O que eu mais gosto dos formatos não rotativos é que, mesmo quando há banimentos, você ainda consegue jogar com o deck que gosta(a menos que você seja um Twin ou Kcizeiro), e isso é o que me estimula a continuar com os mesmos decks há quase 10 anos no formato.
Hoje vou falar sobre os arquétipos de Valakut pós banimento no Modern, mas não se assuste se você não gosta do deck, as análises serão válidas mesmo para quem não se interessa nem um pouco no deck.
O Titanshift ainda é minha versão favorita. Pode não ser a mais rápida, mas com certeza é a de maior consistência individual dentre os outros decks focados em Valakut.
O plano principal do deck é fazer Metapaisagem para Valakut, o Pinaculo Derretido e 6+ montanhas, dando letal no oponente. O plano A 2.0 é fazer um Tita Primordial buscando Valakuts para causar 18 de dano na volta entre triggers e dano do 6/6 atropelar.
O que mais gosto dessa versão é que, em muitos games, é só fazer seus land drops que você ganha o jogo. Em algumas partidas mais lentas você não precisa resolver nenhum payoff se encontrar os Valakuts naturalmente, te deixando bem preparado contra control e midranges, e, graças ao elemento combo, com chances de ganhar dos aggros mais rápidos.
O plano de side transformacional, mudando o maindeck de full combo para GR midrange é uma das partes mais interessantes do deck, diminuindo a eficácia das cartas do side do adversário e pegando muitos jogadores desprevenidos com sua curva de bixos invés de ramps.
É um ótimo deck para se usar em um field não muito bem definido pelo seu aspecto combo e ótimo contra midranges e controls.
O Amulet é mais para quem gosta de combos extravagantes e rápidos.
Ele não tem um Scapeshift, que ganha na hora, mas tem várias rotas de vitória, inclusive várias que conseguem ganhar de efeitos de Lua Sangrenta, que geralmente são o maior pesadelo dos Valakuts.
A minha versão preferida do Amuleto é com Karninho pois ele te dá um hate maindeck contra algumas estratégias(Stoneblade, Scales, Belcher) além de te adicionar diversas opções já no main, Land Destruction, removal, proteção contra permanentes, grave hate, tudo isso ainda sendo uma carta que pode ser atacada, então te dá um pouco de vida no combate ou pode sobreviver por vários turnos e tutorar mais de 2 cartas, Karninho é sensacional.
A grande vantagem aqui é ser bem mais explosivo que todas as outras versões de Valakut, podendo gerar uma vitória no segundo turno ou no terceiro turno sem precisar de uma god hand tão insana como outros decks precisam.
É um deck um pouco difícil de se sequenciar, mas não é tão difícil de se masterizar, e muito recompensador comparado aos outros decks que veremos aqui hoje.
Escolha o Amulet Titan quando esperar uma quantidade ok de combos e pouco disrupt para mão e terrenos.
O RUG Scape foi a primeira versão de Valakut que joguei no Modern depois do Unban e ele sempre terá um espaço em meu coração.
O RUG Shift é mais um tempo que um hard control, se você souber usar isso a seu favor, o deck faz milagres.
Você tem praticamente todos os elementos de um control(counters e removals) mas não precisa ligar para vantagens incrementais uma vez que, com 7 ou mais terrenos é só topdeckar um Scapeshift para ganhar a partida imediatamente, colocando medo do seu lado combo e do seu lado control em praticamente todos os oponentes.
O RUG Shift é uma boa em fields com vários combos e controls pois você tem a velocidade de um combo mas com elementos disruptivos de control, não te deixando sem o que fazer caso o oponente tenha interagir contigo ou te matar mais rápido que você.
Também tem Valakut pra quem é viuvinha do Uro!
O Valki BTL é um control com backup plan de Scapeshift e trapacear um Tibalt, Impostor Cosmico através de Trazer a Luz fazendo um Valki de graça, escolhendo a face do Tibalt, conjurando um Walker de 7 manas por apenas 5.
Essa versão é a que “menos mata” dentre as que veremos hoje, porém ela é a que tem mais interação, a tornando ótima num field onde você não precisa ganhar rápido, apenas não morrer, e convenhamos, diversos removals + counters com backup de combo são EXATAMENTE o que você vai querer nesse caso.
Você provavelmente não vai conseguir matar ninguém com o Valakut natural, mas o plano lands matter + Omnath já te dá um ótimo payoff mesmo sem o Scapeshift letal.
