Fala Galera! Tudo certo?
No artigo de hoje iremos falar sobre um assunto que foi sugestão de um dos nossos leitores, sobre um assunto muito recorrente em mesas de commander: O chamado efeito “Blue Shell”.
Primeiramente devo agradecer ao Thiago Alcino, que nos acompanha e fez essa sugestão. E também a todos vocês que também são nossos leitores, dizer que se você quer participar e aprender mais sobre cEDH e tirar duvidas, atualmente nos temos o grupo cEDH Brasil no facebook, onde conversamos de modo mais próximo com todos os membros que se interessam pelo assunto.
Então sem mais delongas, vamos ao que interessa.
O que é efeito Blue Shell?
Como a maioria dos jogadores deve conhecer, no famoso console N64 tivemos inúmeros jogos icônicos, e entre eles estava “Mario Kart”, que conquistou e ainda conquista legiões de fãs.
Nesse jogo há um item chamado Blue Shell, que se refere à uma casca de tartaruga azul que SEMPRE acerta o piloto que está em primeiro lugar, dando espaço para que os outros corredores se reestabilizem na corrida.
Mas o que isso tem a ver com Magic?
Simples!
Como commander é um jogo multiplayer extremamente dependente de múltiplas interações, muitas vezes nos vemos em situações onde não sabemos o que responder ou com o que interagir, deixando o jogador que está a frente livre para seguir seu jogo sem ser impedido.
Vamos à um exemplo prático:
Jogador A: Após um longo turno entre tutores e draws, um setup é deixado na mesa apenas esperando por alguma peça específica para finalizar o combo.
Esse setup o coloca em primeiro lugar.
Jogador B: Com um setup menor utiliza-se do efeito de um Vidente Visceral para manipular o topo em busca de alguma forma de prosseguir o jogo, ou lidar com o Jogador A.
Jogador C: Com a ajuda de um um tutor ele adiciona para a mão uma Linvala, Guardia do Silencio que servirá como um impecilho para o primeiro jogador, o que o tiraria do primeiro lugar e daria mais tempo para outras possíveis respostas da mesa. Porém ao tentar conjurar a Linvala, o Jogador B à responde com uma Forca de Vontade, alegando que ela travaria a ativação do seu vidente o impedindo de prosseguir o jogo, colocando assim o Jogador A novamente a frente dos demais.
Por mais que essa interação pareça boa para o Jogador B, ela é extremamente prejudicial para a mesa no geral, pois apresenta um alto número de missplays que
deixam o Jogador A em vantagem, e isso é corriqueiro em muitos grupos.
Para resolver esse tipo de problema precisamos responder uma duvida de muitos recém chegados do formato, que é:
“O que eu devo responder?”
Muitos novos jogadores que muitas vezes vem do commander casual estão acostumados a seguir um plano de jogo que não exige muita interação no early game, permitindo o avanço da própria estratégia nesses primeiros turnos.
No jogo mais competitivo, os primeiros turnos são cruciais para definir quem assumirá a posição mais vantajosa, e é necessário que cada um jogue pensando em seus oponentes.
No nosso exemplo, se o Jogador B tivesse deixado a Linvala resolver, ela definitivamente teria tirado a vantagem obtida pelo Jogador A, e isso daria tempo para os outros se prepararem e eventualmente também atingirem o primeiro lugar.
A mentalidade para evitar missplays como essas deve ser sempre a de que em uma competição você necessita de recursos para se estabilizar, mas também precisa de formas de não deixar que um oponente atinja essa posição de vantagem de forma tão fácil, e isso exige uma certa frieza de deixar que em alguns momentos você sacrifique algo em prol de uma vantagem futura.
Talvez aquele Trasgo Colecionador esteja travando seus 2 Rocks positivos, mas seu outro oponente tenha tutorado um Cetro Isocrono a alguns turnos.
Ou também aquela Torpor Orb esteja impedindo que voce conjure Uro, Tita da Ira da Natureza, mas esteja sendo mais torturante para o brother que quer finalizar aquela pilha de Hulk com uma Oraculo de Tassa.
Esses dois exemplos mostram que apesar de estarem nos afetando diretamente, algumas cartas estão na mesa para afetar o jogador que está em primeiro lugar, e é importante saber lidar com elas com maturidade.
Em alguns jogos já me deparei, como também foi o caso do exemplo do nosso leitor, com alguns jogadores que pensaram que a remoção direcionada à uma carta especifica foi algo pessoal, e isso destrói toda a postura de uma mesa interativa, fazendo com que comecem a fazer jogadas visando prejudicar um jogador por motivos pessoais.
É de extrema importância para os novos jogadores que estão adentrando agora no ambiente do cEDH entender que o jogo está de toda e qualquer forma separado do pessoal desses jogadores.
Quando se joga com a intenção da vitória e com uma quantidade enorme de interações, eventualmente alguém será alvo de algumas delas, e isso por que faz parte do jogo.
Enfim pessoal, espero que tenham entendido e que ajude a evitar algumas missplays em jogos importantes. Também peço desculpas pelo artigo menor do que o de costume, pois estive passando por uns probleminhas, mas logo logo voltaremos à nossa normalidade.
Agradeço a todos que lêem os nossos artigos e também a participação de todos vocês nos comentários.
Até o próximo!
Parabéns.
Meu Commander é o Gishath e por ser pesado levo counterspells várias vezes quando ele entra.
Então o jogo progride e vem algo pior que ele...
No Magic dá para pensar como no xadrez talvez, dividir o jogo em abertura, meio jogo e finais e como no War analisar a situação do jogo sempre.
Deixem o STAX viver, é o main support da mesa, lol.
Ora ora, parece que eu já vi isso acontecer por aqui mesmo heim! HAHAHAHA
Belo artigo mano, parabéns!