Top4 de BG Depths.
No artigo de hoje eu vou falar sobre minha décima vitória seguida. Ah não, esse é um artigo do Bruno Orelha, não do Caparroz!
Hoje vou falar sobre o meu Top 4 na grande final da Liga Paulista de Legacy(LPL) e sobre o processo de treino e deckbuilding para o torneio.
O começo da jornada
Tudo começou em Setembro quando o Diego Ganev me convidou para jogar a terceira etapa da LPL, depois de muito chorar a toa(como sempre) resolvi ir jogar. Fomos em 3 daqui de Campinas, eu de UW Landstill, o Purga de DnT e o Alê de RIP Miracles. Mesmo sem ter tido tempo para treinar com o deck, consegui ganhar o torneio, que contava com mais de 50 Players e grandes nomes do Legacy Paulista(e diria até brasileiro). A vitória me garantiu a vaga direta para a grande final que ocorreria em Dezembro e claro, liberdade de jogar as próximas etapas sem a pressão de ter que ganhar.
Desde esta vitória, venho jogando Legacy quase que exclusivamente durante as LPL, por falta de tempo e por nunca conseguirmos juntar a galera do legacy de Campinas.
Após acabarem as 5 etapas+ 1 Especial, a lista de jogadores classificados foi postada:
Bruno Bandeira (5° LPL Open)
Bruno Moreno (3° LPL Open)
Bruno Ramalho (3° LPL Open)
Carlos Tibério (2° LPL Open)
Caue Galbes (4° LPL Open)
Davi Pereira (Ranking)
Diego Ganev (1° LPL Open)
Eduardo Shimizu (Ranking)
Eric Tortoza (LPL Special Edition)
Felipe Missio (5° LPL Open)
Felipe Tardoqui(LPL Special Edition)
Frederico Ribeiro (Ranking)
Guilherme Figueira (4° LPL Open)
Guilherme Rocillo (Ranking)
Kauê Janeiro (2° LPL Open)
Mauricio Cirelli (1° LPL Open)
Mauro Aliano (Ranking)
Rafael Navarro (Ranking)
Sabendo quem seriam meus possíveis oponentes eu podia começar a pensar do que jogar. Não adiantaria dar uma de lobo solitário, trabalhar sozinho nessas horas é a pior coisa a se fazer, resolvi então montar um time de treino entre os classificados, para definirmos os decks dos oponentes e depois os nossos. Minha equipe era o Felipe Missio daqui de Campinas e o jovial Frederico Ribeiro de São Paulo.
O processo começou com uma tabela de Excel, onde eu coloquei o nome de todos os jogadores classificados e todas as opções de decks que eu imaginava que usariam. Com a lista feita eu somei a quantidade de cada arquétipo e pensei quais decks seriam as melhores opções. Após algumas conversas com o Jody Keith sobre o possível field, ele me sugeriu jogar com o BG Depths do David Long, topei na hora. Montei o deck no MOL e comecei a treinar, meio desfalcado porque
Surgical Extraction e
Liliana, the Last Hope estão uma bica!!
O field previsto era lotado de Grixis Control, Miracles, alguns Stoneblade e vários 1 ofs de decks que demandam respostas/jogadas específicas como 4 Color Loam, Food Chain e Eldrazi, meta bem favorável pro 20/20 indestrutível.
Após algumas semanas de teste online eu percebi que o pack de Zênite e o hate para Death and Taxes do side do Long (2
Green Sun's Zenith, 1
Dryad Arbor, 1
Gaddock Teeg, 1
Karakas, a segunda
Liliana, the Last Hope e 2
Dread of Night) não me pareciam bem posicionados para o torneio, então coloquei 2
Bitterblossom (ótimas contra qualquer tipo de control e Midrange, dá risada de Plowshares e Édito), 1
Tireless Tracker (mudando o plano do g2 para contornar Moon e respostas pro 20/20 além de ser uma fonte de card advantage), 1
Krosan Grip (Contra
Blood Moon,
Ensnaring Bridge,
Baleful Strix,
Pithing Needle e
Back to Basics), 1
Marsh Casualties (decks de bixinho e ótimo para limpar todas as
Baleful Strix e token de
Bitterblossom), 1
Toxic Deluge (minha partida contra os decks lentos é bem boa, meu problema é sofrer pressão de criaturas, o Deluge resolve qualquer coisa do outro lado) e 1
Maze of Ith, “removal” tutorável pelos meus 6 land searcher e que pode ser copiada com
Thespian's Stage, criando quase que uma
Ensnaring Bridge, e pelo deck ter 4 Urborg, o fato da Maze não gerar mana sozinha quase nunca faz diferença.
