Olá galera,
Hoje eu admito: contra deck que possui a carta Nexo do Destino eu não jogo. Porque? Acho que ficar olhando o oponente, somente ele, jogar turno após turno e você ser “espancado” no sentido figurado. Contra decks assim eu prefiro não jogar. Diversão no magic é uma via de mão dupla. Eu levanto e concedo os dois games. Respeito quem ama essa carta ou decks assim. Tenho amigos que moram no meu coração que já jogaram com essa carta.
Eu agradeci e concedi. Mas ela é uma carta de alto poder elevado que desbalanceia a disputa. Esse é meu deck “nêmesis”. Meu tormento. Minha sina. E você tem o seu deck nêmesis? Eu digo aquele deck que você odeia e prefere desistir e não jogar contra. Cada um tem o seu. Vamos discutir sobre esse tipo de deck, digo, o deck que você odeia jogar contra.
Na minha visão, decks opressores dominam o meta e médio ou pouco tempo são banidos. Decks nêmesis por outro lado são a sina de cada, podendo ou não ser um deck opressor no meta. No presente artigo usarei ambos termos, podendo às vezes usar de forma similar, o que na prática, dependendo do caso, pode até ser similar.
Agora... Vamos viajar “rumo ao passado”, como diz a carta. Calma, caro leitor! Não vamos entrar numa tumba. Vamos viajar no tempo e em algumas poucas linhas temporais (olha cópia da Marvel aí!!!) que cercam essa situação.
Linha temporal ABC791: eu estava cansado de perder para o deck com a carta Nexus do Destino, em T2. Quando joguei com meu amigo Erick Jones em um FNM (na Bolsa do Infinito) quando vi que ele estava de Nexus, me levantei e concedi.
O meu amigo Erick (e que também é Juiz de Magic) se assustou. Ficou surpreso. A pessoa pode ser ótima, mas o deck forçava você a ficar olhando. Me recuso. Uma coisa é deck de controle que procura (ou tenta) controlar suas ações até colocar aquela “bomba” em campo. Mesmo decks “hard control” é possível jogar e se divertir jogando contra. Ninguém gosta de ver somente o oponente jogar.
O mais importante é se você conceder, procure ser educado e não descarregar sua raiva no oponente. Ele pode ter feito uma escolha errada. Ou feito uma escolha no entusiasmo. Agora, ele pode ter feito isso porque deseja ganhar fácil. Muitos desejam humilhar seus oponentes. Nesses casos ele não quer se divertir, ele quer virar profissional usando os “coleguinhas” de laboratório. Ele está errado, e em muitos casos não vê isso. Ou será que realmente existem pessoas que se divertem com esse tipo de deck em um FNM?
Existem deck que são opressores. Tem um ditado que diz mais ou menos assim: quem bate esquece que bateu, quem apanha nunca esquece. O jogador que utiliza decks opressores, se esquece que o FNM não é o local certo. Dica: se você for um jogador que usa decks opressores num FNM, pense duas vezes. Deixe para usar esse deck num torneio mais formal. Mas lembre-se: cada um tem o seu deck opressor.
Linha temporal EFG555: eu sou agora Thanos e uso um deck nêmesis. Meu oponente não jogará quase nunca (Molinari ficou louco!!!!! Ah ah ah). Ele será oprimido por minhas forças mágicas das cartas e ele deverá sair da mesa humilhado e cabisbaixo. Eu sou agora o Senhor Supremo do FNM da loja naquele dia! (viajou na maionese!!!). Eu sou o Titã Louco das Cartas. Eu possuo as 60 Cartas do Infinito (ótimo trocadilho!!! Ah ah ah). E agora?
Gente, não tem jeito. Desculpa. Era necessário se pôr um pouco na cabeça de quem ama jogar com um deck opressor e se esquece que FNM é diversão. Quer ser profissional, treine com os amigos e jogue torneios grandes. Poxa!
Se você e seus amiguinhos que fazem parte da equipe suporte ao Titã Louco das Cartas, e dominam a loja no FNM, lembre-se: que um “pato” (é assim que vocês talvez encarem quem não está no grupo de vocês) não será pato para sempre. Um dia, ele sairá da loja. Ou pouco irá à loja. Ou deixará o Magic. Ou formará uma equipe de amigos que somente jogará em si. Ou virará seu inimigo. Sim! Inimigo. Titãs Loucos tendem a terem amigos só na hora do massacre. Depois esses amigos vão embora e se puderem humilharão vocês. Opa!!!
