Olá! Neste último final de semana ocorreu o Neon Dynasty Championship, e enquanto no meu artigo de segunda-feira comentei sobre a minha preparação, hoje pretendo compartilhar com vocês como foi a minha participação de fato nesse evento! Essas foram as listas que escolhi jogar com:
Após o envio das decklists no domingo, os dias seguintes foram de mais um pouco de ranqueadas e testes entre nós três (eu, Thales e Meili). Principalmente no Alchemy, a escolha do Runes não parecia ter sido tão interessante - começamos a enfrentar outros competidores do Championship na própria ranqueada com baralhos como Orzhov Dungeon, Mardu Midrange e White Weenie mirando especialmente no Runes, com múltiplas remoções e Arconte de Emeria. Chegamos a tentar procurar a lista, montamos uma com as cartas que vimos, mas não ficou ideal - decidimos então ir para um plano mantendo todas as remoções para tirar o Arconte, e tentar ser bem agressivo nas mãos.
Na quinta-feira, tivemos o metagame do torneio publicado - e o "hate" (ódio) ao Naya Runes era real. O baralho mais jogado no Alchemy foi o White Weenie, com Arconte de Emeria, Aparicao do Enclave Celeste e várias outras cartas problemáticas, como Cataro Brutal, Thalia, Guardia de Thraben e Iniciado Esperancoso. Enquanto que ambos Mardu Midrange e Orzhov Dungeon foram amplamente adotados, por terem sido escolhas de duas das equipes mais populosas do Championship.
O Naya Runes em si ainda foi o segundo arquétipo mais jogado, com os japoneses adotando-o, além de alguns jogadores trazendo as exatas 75 que foram bem nos PTQs nas semanas anteriores, talvez por falta de teste no formato. Ao menos nossa lista com Aparicao do Enclave Celeste e Circulo de Confinamento estava bem preparada para a mirror (de fato, enfrentei-a duas vezes e ganhei ambas com tranquilidade), mas com o restante do metagame extremamente hostil, seria complicado enfrentar boa parcela dos outros decks, assim como seria complicado esperar enfrentar muitos decks de Runes indo bem, mesmo apostando na quantidade (o índice de vitória do baralho foi pífio, beirando os 35% no primeiro dia).
O ponto onde nossa lista de Naya Runes (e nossa preparação como um todo) errou foi na previsão do restante do metagame. Imaginamos que Azorius Control (e outros como Esper/Dimir/Jeskai) seriam escolhidos por uma parcela maior de jogadores, e também que seria complicado chegar em listas de Midrange muito bem tunadas com pouco tempo de preparação em um formato relativamente desconhecido - e que os jogadores que chegassem nessas listas seriam predados pelos Controles, ou até mesmo não trariam os Midranges pensando nessa partida.
Por conta disso, nossa reserva contou com quatro cópias de Magilacador de Elite e Maldicao do Silencio mirando especialmente em Adeus e Horror Quebra-casco, que no fim acabaram por não ser tão efetivos contra os Midranges - o Anuncio de Casamento que foi cortado teria sido bem superior, assim como a tech de Classe: Guardiao da equipe japonesa.
Já no Historic, o metagame ficou mais ou menos como eu esperava - com Izzet Phoenix dominando, seguido por variações de Azorius Control (Lotus, Jeskai, Opus, e a surpresa talvez sendo a versão com Yorion). O que me preocupava um pouco mais nessas listas era o plano de Descanse em Paz + Anjo Exterminador do Mal que enfrentei algumas vezes na ranqueada por jogadores entre o domingo de envio e o torneio em si, já que deixava meu plano de diversificar ameaças com Buscadora de Tempestades Temeraria e Dragonete Fagulhante bastante inferior.
Com essas informações, minha esperança de um bom torneio passaria por "esquivar" o máximo possível das partidas ruins no Alchemy, e tentar compensar os pareamentos ruins inevitáveis com um índice de vitórias muito acima da média no Historic. Carrega "nóis", Izzet Phoenix!