A lista final ficou assim:
Visualização:
Padrão
Cor
Custo
Raridade
Visual
Grid
CMC
Comprar Deck
Gerar Imagem
1.546,092.518,9514.999,99
Main Deck (60)
1.546,092.518,9514.999,99
Sideboard (15) Main Deck (60)
1.546,092.518,9514.999,99
Sideboard (15) Main Deck (60)
1.546,092.518,9514.999,99
Sideboard (15) Main Deck - (33 cards - 11 diferentes)
Terrenos - (27 cards - 12 diferentes)
Sideboard - (15 cards - 12 diferentes)
Criaturas (11)
Mágicas (17)
Artefatos (4)
x4
Encantamentos (1)
x1
Terrenos (27)
Sideboard (15)
Main Deck - (33 cards - 11 diferentes)
Terrenos - (27 cards - 12 diferentes)
Sideboard - (15 cards - 12 diferentes)
Montando a máquina de matar
Depois de definir a lista, só precisava montar o deck, mas não tenho mais toda a coleção que um dia já tive, só que é como dizem: quem tem amigos tem tudo! Pedi ajuda no grupo de Legacy de Campinas e o grande Fabrício(grande mesmo, perto dele eu pareço um anão de jardim) ofereceu o BG Depths, o deck já estava fechado faltando um ou outro detalhe do sideboard. Eu claramente aceitei e risquei “montar deck” da minha lista de coisas a fazer para alcançar o top 8 do evento que estava me preparando.
Com as 75 cartas em mãos, marcamos treinos semanais, pedi para montarem Miracles, Grixis e Stoneblade, os decks que esperava enfrentar em maior quantidade. O treino foi um sucesso, um recorde de X-0 contra o Grixis Control e X-2 contra os UWx me deixaram ainda mais confiantes para o evento.
Não era Karatê Kid mas era a hora da verdade
O fim de semana da final era um fim de semana de dobradinha pra mim, um Open Modern na Cards Store no sábado e a final da LPL na Epic Game no Domingo, quase que um GP!
O torneio do sábado foi bem interessante por falta de palavra melhor, eu deixei de fazer top 8 por um erro ridículo num jogo que era meu(eu estava de UWR contra BW Taxes), aquilo me tiltou e me fez perder o jogo. Estranhamente, esse tilt foi bem importante pra mim, apesar de obviamente preferir não tiltar e ficar com o Top 8, mas esse tilt me fez pensar sobre algumas coisas da vida. Quando o torneio acabou, fui levar o Cauê Vianna, de Limeira, pra rodoviária, nesse tempo ficamos conversando e ele realçou algo que o Wendell vem me falando nos últimos 4 anos: Toda vez que eu me descontrolo eu perco o jogo e estrago o resto do meu torneio, se quisesse ir bem no domingo precisaria manter o controle.
Fui dormir com esse pensamento: me concentrar. Infelizmente algo terrível acontece e me abala, descubro que meu sobrinho de 5 anos estava internado na UTI, a cena de uma criança internada me deixa bem pra baixo, mas infelizmente não tinha nada que eu podia fazer naquele momento,ele já estava bem e logo iria sair da UTI. Quando chego em casa, antes de ir para o torneio, pego um canetão e escrevo FOCO na minha mão, assim eu sempre poderia ler a palavra quando estivesse pensando em jogadas e manter o foco na partida.
O Missio me buscou em casa e fomos em 4, Eu, Ele, o Wendell e o João Leite. Estava ansioso mas pronto para batalhar pela vitória.
Segundo o regulamento da liga, a final teria 4 rodadas lockadas + Top 8, 16 jogadores entraram, apenas 1 sairia com o maravilhoso troféu que brilha no escuro!
