Se tem uma coisa que eu gosto de fazer é ficar repensando meus decks. Revendo base de mana, indagando sobre o side. Às vezes dá um certo medo, principalmente perto de torneios muito importantes, mas sempre gosto de repensar as coisas, me dá um certo conforto ver a evolução do baralho, desde a lista base, que pode ou não ter sido criada por mim, até a lista que considero ideal para aquele torneio.
Com isso em mente, reparei que muitos jogadores também tomam essa atitude de melhora da lista, talvez não da mesma maneira, mas com o mesmo intuito. E uma das “evoluções” mais comuns que vemos é o Splash numa lista convencional. O Splash é quando um deck adiciona uma cor, não necessariamente de maneira majoritária em sua distribuição no deck, para ganhar acesso à algo que não conseguia antes, como hates, anti hate e até ameaças em alguns casos.
Muitos consideram Azul a melhor cor do jogo, enquanto outros (estão errados) não acham que é pra tanto. Mas a história do nosso querido jogo nos mostrou que o Splash pra azul geralmente deixa um deck melhor.
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O GR Valakut é um deck bem posicionado no Modern, no entanto, ele sofre demais para decks mais rápidos que ele por não ter praticamente nenhuma interação, e é aí que entra o azul na jogada.
Com azul o deck ganha Uro, Tita da Ira da Natureza, que funciona para o plano A do deck que é rampar, ganha uma vida, então torna aqueles seus turnos de apenas ramp em um time walk contra aggro e serve como batedor voltando do cemitério.
A principal arma ganha com o azul são os counters, Aprisionar e Comando Criptico são o que tornam as partidas desfavoráveis em mais equilibradas, se não até mesmo favoráveis.
O deck muda a postura de full combo para um tempo control que finaliza com um combo. Uma maçaroca que pode parecer bem estranho para quem nunca viu o deck rodar, mas posso garantir que RUG Scape é a verdade!
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O bom e velho Maverick já viu todas as combinações possíveis que envolvam branco e verde. De puro GW à 4 colors, cada versão tem suas vantagens.
Quando o azul te liberava apenas Leovold, Emissary of Trest e counters, era uma boa opção, mas provavelmente a base de mana Naya ou Abzan era melhor. Mas o mundo não é mais o mesmo, Charles. Hoje, com o advento de Oko, Ladrao de Coroas e Uro, ir para o azul tem muito mais upsides que downsides.
O Mavecão tinha alguns problemas com decks que pretendem limpar a mesa como por exemplo o Miracles. Com grande parte de suas ameaças sendo criaturas, mesmo que sua mesa estivesse insana, um simples Terminus resetava seu jogo, agora com o Oko você pode fazer, já no turno 2, um walker que muda completamente o andamento do jogo. E como o deck sempre teve um tema baseado em terrenos, o Uro entra muito bem, tanto para rampar, ganhar vida, e com um custo de Escape não tão complexo para um deck com Dorks, Moxes e Relicários para gerar as quase difíceis duas azuis.
Apesar de não ser essa a razão principal para ir para o azul, os counters no side solidificam a sua escolha, te ganhando aqueles games que “mana bixo, mana bixo” jamais ganhariam.
Lá em cima eu falei que o Azul torna tudo melhor, lembra? Eu não menti, mas não fui completamente honesto com você. Não é apenas o Splash azul que melhora um deck, você pode splashar qualquer cor que com certeza terá alguma vantagem.
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O Prowess já vem fazendo resultados desde a época com Pilhagem Infiel. O deck passou por várias mudanças nos últimos meses, e a adição de branco garantiu um Companion mais barato, o Lurrus da Toca Onirica, que dá uma recursão similar ao Fogo Castigador em conjunto com o Selo do Fogo, uma criatura a mais no grind e força o deck a ter branco, que dá acesso a Caminho para o Exilio, ótima arma para quem quer tirar criaturas da frente, e o drawback de dar um terreno para o oponente é diminuído pela velocidade que o deck gera. Você dá um terreno a mais pro outro lado, mas aquele pode ser o último turno da partida.