Rodada 1 Naya Runes (mirror) - Vjeran Horvat
2x0 - 1-0
Meu primeiro oponente estava com uma lista de Naya Runes convencional, o que dadas as circunstâncias do metagame significava um dos melhores pareamentos possíveis para mim. No primeiro jogo eu venho rápido com dois Kami da Transitoriedade, e quando meu oponente encaixou um ataque bom com vínculo com a vida indo a 24, eu volto com Confronto dos Skalds e algumas runas para encaixar exatos 24 de dano antes dele distribuir os marcadores do Confronto dele. No segundo, as remoções extras fizeram a diferença, e ganho com bastante tranquilidade. Sempre bom começar um torneio ganhando a primeira rodada!
Rodada 2 White Weenie - Dominic Harvey
1x2 - 1-1
Consigo levar o primeiro jogo comprando múltiplas Aparicao do Enclave Celeste e Circulo de Confinamento, e passando dano aos poucos enquanto crescia a mesa. Mas pós-side a vida ficou muito complicada: muito Buraco Portatil, Aparicao do Enclave Celeste, Cataro Brutal, Thalia, Guardia de Thraben e Iniciado Esperancoso. Foi impossível manter a paridade de mesa e recursos, e perdi ambos os games sideados.
Rodada 3 White Weenie - Andrey Zhilin
0x2 - 1-2
No primeiro jogo, bastou um Arconte de Emeria não respondido junto de algumas remoções para me anular completamente. Já no segundo, ele veio extremamente curvado, e quando parecia que eu ia emplacar as minhas sinergias, o turno cinco de Arconte de Emeria + Thalia me tirou da jogada. Enfrentar dois White Weenies seguidos foi duro, mas esperado considerando ser o deck mais jogado. Agora o Izzet Phoenix teria de carregar no Historic.
Rodada 4 Izzet Phoenix (mirror) - Toni Martos
2x0 - 2-2
Começo com uma mirror, e levo o primeiro jogo otimizando bem os recursos e voltando às Fenix Arco-lume. Já na segunda partida, Dragonete Fagulhante foi enorme, assim como um bom timing nas remoções de minha parte.
Rodada 5 Azorius Auras - David Olsen
2x0 - 3-2
Essa partida pode ser bem complicada, mas com a quantidade de interação que eu contava (Abrasao e Caloteiro Descarado // Pequeno Furto no deck principal, mais Abrasao na reserva) seria plenamente ganhável. Na primeira partida, duas Canalizadora da Ira do Dragao aceleram meu jogo absurdamente, consigo voltar quatro Fenix Arco-lume e atacar muito pelos céus, ganhando a corrida de dano de um Patas Leves, Voz da Imperatriz, grande com vínculo com a vida. No segundo jogo ele vem bastante lento, sendo a primeira jogada colocar o Companheiro na mão, seguido de Dancarina dos Espiritos Kor + aura no turno 4. Porém, consigo atingir o delírio e lido com ela usando Calor Profano, além de adicionar muita pressão com os voadores, fechando a partida alguns turnos depois.
Rodada 6 Rakdos Arcanist - Matias Leveratto
2x1 - 4-2
Essa partida valia a chance de jogar o Dia 2 do meu primeiro Championship, e enfrento logo o Matias Leveratto (campeão do Mythic Invitational III). Entretanto, Rakdos Arcanist é uma partida que treinei bastante com o Meili, e sabia o que eu precisava fazer para levar. Ele compra todos os "hates" de cemitério no primeiro jogo (Lanterna Guia-almas, Agarrar-se ao Po, Dar Branco) e eventualmente gera mais valor do que eu. Já a segunda partida torna-se bem arrastada, com muita troca de recursos no começo, uma Chandra, Chama da Rebeldia que ficou na mesa por alguns turnos do lado dele, mas que com algumas Iteracao Expressiva seguidas consegui responder e manter paridade. Mais alguns turnos depois, quando a poeira finalmente baixou, consegui encaixar uma sequência de Entidade da Asa Tempestuosa para outra Entidade, e junto da ativação de Covil do Bugurso foram ameaças não respondidas suficientes para fechar a partida.
O terceiro jogo foi mais tranquilo, mesmo com ele quebrando meu jogo com alguns descartes, o fato de ter parado na segunda mana por um tempo me deu a chance de fazer Dragonete Fagulhante para três Fenix Arco-lume voltando do cemitério no turno seguinte! E com isso estava garantido no segundo dia. Nesse momento, o Meili já tinha garantido sua participação no sábado após ter aberto 4-0, enquanto o Thales estava 3-3 e precisava ganhar a última partida do Historic para chegar lá também.
