Fala galerinha, sentiram saudades?

M21 é a coleção que me instigou no deckbuilding como não acontecia há muitos anos. Uma coleção aparentemente bem balanceada, divertida e com bastante coisa forte, bem diferente do que estávamos presenciando *coff coff URO coff coff*.

Muita coisa legal foi lançada, e eu tive a felicidade de poder jogar o Early Access de M21 no Arena a convite da dona Wiz. E foi lá que percebi que as cartas novas são realmente legais.

Como sou filho dos formatos que não rotacionam, nada mais justo que trazer a nova coleção para eles. É aqui que lhes apresento algumas listinhas Pioneer e Modern que estou testando com as cartas novas.

 

 

Spirits já é um clássico no Pioneer. Quando vi Gatuno Fantasmagorico e Geist Agrilhoado no spoiler já sabia que ia querer colocar essas maravilhas no baralho.
São cartas novas que podem não ter aquele impacto que um Fantasma Supremo teve para o Spirits Modern quando foi lançado, no entanto, as cartas novas dão alguns ângulos interessantes pro decks.

O Gatuno serve para conectar mais dano individual ao custo do descarte de uma carta, nada mal quando você precisa passar por cima daqueles passarinhos do outro lado que atrapalham seu clock. Mas o verdadeiro motivo de estar no deck é que ele te dá draw quando desvira ao custo de pagar 2 manas quaisquer. Não é algo fácil de ser feita se você estiver curvando sua mão, mas é realmente insano no mid e late game quando os recursos vão se exaurindo e ainda é uma maneira de draw draws contra decks que usam Arcanista da Horda Medonha e Final de Promessa.

Enquanto o Geist Agrilhoado serve como um Arauto do Nebelgast um pouco nerfado, mas que não depende de criaturas entrando em campo. Ele também reduz um pouco a curva do deck, operando melhor com menos terrenos e facilitando as jogadas de mágica na principal e deixar 3 de pé para o queller. Companhia Agrupada na main phase vai ser mais útil, pois pode buscar lords para aumentar o dano e qualquer espírito para virar criaturas e conectar, transformando sua melhor criatura em imbloqueável. E se você estiver atrás na corrida é possível deixar sua mesa inteira de pé para ficar virando as maiores criaturas do outro lado e ganhar um tempinho.

 

 

O BG Scales é bem forte, isso é inegável, mas eu não consigo fugir de um deck agressivo com um combinho, é muito delicioso.

Ir para GW Scales não tinha muitas vantagens além do combo de Heliod + Ballista. O combo é forte por si só, mas acabava perdendo a parte preta dos removals e descartes e, de quebra, ainda perdia um dos efeitos de Scales.

Agora com Mentora do Conclave jogar sem preto não tem o drawback na engine do deck, e claro, ela também tem a habilidade de ganhar vida igual o poder quando morre, sendo um chumpblocker bem ok contra aggros em momentos de desespero.

A base de mana é longe do ideal, mas ter um Heliode, Coroa de Sol em campo não só deixa adversário com medo de ser combado na volta, mas também ajuda a grindar sem efeito de Scales em campo através do lifelink, que eu não preciso nem dizer que vira jogos sozinho contra aggros.

Agora com 8 efeito de Scale é mais fácil fazer encantamento no 1 ou Mentora no 2 , Heliod no 3 e Ballista pra 1(que entra com 2 marcadores) no 4 e já ativar o Deus, finalizando a partida no 4 turno se não houver interações do outro lado. A parte boa aqui é que, diferente do Heliod do Modern, esse deck não depende apenas desse combo pra ganhar, podendo deixar o combo como plano D, grindando os recursos de maneira agressiva, fazendo walkers turno 2 ou 3 e, quando não houver cartas na mão do outro lado, você comba e aperta as mãos do adversário.

 

 

Fazia tempo que eu queria montar algo diferente, e eu sabia que precisaria de alguém com uma mente tão grande quanto a minha, alguém que, assim como eu, não consegue usar boné tamanho normal, foi aí que tive a ideia de chamar o Maeda, grande amigo de Santos.

A ideia original dele era abusar de Vinculadora da Noite Sagaz e de Reptante Fugaz então montamos a base em torno disso.