Round 1 - Diego Ganev, Grixis Pyromancer
G1 - O Ganev é um oponente que respeito muito, na verdade, nos 6 anos que nos conhecemos e jogamos juntos eu nunca ganhei dele, já empatamos mas nunca uma vitória! A range de decks que ele masteriza em todos os formatos é bem alta, Elfos, Taxes, Miracles, Grixis, cada um com um ângulo de ataque, mas eu sabia que ele iria para a opção mais consistente que era o Grixis. Ele começa ganhando no dado e eu fico com uma mão que tem descarte, 3 Bobs e algumas lands. Lentamente meus confidentes vão sendo mandados para o IML, um por descarte de um
Hymn to Tourach, um via
Raio e o outro que bateu de frente com uma
Force of Will e acabou perdendo a briga. O jogo foi bem longo, ele encaixa 2 Strixes e 1 Jace e eu faço o que posso para impedi-lo de colocar um clock e ganhar mais tempo de vida. Me coloco numa situação onde morro na volta, mas existe a chance de ganhar, eu só precisava copiar o Depths com o Stage, ele não ter o Édito e eu topdeckar um
Sejiri Steppe (
Crop Rotation e
Sylvan Scrying não serviam, pois ele tinha uma Fow que eu tinha visto num descarte), meu draw era blank e vamos para o segundo jogo.
G2 - Eu abro com uma mão combada turno 2 com descarte, abro de Seize e vejo que ele não tinha resposta pra Mariângela, ele faz mana ponder e passa, eu combo turno 2 e ele faz édito main phase, obviamente eu fico chorando. Ele encontra uma Strix e começa a me pressionar, alguns turnos se passaram, tentei resolver Bobs e Trackers mas foram todos anulados, encontro um Decay para a Strix e um Depths para combinar com o Stage, faço o segundo 20/20 e ele não encontra o segundo édito. Choro > Habilidade.
G3 - Minha mão não era muito explosiva, mas tinha descarte,
Wasteland e
Life from the Loam, resolvi arriscar. Ele abre de cantrips e eu começo a chain de
Wasteland. Após a terceira ou quarta ele faz uma
Pithing Needle nomeando as
Terras Ermas e eu tenho que encontrar outro plano de jogo. Já com um Depths em campo e um loam no grave, começo a usar o poder da matemática para calcular a chance de comprar do topo uma das 4 respostas para a Needle e continuar com a chain de wastes contra a probabilidade de encontrar um
Ghost Quarter ou
Thespian's Stage no Dredge. O fato de ele ter me deixado recorrer tantas
Wasteland me dizia que ele não tinha Surgical na mão no momento, então não precisaria me preocupar tanto caso o Stage caísse no dredge, dei 2 draws e 2 dredges, não veio nada que eu precisava, mas depois do segundo Dredge resolvi comprar naturalmente, achei o Decay e voltei com o plano de Waste+ remover os marcadores do Depths naturalmente, o problema aqui é que ele tinha 2 strix me batendo, mesmo sem fazer nenhuma mágica. Se eu removesse 2 marcadores por turno eu faria o Marit Lage com 2 de vida e ele não poderia bater, teria que chumpblockar e eu ganharia a race. Felizmente foi o que acabou acontecendo, ele não achou a combinação de Édito + 2 manas em campo ao mesmo tempo e eu começo meu torneio 1-0 ganhando de um dos jogadores que mais me davam medo no torneio!
Round 2 - Guilherme Figueira, Goblins.
G1 - O Gui é um dos grandes nomes do Goblins no Brasil, carregando o título de Goblin Lord e mestre das cartas foil. Goblins é uma matchup bem favorável pro Depths, mas o Gui tem mais experiência na matchup que eu e também tinha seus truques na manga para a partida.
Após anunciarem a segunda rodada, fomos informados que jogaríamos na câmera, a partida foi gravada no Twitch do Tibério e nosso jogo começa em 1:50:00 (
Link Aqui).
Ele mulliga a 5 eu fico com uma mão bem forte que fazia
Sylvan Library ou Bob turno 1 e que conseguia combar turno 2. Ele faz mana Lacaio e eu volto de Library, ele conecta com o Lacaio para um Ringleader de 3 draws e faz uma KARAKAS!!!!!!!! Ok, meu plano mudou e vou ter que me virar pra lidar com essa
Karakas. Demoro um pouco na decisão se deveria comprar 1 ou 2 na Library, pois precisava ter acesso logo às
Wasteland/cartas que as buscavam, depois demoro mais um pouco para decidir se iria dar uma IOK no Chainwhiller dele ou se fazia uma
Vampire Hexmage para matar um lacaio, demoro um pouco para pensar e resolvo tirar o Chainwhiller.(Erro Count = 1, deveria ter tirado o Chieftain, era um clock maior)
Encontro a
Wasteland pra
Karakas, tomo uma cacetada e vou a 11, ele passa com apenas 1 desconhecida na mão, eu volto combando main phase para não tomar
Wasteland dele e sem me preocupar com a
Karakas que havia destruído no turno anterior. Se ele encontrasse qualquer goblin de custo 1~3 eu morreria devido ao Chieftain, ele bricka e eu levo o g1.