Rodada 7 Jeskai Opus - Keisuke Sato
2x0 - 5-2
Dentre as variações de Azorius, o Jeskai Opus parecia ser uma das melhores versões para meu Izzet Phoenix - por também jogar com cemitério, ele não usa Descanse em Paz, ao passo que opta por remoções vermelhas como Helice de Raios, que não são tão efetivas em exilar as aves ou matar Dragonete Fagulhante com quatro de resistência.
Levo a primeira partida com várias Fenix Arco-lume recorrentes, que eram respondidas mas estavam sempre lá de volta após alguns efeitos de cavar no deck. Já no segundo jogo, ir ganhando vantagem nas trocas e gerando valor com Iteracao Expressiva e Dragonete Fagulhante, aliados às anulações nos momentos certos fecharam a partida.
Rodada 8 Naya Runes - Robert Steiner
2x0 - 6-2
Para começar o segundo dia, nada melhor do que uma partida que eu sabia que tinha vantagem, especialmente considerando que as chances de haverem poucos Naya Runes ainda bem colocados no torneio eram baixas. E de fato, foram jogos bem tranquilos: ter acesso à Circulo de Confinamento definiu o primeiro jogo, enquanto que Aparicao do Enclave Celeste definiu o segundo.
Rodada 9 White Weenie - Jonny Guttman
0x2 - 6-3
O terceiro White Weenie nas minhas até então cinco rodadas de Alchemy, e a terceira derrota - na primeira partida duplo Arconte de Emeria me impediram de fazer qualquer desenvolvimento sem vir as remoções, enquanto que no segundo jogo a combinação de Iniciado Esperancoso + Thalia + Aspirante a Luminarca foram o suficiente para punir meu mulligan a 5.
Rodada 10 Golgari Midrange - Leandro Meili
2x1 - 7-3
É duro termos torcido um pela classificação do outro nos PTQs, treinado juntos e acabarmos nos enfrentando com tantos potenciais oponentes - por outro lado, como comentei com o Meili, se no final do ano passado tivéssemos comentado que estaríamos nos enfrentando no Dia 2 de um Championship pode ter certeza que estaríamos duvidando!
Quanto aos jogos, vim com curvas bem fortes incluindo Confronto dos Skalds no primeiro e terceiro jogos, que resultaram na minha vitória - enquanto que ele foi capaz de estabilizar o segundo jogo com O Massacre do Gancho de Carne e "virar a chavinha" rapidamente com múltiplas Invasora do Cemiterio - até ensaiei algum retorno turbinando uma Reidane com auras e marcadores, mas sem vínculo com a vida ele conseguiu passar exato letal com os disparos do Gancho.
Rodada 11 Orzhov Venture - Noah Ma
0x2 - 7-4
Outro baralho que parecia bastante complicado por conta dos Arconte de Emeria, além das múltiplas remoções e Connoisseur Espreitadora Urbana. Entretanto, consegui estabelecer uma boa pressão distribuindo auras e marcadores no primeiro jogo, forçando ele a algumas trocas e passando bastante dano. Só que ao não encontrar nenhum Confronto dos Skalds para mantê-lo contra a parede, eventualmente as interações dele conseguiram estabilizar, para que Liesa, Arcanjo Esquecido fechasse a partida após alguns ataques.
Já no segundo jogo, nunca tive chance - ele tinha dois Arconte de Emeria, e administrou as remoções dele no meu Circulo de Confinamento para garantir que ele nunca saísse do campo de batalha, impedindo meu baralho de funcionar adequadamente.
Rodada 12 Jeskai Control - Louis-Samuel Deltour
0x2 - 7-5
Ao contrário do Jeskai Opus do primeiro dia, essa lista de Jeskai parecia bastante "tunada" para enfrentar Izzet Phoenix. Múltiplas remoções de exílio, como Marcha da Luz de Outro Mundo e Descanse em Paz no deck principal tornavam a situação muito mais complicada.
De fato, o que definiu o primeiro jogo foi um Descanse em Paz de turno dois com ele começando, desacelerando toda minha mão e recursividade, já que o baralho não é equipado com o "plano transformativo anti-RIP" no primeiro jogo. Com isso, foi bastante simples para ele fazer trocas 1x1 e se por à frente na partida com os Planeswalkers. Já o segundo jogo foi longuíssimo, com muita troca de recursos. Eu até conseguia encaixar um dano aqui ou outro ali, mas alguns turnos onde comprei terrenos quando precisava de algo a mais para pressionar custaram o jogo, permitindo meu oponente estabilizar e controlar o jogo.
