Fala meus jovens, como estão? Espero que bem!

 

O Pioneer é o mais novo formato anunciado pela Wizards. Para começar as coisas de maneira diferente, invés de uma grande banlist preventiva, preferiram banir apenas as 5 Fetchlands de Khans of Tarkir e fazer anúncios de ban semanalmente, invés de trimestrais, como são nos outros formatos. No entanto, os critérios de bans seriam bem mais pesados que nos outros formatos, uma vez que um novo formato ainda não teria nada estabilizado.

 

Uma dezena de bans depois, estamos em um momento que parece ser bem safe para o formato, com uma boa quantidade de aggros, midranges, controls e um pouquinho de combo aqui e ali, podemos dizer que o Pioneer está se estabilizando, e como todo formato estabilizado, temos decks de controle, e hoje falaremos deles: dos que controlam mesa e dos que controlam mágicas na pilha, vem comigo!

 

 

Começando por um control bem Budget e bem efetivo de controle de mesa: Mono Red Dragons, ou THE CLAW.

O objetivo do deck é bem claro: limpar a mesa de toda e qualquer permanente removível por dano e eventualmente finalizar com lagartixas voadores bem grandes.

 

A escolha de dragões invés de outras criaturas grandiosas se deve à sinergia com Rugido Dragonico, Garras da Cratera e Sarkhan, Sangue de Fogo, transformando estas cartas medianas em all star que lidam com praticamente qualquer criatura do formato com vários upsides, te rampam e dão draw, Sinergia > Raw Power.

 

 

O Grixis control é a soma de todos os UBx control dos Standard dos últimos 4 anos.

 

A cereja do bolo aqui é a grande facilidade de recorrer qualquer coisa que você precisar através de Jace, Prodigio de Vryn e de Comando de Kolaghan, deixando seu lategame muito poderoso graças aos topdecks que levam praticamente ao mesmo caminho de finalização todas as vezes.

 

Criaturas não são problema para esta versão e é por isso que ela roda com Golpe Desdenhoso de maindeck, para pegar as engines de outros controles que o deck não consegue lidar com simples removals de criaturas.

 

O sideboard é bem preparado para os combos e outros controls com 4 Goblin Lider da Plebe que faz um clock bem clean de 4 turnos além de desviar dos removals que geralmente são tirados post board.

 

 

O Grixis Fires empresta a estratégia semi-unfair do Standard de ter um maindeck cheio de bombas para se fazer com Fogos da Invencao: Walkers, removal e card draw, e com um side cheio de cartas de outras cores de alto impacto que são buscadas através da Fadina dos Desejos // Concedido que, em conjunto com o Fogos, consegue fazer o one, two, punch de Tutor + cast gratuito, seja de outros Walkers, mass removals ou até mesmo de Lifegain, algo inexistente no maindeck.

 

 

Esper Doomforetold, o Enchantress do Pioneer, aquele deck que enrola 48 minutos da partida e ganha do nada com Campo Estrelado de Nyx.

 

O deck é lotado de spot removal, mass removal e descartes. A maneira que ele gera vantagem é através de Pacto Demoniaco e Campanha de Desinformacao, planeswalkers e, principalmente, Ruina Predita​. Não precisa ter medo de morrer pro pacto já que você pode sacrificá-lo para Ruina Predita, colocar no grimório com o Teferi, Heroi de Dominaria ou devolver para a mão com o Teferi, Manipulador do Tempo.

 

Como a Ruina Predita gera muita mesa e draws, você não estará muito atrás se precisar sacrificar encantamentos todos os turnos. Se sua mesa começar a ficar pequena é só sacrificar a própria Ruina Predita e fazer outro mais para frente ou voltar as coisas com o Campo Estrelado de Nyx.

 

 

Tribal de Gideon é algo cogitado desde o lançamento de Gideon das Provas em Amonketh.

A altíssima densidade de Walkers atrapalha a vida de qualquer aggro que quer estabilizar uma mesa, além de todos os gideons se transformarem em criaturas indestrutíveis, uma pressão bem rápida depois de concretizada o que faz com que o deck tenha menos empates que outros controles com planos similares.

