Olá! Na última semana, tivemos uma enorme sacudida nos formatos eternos, com banimentos de Uro, Tita da Ira da Natureza, além de outras poderosas e icônicas bombas que foram junto com ele, além do desbanimento de Lurrus da Toca Onirica no Vintage e uma mudança na regra da Cascata (que envolvia conjurar Tibalt, Impostor Cosmico através de uma das mágicas de custo 3 da mecânica).
Mas, quem não teve nada a ver com essa história foi o Standard de Kaldheim, que seguiu a todo vapor - e para uma edição menor de início de ano, que geralmente apenas complementa as estratégias pré-existentes, nesse momento estamos vendo que o seu impacto se estendeu para bem mais do que isso, e encaramos neste momento um formato desafiador e em constante evolução, com os jogadores torneio após torneio, ranqueada após ranqueada, buscando o melhor posicionamento no metagame possível.
Aqueles Dois de Sempre
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Main Deck (60)
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Ambos os favoritos daqueles que ainda querem esperar a poeira baixar antes de montar algum deck novo: Gruul Adventures e Dimir Rogues. Algumas listas de Gruul estão incluindo Dragao da Ponte Dourada, enquanto a versão acima do Kyle Boggemes que foi bem posicionada nos torneios da StarCityGames aposta em uma curva mais baixa com Arni Testa Partida para ser mais agressivo contra os decks pesados de Yorion, Nomade Celeste, retendo a opção de "jogar grande" contra outros aggros menores graças ao valor gerado pela mecânica de aventuras e as remoções na reserva.
Apesar de em um primeiro momento as listas de Gruul terem adotado Confronto dos Skalds e Matador de Gigantes // Decepar (e até mesmo algumas usando azul na reserva para Negar/Golpe Desdenhoso), manter-se somente em duas cores representa um grande ganho de consistência, explosão e velocidade. E se as coisas estiverem difíceis, basta acreditar na lâmina!
Quanto ao Rogues, a lista acima foi utilizada por Kenji Egashira para o Top 8 do F2K Invitational, e é o famoso "Dimir Rogues Zero Cartas Novas". O deck ainda é capaz das aberturas mais curvadas do Standard quando vem com múltiplos ladinos e Caranguejo-das-ruinas para Afogar no Lago/Entrar na Historia, e embora sofra um pouco contra alguns dos novos aggros que vêm aparecendo, é um baralho que se beneficia quando o restante do ambiente diminui os números de Boi de Agonas, Aracnir Teia-de-correntes e afins.
Alguns dos que buscam um "temperinho" extra no Rogues estão adicionando Valki, Deus das Mentiras e algumas das trilhas com vermelho, oferecendo um ganho de informação relevante no início do jogo e a possibilidade de ter um planeswalker bombástico conforme o jogo progride.
Agressivar é o Caminho
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Dois dos grandes nomes do jogo: Sandydogmtg utilizou-se do Mono Red para faturar o título do Torneio Reach Out in Love da Insight Esports, com premiação em dinheiro e chamando a atenção para a causa da prevenção ao suícidio, enquanto que Luis Salvatto alcançou o primeiro lugar no F2K Invitational.
Refugio sem Rosto é um terreno-criatura como há muito não se via. Seu custo relativamente baixo de ativação proporcional ao seu corpo 4/3 encaixa bem na premissa do aggro monocolorido, e suas "habilidades secretas" simplesmente não param de impressionar. Vigilância acaba sendo bastante relevante para dobrar jogada no mesmo turno, com uma Brasolamina meio de combate ou alguma criatura na segunda principal. Graças ao Morfoloide, ela ganha o bônus do Campeao Fervoroso e ativa as cartas que foram exiladas pelo Ladrao dos Ricos.
Mesmo seguindo por cores diferentes, ambos Mono Red e White Weenie operam de maneira similar. Muitos drops 1 para começar a pressão desde o primeiro terreno, um equipamento-chave capaz de quebrar a matemática do combate simples de atacantes versus bloqueadores, e resiliência nas curvas médias com cartas como Anax, Temperado na Forja, Halvar, Deus da Batalha e Sacrolamina Veterano. Seus planos na reserva são complementados por uma capacidade de ir ligeiramente maior e interagir com outras criaturas menores.
Seu posicionamento no ambiente é bastante interessante - com mais decks pesados de Yorion, Nomade Celeste jogando, eles impedem o restante do ambiente a entrar numa guerra de jogadas mais pesadas valorosas e anulações, já que é necessário respeitar uma curva 1-2-3 de agressão que não morre para uma simples remoção global, necessitando de fato uma atenção no quanto se dedicar no deck principal e reserva para combater o aggro.
Sideboard (15)
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Um dos baralhos "nível 0" bem do começo do formato, mas que foi sobrevivendo ao teste do tempo principalmente para as ranqueadas é o Boros Showdown do Grzegorz Kowalski. Embora conte com uma base de mana mais frágil e não tenha acesso ao poderoso Refugio sem Rosto, ele basicamente une o melhor dos dois mundos entre vermelho e branco agressivos coroado com a poderosa Confronto dos Skalds.
