Olá! Nesse último final de semana, tivemos o primeiro MTG Arena Open, torneio organizado pela própria Wizards com premiações de 1.000 e 2.000 dólares para os jogadores com 6 e 7 vitórias no segundo dia de torneio, respectivamente. E o primeiro dia desse torneio foi disputado no Standard Melhor de Um (MD1 ou em inglês, Best of One/BO1), formato que foge um pouco da minha alçada onde tive que mergulhar de vez na última semana como forma de preparação para o Open.
Como é disputado somente em partida única, o formato acaba por divergir um pouco do Standard convencional. O algoritmo de seleção de mãos do MTG Arena também opera, diminuindo a variância de zica/flood de mana, tornando as partidas mais "curvadas", e por consequência mais rápidas. Esse fator carrega, também, bastante ironia, já que sem o sideboard para corrigir partidas ruins e ter mais chances contra as "mãos divinas" dos adversários, a variância da partida também aumenta.
Embora dentro de alguns instantes tenhamos um anúncio de banimentos e possíveis mudanças na mecânica de Companheiro, os conceitos e decks aqui abordados ainda poderão ser aproveitados por aqueles que jogam o formato, seja nas ranqueadas do Arena, somente para cumprir as missões diárias, ou caso a Wizards retome a organizar torneios nesse sistema.
O grande desafio do Standard BO1 é ser capaz de jogar bem contra os decks em ambos os espectros de velocidade no formato. Aggros super rápidos como Mono Red, Cycling e variações de Obosh/Lurrus funcionam como o regulador do formato, e aqui mais do que nunca punem a ganância de quem tenta jogar indo "por cima" dos outros. Por esse motivo, mesmo que o Lukka Fires seja o Tier 0 do Standard convencional, no BO1 ele é só mais um deck viável, já que pode ser facilmente curvado pelos decks recheados de drops 1 - embora seja excelente contra os outros decks lentos.
Simplesmente agressivar é o dito "nível 0" do formato, e embora seja capaz de angariar vitórias rápidas e curvadas, sem o sideboard para adaptar-se com remoções e formas de ir "ligeiramente maior" que o oponente, as mirrors de Aggro por vezes acabam sendo definidas não apenas por quem curva melhor, mas também pelo fator play/draw, o que acabou me incomodando um pouco em termos de escolha de deck.
Esse fator resulta em que todos os decks que não estejam interessados em agressão tenham de, ao menos, desviar sua lista padrão para algo que contorne uma horda de criaturas leves. Escolhas como Varrer com as Chamas, Clarim Ensurdecedor, Feretro de Vidro e similares não apenas aparecem nas listas, como têm de estar lá para dar uma chance contra as mãos mais curvadas dos aggros.
Porém, ferramentas capazes de gerar vantagem de cartas e prezando pelo jogo longo também são cruciais para sobressair-se na batalha de Midranges e Controls. Talvez drops pesados como Ultimato da Genese por vezes são demasiadamente lentos, mas uma ótima forma de ir "por cima" sem perder tanta velocidade é o acesso ao sideboard através de cartas como Karn, o Grande Criador, Fadina dos Desejos // Concedido e Vivien, Patrulheira do Arco Bestial, que além de tudo permitem o acesso à poderosas balas de prata numa partida que deveria ser somente com as 60 iniciais (Jaula do Escavador de Tumulos, Lanterna Guia-almas, Lanca Sombria).
Sem mais delongas, vamos para algumas listas que trabalhei na última semana!
Main Deck (60)
Sideboard (15)
Main Deck (60)
Sideboard (15)
Main Deck (60)
Sideboard (15)
Para encaixar um Companheiro e um Sideboard buscável, a melhor forma que encontrei foi utilizando- se de Karn, o Grande Criador passando Cidadela de Nicol Bolas para o sideboard, e assim atendendo os requisitos de Jegantha, a Fonte. O grande apelo ao Jund é Diabo do Pandemonio, capaz de demolir por completo os aggros com seus constantes "pings", além de interagir com fichas alvejadas pelo Lukka, Paria Gibao de Cobre em parceria de Forno da Bruxa ou Andarilho das Aflicoes. Quanto aos outros baralhos lentos, Trilha de Migalhas e Karn/Cidadela são as ferramentas para batalhar na frente da vantagem de cartas.