Sumir entrou lindamente com o plano do deck que é: lidar com ameaças mais rápidas que você e não tomar Teferinho. Apesar de não lidar com os bixões que aparecem no Pioneer, o Trickster e Insubstanciar já ajudam com isso. 

E para garantir que sua mão esteja sempre cheia e colocar marcadores no Salmorígeno, Inventario Frenetico fez o papel ideal. O primeiro é ruim, o segundo é bom, o terceiro é ótimo e o quarto ganha o jogo. Com cartas versáteis, que podem te salvar de diversas situações, mão cheia nunca é ruim.

Ah, não se esqueça que insubstantiate volta Veredito Supremo e Denegeracao Abrupta para a mão também, isso pode te ganhar algum tempo ou até mesmo levar a partida.

 

 

Junto com Golpe Duplo, Vínculo com a Vida é minha keyword preferida.

Não é preciso de um QI acima de 1 dígito pra perceber que o Porta-voz dos Ceus entra muito bem em decks que ganham muita vida e o Soul Sisters Modern é a casa ideal para ele. A estratégia do deck é bem simples: ganhar bastante vida em instâncias diferentes para deixar o Companheiro de Bando de Ajani gigante bem rapidamente. Agora também temos o Heliod como payoff para lifegain, basicamente transformando todas as suas criaturas em Pridemate. E se temos Heliod, por que não ter umas Ballistinhas e poder finalizar com um combinho num deck ultra agressivo?

O Porta-Voz serve tanto como lifelinker no começo como um produtor de anjos todo turno. Um dos problemas do deck é ter poucas maneiras de passar por cima de bloqueadores terrestres, e o Porta-Voz complementa o plano voador de custo baixo com o Ascendente de Serra.

Assim como o GW Scales, o Sun Sisters tem uma trick para combar mais rapidamente: tendo uma soul sister em campo(qualquer criatura que te dê vida quando outra entra em campo de batalha) é só fazer uma Ballista pra 1. A Ballista vai te dar 1 ou mais de vida, desencadear o Heliod, colocar marcador na própria ballista. Daí é só ter 2 maninhas a mais para dar lifelink para o constructo e matar no mesmo turno! O Nykthos facilita esses turnos de combo ou até mesmo a esvaziar a mão com Arcanjo de Thune e fazer múltiplos Capitao-patrulheiro de Eos + o que eles buscaram.

 

Achou que eu ia passar um artigo inteiro sem falar de Valakut? ACHOU ERRADO!

Já faz um bom tempo que eu abandonei minha querida Elfo Trancas-de-Sangue. Quando vi o spoiler de Radha, Coracao de Keld minhas montanhas começaram a pular do shield gritando: TRAGA A ELFA DE VOLTA, QUEREMOS BLOODBRAID!!

Um corpo 3/3 com iniciativa(apenas no seu turno) com efeito de Centaura-cacadora de Crufix já é bem bom, mas ficar 9/9 ou maior é melhor ainda! Foi com ela que pensei que o plano agressivo poderia se solidificar mais, agora que um drop 3 pode causar 10 de dano duma vez e sem se preocupar com Coatl Presa-de-gelo graças à iniciativa.

O deck é um pouquinho menos Valakut Ramp e um pouco mais GR Aggro, não que isso seja ruim, é apenas um ponto de diferença entre as duas versões.
O plano agressivo ajuda a roubar partidas contra decks com muitos counters enquanto o plano combo vai roubar as partidas que seus bixos não foram o suficiente.

Sempre bom surpreender adversários que não viram muitos bixos no G1 e tiram os removals, só para morrer para um exército de 3/X no g2.

 

M21 me animou como poucas edições haviam me animado antes. Já tenho diversas ideias ainda em desenvolvimento para todos os formatos. Espero que você tenha gostado tanto da edição como eu, pois se depender de mim, todas as edições serão balanceadas e divertidas como essa!

Falando em M21, como eu disse no começo do artigo,  a Wizards me convidou para participar do Early Access no dia 24/06. gravei alguns vídeos de deck tech e gameplay de decks 100% meus. Se quiserem ver estão todos no meu canal do Youtube(aqui)

Vou ficando por aqui, e deixe nos comentários sua carta preferida de 2020. Vamos deixar o Magic de 2019 para trás, agora é a hora de se divertir sem Oko!