocolor, possui baixa complexidade no que se diz questão à staples e cartas importantes para que ele funcione.
Se você quer acompanhar a Conquest Cup considere nos seguir na Twitch que está presente no início do artigo, e também a utilizar nosso cupom na loja que vem apoiando meu trabalho e faz com que seja capaz produzir sempre o melhor conteúdo pra vocês, a Barão Geek.
Agradeço a todos que leram até aqui, e se tiverem alguma sugestão ou crítica sobre esse ou algum outro texto da nossa coluna fique à vontade para deixar seu comentário.
Vejo vocês em breve!
Um grande abraço e até.