Oi, amores! Entra ano, sai ano e se existem duas certezas no mundo é que a terra é redonda e eu vou falar de baralhos vermelhos sempre que for possível. Ainda mais no momento de alinhamento cósmico que nos encontramos hoje em que, analisando três formatos construídos super queridos pelos jogadores competitivos, todos tem um deck vermelho de destaque para chamar de seu.
Como já faz um tempo que não conversamos sobre o assunto, resolvi fazer meu primeiro artigo de 2020 voltando às minhas origens e comentando um pouco mais sobre o Monored Standard, Monored Pioneer e Burn Modern. Temos os classificatórios para o próximo Players Tour nos três formatos, WMCQ no Arena no formato standard e um Grand Prix São Paulo se aproximando no formato Modern com PTQs Pioneer. Então se shieldar montanhas, jogar burns na face do coleguinha e ganhar antes do oponente ter chance de respirar são coisas que muito interessam vocês, vem comigo e bora falar da cor aggro mais amada desse jogo!
STANDARD
Eldraine, apesar de ter trazido cartas essenciais para o monored, definitivamente não foi muito gentil em termos de formato com o baralho. Empurrado para um tier 2, a estratégia do deck ficou meio esquecida e precisou se apoiar nas cartas pretas para representar o aggro do formato. Mas os dias de sofrimento para os jogadores de red parecem ter ficado para trás com a chegada de Theros Além da Morte e cartas como Anax, Temperado na Forja, Embravecer e Fenix de Cinza. O baralho ganhou um novo fôlego e aquele empurrão de velocidade que estava faltando, usando a habilidade do Anax para fugir das cóleras e a Fênix para nunca deixar a mesa vazia. Até as cartas de Eldraine que tinham potencial, mas não tinham brilhado em toda sua glória no monored ainda apareceram nas novas versões como a queridíssima Brasolamina, a criatura para garantir card advantage Ladrao dos Ricos e o velho conhecido do monored calamidade, Torbran. Existem várias versões desse baralho, algumas focam em um jogo um pouco mais longo com uma curva não tão baixa, usando cartas como Gigante Esmaga-ossos // Pisar e Torbran, outras tem o foco em fechar o jogo rápido, não indo acima da curva 3, com o Anax como topo de curva. Os sides variam bastante e, como de costume, são muito influenciados pelo ambiente que o dono da lista se encontra, mas vamos comentar uma a uma aqui quais são as cartas mais interessantes de se levar em conta na hora de montar o seu side.
Embate com Barretes Vermelhos : se você anda enfrentando muitos baralhos com vermelho, o custo benefício dessa carta é insano. Uma remoção sólida de uma mana sem prejuízos quando mirada em alvo vermelho, ela é super popular na mirror.
Frigir: eu não sei vocês, mas eu ando enfrentando uw o dia inteiro no Arena e acabei adaptando minha lista para contar com umas duas cópias dessa carta. Tenho plena consciência que ela não remove o grande pesadelo do uw que é Dream Trawler, mas às vezes, esse pouquinho de tempo que essa remoção compra é tudo que o aggro precisa para fechar um jogo.
Tibalt, Instigador Dissoluto: outra ótima solução para baralhos que ganham vida e fogem da conta do dano, Tibalt é um planeswalker sólido que pode ajudar a completar o dano mantendo a conta sob controle.
Reivindicar o Primogenito: a quantidade de ameaças fortes de custo até 3 anda bem alta nesse ambiente de Krasis Hidroide, Uro, Tita da Ira da Natureza e Fera Apaixonada // Desejo do Coracao. Se de um lado da mesa, elas super atrapalham o plano de quem está batendo, puxá-las para o lado aggro da mesa ajuda bastante a fechar o jogo.
Frenesi Experimental: uma carta que eu adoro e venho jogando desde que saiu, frenesi pode ter perdido seu posto nas 60 cartas principais, mas continua sendo uma opção válida para partidas onde que o jogo se estende.
Amoque Desacorrentado: a melhor criatura contra seus oponentes que jogam com branco, desviando de ser bloqueado por criaturas brancas e de remoções que perturbam a vida do monored como Decreto dos Devotos e Glass Casket.
Helice de Lava: se o seu medo são ameaças maiores ou criaturas que ficam voltando do cemitério, hélice de lava com certeza merece seu carinho e sua atenção em alguns espaços do seu side.
