E aí, galera, tudo bem? Aqui quem vos escreve é o Heli e hoje venho apresentar alguns destaques da nova edição Phyrexia: Tudo Será Um para o formato Pauper. O MTG está mudando consideravelmente nos últimos anos e as coleções têm trazido um aumento significativo de poder das cartas. Claramente, vemos que as cartas comuns estão fazendo cada vez mais, inclusive vindo com efeitos que não imaginávamos ver nessa raridade. Nessa edição vemos o retorno da mecânica de marcadores de Veneno. 

 

A novidade é ter isso com mágicas e efeitos que dão esses marcadores diretamente, além de criaturas com a habilidade Tóxico. Essa habilidade é semelhante ao Infectar, mas seu funcionamento não permite tantos abusos como sua antecessora. A grande diferença que podemos ver para o Pauper é a possibilidade de vencer usando os marcadores de Veneno, mas sem precisar criar um deck agressivo, como é o caso do Monogreen Infect, que é o único deck do atual metagame que usa essa estratégia. Mesmo não vendo que essas builds sejam altamente competitivas, gosto da possibilidade de novos decks aparecendo no nosso formato. Bom, vamos aos destaques!

 

 

 

 

Mesmo que essas cartas não sejam as melhores da edição, eu acho merecido o destaque por oferecerem habilidades novas ou complementos a efeitos ainda não explorados no formato.

 

● Experimento em Fuga: possui um corpo pequeno e sem evasão, mas o fato de ser uma criatura artefato (e azul) pode facilitar seu uso. Sua habilidade de diminuir o ataque de um possível bloqueador pode ser relevante contra criaturas bem maiores;

 

● Sintetizador de Icor: temos uma boa quantidade de decks que já se valem de mágicas não de criatura, então a adaptação dessa criatura não seria um problema tão grande. Inclusive, ter um 3/3 imbloqueável pode ser relevante para boa parte dos decks azuis;

 

● Trazer o Fim: anulações condicionais já existem aos montes no formato, mas essa pode se tornar um Contramágica se conseguirmos dar marcadores de veneno ao nosso oponente. Pode ser relevante, já que seu valor de mana é de apenas uma mana genérica + uma mana azul;

 

● Ungir com Aflicao: outra mágica que fica bem melhor com a sinergia dos marcadores de veneno, uma vez que ela poderia exilar qualquer criatura, sem restrições;

 

● Sussurro de Dross: já que a coleção tem sinergia com marcadores, essa mágica instantânea pode ser útil, já que é uma remoção / truque de combate e ainda tem Proliferar.

 

● Aspirante da Lamina Enxertada: não tínhamos nenhuma carta que reduzisse o valor de mana de equipamentos. Essa criatura faz isso e ainda facilita ser equipada. Ela + Lasca-ossos ficam bem agressivas.

 

● Arauto da Luz Leonino: na mesma pegada da Aspirante, esse Leonino traz sinergia com equipamentos, porém é bem mais resiliente, já que conta com Salvaguarda 2;

 

● Atrocidade Tyrranax: apenas duas criaturas verdes no formato possuem Ímpeto, sendo o Fractius com Reflexo e o Dragonete de Uktabi, sendo que nenhuma das duas aparecem. Esse dinossauro deve aparecer pouco, mas seria interessante ver uma criatura assim no formato.

 

 

 

 

Como eu falei anteriormente, apenas o Monogreen Infect utiliza a mecânica de marcadores de veneno. Temos apenas quatro criaturas com Infectar na cor Branca, mas apenas duas delas são realmente jogáveis: Leonino Perdido e Sacerdotes de Norn. Essa nova criatura adiciona uma opção na curva, o que é extremamente relevante se você quiser seguir na linha agressiva. Além disso, ela se repõe em campo caso morra, que é o que você mais deseja quando está com um deck agressivo.

 

 

 

 

Esse novo Pacifismo exemplifica o aumento do poder das cartas comuns. Travar as habilidades ativadas é algo bem relevante no Pauper. Mesmo que haja formas de voltar para mão ou sacrificar essas permanentes, forçar os oponentes a ter que escolhê-las já é algo que atrapalha o plano de jogo desses decks. É claro que ela seria muito melhor se pudéssemos escolher encantamentos também, entretanto artefatos estão em evidência e poder afetar essa sinergia já pode ser bem significativo.

 

 

 

 

Remoções que exigem um sacrifício como custo adicional não são novidades, mas poder sacrificar um artefato faz total diferença para essa carta. Poder sacrificar um terreno (artefato) para lidar com uma criatura por apenas uma mana é sensacional, além de poder tirar vantagem sacrificando uma Fonte Icoridia ou um Sintetizador Experimental. A questão é: vale a pena a troca com a Disputa Mortifera? Talvez no Affinity seja um bom complemento, mas outros decks que possuem sinergia com artefatos possam ter um melhor uso dela.

 

 

 

 

Faz tempo que o formato não recebe um truque de combate que possa ser útil, e esse atende esse requisito. Mesmo que ele não forneça nenhuma evasão, seu aumento de poder e resistência são significativos por apenas duas manas. Porém, o fato dele se repor com a possibilidade de jogar uma carta do topo do seu deck ajuda demais, pois os decks vermelhos agressivos precisam manter essa pressão para serem relevantes atualmente.

 

 

Augurio Experimental & Prologo da Phyresis

 

  

 

Eu acho válido falar das duas cartas juntas, pois elas me parecem formar um belo par caso você opte por usar a mecânica de marcadores de veneno em decks não agressivos. A primeira é como um Impulso piorado, vendo apenas três cartas do topo, mas tem a habilidade de Proliferar. A segunda, é uma forma de dar marcadores de veneno sem precisar de criaturas, o que pode ser uma condição de vitória em decks como o Tron, Turbo Fog e Familiars. Eu entendo que não são fortíssimas, mas oferecem algo que o formato não possuía e podem ser eficientes dentro dessa proposta, devido à dificuldade em lidar com esse tipo de marcadores no formato. Eu acredito que podem ser formas de atacar os decks que arrastam os jogos, punindo essas estratégias que se formaram “comprando tempo“ e que ganham na inevitabilidade.

 

 

 

 

 

Temos um novo ciclo de terrenos no formato, são eles:

 

A Fornalha Autonoma;

Os Pocos de Dross;

A Basilica Alva;

O Labirinto do Cacador;

O Centro Cirurgico.

 

São terrenos que se assemelham muito aos terrenos com a habilidade Reciclar, pois a ideia é substitui-los por uma nova carta quando não precisamos mais daquele terreno. Eles acabam sendo eficientes nesse sentido, mas o fato de entrarem virados e fornecerem mana de apenas uma cor são complicadores para seu uso. O ciclo de terrenos que veio em Ruas de Nova Capenna é útil por serem duais, tendo uma aplicabilidade mais acentuada. A questão do novo subtipo Esfera não tem muito diferença para o formato, então temos de acompanhar as novas edições para saber se isso poderá ser relevante de alguma forma.

 

E você, o que achou das cartas de Phyrexia: Tudo Será Um que eu destaquei? Acha que outras cartas deveriam estar aqui? Como vocês avaliam essa novas habilidades e mecânicas dentro do metagame? Alguma tem potencial para impactar positivamente? Deixem nos comentários o que pensam das opções que a edição nos oferece e onde elas podem ser úteis. Galera, vou ficando por aqui e espero que tenham gostado da análise. Um abraço a todos e até mais!