O side melhora bastante com Andarilho do Fogo Kor e Campea dos Aurioques no lugar de Garra de Dragao. Não só são efeitos de Garra de Dragão que batem, como também têm proteções indispensáveis nas partidas certas. A Auriok dá risada de Sombra da Morte junto com seus Paths, enquanto a versão mono red do deck tem apenas que matar antes ou ser massacrada por um 12/12 com golpe duplo.
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Se você procurar todos os meus artigos sobre Pioneer eu SEMPRE falo sobre o Spirits. Não consigo evitar, eu adoro esse deck hahaha.
A mudança aqui é sutil, você troca os counters do main e algumas poucas criaturas por Companhia Agrupada, mudança que, apesar de diminuir a win rate do deck contra combos, aumenta bastante contra os decks que pretendem grindar, que é basicamente o formato inteiro.
De quebra você ganha cartas verdes no side que ajudam a corrigir os problemas do deck contra decks mais agressivos que o seu, na forma de lifegain e fight, cruciais para ficar vivo até que seu exército de criaturas com resistência maior que o poder dominem o jogo.
Splashs são sempre bem-vindos, mas nunca se esqueça do ditado “se não está quebrado, não conserte”.
O Splash serve para adicionar algo ao deck, geralmente um hate(Rancor Antigo, Denegeracao Abrupta), anti hate(Reivindicacao da Natureza, Verdade Reverberante) ou o splash serve para adicionar ameaças ao deck(Tarmogoyf, Stoneforge Mystic). Pense bem quando for adicionar uma ou mais cores em seu deck, ela deve ter um propósito, principalmente nos formatos mais novos onde a base de mana é mais limitada.
É legal ter o melhor removal, o melhor draw e a melhor ameaça do formato no mesmo deck, mas se isso quer dizer que sua base de mana é ineficiente e super falha, jogar “devendo respostas” geralmente é melhor.
Lembre-se que consistência é o nome do jogo, as pessoas não saem jogando de 5 colors toda hora para ter as melhores cartas de todas as combinações porque geralmente quer dizer que você terá muitos terrenos que entram virados, uma base muito dolorosa e que pode te faltar a cor para aquele double white ou double green que você precisa.
Conhecer o próprio baralho é a chave, não adianta colocar cores a mais se elas não adicionam o que você precisa(colocar preto se seu problema é encantamentos, por exemplo). Tudo com parcimônia e conhecimento fica melhor. Seu deck deve ficar MELHOR depois da mudança, e não pior!
Antes de ir, vou fazer meu jabazinho aqui, to com um canal de Magic no Youtube(www.youtube.com/BrunoEars), posto gameplays, deck techs explicando decks de todos os formatos, dá uma conferida lá pra ajudar o tio Orelha. E até a próxima!
Bom artigo! Como sugestão, podia fazer um artigo sobre o badalado Tomo da Mente Labiríntica e se ele é ou não o novo Sylvan Library (guardada as devidas proporções) |
Então, a carta é bem boa, mas ela não tá vendo jogo em tanto deck assim pra considerar uma Library do Modern.
Muito bom o artigo, esse temur shift tá no topo da minha lista pra jogar qndo puder...haha |
O RUG Shift é meu deck preferido da história do Modern. Já gostava antes, agora então... hahaha
Mais um excelente artigo pra sua coleção, bruno. É um sentimento bom de liberdade splashar uma nova cor. Msm com uro na moda não consigo me livrar do esper.. gosto muito |
Valeu mano! Splashar é sempre legal. O astrolabio facilitou isso ainda mais.
Apesar do artigo estar excelente, os exemplos apresentados são mais um splash pra encaixar uma carta quebrada, do que splash pra incorporar um cor e sua filosofia ou ângulo de atuação.Uro e Oko são OP e forçaram seu espaço nos decks. O RW teve o "empurrãozinho" do Lurrus. São splashs, mas são splashs forçados, porque aparece um elefante na sala gritando "vc precisa me usar, eu sou muito forte".O Spirits é o melhor exemplo, pq é a incorporação de uma abordagem diferente, um recurso diferente. É um leve twist na proposta.A introdução do artigo me fez pensar que falaríamos de fine tuning. Os exemplos mostraram disrupção forçada. |
Valeu!!