 

Muitas cartas do deck geram lifegain incremental, conseguindo ir daqueles perigosos 2 de vida para 10 bem rapidamente.

 

Um deck control não gosta muito de ter criaturas no maindeck, portanto as escolhidas ou têm algum tipo de proteção (Barao Sangrento de Vizkopa) ou servem para várias funções( Ginete Homicida // Fim Celere, Coracao de Kiran).

 

O Coração de Kiran funciona maravilhosamente bem com o número de walkers no deck, ativando-o sempre que preciso além de não sobrecarregar um walker só com vários -1 para o crew, podendo alternar entre diferentes planes para que tenham sempre lealdade alta.

 

 

Se você gosta de #VALOR, este é o deck pra você.

 

Estacoes Passadas é um deck baseado em exaurir os recursos adversários através de diversos descartes e removals, e quando ambos estiverem no bico do corvo é só fazer a carta que dá nome ao deck, encher a mão e continuar grindando.

 

Devido às restrições de Estacoes Passadas o deck tem que jogar com muitos cursos diferentes e algumas cartas subótimas para ter uma range boa de cartas que voltem com o feitiço e ser um: 6 manas draw 4+ e não um 6 manas draw 1 ou 2.

 

Graças à Aquisicao do Mentor o deck não joga apenas com 5 Estacoes Passadas no main mas também com o sideboard inteiro à disposição, diversas opções de lifegain, removals e finishers, se necessário. A melhor parte da Aquisição, é que, diferente dos outros “wishes” você pode subir no g2 ou g3 as cartas que são importantes sem reduzir o número de cópias virtuais, já que o Aquisicao do Mentor busca tanto do main quanto do side, assim você não precisa ter que decidir entre subir a carta ou deixá-la no side se ela for relevante na matchup.

 

 

 

Mardu control criado pelo meu grande amigo Rodolfo Novaes.

 

O deck é basicamente uma mistura da recursão de removals do Grixis e o lifegain do branco, perfeito para quem quer arrastar o jogo para o super late game.

Grande parte das cartas do main servem tanto para segurar jogo quanto para finalizar a partida, fazendo a mudança de postura ser algo mais fácil e que você pode puxar a seu favor dependendo do jogo.

 

Como alguns removals do deck removem as permanentes de jogo, você não precisa se preocupar com aquelas criaturas chatas que voltam todo turno, o terror dos decks de removal que apenas destroem. E claro, você pode sempre tentar racear caso não esteja encontrando estes removals de exílio, Gideon +  Chandra + Hazoret acabam com qualquer partida num piscar de olhos.

 

 

Chegamos na categoria de controle de pilha, aqui os decks se preocupam mais com counterspells invés de depender apenas de descartes ou cóleras para controlar o jogo.

 

Esse UB Control é bem old school: Muitos counters, muitos removals e kill conditions que trazem inevitabilidade, ou seja, uma vez que comecem a rodar, se torna impossível virar o jogo para o lado do adversário.

 

O Deus Escaravelho fecha a mesa completamente, transformando a kill condition adversária na sua própria. Ele também ajuda com seus Scry que diminuem a chance de comprar ar no late game, além de, claro, voltar para sua mão quando for morto, se tornando uma grande pedra no sapato dos aggros.

 

O Espelho Magico é a carta que te deixará à frente de qualquer midrange ou control post board, uma vez em campo, você terá uma Mina Uivadora que melhora a cada turno, nunca te deixando sem recursos ou respostas deixando o jogo mais fácil com o tempo.

 

 

Esper Dragons, Hard Control do Standard de Khans que mescla elementos Tempo e Control no Pioneer, com bastante counter e hand disruption e boas ameaças para finalizar a partida depois que o jogo foi estabilizado.

 

Cerne do Destino é um removal assimétrico já que você quer limpar os não-dragões e ficam com seus Dragonlord.

 

Com Teferi, Manipulador do Tempo e Caloteiro Descarado // Pequeno Furto o deck tem 8 bounces para lidar com permanentes chatas que você não teve tempo de anular ou pretende descartar pós-bounce.