Separei duas listas com estratégias diferentes para vocês, ando jogando bastante com as duas e mexido mais no side variando o que eu tenho enfrentado.
PIONEER
Nesse final de semana que passou, assistimos ao primeiro grande evento Pioneer, o Players Tour de Bruxelas e tivemos um monored no top 8! Para quem, assim como eu, já joga de monored a algum tempo, as listas que andam fazendo sucesso no pioneer tem sido uma verdadeira carta de amor à cor vermelha, parecendo uma calçada da fama de tudo de bom e marcante que passou pelo standard nos últimos anos numa união linda de se ver. Chandra, Chama da Rebeldia, Ruinas de Ramunap, Lanca Veloz do Monasterio e Ferocidonte Enfurecido são figurinhas carimbadas no formato, além, é claro, da interação maravilhosa entre Goblin Chainwhirler e Torbran dando 3 de dano na mesa inteira.
As listas variam bastante entre si, mas a estratégia do baralho não podia ser mais característica do vermelho e, com tanto recurso, dificilmente esse deck perde o fôlego. Muitas remoções de cemitério e remoções de criatura que exilam quando matam andam compondo os sides acompanhando as tendências do formato. Para essa parte do artigo, não dava para escolher outra lista para ilustrar senão a lista do Juan Jose Lopez, que fez top 8 em Bruxelas.
MODERN
Ano passado, eu escrevi um artigo super detalhado sobre esse baralho que todos vocês que me acompanham sabem que é o meu maior pet deck da vida. E eu quase me arrependi de ter escrito naquele momento, porque logo depois saiu modern horizons e mudou tudo para o Burn! As Horizon Lands levaram esse baralho para outro patamar, jogando-o de novo para o Tier 1. Claro, o banimento do Faithless Looting e a diminuição da rapidez do Dredge também ajudaram muito o caso do baralho. Mais baralhos como o Jund e o Grixis Death’ Shadow passaram a compor o ambiente e, com todas as variáveis apontando para a vantagem do burn, o final do ano passado apontou para os meus melhores resultados com ele, me levando finalmente para um top 8 de PTQ. A lista que eu vou dividir com vocês é a lista que eu ando jogando. O main deck nunca muda, mas vou citar algumas cartas que eu costumo variar no side dependendo do que eu estiver enfrentando mais nos campeonatos.
A quantidade de hates de cemitério varia, mas já joguei com muito mais cópias de Rest in Peace ou Tormod's Crypt, Skullcrack já ocupou 4 espaços de maindeck e também já foi apenas encontrada no side. Acho que a única carta que nunca rotaciona do meu plano é Path to Exile.
Grim Lavamancer é outra carta que de vez em quando aparece na minha lista, quando eu preciso lidar com baralhos de criaturas como o Humanos e Palma Defletora é minha eterna relação de amor e ódio. Eu acho que palma é aquela carta que o oponente consegue jogar em volta com alguma facilidade e eu não quero nunca jogar essa opção para ele. Por ora, cansei de ficar com ela na mão enquanto meu oponente escapava dela, então ando tirando férias dela nas minhas 75.
Sobre administração de danos, não vou me estender muito porque discuti bastante disso no meu artigo sobre o burn, mas achei que merecia citar por causa das lands novas. Especificamente contra mirrors, eu tenho prosseguido com bastante cuidado com mãos 100% formadas por horizon lands, perder ali 4-5 de dano para os seus terrenos nos primeiros turnos pode ser mortal em uma match super agressiva, então meu conselho é para pensar bastante se a mão compensa e principalmente se aguenta perder tanta vida para a sua base de mana se o oponente também for agressivo.
Por hoje, é só, pessoal! Prometo controlar a emoção e só escrever outro artigo focado na cor vermelha ano que vem. Mas se vocês gostaram desse estilo de artigo, comentem aqui embaixo e eu posso analisar as outras cores do Magic através do formato.
Para quem não acompanha minhas redes sociais, talvez vocês não saibam, mas agora estou fazendo streams também aqui na liga. Você pode me acompanhar jogando todos os dias de semana 22h, segundas, terças e quintas no canal da LigaMagic e quartas e sextas no meu canal.
Aproveitem para me seguir no instagram e no twitter para acompanhar todas as novidades. E me contem: se fosse para ler sobre a análise de outra cor, qual vocês gostariam de ver aqui? Vejo vocês no final do mês para mais um artigo.
Até mais,
Carol
