Olá!
A tribo dos humanos no Magic possui o "teto" mais alto dentre todas quando falamos de decks para o competitivo - ou seja, a que tem mais potencial de receber novas cartas poderosas para complementá-la a cada nova coleção, e, no caso do Histórico no Magic Arena, Antologias Históricas, Arquivos Místicos e afins.
Primeiro tivemos Thalia, Guardia de Thraben, que mesmo antes de ser reprintada em Innistrad: Voto Carmesim já deu o ar de sua graça no formato através de uma Antologia. Mas foi com Jumpstart: Historic Horizons que o baralho entrou de vez no mapa: Tenente de Thalia, Sentinela de Esper e Capitao-patrulheiro de Eos formam o atual núcleo de sinergia para jogar com tribal de humanos agressivo no formato.
Para o artigo de hoje, vou focar em duas versões praticamente irmãs: o Selesnya Humans e o Mono White Humans.
Apesar de chamar-se Selesnya, o verde é utilizado "somente" para Companhia Agrupada - mas dizemos entre aspas, porque a carta faz simplesmente tudo que um baralho agressivo de baixa curva quer ao gerar vantagem de cartas, presença de mesa e principalmente, jogar bem em volta de remoções globais com sua velocidade instantânea.
No mais, a objetivo da estratégia é curvar com criaturas que causam inconvenientes ao adversário, seja por taxar as mágicas, tornar as remoções mais difíceis de alinhar ou porque saem de controle rapidamente com os marcadores +1/+1 em um formato cuja maioria das remoções se importa com a resistência da criatura alvejada. E se por algum motivo forem conseguindo reagir, Companhia Agrupada está lá para aquele gás adicional.
Outro motivo pertinente para utilizar-se do verde é Yasharn, Terra Implacavel. O javali lendário está lá para combater Jund Food e suas variações (Golgari, Rakdos) permeiam o Histórico desde sua concepção, e dentre Familiar do Caldeirao bloqueando infinitamente e disparos do Diabo do Pandemonio, além de outras cartas como O Massacre do Gancho de Carne, Sacerdotisa dos Deuses Esquecidos e Reivindicar o Primogenito punindo demasiadamente um baralho agressivo essa partida é um pesadelo para o Humans.
Já essa lista trata-se uma versão um pouco mais recente que alcançou o Mítico no Magic Arena nesse último mês, englobando alguns dos novos humanos presentes em Voto Carmesim - notadamente Escolta de Ollenbock e Salvador de Ollenbock.
O novo drop 1 cumpre o papel de Salvador Altruista, uma habilidade essencial para o plano agressivo baseado em algumas criaturas-chave do Humans, mas que antes não era utilizada justamente pelo fato da criatura fugir da tribo, diminuindo as sinergias e consequentemente o nível de poder médio do baralho.
Salvador de Ollenbock acaba funcionando como uma tecnologia diferenciada, um pouco mais lenta, mas que pode ir gerando valor conforme os turnos vão avançando. O custo de atacar sempre com um 1/2 que fica 2/3 no mínimo no turno 4 pode parecer alto para um formato rápido como o Histórico, mas com a ajuda das várias criaturas resilientes para protegê-lo, essa tarefa pode ser alcançada.
Entrando no território do monocolorido, temos uma lista bastante básica, mas que cumpre o trabalho de forma exemplar - a versão acima é a que o PVDDR utilizou no Dia 1 do Arena Open alguns meses atrás, e que ajudou a pavimentar o caminho para as listas atuais de Humanos no Histórico.
Ela é equipada para partidas melhor-de-um e não conta com todas as potenciais adições mais recentes, mas a base de mana só com planícies da neve permite utilizar-se de Refugio sem Rosto, uma ameaça poderosa que parte dos decks no Histórico não conseguem lidar tão bem e que complementa o plano de sinergias com humanos.
Por fim, chegamos na versão para melhor-de-três mais atualizada, mantendo-se nesse plano monocolorido com Refugio sem Rosto enquanto se aproveita das excelentes opções disponíveis para a reserva no formato: Buraco Portatil, Apostolo da Luz Purificadora, Descanse em Paz, Aparicao do Enclave Celeste e Gideon Lamina Negra são os melhores dos melhores em fazer o que fazem. Interação leve, exílio de cemitério, ameaça resiliente contra remoções e formas de mitigar a péssima partida contra os decks de sacrifício.
Mesmo que esses decks sempre estejam presentes no formato, torneios ou ranqueadas do Histórico costumam ser bem abertos em termos de metagame, e ter um plano coeso, proativo e consistente como o do Mono White Humans agrega bastante vitórias no longo prazo.
Para fechar, vou compartilhar algumas dicas para pilotar a estratégia e um breve plano de sideboard para a última lista:
Jund/Golgari/Rakdos Sacrifice:
-4 Guarda-costas Destemida
-4 Magilaçador de Elite
-1 Reunir as Fileiras
-2 Tenente de Thalia
+4 Aparição do Enclave Celeste
+3 Buraco Portátil
+2 Descanse em Paz
+2 Apóstolo da Luz Purificadora
Jeskai Control/Controles num geral:
-1 Matador de Gigantes
-1 Reunir as Fileiras
-2 Declaração em Pedra
+3 Gideon Lâmina Negra
+1 Reidane, Deusa dos Dignos
Humans/Aggros num geral:
-2 Sentinela de Esper
-1 Reunir as Fileiras
-4 Magilaçador de Elite
+3 Buraco Portátil
+4 Aparição do Enclave Celeste
Izzet Phoenix:
-1 Matador de Gigantes
-1 Reunir as Fileiras
-1 Adeline, Cátara Resplandescente
-1 Inspetor de Thraben
-1 Tenente de Thalia
-2 Magilaçador de Elite
-1 Aspirante a Luminarca
+3 Buraco Portátil
+3 Aparição do Enclave Celeste
+2 Descanse em Paz
Izzet Turns:
-2 Declaração em Pedra
-1 Reunir as Fileiras
-1 Inspetor de Thraben
+3 Gideon Lâmina Negra
+1 Reidane, Deusa dos Dignos
- Thalia, Guardia de Thraben é um efeito simétrico, que afeta ambos os jogadores - lembre-se disso ao planejar turnos envolvendo Declaracao em Pedra, Reunir as Fileiras, Companhia Agrupada e as cartas da reserva;
- O poder de Sentinela de Esper é o que aplica as taxas ao adversário, portanto sempre que possível tente aumentar o poder dele com Aspirante a Luminarca, Tenente de Thalia, Reunir as Fileiras, etc;
- Mulligue mãos que não sejam rápidas o bastante na pressão - nem todas precisam de um drop 1 para começar, mas fatores como começar/comprar podem fazer algumas mãos que começam a jogar no turno 2 muito piores (por exemplo, Tenente de Thalia sem um drop 1 antes não faz o bastante);
- Capitao-patrulheiro de Eos vem direto de Modern Horizons para o Histórico trazendo todo o aumento de nível de poder. Além de pressionar, sinergizar com a tribo e gerar valor, sua última habilidade de sacrifício contorna remoções globais e turnos importantes de combo do adversário, mas lembrem-se de colocar a pausa no início do turno do adversário - sacrificar em resposta à mágica não impede a mesma de ser jogada!
E quanto a vocês, leitores, gostam do papel do Humanos no atual formato Historic? Qual versão preferem? Tem alguma escolha de carta que não foi citada no artigo, mas que poderia ser interessante? Compartilhem suas opiniões nos comentários!
Abraços e até a próxima!