G2 - Quando sentei na mesa eu comentei que o Andrea Mengucci havia soltado um vídeo jogando de BG Depths e que abriu uma mão absurda que combava turno 1 no g2 contra Goblins, demos risada e começamos a partida. Eu abro minha mão de 7 e vejo:
Dark Depths,
Thespian's Stage,
Misty Rainforest,
Vampire Hexmage,
Tireless Tracker e… DUAS MOX DIAMOND! Minha mão fazia o 20/20 turno 1! Ele abre de Lacaio novamente, eu faço o 20/20 e torço pra não vir uma
Karakas ou
Stingscourger, não veio e o aperto de mãos é concedido!
Round 3 - Eduardo Shimizu , Storm
G1 - Se o Gui Figueira era a referência do Goblins, o Shimi é A referência do Storm. Um piloto de storm que dá inveja até a Bryant Cook, o Shimi era o único jogador do torneio que todos os outros tinham certeza do que ia jogar e mesmo assim o temiam. Minha mudança no sideboard prejudicou bastante essa matchup, mas depois de descobrir quantos bounces ele tinha no sideboard até fico feliz em não ter torrado tantos slots para ter
Gaddock Teeg no deck.
Ele começa o g1 com fetch vai, eu abro de mox e descarte, ele responde com o
Brainstorm mais bonito do mundo (foil de máscara de mercadia) e revela uma mão que continha
Dark Ritual,
Rain of Filth, terrenos e
Ponder. Eu penso que a única situação onde remover o ritual seria a melhor opção se ele tivesse
Ad Nauseam no topo, e eu tinha outro descarte na mão(mas não como fazê-lo no mesmo turno) então tiro o
Ponder. Ele volta de ritual+ Rain para Nauseam com 0 no pool, vai a 3 de vida, faz uma petal e passa com 7 na mão(todas conhecidas por mim).
Acho um Urborg em meu turno, não só era meu segundo terreno(terceira fonte de mana) como me permitia dar descarte e
Abrupt Decay no mesmo turno. A informação completa da mão dele me permitia fazer a melhor escolha, no entanto eu cometo um erro gravíssimo: Dou o descarte antes do decay, tiro uma carta X que não me lembro agora, e dou o Decay na petal, ele responde com o
Brainstorm (Erro Count = 2 pra mim), para meu azar, esse
Brainstorm comprou 2 l
Lotus Petal e 1
Dark Ritual, as 3 cartas que ele precisava para ganhar o jogo na volta….
G2 - Sabia que ele viria um pouco mais lento no g2, então fiz Bob no 1 invés de dar descarte. O descarte me revela uma mão lenta e com resposta para Marit Lage, eu precisaria escolher qual plano seguir, de impedi-lo de combar ou me impedir de ganhar, como eu não estava muito perto de fazer a Mariângela preferi optar pelo disrupt nele. O jogo demora um pouco por causa dos descartes e surgical que meu Bob encontra e consigo levar a partida.
G3 - Ele começa dando o famoso
Brainstorm em resposta ao meu descarte e eu vejo novamente respostas para o 20/20, opto por disruptar o combo dele. O jogo se estende e eu não consigo colocar pressão o suficiente na mão dele e um
Past in Flames com 6 terrenos acaba ganhando a partida.
Round 4 - Caue Galbes, Turbo Depths
G1 - Pelo regulamento da Liga, a final teria 4 rodadas e seria corte para top 8, um ID aqui me lockaria para o top, e mesmo uma derrota não me eliminaria, o field estava vantajoso, dar ID poderia me colocar no play contra os decks ruins pra mim(Storm e Merfolk) então preferi não arriscar e oferecer ID, ele aceitou.
Sai o Top 8, nele temos:
1 Eduardo Shimizu (ANT Storm)
2 Bruno Moreno (Grixis Control)
3 Rafael Navarro (Merfolks)
4 Bruno Ramalho (BG Depths)
5 Cauê Galbes (BG Depths)
6 Diego Ganev (Grixis Control)
7 Bruno Bandeira (Moon Stompy)
8 Carlos Tibério (Grixis Control)
O field estava favorável para Brunos, 3 no Top 8! Minhas previsões estavam corretas, agora era só torcer para não pegar o Merfolk ou Mono Red que tinha grandes chances de levar a taça!
