Não é de hoje que eu falo que o Magic deveria ser jogado por mais pessoas, mas a barreira financeira é muito grande.
Lembro-me da época em que comecei no Legacy e o tier 1 mais caro da época custava por volta dos dois mil reais, valor hoje que é possível chegar até mesmo com decks Standard.
Quem joga há mais tempo teve a sorte de pegar fetchlands por 15~20 reais cada ou o azar de pegar Tarmogoyf por 600 mangos CADA!
Não tenho a fórmula mágica para comprar as cartas que você quer, infelizmente. Mas posso te ajudar com algumas listas Modern de decks que são baratos tanto no Magic Online quanto IRL(In Real Life, na vida real).
Por meros quintinhos, você consegue montar o “manaless” Affinity.
É óbvio que você não terá Sagas e nem acesso a Urzas, mas é um deck muito bom para começar no formato.
Ele lembra bastante o antigo Affinity Pauper, com a curva crescente de 0,1,4 e 7, a curva perfeita que Richard Garfield sempre sonhou!
Cartas como Chapeamento Craniano até entrariam pelo budget, mas o objetivo do deck é fazer a maior quantidade possível de spells sem pagar mana.
Suas cartas mais fortes são Santuario de Ugin, um terreno(num deck manaless. Eu sou uma vergonha…) que ter permite fazer a chain de drop 7(Enforcer ou Barricade) para outra criatura incolor, de preferência alguma grande e gratuita, como a que você usou para desencadear o Santuário. Também temos o Tita de Resgate, que, além de gratuito, ainda é recursivo, perfeito contra as partidas de muitos removals e counters.
Você pode não estar com o “affinity full pistola”, mas o baralho impõe um clock bem potente e rápido, punindo demais quem saiu de casa sem seu hate dedicado de artefatos. Tudo isso por 500 reais IRL.
Se seu negócio é combos ou decks memes, pode tentar o Calibrated Blast.
É um ultra-hyper-turbo cascade. Não que ele é o cascade mais rápido ou mais consistente, mas é o mais dependente da carta que você cascateia já que não dá para ganhar sem ela.
A carta principal é a Explosao Calibrada, que funciona como uma Trapaca de Tibalt, mas invés de conjurar a carta você, você dá o custo em forma de dano, com isso e uma seleção da NATA das cartas de custo alto, você vai dar uma média de 10+ de dano, e, como o Blast tem flashback, é questão de tempo para chegar nas 5 manas necessárias e dar o letal.
O máximo que podemos usar de uma carta são 4 cópias, e o deck precisa de uma maneira de ter cópias virtuais, e é aí que entra a Aflicao do Caos, que não só tem cascade e a única carta de custo convertido 3 ou menos é a própria Explosão, mas também tem Retraçar, então você pode reconjurá-la pagando seu custo além de descartar um terreno, diminuindo as chances de você perder aqueles games que os Blasts deram pouquíssimo dano.
Os decks de cascade do Modern têm a restrição de não jogar com nada de até custo 2, então você tem espaço para muita interação boa. Aqui só podemos jogar com cartas de custo 4 ou mais e ainda devemos manter a curva alta para o Blast não ficar pifando, o que deixa bem difícil colocar interações no deck. A parte boa é que Gravar // Memoria é um “Remand”/”Disperse” que causa 10 de dano se revelado durante o combo. Em situações de desespero você pode conjurar a parte Memória e resetar para 7 cartas, já que o deck normalmente ganha com 2 Blasts, dar 7 cartas para o oponente que não vai te matar na volta pode ser o suficiente!
É um deck divertido, que um amigo montou a versão mais budget no Magic Online e foi grindando para comprar fetches, shocks e as cartas de custo alto que são melhores(Eldrazis), hoje ele não só pagou o deck mas também obteve bastante lucro. Apenas tenha em mente que o combo vai te deixar na mão muitas vezes.
Voltando ao mundo dos decks mais funcionais, temos o Mono R Hollow One que funciona igualzinho ao BR Hollow One de 2017.
Com menos de 200 reais você monta um deck consistente, rápido e que tem uma curva de aprendizado bem legal para quem quer aprender a contar clock e gerenciar recursos.
Você vai sim depender de um pouco de sorte em algumas jogadas, mas, no geral, é o melhor deck para melhorar seu jogo dentre os que vamos falar hoje.
É um bom deck para ir investindo, comprando as peças das versões mais “fechadas”, desde Raio até Saga de Urza, tudo depende do quanto você pode e quer gastar!
Provavelmente o mais competitivo dentre os que vamos falar hoje, o Enchantress é um baralho de base muito barata e você perde pouquíssima coisa não-terreno por jogar com a versão Budget.
Ele é um prison. O obejtivo principal é fazer um Confinamento Solitario com algum efeito de draw em campo, e ir jogando qualquer encantamento que você tiver para garantir que sempre terá alimento para descartar para a habilidade do confinamento enquanto você progride o jogo normalmente.
Sou suspeito de falar do deck, pois é um dos meus arquétipos preferidos de todos os tempos, ele é bem gostoso de se jogar(mas talvez não muito de se enfrentar) e é uma partida complicada para diversos decks tier 1 do formato, mesmo na versão mais budget.
Claro que você perde as Blood Moon e sinergias sem as lands nevadas, mas é o preço que se paga(literalmente) por ir de Budget.
Como citado no deck anterior: você pode ir comprando gradualmente as cartas que vão se encaixando melhor no seu deck, até você chegar na versão completa, com todas as fetches, shocks e cartas caras de side.
Eu já tive que jogar de Budget quando comecei a jogar Magic competitivo. Pode ser frustrante perder para um deck “só” porque ele é mais caro que o seu, mas cada vitória com um budget equivale à 50 mil com um deck de Ragavan. Você sente que consegue ganhar mais pelas suas interações mecânicas do que apenas porque seu planeswalker não foi respondido imediatamente.
É uma boa maneira de ir acostumando com outros estilos de jogo, principalmente os mais agressivos, que demandam muitas contas e gerenciamento de recursos. É provável que você melhore mais tendo que jogar com um deck budget do que com um tier 1 completinho por ter que ganhar partidas mais sofridas e sem ficar dependendo de cartas que “jogam sozinhas”.
Eu comecei assim no Magic, com um deck “capega” que nem tinha todas as cartas baratas principais, e com o tempo fui comprando as mais caras com dinheiro meu ou com premiação que eu ganhava. É um bom ensinamento que mostra que devemos dar valor às cartinhas que temos, pois são bem caras, e também lembrarmos que todo mundo já foi budget um dia e não há problema algum nisso, já apanhei muito para jogadores com deck budget com meu Jund(que na época era o deck mais caro do Modern). As cartas podem até te ajudar, mas saber jogar sempre vai valer mais!
Vou ficando por aqui, não se esqueça de colar no meu Youtube e Twitch que sempre tem jogatina lá.
Fiquem com Keranos e um abraço do Orelinha!
Muito mais facil fazer um UR blitz (dai vc tem base pra um control, meio burn, death shadow..)
um deck de auras hexprof
Acho que eu nunca tinha visto a lista, na minha cabeça, burn era o deck competitivo mais em conta do modern