Olá! Continuando e finalizando nossa série de Arquétipos do Magic, hoje nosso estilo de deck será os Sacrifices! Lembrando que os demais artigos da série podem ser encontrados AQUI (Aggro), AQUI (Control), AQUI (Combo), AQUI (Midrange) e AQUI (Ramp).
- A ESSÊNCIA DO SACRIFICE
Os baralhos de Sacrifice (carinhosamente apelidados de "Sac") se baseiam nas sinergias de sacrifício e efeitos "quando uma criatura morre" para ir causando dano e/ou gerando valor conforme vai sacrificando várias criaturinhas. São decks que apostam mais na quantidade do que na qualidade, precisando muito mais de uma massa crítica de recursos com algumas poucas peças específicas (que normalmente são intercambiáveis, contando com redundância).
Algumas listas apostam mais na parte do sacríficio mesmo, como as que usam Diabo do Pandemonio e Korvold, Rei Maldito pelas Fadinas para ganhar valor com qualquer sacrifício que ocorra, enquanto outras usam-se de múltiplas instâncias de Artista do Sangue, Degolador de Zulaport, Celebrante Cruel e O Massacre do Gancho de Carne com criaturas morrendo para ganhar o jogo ao melhor estilo "assassino da colher".
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De maneira geral, os Sacrifices rodam com um número bem alto de cartas de baixa curva, podendo rodar 20 ou até mais cartas de custo 1. Mecanismos de vantagem de cartas são importantíssimos (Ritos da Vila, Disputa Mortifera, Trilha de Migalhas), já que com sua baixa curva faz-se necessário repor o gás tanto para não apresentar um jogo raso como para pressionar o oponente no fator volume de jogo. Por precisarem dessa densidade de mágicas leves, costumam também jogar com um número baixo de terrenos, podendo variar entre 18 até 22, com um pouco mais nas listas que usam Korvold ou Cidadela de Nicol Bolas.
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Algumas listas até operam de uma maneira mais "combo", o que é o caso do 4C Rally que existiu durante o Standard de Khans de Tarkir. O deck ia segurando o jogo com criaturinhas para bloquear, ia cavando com Visionario Elfico, Jace, Prodigio de Vryn e Vasculhador das Catacumbas, até que quando tivesse uma massa crítica de criaturas no cemitério fazia um Reunir os Ancestrais voltando inúmeras criaturas. Combinando-as com Folhelho Nantuko e o próprio Vasculhador, era possível ir dando dano direto através de Degolador de Zulaport para vencer a partida.
- COMO VENCÊ-LOS
Decks de Sacrifice dependem de muitas peças individualmente frágeis para funcionarem: os habilitadores, a "carne" (material sacrificável) e os "payoffs" (recompensas), esses que por sua vez costumam depender também de cemitério. Também costumam ser artefatos e/ou encantamentos, e quase sempre de baixíssimo custo de mana convertido.
Portanto, remoções globais que acertam mais do que criaturas, como Adeus, Fim da Fraternidade e Ugin, o Dragao Espirito são brutais. Mesmo a adoção de algumas remoções mais versáteis, como Abrasao e Marcha da Luz de Outro Mundo já atrapalham bastante. Descanse em Paz e Linha de Forca do Vacuo podem ter impacto, mas é importante não sobrecarregar no "hate" (cartas de ódio) específico de cemitério, já que criaturas como Diabo do Pandemonio e Korvold, Rei Maldito pelas Fadinas não dependem dele para serem efetivas.
Os Sacrifices também dependem da capacidade de alcance no dano para fechar partidas, logo decks que ganham bastante vida de forma incidental costumam ser um problema. E claro, "hates" específicos como Yasharn, Terra Implacável também são devastadores caso permaneçam no campo de batalha por muitos turnos.
- DECKS SACRIFICE: UM TIPO DE AGGRO? OU DE MIDRANGE?
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Um dos primeiros decks que remete ao estilo mais Sacrifice é o Orzhov Hand, que fez Top 8 no Pro Tour Honolulu pilotado pelo francês Olivier Ruel (cuja partida mais memorável foi o top deck de Helice de Raios por parte de seu oponente nas semifinais). À época, o Orzhov Hand era um Midrange que apostava em um plano de criaturas difíceis de serem respondidas, interações eficientes e Jitte de Umezawa.
Olivier trouxe a sua versão, apostando mais na sinergias de fichas e sacrifícios com Teysa, Herdeira de Orzhov, Conselho Fantasma de Orzhova e Rusalka Atormentada além da "carne" em forma de Ratos Vorazes e Grotesco Berrante, que atacavam a mão do adversário e serviam para sacrifício posteriormente.
Com o passar do tempo, as listas foram evoluindo para um plano ainda mais Fichas/Sacrifício, adotando Promessa de Bunrei e Folhelho Nantuko para direcionar mais o deck nesse aspecto.