Top 8 - Caue Galbes , Turbo Depths
G1 - Não deu pra fugir do mirror no Top 8, a minha vantagem é estar no play e saber que ele está de Turbo Depths enquanto ele não tinha certeza de qual versão eu estava.
Eu começo com uma mão bem forte, com descarte, combo e disrupt pro combo dele, vejo uma mão combada do lado dele e resolvo dar
Wasteland no
Urborg, Tomb of Yawgmoth para atrasar o desenvolvimento do jogo dele, já que eu estava na vantagem por ter começado e ainda tinha uma Mox na mesa. No segundo turno era só eu fazer a segunda
Wasteland e passar, impedindo que ele combe no turno dele, e enquanto eu voltaria combando no meu, me dando a vantagem de desvirar com o Lage primeiro só que… EU BAIXEI O DEPTHS!!!! Erro Count = 3.
Ele faz a
Vampire Hexmage no turno dele e faz a ficha mesmo sem saber que eu tinha a segunda
Wasteland… Ele utiliza uma ficha não-oficial com a arte da úrsula da Pequena Sereia(isso é importante para o desenvolvimento do jogo), eu combo no meu turno(e coloco uma ficha não-oficial também) e ficamos uns turnos encarando um ao outro.
Ele fica vários turnos sem fazer land drop e eu com um Bob enchendo minha mão. Encontro uma
Crop Rotation, mas não consigo pensar no que poderia buscar naquele momento já que eu não usava
Karakas. O turno dele consiste em fazer uma land, remover Elfo e dar
Sylvan Scrying para
Sejiri Steppe, logo penso: morro na volta!!! Então resolvo fazer uma Crop no Passe(Erro Count = 4), procuro o deck, vejo uma
Sejiri Steppe e só aí que eu percebo que a token do
Dark Depths é preta e que eu poderia ganhar na volta se não tivesse jogado minha crop fora…. Os Deuses do Magic me ajudam, e o Bob + Sylvan library foram o suficiente para encontrar outra maneira de fazer steppe e atacar letal.
G2 - Eu não abro combado mas saio com descartes, bob, moxen e disrupt para o dele na forma de um Quarter. O jogo se estende bastante, faço stage no quarter para ter mais disrupt, ele tenta combar uma vez, eu quebro, ele tenta combar a segunda vez, eu dou o segundo quarter, ele responde com crop para stage, remove uns elfos e faz o 20/20, DAAAAAAAAAMMMMMMG!!!!!
Sorte que eu já tinha uma Maze previamente revelada pelo meu Bob treinado, e vamos trocando vários turnos de “vai”, enquanto meu Bob enche minha mão. Encontro mais 2 Stages para me deixar com 3 Mazes, o que não era o suficiente para parar o
Steely Resolve ou
Sylvan Safekeeper dele, mas era o suficiente para contornar a
Wasteland que ele tinha na lista.
Comprar duas por turno acabou fazendo a diferença, pois encontro o depths + forma de achar Sejiri antes que ele encontrasse a maneira de passar por cima da minha maze. Bora para a semifinal!
Top 4 - Eduardo Shimizi , Storm
G1 - O top 4 do torneio foi transmitido, minha partida começa no minuto 5:50:41(
Link Aqui).
O primeiro jogo foi muito bizarro, ele abre com uma mão de pântano, 2 LED e um monte de cantrips, eu dou descarte e tiro o
Brainstorm, o jogo se estende demais, eu não consigo combar e ele não consegue achar fonte azul. Faço uma Hexmage e começo a bater como se não houvesse amanhã, porque não havia! Quando ele estava há 6 de vida eu encontro o Depths para matar na volta e ele é obrigado a tentar combar com os recursos todos zuados, não consegue e vamos para o g2!
G2 - Ele começa tirando meu precioso Bob com o descarte e eu fico atado a fazer Hexmage turno 1. Em um certo momento do jogo eu dou uma duress e ele responde com o famoso Brainstorm, tiro um ritual e na upkeep dele dou surgical. Paro um momento para pensar no que extrair, fico entre Cabal Ritual e Ponder, no entanto, não me atento que uma das poucas maneiras que ele tinha de ganhar era com Past in Flames, e tirando os Cabal do deck isso ficaria muito mais difícil, sem fazer essa conta eu acabo extraindo os ponders. Quando ele tinha 6 de vida foi a 4 estourando 2 fetches, fez Past in Flames da mão e graças aos Cabal Ritual que eu não extraí ele teve storm e mana o suficiente para fazer uma sequência de tutores e me finalizar com as temidas Gavinhas. Erro count = 5.
