Olá! Ikoria está batendo em nossas portas, mas para quem ainda segue no grind firme da ranqueada e dos torneios online independentes no Magic Arena, o Standard ainda é aqui e agora - e com essa enxurrada de grandes torneios liderada pelos Magic Fests Online da Channel Fireball, o metagame segue evoluindo loucamente, trazendo novidades dia após dia. Em meu último artigo, abordei a força dos Midramps com Nissa, Abaladora do Mundo e como o ambiente já marchava em uma tendência de Rajada de Eter no deck principal, e para começarmos nada como um baralho que representa o "estágio além" do Midramp:
Talvez um pouco menos focado no aspecto "Mid" da interação e mais no "Ramp" da força bruta, temos o Simic Ramp convencional. Um playset de Rajada de Eter já no deck principal, e muito foco em seu próprio plano com Recife Soerguido aliado às demais acelerações para ganhar na combinação de velocidade + vantagem de cartas. As tradicionais super-sinergias de Nissa + Krasis Hidroide e Cavaleiro dos Espinhos + Uro, Tita da Ira da Natureza também se encontram presentes, o que torna o deck sempre perigoso quando curva suas jogadas. Sem a interação leve, seu ponto fraco costuma ser os bons e velhos Aggros, mas que num mundo de Uro, Fogos da Invencao e Diabo do Pandemonio, parecem estar mais em baixa do que nunca no atual metagame, com somente o Mono Red representando (favoritos da galera como Gruul Aggro e White Weenie até existem, mas certamente se encontram em um patamar abaixo).
Na mesma pegada, o Temur Fires Elementals montado pelo crokeyz, streamer inglês que sempre está dominando as ranqueadas no Mítico no MTG Arena, é outro deck totalmente focado em executar seu próprio jogo, ignorando o que o oponente faz enquanto tenta esmagá-lo em cartas que gritam VALOR - e que consegue quebrar a paridade da mana nas semi-mirrors de ramps com a ajuda de Fogos da Invencao. A outra combinação premium para ir totalmente por cima nessas partidas é Agente da Traicao e Tassa, Habitante das Profundezas. A Deusa sinergiza especialmente bem com todos os elementais e suas habilidades de entrar no campo de batalha.
Das listas que conseguiram a vaga no Magic Fest Online (MFO), temos o Azorius Blink acima - que também abusa da combinação Agente + Tassa para vencer a guerra de recursos. Ela peca no quesito proatividade e capacidade de gerar o efeito bola-de-neve logo no começo do jogo, já que algumas cartas como Fblthp, o Perdido e Principe Encantado não são exatamente o primor do poder individual e falta a preciosa aceleração de Espiral de Crescimento, talvez o grande pilar do atual formato junto de Uro. Porém, ao abrir mão da cor verde, o Azorius Blink naturalmente escapa de todas as Rajada de Eter que estão logo no deck principal de quase todo o metagame, além de poder usar o poderoso Teferi, Manipulador do Tempo, que dita totalmente o ritmo da partida quando bem encaixado.
Talvez não seja exatamente uma novidade, mas a abordagem centrada em bombas como Uro e Nissa para o Simic Flash continua efetiva e capaz de acertar os incautos que não respeitarem suficientemente a estratégia - punindo jogadas pesadas na fase principal como Agente da Traicao e Cavaleiro dos Espinhos como se não houvesse o amanhã.
A lista acima que conseguiu a vaga no MFO chama a atenção tanto pela sua linearidade no Main Deck, como pela agressividade de algumas escolhas no sideboard: Fera Apaixonada // Desejo do Coracao e Linha de Forca do Vacuo existem em um playset, e são capazes de punir as estratégias mais leves e principalmente todo esse metagame abusando de cemitério para gerar recursos.
Se normalmente podemos punir as estratégias Flash pressionando a mana delas para responder as nossas ameaças (digamos, dobrando a jogada num determinado turno para contornar a primeira anulação) e esperando o momento certo para "dar o bote", o Temur Flash que se classificou para o MFO é um ótimo exemplo de como punir esse plano com suas próprias jogadas proativas. Reconquista da Natureza continua insana como sempre para decks compostos quase que inteiramente de jogadas em velocidade instantânea, permitindo avançar o próprio jogo enquanto interage com o oponente, e tem o elemento combo com Expansao // Explosao para ganhar do nada.
No meio de um mar de Espiral de Crescimento, emergiu um solitário Esper Control com um pézinho no Super Friends, embora também atento às tendências do ambiente. Quatro Narset, Rasgadora de Veus em um mundo de Krasis Hidroide e Uro, Tita da Ira da Natureza parecem extremamente bem posicionadas, enquanto que para não ficar atrás no quesito "jogar para a mesa" possui Kasmina, Mentora Enigmatica, Ashiok, Inspiracao do Pesadelo e Liliana, General da Horda Medonha que forram o chão com bloqueadores dispensáveis. A Ancianomancia é outro card esquecido nesse Standard, capaz de virar jogos aparentemente perdidos nesse mar de Planeswalkers, mas com decks que estão muito mais focados em jogar o próprio jogo em seu turno, caindo vítimas fáceis do poderoso feitiço preto, letal com uma Liliana ou Kaya de surpresa!
Independentemente da escolha de baralho para esses últimos dias pré-Ikoria, desde um medalhão já consagrado ou uma tech tentando acertar o nível do metagame, o fato é que as partidas seguirão totalmente pegadas e punitivas para quem estiver "cochilando", além de ser importante estarmos bem alinhados com o que vem acontecendo nas fileiras do grind para começar com tudo na chegada de Ikoria!
E quanto a vocês, leitores, quais das novidades lhes chamou mais a atenção? Consideram variações de Espiral/Uro/Krasis/Nissa tudo "farinha do mesmo saco" ou curtem as pequenas mudanças nas listas para tentar vantagem no metagame? Ansiosos para que Ikoria sacuda as coisas, ou gostariam de ver os próximos passos desse metagame de forma mais orgânica? Deixem suas opiniões nos comentários!
Abraços e até a próxima!
Porém, o T2 está com uma grande diversidade de decks e os principais decks do meta estão mudando a cada 15 dias. No começo tinha UW, que foi para Bant Ramp, depois foi RUG Reclamation, que mudou para Sultai Mid/Ramp e agora UGX flash/elemental.
Uma eventual saída de Uro mudaria bastante o T2, mas atualmente, temos quase 15 tipos de decks competitivos no T2 (tier 1 e 2), o que é muito satisfatório, considerando o cenário dos últimos anos e além disso, temos uma ambiente que está conseguindo se moldar a cada novo deck predominante.
O verde é a cor predominante no T2, Uro é um dos responsáveis por isso, assim como Nissa estava sendo no ano passado, além de outras cartas verde que dão base para boas sinergias e cartas multicoloridas com verde que são acima da curva também.
O pessoal parece que não entende que o que está acontecendo no T2 é uma atualização de decks que eram considerados menos competitivos para que esses comecem a dominar o ambiente.