Tamo de volta pra mais uma semana de muito Legadinho, ceis tão preparados?

 

Enquanto eu me surpreendia com os impactos em formatos eternos que War of the Spark teve já veio a dona Wizz, com os dois pé no peito, lançando Modern Horizons que superou as expectativas até da galera que acha que Twin vai ser desbanido no Modern.

Horizon teve bombas absolutas pro formato como Wrenn and Six e Plague Engineer mas também teve ótimas cartas de apoio na forma de Munitions Expert e Arcum's Astrolabe.

O impacto da nova edição foi imediato e bem potente, e como dizem “Camarão que dorme a onda leva”, quem não atualizou seus decks tem grandes chances de estar na desvantagem, e hoje vamos ver quais mudanças são essas.

Começando pelo meu querido Death and Taxes, conhecido por sua base de mana mono colorida, consistente e indolor. Novos tempos, novas tecnologias.

Plague Engineer é uma das melhores cartas contra o deck, nada mais justo usar o feitiço contra o próprio feiticeiro, né? Ele lida muito bem com tokens, True-Name Nemesis e pode deixar o Dreadhorde Arcanist com 0 de poder e anular sua habilidade, entre outras inúmeras utilidades. A Giver of Runes age como a Madre numero 5 que não morre para efeitos goblais de -1/-1, protege de incolor também e faz o deck sofrer menos para Engineer já que ela é uma Kor.

O Preto diminui um pouco a consistência da base de mana monocolorida mas resolve muitos problemas que exigiam uma combinação muito grande de cartas/coisas dando certo na partida, todas agora resolvidas por apenas uma criatura.

 

 

O UR Delver com Arcanista já se solidificou como um dos melhores decks atualmente e Horizons adiciona apenas duas cartinhas pro arquétipo, ambas pro side: Force of Negation e Magmatic Sinkhole.

A Force of Negation, ou FON para os íntimos, pode parecer apenas a quinta FOW, e na maioria das vezes vai ser mesmo, mas tem menos chance do oponente nomear com Cabal Therapy, mais proteção contra combos, só que o relevante aqui é exilar a mágica, arrancar de vez aquele Life from the Loam ou Punishing Fire é o que mais faz diferença.

O Sinkhole resolve alguns problemas que o deck tinha em lidar com apenas uma carta: Criaturas grandes e planeswalkers e tudo pelo custo de 1~3 manas com grande facilidade. Mande embora aquele bounce fedido do seu side, Magmatic Sinkhole veio para ficar.

O Maverick já passou por diversas mudanças ao longo dessa quase uma década, GW, Punishing Maverick, Bant, 4 Colors, é um deck extremamente versátil e sempre se reinventa quando precisa.

Wrenn and Six foi a adição mais óbvia pro baralho, um Life from the Loam no palito que ajuda o deck de poucos removals a tirar criaturas de resistência 1 da frente e que tem um ultimate que não é de se jogar fora. O +1 dele volta Wasteland, efeito devastador contra grande parte dos decks do formato. Renegade Rallier já vinha jogando nas listas de maveco faz um tempo, mas é só agora que ele consegue voltar um Planeswalker, o terror do controle: 3 manas por um corpo 3/2 e um Planeswalker que gera card advantage. E falando em card advantage, agora o deck não precisa mais rodar Horizon Canopy para dar draw, temos Sunbaked Canyon, que é uma Canopy RW, perfeita para corrigir a cor do splash para W6 e Lightning Bolt.

Collector Ouphe entrou como uma luva no deck, hateia outros decks mais pesados de artefato como Post e Storm, bate 2 e ainda é buscável pelo Green Sun's Zenith.

 

 

Quem disse que cachorro velho não pode aprender truques novos? 

O Canadian Threshold, ou Rug Delver(se quiser saber mais sobre a história do deck, leia o artigo do Thiago Mata Duarte aqui) com certeza melhorou muito depois de Horizons.