É um deck meio canivete suíço, é bom em muitos field, porém é melhor usado quando se sabe exatamente o que esperar, assim você monta as silver bullets corretas para buscar com o Bring to Light e ter menos cartas mortas desnecessariamente.
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A mais nova versão de Valakut.deck é o GW Valuetown com splashzinho pra metralhadora de montanhas. A lista original é do Francisco(fpawlusz) e ele vem tendo bons resultados com ela, eu até joguei na minha Stream com a lista e gostei bastante.
Geralmente os decks com Valakut usam-no como plano principal, mas aqui ele é apenas mais um artifício para conquistar a vitória. Você pode ganhar o jogo sem nem mesmo chegar em 6 terrenos, apenas batendo com suas diversas criaturas que variam de 1 à 10 de poder bem facilmente.
É um baralho que gera muito valor e pode gerar um softlock de Quarteirao Fantasma com Escavadora de Ramunap e Driade do Bosque Ilisiano destruindo 2 terrenos por turno, acabando com as básicas do oponente até que ele não tenha mais terrenos em campo e tenha que lidar com um Cavaleiro do Relicario 900/900 graças à grande quantidade de terrenos no cemitério + Condado de Gavony, que te fazem matar até o jogador de Martyr com mais vida.
É uma lista que tem falhas fatais contra combos mas é, provavelmente, a melhor de todas no grind, tendo diversas maneiras de gerar card e board advantage com pouco recurso e contornar até mesmo cóleras que deveriam ser as melhores armas contra decks de bichinho.
A maior desvantagem dessa lista é que não é tão simples ativar os Valakuts. Você precisa do Valakut, outros turnos terrenos e uma Dryad viva em campo, não é algo tão trivial como nas outras listas, então esse plano fica um pouco defasado em algumas partidas de muitos counters ou removals, te obrigando a segurar a Dryad para quando conseguir ativar o pináculo.
Eu entendo que nem todo mundo é adepto assíduo do pináculo como eu, mas eu queria que vocês entendessem que em formatos não rotativos você geralmente tem a opção de mudar sua estratégia para se adequar ao formato, transformando um combo em aggro ou control, da maneira que se adapte perfeitamente ao field sem sacrificar muitas porcentagens de jogo. É com esse tipo de conhecimento que você pode transformar a masterização em um arquétipo na masterização em 5 ou 6 decks sem precisar jogar milhares de horas com todos eles.
O Pioneer, Modern e Legacy são gigantescos, você pode transformar seu UW em UWR ou Esper para melhor atacar o field e continuar com uma boa porcentagem de vitória sem ter que ficar pulando de galho em galho nos arquétipos toda vez que surgem um novo best deck.
Fica aqui a reflexão e espero que isso te ajude a decidir toda vez que precisar mudar algo em seu deck, seja por banimentos(que tomara que demorem para acontecer) ou mudanças convencionais de field.
E antes de deixar o meu grande abraço, me segue no Youtube e na Twitch que tem muito conteúdo de gameplay e teórico lá, passa pra dar um oi! Um abraço pra todo mundo, e se cuidem!
Foi um erro meu. Mas as listas novas estão jogando com a base de mana praticamente idêntica, com 2 valakuts ou voltando a usar slayer's stronghold e sunhome nos slots de field + battlements.
Fala mano!
Cara, medo sempre bate, mas, apesar do titan ser algo bem forte, ele exige um build around bem maior que cartas como field of the dead ou uro. Wizards até vai atrás de banir enalbers,mas apenas os enablers quase free, se seu deck precisa fazer 6 manas, vc teve que configurar o deck inteiro pra isso.
Tá bem complicado mesmo, ainda mais com as eidições nvoas sempreadicionando cartas pros decks antigos.
O Heliod é um dos decks que mais ganha eventos, mesmo no mol. Não é tão difícil de combar com ele online, pra ser sincero. Não é rápido igual IRL, mas é bem tranquilo até. O Heliod já pode ser banido agora, já que grande parte dos pros já chegaram em consenso que Heliod Life é o deck mais consistente atualmente.
O deck é uma merda de se jogar no MOL e muita gente acredito que evite ele pelos problemas dos triggers, se tivesse rolando torneios em ambientes de lojas e outros eventos, acho que estariam cogitando banir algo do deck.
Rapaz, saudades de jogar um Modern... aqui na minha cidade o Commander simplesmente fez os demais formatos desaparecerem. Até eu já migrei... embora mantenha meu Modern atualizado.
Mas te pergunto: Não bate um medo de ban do Primeval Titan? O banhammer no Modern tem sido pesado... rs
No mais, bom artigo!