 

Desprezo de Silumgar  é a máquina do deck, agindo como um Censor de duas azuis em algumas situações mas sendo uma Contramagica na maioria dos casos graças ao grande número de dragões. Silumgar, a Morte Flutuante tem hexproof mesmo durante o combate, diferente do Ojutai, e seu efeito de -1/-1 fica absurdo quando se tem 2 ou 3 dragões em campo, funcionando como Especialidade de Yahenni só para seu oponente. Um ótimo deck para matar a saudades da versão do Standard.

 

 

Se você gosta de Esper mas prefere não se envolver com Dragões, essa versão é para você!

 

Basicamente um UW control com descartes e mais spot removal, o Esper age não na intenção de arrastar o jogo por milênios, como o UW, mas sim de lidar permanentemente com o maior número possível de cartas do adversário para que suas ameaças dominem a partida sem intervenção.

 

A adição do preto dá muitas cheap spells que enchem o grave mais rapidamente para Busca por Azcanta e Revirar o Tempo no entanto, com o custo de tornar a base de mana beeem mais dolorosa e com menos utility lands.

 

 

UW Approach, outro deck “importado” direto do Standard.

 

Diferente dos outros UWx, este deck não precisa levar o jogo para a inevitabilidade, que é quando o control encontra todas as peças flutuantes do deck e torna a partida impossível de ser vencida pelo adversário. Não, esse deck até está equipado para tal coisa, mas as duas cópias de Aproximacao do Segundo Sol fazem com que o jogo acabe bem mais cedo do que normalmente através da cláusula de vitória quando a segunda aproximação resolve.

 

A Aproximacao do Segundo Sol vai para a sétima carta do deck, teoricamente, 7 turnos depois de fazer o primeiro você vai recomprá-lo e ganhar. No entanto, algumas coisas tornam a conta um pouco mais fácil: Um Teferi, Heroi de Dominaria e uma Narset, Rasgadora de Veus com pelo menos 3 marcadores já em campo fazem com que a Aproximacao do Segundo Sol seja comprado já na volta (Aproximacao do Segundo Sol vai pra sétima carta, Teferi, Heroi de Dominaria compra 1, você compra a do turno, usa o Teferi novamente, ativa a Narset, Rasgadora de Veus e acha a carta).

 

Este controle funciona mais como um tappout, já que poucas cartas resolvidas no turno que você passa tappado serão relevantes já que você tem um botão de pânico como Kill Condition.

 

 

Por último, mas não menos importante: UW Control, o control mais comum do Pioneer.

 

A estratégia é a mais comum possível para um uw: Lotado de counterspells e cóleras, com uma kill condition tappout que leva a partida em poucos turnos se não respondida. É bom ir com o clássico de vez em quando.

 

A base de mana do UW é bem boa, tendo em vista que, na maioria das listas, o deck tem apenas 2~6 terrenos que obrigatoriamente entram virados, deixando o jogo mais dinâmico e indolor que a base de mana das versões 3 cores.

 

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E por falar em terrenos, a base de mana “tranquila” permite o deck a jogar com 4 utility lands diferentes: 

 

* Castelo do Vale Arden: Age como uma manland que não perde para um removal só, pressiona walkers e protege os seus.

 

* Castelo de Vantreza: Staple em basicamente todo deck azul do formato, este castelo garante que sua mana não será desperdiçada se o adversário não jogar nada para você interagir.

 

* Campo da Ruina: Mana fixing que eventualmente lida com utility lands adversárias.

 

* Sanatorio da Cordilheira de Geier: Um terreno que dá um Loot para não te perder o gás e que comba com Narset, Rasgadora de Veus fazendo seu oponente descartar sem comprar se feito durante a draw step dele.

 

E é graças ao aspecto indolor ,eficiência de respostas e poder dos Planeswalkers que o UW é o control mais comum atualmente, agora que as cartas mais opressivas foram embora poderemos montar um control com boas respostas para um field definido invés de ter que torcer para não enfrentar a “boa da semana”. Agora é só torcer para que continuemos com Dig Through Time por mais um tempo, pelo menos até o Pro Tour.

 

Qual é o seu controle preferido do Pioneiro? Deixe nos comentários abaixo, boas festas e até o ano que vem!