Rodada 13 Rakdos Arcanist - Kenneth Dam
2x1 - 8-5
No primeiro jogo, ele conseguiu responder todas as minhas ameaças - três descartes em três "2x1s" meus (Iteracao Expressiva, Iteração Expressiva e Dragonete Fagulhante), e foi mantendo a mesa sob controle com as remoções dele. Com isso, conseguiu encaixar Chandra e Sorin para uma vantagem absurda, que mesmo eu tentando removê-los, me fez ficar atrás para outras criaturas. No segundo, consegui uma pressão bem forte no começo, que não deu nenhuma chance para ele.
A terceira partida, entretanto, foi bastante tensa. Comecei atrás após ele encaixar o Capturar Pensamento e retorná-lo com o ataque do Arcanista da Horda Medonha. Em seguida, ele encaixou uma Chandra, que subiu para cinco marcadores. Eu até tinha algumas Fenix Arco-lume, mas não tinha como voltá-las, sem nenhum feitiço ou instantânea na mão. Entretanto, a sorte me sorriu, e ao sacrificar a Lanterna Guia-almas para compra encontro Iteracao Expressiva, que na minha vez encontra uma Pilhagem Infiel, que por fim encontra Considerar me permitindo voltar ambas as aves e lidar com a Chandra.
Porém, jogo ainda estava longe de acabar - ele conseguiu responder uma Fênix, eu lidei com o Arcanista, mas pouco a pouco fui conseguindo passar dano, encontrei a minha Chandra que ajudou a passar algum dano mesmo que tenha sido respondida, até que a Buscadora de Tempestades Temeraria apareceu para ajudar a passar o dano que faltava para fechar a conta.
Rodada 14 Selesnya Enchantress - James Shotwell
1x2 - 8-6
Uma partida bastante complicada, mas que podia ser "ganhável" nas circunstâncias corretas. Houve uma linha no primeiro jogo em que poderia ter jogado diferente e mudaria o rumo do jogo, embora não fosse uma vitória garantida. Após um Bosque Esterlino por parte dele, minhas remoções não eram tão úteis, e após ainda conseguir matar um Visitante Generoso, optei por descartar a segunda cópia de Calor Profano ao invés do Dragonete Fagulhante ou do quarto terreno para fazê-lo. Com isso, o oponente sacrificou o Bosque, buscou Sitis, Mao da Colheita, e ao não removê-la nem toda a pressão do mundo foi o suficiente para sobrepor o valor e ganho de vida gerados.
No segundo jogo, a combinação de pressão com remoções funcionou muitíssimo bem, mesmo encarando um Descanse em Paz. Já a terceira foi decidida em um Bosque Esterlino que travou todas as remoções da minha mão, e nem mesmo duas Entidade da Asa Tempestuosa foram capazes de ganhar a corrida de dano e recursos contra Sítis e Tecela do Santuario fazendo um milhão de jogadas por turno. Com essa derrota, a chance de classificar para o próximo Championship sem ser pelos classificatórios acabou, embora ainda fosse possível jogar por mais premiação em dinheiro.
Rodada 15 Golgari Food - Felix Sloo
1x2 8-7
No primeiro jogo, trocamos bastante recursos, mas no final das contas Dragonete Fagulhante reinou pelos céus fechando a partida. Já no segundo jogo, foi a vez dos Esquilos punirem minha mão lenta sem remoções. A terceira partida foi mais tensa, onde após manter uma mão de um terreno com um Optar e um Considerar, acabo errando o segundo terreno na curva, o que dá tempo para o adversário ir estabilizando. Consigo engatar os próximos na sequência, mas esse respiro foi o necessário para minha sequência de Buscadora de Tempestades Temeraria + Dragonete Fagulhante ser respondida por O Massacre do Gancho de Carne turbo graças à Torre Phyrexiana, antes de eu ter a possibilidade de ficar com Negar aberto. Ainda assim, consegui pressionar mais com outras criaturas e Covil do Bugurso, ele vai respondendo até eventualmente encontrar dois Ganso Dourado, que dão o respiro necessário para que ele virasse o jogo a um de vida. Houve um ponto onde parecia bem inalcançável encaixar esse dano final pra cima das fichas de comida, e optei por um ataque mais ousado para dar 1 de dano a mais com o Covil, mas que permitiria ao Esquilo Voraz dele ficar na mesa, e potencialmente me matar caso ele encontrasse uma criatura custo um para sacrificar (o que não era muito difícil, considerando a Trilha de Migalhas). Ele acha, e finaliza a partida.