Main Deck (80)
Sideboard (15)
Main Deck (80)
Sideboard (15)
Main Deck (80)
Sideboard (15)
Ao invés de focar no Diabo do Pandemonio, a lista Sultai tem em Uro, Tita da Ira da Natureza seu trunfo contra os aggros, além de um companheiro superior na forma de Yorion, Nomade Celeste. Para compensar no "combo" da Cidadela de Nicol Bolas, a carta utilizada é Bastiao da Recordacao, além de ter o próprio artefato preto ainda no Main Deck acelerando seu turno crítico.
A caixa de ferramentas do sideboard vem na forma de Fadina dos Desejos // Concedido ao invés do Karn, o Grande Criador, ela sendo não apenas mais versátil e abrangente nas opções (com cartas como Negar, Chamado do Mortivago, Ego a Deriva e Baixas de Guerra), como seu corpo 1/4 é mais relevante para bloquear a partir da curva 2 contra os aggros.
Main Deck (80)
Sideboard (15)
Main Deck (80)
Sideboard (15)
Main Deck (80)
Sideboard (15)
O bom e velho Temur Elementals do Standard convencional, mas com menos drops 7 (saem Agente da Traicao/Ultimato da Genese) e entram Curandeiro da Clareira e Varrer com as Chamas. O deck perde um pouco da capacidade de ir totalmente "por cima" dos Midranges/Controls, mas ainda é capaz de turnos absurdos envolvendo Recife Soerguido, Omnath, Locus de Furia e seu companheiro, Yorion, Nomade Celeste.
Fadina dos Desejos // Concedido também encontra espaço aqui, dando maior abrangência para as jogadas fortes de jogo longo, e sendo até mais eficiente em termos de custos por causa de toda a aceleração que os elementais provêm.
Main Deck (80)
Sideboard (15)
Main Deck (80)
Sideboard (15)
Main Deck (80)
Sideboard (15)
O bicho-papão do atual Standard não poderia ficar sem deixar sua marca no BO1. A configuração de remoções é mais voltada para baralhos rápidos, com menos cópias da valorosa Elspeth Derrota a Morte e mais Clarim Ensurdecedor, embora reconheço que a lista poderia ser ainda mais "baixa" com Feretro de Vidro na lista principal e mais cópias de Augurio do Sol.
A inovação fica por conta de Karn, o Grande Criador, capaz de buscar tanto uma criatura rápida para ativação do Lukka, Paria Gibao de Cobre como poderosas balas de prata para os principais adversários do formato.
Main Deck (60)
Sideboard (1)
Main Deck (60)
Sideboard (1)
Main Deck (60)
Sideboard (1)
Embora bem parecido com o que vê jogo no Standard, o Keruga Fires é uma escolha sólida capaz de ganhar de ambos os espectros do formato, com as mãos certas. Os aggros dificilmente passam por Teferi, Manipulador do Tempo/Clarim Ensurdecedor e a enxurrada de "bois" que caem a partir do turno 4 com Fogos da Invencao na mesa, e os Midranges/Controles podem ser facilmente curvados pelas mãos mais agressivas do Fires.
Utilizar uma base de mana mais "confiável", com mais terrenos desvirados e sem a fonte preta foi uma maneira de respeitar a curva mais baixa do metagame do Standard BO1, assim como encaixar Caloteiro Descarado // Pequeno Furto em prol de mágicas mais pesadas, como Narset, Rasgadora de Veus ou Elspeth Derrota a Morte.
Sideboard (15)
Sideboard (15)
Sideboard (15)
Para fechar a conta, nada como um Temur Adventures praticamente como joga no Standard. Por já ser um deck com Fadina dos Desejos // Concedido como parte de seu plano principal (dobrando ou triplicando a busca através do Trevo da Sorte), sua estrutura no BO1 fica praticamente intacta.
Por respeito aos baralhos agressivos, Varrer com as Chamas aparece também no deck principal, embora a combinação de Caloteiro Descarado // Pequeno Furto, Gigante Esmaga-ossos // Pisar e Fera Apaixonada // Desejo do Coracao geralmente é suficiente para conter as mãos menos "estouradas" dos mesmos.
E quanto a vocês, leitores, qual a opinião de vocês sobre o Standard Melhor de Um enquanto formato? Qual o seu baralho "de confiança" para disputar esse tipo de partida? E em relação às listas abordadas no artigo, como as enxergam no metagame? Deixem suas opiniões nos comentários!
Abraços e até a próxima!
De toda forma são boas listas, gostei das idéias. Se eu fosse jogar esse formato, sem dúvida iria de aggro, acho uma opção mais estável e confiável.
Embutir na Liga
DECK ID
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Paisagem -
Retrato