Então, é que hoje em dia não temos mais tantas adições integrais de cores como tínhamos antigamente. Com a facilidade de diversas dual lands que temos no standard e pioneer, o splash é mais tentador que forçar uma cor a mais que muda seu gameplan. Não que não existam, mas a maioria dos decks prefere colocar algo pra facilitar partidas do que mudar gameplan.
Azul também adiciona um belo de um valor aos decks. |
Essa é uma verdade que existe no magic desde os primordios, infelizmente.
Olá a todos! Olá, Bruno Ramalho! Eu me alegro por ter lido agora a sua postagem! Gosto de ler e vou aprendo lentamente e pouco, mas sigo tentando sempre! Seguindo lá no Y.T. |
Muito obrigado! Espero entreter mais vezes!
Olá, Bruno Ramalho!
Eu me alegro por ter lido agora a sua postagem!
Gosto de ler e vou aprendo lentamente e pouco, mas sigo tentando sempre!
Seguindo lá no Y.T.
Apesar do artigo estar excelente, os exemplos apresentados são mais um splash pra encaixar uma carta quebrada, do que splash pra incorporar um cor e sua filosofia ou ângulo de atuação.Uro e Oko são OP e forçaram seu espaço nos decks. O RW teve o "empurrãozinho" do Lurrus. São splashs, mas são splashs forçados, porque aparece um elefante na sala gritando "vc precisa me usar, eu sou muito forte".O Spirits é o melhor exemplo, pq é a incorporação de uma abordagem diferente, um recurso diferente. É um leve twist na proposta.A introdução do artigo me fez pensar que falaríamos de fine tuning. Os exemplos mostraram disrupção forçada. |
Realmente o Spirits é o melhor exemplo, e inclusive é uma coisa que a gente comenta no discord gringo de Spirits, sobre como o arquetipo tem se mostrado versátil e flexível. Só no Pioneer o arquetipo começou como UW usando teferinho, virou Bant se tornando mais agressivo mesmo com base tempo, aí voltou pra UW adicionando counter e adorando uma estratégia ainda mais baseada em tempo controle de board; então surgiu o TheRift fazendo uma lista monoblue a partir de uma piada que fizemos no Discord e fez 5-0 com a lista. Nisso, ficamos rindo sobre qual seria a nova tech doida que íamos aplicar ao Spirits e alguém sugeriu uma versão UG (e sim, teve piada de "bota o Uro no meio do de sacanagem"). Aí foi o Rift mais uma vez comprar a piada, montou o Spirits UG e hj se vc entrar no goldfish e ver o meta, vai ver que a lista do Spirits que tá lá é Simic, copiada da lista dele que fez 5-0 na semana anterior com 12 cartas no side pq ele esqueceu de adicionar 3 Permeating Mass.
Deixa ver o que Zendikar vai trazer pra ver se rola um UB Spirits ou mesmo um Esper haha.
Apesar do artigo estar excelente, os exemplos apresentados são mais um splash pra encaixar uma carta quebrada, do que splash pra incorporar um cor e sua filosofia ou ângulo de atuação.Uro e Oko são OP e forçaram seu espaço nos decks. O RW teve o "empurrãozinho" do Lurrus. São splashs, mas são splashs forçados, porque aparece um elefante na sala gritando "vc precisa me usar, eu sou muito forte".O Spirits é o melhor exemplo, pq é a incorporação de uma abordagem diferente, um recurso diferente. É um leve twist na proposta.A introdução do artigo me fez pensar que falaríamos de fine tuning. Os exemplos mostraram disrupção forçada. |
Excelente comentário, partilho da mesma opinião
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DECK ID
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Paisagem -
Retrato