Embora não consiga curvar tão bem quanto seus comparsas monocoloridos, sua resiliência adicional permite ir por cima das incômodas Fera Apaixonada // Desejo do Coracao além de aguentar melhor a troca de recursos com os baralhos que estão tentando parar os aggros com remoções globais e demais interações.
Main Deck (60)
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Aquele que foi por muito tempo o "bom, bonito e barato" do Standard voltou com tudo nessa última semana, cravando resultados nos Challenges do Magic Online e nos StarCityGames: Boros e 4C Cycling.
O deck é capaz de pressionar nos turnos iniciais através de Raposa Florescente e Socorrista Valente, e conta com a inevitabilidade poderosa gerada por Erupcao do Zenite, que finaliza o jogo mesmo que o oponente consiga lidar com todas as criaturas, mas não seja capaz de "virar a chavinha" rápido o bastante.
A grande tecnologia vem na utilização de Alianca Impensavel. Com ela, o baralho aumenta sua produção de fichas para Fadas voadoras, sendo ainda mais resiliente às remoções globais - e as anulações na reserva nunca estiveram tão bem posicionadas quanto agora em um mundo de Ultimato Emergente e Yorion. Estilhacar o Ceu é outra grande jogada para punir os baralhos agressivos, que talvez não respeitem a global advinda de outro deck aggro nas partidas sideadas.
Grandes, Pesados e Presentes
Main Deck (80)
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Tido por alguns como o "novo Jeskai Lukka" pela sua capacidade de aliar jogo justo de interações e valor com uma jogada de grande impacto que finaliza no mesmo momento, o Sultai Ultimatum tem liderado a preferência dentre os decks mais pesados nesses últimos dias.
Sua versatilidade de lidar com situações diversas através do poderoso Ultimato Emergente se assemelha muito aos decks Midranges de Dadiva Retirada de outrora - mesmo que o oponente tenha uma escolha, dificilmente essa escolha vai ser ruim para quem resolveu o Ultimato, e quaisquer combinações entre Tibalt, Impostor Cosmico (que continuou com a regra "antiga"), Vorinclex, Salteador Monstruoso, Epifania de Alrund, Restauracao de Portao Marinho e Kiora Supera a Deusa do Mar costumam ser avassaladoras quando entram no turno 6 ou 7.
Mesmo que o Sultai Ultimatum pareça o mais "completo" dos baralhos mais pra trás nesse momento, existem outras alternativas interessantes:
Sideboard (15)
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Utilizado pelo brasileiro Léo do Homegaming Team para alcançar Top 8 em um dos últimos StarCityGames, a lista carinhosamente pensada de Esper Doom com 60 cartas busca corrigir alguns dos pontos fracos dos Yorion com 80 cartas no que tange à consistência e velocidade das jogadas, com menos terrenos virados punitivos e mais chances de achar as cartas importantes para fazer o jogo rodar contra adversários específicos (remoção global contra aggro, Negar contra Controles, Danca da Vivenda para fechar a partida de forma mais incisiva).
Sem a necessidade de apostar tanto na redundância, a escolha tanto das armas de deck principal quanto da reserva acabam potencializadas, e é bem possível que outros baralhos de Yorion adotem um caminho similar com 60 cartas - como já tivemos listas de Selesnya ou Bant, por exemplo.
Sideboard (15)
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Para quem curte um estilo de jogo mais tempo, com ameaças capazes de exercer pressão, sem abrir mão de anulas mas tendo um jogo mais interessante contra os decks agressivos cheios de drops 1, o Grixis Tempo pode ser uma boa pedida. O deck ainda vem crescendo entre ligas do Magic Online e ranqueadas no Magic Arena, mas possui bastante potencial.
Normalmente, um baralho no estilo Tempo/Flash é severamente punido por criaturas de drop 1 na curva, já que as anulações alinham mal quando se precisa gastar mais mana para responder do que a ameaça do oponente custa. Entretanto, a combinação de Valki, Deus das Mentiras, Gigante Esmaga-ossos // Pisar, Ato Cruel e os Evento de Extincao da reserva ajudam a manter esses baralhos em xeque.
Combinar Coagir com anulações também ajuda a escapar de outros ângulos de defesa do adversário, que por vezes sobe cartas como Disputa Mistica para proteger-se na guerra de anulações, ou reciclar um Tufao de Tubaroes que normalmente seria mais difícil de ser respondido no pós-side.
E quanto a vocês, leitores, o que estão achando da presença de Kaldheim no Standard? Acreditam que o metagame vai continuar saudável e se autorregulando nesses próximos dias? Quais as expectativas de novos decks ou evoluções nos que estão batalhando pelo topo? Quem sabe algum baralho que não tenha sido mencionado no artigo, mas está crescendo? Compartilhem suas opiniões nos comentários!
Abraços e até a próxima!
Embutir na Liga
DECK ID
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Retrato