Se você me pedisse para definir o que é o Legacy em uma palavra, eu certamente diria “COMUNIDADE”.

O jogo, de fato, só existe graças à comunidade que o mantém, mas no Legacy isso é mais importante ainda. O T1.5 não é um formato de Nacional, PPTQ, PTQ ou Pro Tour (pelo menos não normalmente) e é extremamente caro para ingressar. Contudo, qual seria a vantagem de um formato cheio de “defeitos” como esse? A vantagem é que nele você consegue jogar do que quiser, como quiser, cartas novas, cartas velhas, estratégias que existem há quase 20 anos ou que não existem nem há 2 anos. Para mim, é o formato mais gostoso de se jogar.
 

Essa comunidade é fundada por jogadores, colecionadores, amantes tanto do Magic quanto do Gathering. Aqueles que amam o formato sempre arrumam uma maneira de ajudá-lo, seja organizando eventos, emprestando decks, ou até mesmo tentando inovar neste formato eterno. Quando falamos de Pro Tour, nos vêm 4 ou 5 nomes que estão sempre no topo com bons resultados; e quando falamos de Legacy, também é possível encontrar pelo menos meia dúzia de nomes presentes no formato. Um deles é Jody Keith, que concordou em ceder uma entrevista aqui para a LigaMagic para falar sobre sua jornada no formato

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Jody Keith é natural de New Orleans, Louisiana. Em 1995, aos 7 anos de idade, foi introduzido ao Magic ainda durante a segunda série com um Booster de quinta edição que tinha uma Aves do Paraíso como rara. Jody entrou no mapa com seu Top 8 de UW Control no GP Atlanta 2011 no formato Extended, pouco tempo antes de receber a coroa de Lands Master direto de Bobby Kovacks, fazendo Top 8 em um SCG Open de Lands num formato onde Deathrite Shaman acabara de entrar. Eu, como jogador de Lands na época, achei incrível e resolvi contatá-lo, nos tornamos grandes amigos, e o resto é história. Conhecemos o jogador Jody, mas quem é a pessoa que segura as cartas atrás da mesa?

 

 

Jody Keith: Meu primeiro evento competitivo foi no Regional de Atlanta jogando de Goblin Bidding durante a era do Skullclamp Affinity.

 

Jody Keith: Com certeza foi vencer o SCG Atlanta, apesar de ter sido um evento de trios, não perdi nenhuma match naquele torneio, jogando de Lands.

 

 

 

 

 

Jody Keith: Para mim, Legacy é nostalgia. Eu jogo há bastante tempo, me traz memórias de grandes cartas do passado e oportunidade para grandes interações devido à vasta pool de cartas.

 

 

 

Jody Keith: Vejo como tempos sombrios para o formato. Os pilares do Legacy hoje em dia são Back to Basics, Blood Moon e Hymn to Tourach, é muito difícil montar decks que tenham partidas razoáveis contra uma parte boa do field sem ser massacrado pela outra metade. Esses pilares de hoje em dia são prejudiciais para quem tenta inovar.

 

Jody Keith: Acho que foi porque ando fazendo bons resultados nos últimos 2 anos, Top 8 e 16 em GP, vencendo um Open invicto, e conquistando diversos Top 8. Minha bagagem como jogador de Lands fez diferença.

 

 

Lista usada pelo Judy keith na Legacy Premiere League

 

 

Jody Keith: Meu plano era aparecer com decks não usuais para pegar meus oponentes desprevenidos. Joguei de Landstill na primeira rodada — alguns dos participantes da liga nem jogavam Legacy quando Standstill era popular, isso me deu muita vantagem. A experiência no formato me permitiu jogar com diversos decks totalmente diferentes uns dos outros e ainda obter sucesso, gerando dúvida na hora do keep do oponente.

 

 

 

Jody Keith: Se você aprecia o Legacy, continue jogando — ao longo da história o formato cresceu demais. O preço é uma barreira, pessoas entram e saem do formato, mas a comunidade local é o pilar do Legacy. O formato é o que é graças à comunidade. Apoie a sua comunidade, só assim ela pode florescer e crescer forte, se orgulhe de estar jogando. Desenvolva seu jogo e os conhecimentos que tem: a coisa mais importante do Legacy é sequenciar corretamente suas jogadas. Conhecimento é poder, sempre procure aprender!

 

 

Espero que tenham gostado da entrevista com o Jody. O formato ficou bom? Que jogador ou jogadora do legacy você gostaria de ver aqui?