A lista acima foi pilotada pelo Diego Ganev com um incrível recorde de 16-1 em torneios grandes como Legacy Uai e LPL.

O Canadian é um deck focado em mana denial, Daze, Wasteland e Stifle contribuem para o plano. O problema é que não podemos jogar com mais que 4 cópias da mesma carta e o W6 nos permite “trapaçear” nas wasteland, recorrendo uma por turno e voltando as fetchlands para sempre fazer um Brainstorm “perfeito”.

No side vemos novamente a FON fazendo um papel similar ao do UR Delver, free counters contra combo nunca são demais!

Como diz o ditado “Do Jund viemos, ao Jund voltaremos’.

Mais um baralho que abusa do incrível W6. O Jund Legacy sofreu bastante com o Ban do Shaman, pois o elfinho não era apenas um mana ramp, mas também um mana fixing para um deck tão mana hungry e color intensive, o novo walker ajuda a fazer a curva de B, BG/BB/BBX/RRX que o deck precisa tanto.

Esta lista foi desenvolvida e pilotada pelo Genilton Lopes que fez top 8 em uma LPL de Jundão do amor. Ele resolveu colocar Seasoned Pyromancer pois é uma fonte de card advantage/card filtering, pode colocar até 3 corpos na mesa de uma vez(e se livrar de Punishing Fire que volta) e o double red no custo não é tão problemático com um walker voltando as fetchlands todos os turnos.

O Genilton também colocou uma Nurturing Peatland para ciclar quando estiver floodado e recorrer com o Wrenn and Brócolis. Force of Vigor trabalha muito bem contra Blood Moon e outros decks de artefatos como os de Chalice of the Void e Trinisphere além de Weather the Storm ser uma boa maneira de ficar no jogo contra burns e decks mais agressivos

#makejundgreatagain.

 

Sim, vamos falar de Miracles, mas não, não é o entediante UW Miracles com 4 de todas as cartas é o 4 color Snow Miracles, a nova sensação do verão!

Vemos novamente o W6, essa plantinha entra em tudo, até em deck que não tinha uma das cores!

A Wrenn ajuda o deck a não perder land drops, com a adição do novo walker o Miracles acopla o plano de Punishing Fire+Grove of the Burnwillows, um pack “free” pois a land gera as cores necessárias para fixar o splash do baralho.

A carta que pode passar despercebida mas que é realmente INSANA é o Arcum's Astrolabe, um mana fixing que te permite fazer ilha básica turno 1, W6 turno 2 sem problema algum e que dá draw!!!!!!! Mana fixing que dá draw só pode ser balão. O astrolabe ainda serve como card advantage no late game dando o -3 do teferinho, você dá 2 draws sem perder nenhuma permanente.

Ainda falando em mana fixing, esta versão é bem greedy, portanto teve que adaptar Mox Diamond, e tá aí mais uma vantagem de W6, ser o combustível de descarte da mox mesmo no late game, tornando aqueles brainstorms “ramps” muito mais completos.

 

Se os decks não focados em terrenos já adicionaram a arvorinha óbvio que o Depths não ficaria atrás!

Lista do mestre do Legacy Eli Kassis, a versão Jund do já conhecido BG Depths ajuda muito com o plano de combar diversas vezes na mesma partida, no plano de Wasteland, e claro, ultimate do W6 com Trofeu do Assassino  é realmente muito absurdo.

Blast Zone é algo relativamente novo e que facilita ao deck lidar com Pithing Needle, e criaturas voadoras, principalmente fichas de Bitterblossom(você pode copiar a Blast Zone com Thespian's Stage para ter uma Blast Zone sem marcadores e matar fichas).

Poucas coleções impactaram os formatos eternos tão intensamente e tão rapidamente como War of the Spark e Modern Horizons, algumas cartas nem tiveram muito espaço para serem exploradas como Ice-Fang Coatl e Dead of Winter, quanto tempo será que vai demorar pra vermos mais brews malucas e divertidas? Não vejo a hora de falar delas!