Apesar de não ter conseguido garantir a vaga para o próximo Championship (precisava ter ganho duas partidas a mais), estou bem satisfeito com a 66ª colocação e os 2,000 dólares de premiação como resultado final. Considerando ser minha primeira participação num Championship, que estávamos em um grupo de três com muitas obrigações laborais e familiares, e que o network ficou bastante restrito sendo esse o que teve menos brasileiros classificados dentre muitos Championships recentes, termos colocado dois jogadores no Dia 2 com um salto na premiação relevante (2,000 dólares para mim e 1,500 dólares para o Meili) foi muito bom!
Mas é claro que também ficam as lições. Nossa preparação poderia ter sido melhor caso tivéssemos aberto um pouquinho mais a mente para a possibilidade de atacar o metagame com outros decks no Alchemy - o Meili foi o único praticamente que ficou testando decks muito fora da curva, e considerando o baixo nível dos pareamentos na ranqueada, ficava muito difícil no meu caso efetuar um teste proveitoso otimizando o tempo também de produção de conteúdo. Por exemplo, vendo o White Weenie indo bem no Standard para "hatear" o Runes, até cheguei a cogitar a possibilidade, mas não tinha tempo hábil para chegar numa lista boa dele com o pouco tempo e pessoal que tínhamos disponíveis, descartando o deck sem conseguir testar muito uma lista bem crua.
Acabamos também apostando numa leitura mais em cima do que o meta "era", do que o que o meta "poderia ser" - e o resultado foi investir mais na mirror de Naya Runes e controles, de certa forma "subestimando" o quanto os outros times/jogadores estariam dispostos a ir longe nos seus decks para ganhar do Runes e o potencial de surgimento de novos decks (principalmente Midranges como Mardu, Grixis e Orzhov, que também achávamos que iriam sofrer nas mãos dos controles) em um formato que ainda não tinha sido tão explorado pelos pros (com os maiores eventos sendo o Arena Open, Qualifier Weekend e PTQs independentes, onde nenhum desses decks teve aparições relevantes).
Esse detalhe foi crucial, porque diferente de formatos como o Historic nos Championships mais recentes, que tem um metagame mais definido que permite escolher um deck mais na zona de conforto e prepará-lo para leituras específicas do ambiente, o Alchemy não ter sido explorado com afinco significou vários baralhos que nem vimos de onde vieram, nos surpreendendo negativamente nos pareamentos. Fechar 3-4 no Alchemy pode até ser considerado uma vitória, considerando o quão ruim estava o ambiente para o Naya Runes.
No Historic, gostei bastante do baralho e das escolhas na lista. Abrasao foi bem relevante em muitos momentos, assim como a Buscadora de Tempestades Temeraria. Dragonete Fagulhante idem. Praticamente todas as cartas nas 75 tiveram seu momento (embora o Svyelun de Mar e Ceu só tenha sido descartado/anulado, ao menos ajudou a atingir delírio), e os Dragao Silfide não fizeram nenhuma falta. Entretanto, provavelmente incluiria Frigir na reserva dada a alta quantidade de Azorius/Anjo Exterminador do Mal nas listas, e é também uma carta decente contra outros baralhos, como Auras e Heliod.
Nas rodadas finais o deck acabou derrapando um pouquinho, perdendo partidas próximas contra um baralho inesperado e outro em circunstâncias extremas, fechando 5-3 com o Izzet Phoenix na parcela Historic - quem sabe com um pouquinho mais de sorte, e algumas decisões mais afiadas teria sido possível pular para a curva de premiação seguinte ou até mesmo a vaga no próximo Championship, embora isso seja algo que não tenha como saber de fato, já que o próprio último pareamento teria sido diferente com uma vitória na 14ª rodada.
Por fim, gostaria de agradecer aos meus colegas de treino Leandro Meili e Thales Augusto, assim como toda a galera que ficou na torcida, mandou mensagens, acompanhou, vocês são demais!
Abraços e até a próxima!