Fala galera! Pra quem não me conhece, meu nome é Leonardo De Castro também conhecido como “Fadinha” ou “ice100” no Magic online e Arena. Jogo Magic à mais ou menos 10 anos, tendo competido em 2 Pro tours e 1 World Magic Cup em 2015. Atualmente sou patrocinado pela loja RED jogos do Rio de janeiro.
Neste domingo (03/02) participei do meu 8ª RPTQ onde terminei em 6ª lugar, assim me qualificando para o 4ª evento de nível profissional da minha carreira como jogador de Magic. E estou aqui hoje para contar um pouco a vocês como foi o meu processo de escolha de deck, o meu torneio e o que acho do formato Standard daqui para frente.
Logo que a edição nova (Lealdade em Ravnica) foi lançada no Arena e no Magic online, eu e um grupo de amigos qualificados para o RPTQ começamos a jogar e discutir sobre o formato diariamente. Até mais ou menos o meio da primeira semana do formato, o deck que me parecia ser o mais poderoso era o Bant Nexus, apesar de estar mal posicionado devido a um “matchup” ruim contra o MonoRed, baralho que tipicamente é muito popular na primeira semana de um formato e nessa seria ainda mais graças a carta Light up the Stage. Mas tudo isso mudou quando comecei a jogar com e contra a carta Hydroid Krasis.
Apesar de não afetar muito o “matchup” contra Nexus em nenhum deck, ela teve um impacto muito grande no “metagame” porque nenhum dos vários “midranges” presentes - como Gruul, Golgari, Selesnya e Rakdos - era capaz de sobreviver ao que eu carinhosamente apelidei de “Late game dos krasis infinitos”, que acontece quando a mesa trava. O “late game” chega, e alguém começa a jogar krasis que compram mais krasis até o oponente ser totalmente enterrado em “card advantage”. A partir desse ponto o “metagame” começou a se formar em MonoRed, Nexus, EsperControl, e “midrange krasis decks”. Depois do final de semana do dia 26/01, o Sultai se solidificou como o melhor “Krasis deck” por ser mais versátil e ter opções como “Wildgrowth Walker into Jadelight Ranger” contra o MonoRed, tipos diferentes de remoções contra os vários decks, Duress contra “controls” e Nexus of Fate, além da poderosa e versátil Find // Finality.
Decidi então que Sultai seria minha primeira opção e comecei a trabalhar na lista. Como já tinha alguma experiência não precisei pegar a lista de ninguém e modificar, já comecei direto com as minhas próprias escolhas como Druida da Incubacao. Acho ele melhor do que Llanowar Elves porque melhora a mana não só por gerar a 2ª preta nos turnos 3 ou 4, mas também por retirar a restrição de ter que jogar com muitas fontes verdes que entrem desviradas no turno 1. Já comecei com 4 Hydroid Krasis, porque afinal era a carta mais importante do deck, e o resto foi o consenso de remoções, criaturas e Vivien Reid. Durante uns dias, usei 2 Thrashing Brontodon nos slots variáveis da curva 3 por respeito ao Nexus e ao MonoRed, mas logo ficou claro que seria melhor usar algo contra o “Mirror” pois este seria muito mais popular, e encontrei a carta Hadana's Climb que me impressionou imediatamente quando eu a vi funcionar em conjunto com o Incubation Druid, seria uma carta que me daria uma pequena vantagem no mirror e ao mesmo tempo um aumento de nível de poder em geral pro baralho em todos os “matchups”.
Durante a semana tive algumas recaídas e considerei seriamente jogar com o UR Drakes, deck que estava sendo discutido como possível melhor opção para o torneio pelo seu bom matchup contra Sultai. Mas no final decidi por jogar de Sultai, por ter trabalhado mais tempo no deck, achei que jogaria melhor com ele, e a diferença entre o posicionamento dele e do Drakes não era muito grande. Simplesmente adaptei o sideboard para enfrentar UR depois de uma ótima sessão de treinos contra o melhor jogador de Rio das Ostras, e registrei a seguinte lista:
Meu torneio foi bastante interessante, em primeiro lugar não peguei nenhum “mirror” o que foi minha maior surpresa. Em segundo lugar ganhei de 2 UR drakes logo nas 2 primeiras rodadas, um deles sendo meu grande amigo que respeito muito como jogador João “Pochete” Souza, o que já melhorou bem a minha confiança. Depois enfrentei um MonoRed que considero um bom matchup e 2 Esper “Midrange” que também considero um bom “matchup”, em função do “late game dos Krasis infinitos”. Apesar disso, empatei com 1 deles ficando com 4 vitórias e 1 empate, e tendo que jogar a penúltima rodada onde peguei um Azorius aggro e ganhei graças ao poder da carta Find // Finality. A última rodada foi um ID, e assim terminei com o record de 5 vitórias e 2 empates, garantindo assim o meu invite para o Mythic Championship de Londres.
Sucesso O/
Ele justificou quando iniciou o post. Porque no Late game um Krasis mesmo que removido ou anula te da tanta vantagem de cartas que você afoga o oponente em vantagem de cartas, Tyrano não te possibilita esse comeback.