Para e pense. FNM não é laboratório de jogadores fracos que servem somente para “apanhar”. Todos querem se divertir e respeito. Comemorar uma vitória não é pecado. Humilhar o derrotado é falta de respeito.
Linha temporal KLM321: eu sou agora aquele jogador que monta um deck com sacrifício e legal pra se divertir e por coincidência jogo contra um deck nêmesis. Espero a semana toda pra jogar. Não tem jeito. Vou me sujeitar a uma “migalha de jogo” e sou “surrado” pelo meu oponente. Minha opção é “sofrer”, mas jogar um pouco. E agora?
Tinha uma época que eu era assim. Sofria demais por só perder. Ganhar uma partida no torneio era dia de festa. Até que um dia tomei jeito e fui melhorando meu nível de jogo. A dor nos ajuda a crescer.
Mas tem gente que gosta de sofrer eternamente. Só perder é ruim. Respeito. Mas ganhar é bom. Se divertir mais ainda. Nesse caso a diversão faz parte. O que eu não gosto é estar com um deck muito fraco para o metagame. O resto é aprendizado e sorte (sorte mesmo).
Você que somente perde, não desista. Se reinvente. Procure aquilo que você se adapta melhor. Eu por exemplo sou péssimo em draft, mas jogando t2 sou razoável. Formatos como Modern, Pionner ou Pauper são formatos que eu jogo muito pouco e ali apenas experimento novas ideias ou estilos de decks. Cada um é cada um.
Linha temporal XYZ: eu sou lojista e vocês gangues de jogadores com decks overpower e que humilham com algumas atitudes seus oponentes. Se eles pagaram eu aceito qualquer um. Eu sou o Grande Mercador de Jogos (Ah ah ah! Molinari viajou demais! Ah ah ah!). Meu negócio é ter a loja cheia não importa o preço. E agora?
Sim. Existem mercadores de patos do Magic (pegou pesado Molinari!). Desculpa a sinceridade. Alguns lojistas não se preocupam ou fazem vista grossa para o problema da humilhação e falta de respeito. Não estão nem aí. Já vi lojista consolar quando um jogador perde (como Duda da Red Jogos na minha frente, ou o João da Bolsa do Infinito) na minha frente. Claro que não dá pra fazer isso com todos e a toda hora.
É papel do lojista saber como foi a diversão dos jogadores. Um jogador infeliz não volta. Parabéns aos lojistas que tem atitudes lindas como essa.
Linha temporal END248: não sou lojista, não jogo contra esse tipo de deck nêmesis na loja, e meu universo é perfeito. Não estou nem aí. Essa crônica é escrita por um louco que nada tem de fazer.
Respeito a sua opinião. Mas não ter na sua loja ou não ter no seu universo não quer dizer que o problema não existe.
Seja feliz sempre. Mas lembre-se: é impossível ser feliz 100% da vida. Se você for jogar em outro lugar ou em torneios maiores, não reclame se jogar contra um deck assim. Eu te avisei. Depois não reclame.
Linha Temporal KITCKEN987: meu universo é o mesão da cozinha. Todos são heróis no mesão.
Esqueci de falar, mas não esqueci: no mesão da cozinha tudo é válido.
Você está com seus amigos. Está tudo “em casa”. No mesão esses problemas ficam de lado. O que vale ali é a diversão. O deck opressor se resolve entre amigos! Ah ah ah! Tudo é lindo no mesão da cozinha.
Galera, fui sincero e dei minha visão. Não fique cego para o que acontece ao redor. Respeite o seu oponente, porque decks opressores quando dominam o metagame são banidos, mesmo de forma tardia pela Wizards. Então não pense que o mal será eterno. Um deck nêmesis será seu na sua visão. Se enfrentou ou enfrenta um deck nêmesis na sua visão, então se prepare. Se for impossível lutar contra, conceda e seja feliz em outros games. Lembre-se da sabedoria da água: ela nunca discute com seus obstáculos, ela simplesmente os contorna. Opa!!!!
Conto algumas outras histórias e reflexões no meu romance nerd, “Comportamento Aleatório”. Quem leu gostou e tem na Amazon e na Altabooks (aqui tem 3 capítulos free para ler em pdf). Até breve.
Obrigado galera e “vamo” que “vamo”.
Agradeço pela sua visão. Mas existem pontos de vista conflitantes e todos sao validos. O importante aqui é o respeito. Abcao