G3 - Essa foi a decisão mais complexa do torneio pra mim, minha mão inicial era: Thoughtseize, Dark Confidant, Vampire Hexmage, 2 Mox Diamond, Thespian’s Stage, Dark Depths. Eu tinha duas rotas, fazer o Bob no 1, perdendo o Depth, e voltar de Seize ou dar o Seize no 1, torcer para ele não ter resposta para o 20/20, ou ter apenas 1, eu topdeckar qualquer land do deck e fazer o 20/20, ou, caso ele tivesse múltiplas respostas, fazer o Bob turno 2 e procurar outro descarte. Minha decisão foi tentar combar o mais rápido possível com o backup do descarte. O que não estava em meus planos é que o deck não me daria mais terrenos e mesmo com mais um descarte eu não teria disrupt o suficiente para impedi-lo de combar. Meu torneio acabava no turno 1 e eu nem sabia disso.
Acabo no Top 4, o que era meu objetivo desde o começo.
Este foi um torneio relativamente curto(total de 6 rodadas para mim se contar o top 8), eu cometi uma quantidade grande de erros em momentos cruciais, a maioria por falta de experiência com o baralho e falta de treino. Eu perdi a semifinal porque cometi um erro no G2 e no G3 eu perdi da maneira que mais odeio no jogo: zikado. Nada disso importou pra mim, eu estava feliz com o resultado, sabia que os resultados ao longo do ano foram bem bons pra mim, sabia que todo o meu trabalho no deckbuilding e previsão do field tinha sido impecável, e pela primeira vez em 11 anos de Magic eu me senti satisfeito com um resultado, me senti realizado, mesmo sem sair do torneio com o troféu.
Um grande amigo uma vez me disse: Você pode não sair do torneio como primeiro colocado, mas garanta que você sairá de lá como um campeão, e pra mim, foi exatamente o que aconteceu.
Felicidade é o que me define agora, jogar Legacy é a coisa que mais gosto de fazer no Magic, e se não fosse todo o apoio dos meus amigos e da comunidade, isso não seria possível!
Não teria como finalizar este artigo sem os famosos Props e Slops pós torneio!
Props:
- Ao Wendell, que nesses últimos anos tem sido tudo, teammate, amigo, psicólogo e quem mais me impede de fazer coisas erradas, dentro e fora do jogo. Sem sua ajuda eu jamais aguentaria a pressão psicológica disso tudo!
- Ao Nerdinho, que mesmo há 5 anos sem jogar Legacy conseguiu me indicar as cartas que consertaram meu sideboard que nem eu consegui pensar.
Todo mundo da comunidade Legacy de Campinas, Barizon, Missio, Fabrício, Braian, Alex, Kurt, Mogli, Carlos.
- Ao Fred que topou participar da minha equipe de treino pra final.
- Ao Tibério e o Davi, organizadores da Liga Paulista de Legacy. São torneios como estes que fazem o formato continuar existindo, trabalho maravilhoso!
- Ao Guif que me deu um presente que sempre quis ganhar e que sempre ficará para a memória.
- Ao Ganev, que além de pró player me apoiou muito e foi quem me convenceu a ir jogar a terceira etapa da LPL, a que me classificou para a grande final.
- Para o Shimi, que me surrou duas vezes no mesmo torneio e ainda levou o troféu pra casa, ce é o mestre!
- Ao Mignon e o Vermelho, ótimos comentaristas que logo deixarão Cedric Phillips e Pat Sullivan desempregados.
- Para o Magic, que mostrou que não é só sorte e fez o Prince perder na final por jogar errado com o topo perfeito pra ganhar.
- Pro Dudão que me descolou uma das últimas espadas Foil que faltavam pra coleção!
Slops:
- Nem todos os meus Bobs são foil, por isso eu perdi do Shimi.
- Pro Prince, que diz que nunca joga errado.
- Pro meu Erro Count que quase dava pra matar de Tendrils.
Descubra seu objetivo no Magic, seja ele jogar competitivo ou por hobby, colecionar ou vender cartas, e agarre com todas as forças, o jogo foi feito para alegrar sua vida, descobrir o meu foi a coisa que mais me trouxe felicidades dentro do jogo.