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Alguns chamam os decks Sacrifices de "Aristocrats", o que se dá por esse deck, o famigerado Mardu Aristocrats do Grand Prix Rio de Janeiro 2013. A dupla Aristocrata do Cartel e Aristocrata Falkenrath precisava ser alimentada, e a base híbrida tribal humanos com fichas estava lá para fornecer o material necessário.
Dentre todos os Sacrifices mostrados aqui no artigo, esse é o que mais se assemelha a um Aggro puro, com conceitos de curva 1-2-3 e potencial de abrir mãos que sequer necessitam sacrificar algo, embora sem abrir mão de algumas cartas puramente de sinergia (como Alto Sacerdote Skirsdag, responsável pela "god hand", a mão divina/perfeita do baralho).
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Já uma versão seguinte dele é o Mardu Act II, esse sim apostando bem mais nos sacrifícios, e principalmente no "combo" de Ato Blasfemo com Vindice dos Boros, e, em segunda escala, com Artista do Sangue. A presença do Artista possibilitava também o plano de congestionar o chão com criaturinhas enquanto ganhava a corrida do dano com a evasão das Aristocratas, além de possibilitar sacrificar todos de uma vez para fechar o jogo na habilidade disparada.
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Um dos Sacrifices mais agressivos de todos, o Rakdos Sacrifice do Pioneer joga com um plano totalmente focado nos pontos de vida do adversário, desde o momento de manter a mão inicial. O combinho de Familiar do Caldeirao e Forno da Bruxa está presente, sendo especialmente irritante junto de Bigorna do Culto dos Oni. Explosao de Metralha é o tempero para arrancar uma quantidade enorme de pontos de vida numa tacada só.
Porém, além das fraquezas supracitadas, as versões mais agressivas de Sacrifice costumam sofrer mais contra remoções leves, globais, formas de exílio e principalmente formas de ganhar bastante vida de uma vez. Kalitas, Traidor de Ghet combina praticamente tudo isso em uma carta só, e é praticamente o terror dos Sacrifices (e também dos Aggros) nos formatos em que é válido.
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Existiram também alguns Sacrifices que jogam um plano muito mais Midrange, casos das duas listas acima. A primeira joga com uma curva mais alta e várias cartas individualmente relevantes, com interações leves e tendo o sacrifício em si como um tema até secundário. Já a segunda consegue se transformar para um plano totalmente Midrange no pós-side, tirando as cartas de sinergias e apostando na combinação de Sheoldred, o Apocalipse, Invocar o Desespero e as remoções leves.
Por estarem em um território bem mesclado entre o Sacrifice e o Midrange, por vezes as versões acima sofrem com falta de peças de sinergia em dados momentos da partida, e acabam sendo mais suscetíveis ao plano de jogo natural do adversário, seja ele agressivar o começo ou ir por cima com jogadas grandes - embora versátil, o jogo desses dois Rakdos acabava por não ser tão fluido às vezes.
E quanto a vocês, leitores, curtiram os baralhos de Sacrifice? Teve algum que não foi citado no artigo, mas consideram relevante? Agora que chegamos ao final da série "Arquétipos do Magic", o que acharam? Sentiram falta de algum tópico? Compartilhem suas opiniões nos comentários!
Abraços e até a próxima!
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Essa séria está sendo ótima, termina ela ainda não, fala dos decks tempo. Parabéns Sanduba |
Senti falta do Arquétipos do Magic "tempo" era o que eu mais esperava ver. |
Falei sobre os decks Tempo no primeiro artigo, junto com os Aggros!
reanimator tem que ter tbm |
Entraria como uma variação de Combo!
Bom... ótimo na verdade, mas senti falta de uma lista, ainda que fraca, no standard atual. |
No Standard, o Grixis Sacrifice com Bigorna e Saheeli é o melhor representante do arquétipo. Vou deixar uma lista base:
Deck
4 Mishra's Research Desk
4 Oni-Cult Anvil
2 Transmogrant's Crown
2 Underground River
3 Go for the Throat
4 Shivan Reef
2 Swamp
4 Bloodtithe Harvester
2 Mountain
2 Haunted Ridge
2 Shipwreck Marsh
4 Xander's Lounge
4 Sulfurous Springs
4 Fable of the Mirror-Breaker
3 Third Path Iconoclast
4 Saheeli, Filigree Master
2 Experimental Synthesizer
1 Sheoldred, the Apocalypse
1 Eaten Alive
4 Voltage Surge
1 Takenuma, Abandoned Mire
1 Sokenzan, Crucible of Defiance
Sideboard
3 Abrade
2 Unlicensed Hearse
2 Cut Down
2 Duress
1 Soul Transfer
1 Ob Nixilis, the Adversary
2 Liliana of the Veil
2 Negate
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Embutir na Liga
DECK ID
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