Olá! Seguimos em recesso do exaustivo grind dos torneios de Magic, e depois de ter comemorado dois anos escrevendo para a LigaMagic, hoje gostaria de compartilhar sobre o que o ano de 2017 representou para mim em termos de Magic: the Gathering, falando um pouco sobre as minhas alegrias, frustrações, conquistas, torneios e decks nos últimos 365 dias que passaram. Para não ficar muito extenso, vou dividir em duas partes, a primeira onde contextualizo o início do ano baseado em como 2016 terminou para mim junto da retrospectiva do primeiro semestre. A segunda parte será postada semana que vem, onde completo com o segundo semestre (temporada Modern, Nacional, Grande Final do CLM 9 e as classificatórias para o CLM 10), e como pretendo me preparar para o grind nos meses iniciais de 2018. Vamos lá!
O Final de 2016
O motivo do contato era formar uma parceria, onde eu e outro jogador aqui de Santos, o Alexandre Conrado, fomos escolhidos para representar a HoC nos torneios com base no nosso perfil, recebendo apoio e patrocínio para tal. Firmamos o acordo em Julho, e antes de começar a de fato jogar representando a loja, eu participei de dois PPTQs Dublin (temporada Modern) em São Paulo, indo bem mal em um deles, e ganhando o outro na Bazar Magic de Ad Nauseam. Pouco tempo depois, quando começou a temporada de PPTQs para Nashville (Standard), eu joguei o primeiro evento em SP agora já representando a House, e ganhei a vaga para o RPTQ na Academia de Jogos de RW Veículos. Baita de um pé quente!
Em novembro, o contrato de trabalho formal que eu tinha acabou, e de repente me encontrei podendo investir muito mais tempo e esforço no Magic. Nesse momento, acabei mergulhando de cabeça no jogo, participando de todos os eventos que poderia - com vaga garantida para os próximos dois RPTQs, isso significava basicamente todos torneios locais como Showdown e as etapas do CLM 8 na House of Cards. Me classifiquei para a Grande Final Modern (novamente com o velho Ad Nauseam), e perdi nas semifinais a mirror de BG Delírio para o Diego Cichello, ficando sem vaga no Standard. Em dezembro, joguei o RPTQ Dublin, onde me mantive fiel à minha "weapon of choice" e acabei tendo uma performance fraca, pegando o nemêsis UG Infect logo na primeira rodada para dali em diante o torneio terminar indo ladeira abaixo, fechando com um pífio 4-3.
Com a confiança que a House depositou em mim, eu já tracei o calendário de eventos que iria jogar. Como eu estava meio "perdido" depois dos banimentos no Standard em Janeiro, acabei não jogando PPTQs na primeira parte de 2017, pulando praticamente todos os PPTQs do começo do ano. Decidi jogar apenas Modern na Grande Final do CLM 8, e como não tinha a vaga no Standard, joguei o GPT no Sábado e a Final Modern no Domingo.
A volta para o Standard - RPTQ e GP Porto Alegre
Um bom deck, mas que mesmo eu conseguindo bons resultados com ele a nível local (Caverna do Drag, em Santos/Magic D, em SP), era claramente underpowered em um mundo de Mardu/Saheeli. A insistência me custou outro RPTQ, em que comecei mal, e terminei 4-3 jogando todas as rodadas pelos pontos, enquanto o 4C Saheeli abocanhou vagas passeando em um field que ainda não estava 100% preparado para enfrentá-lo, enquanto a força já estabelecida que era o Mardu Balista também teve ótima performance.
A minha escolha para o Modern foi o velho Ad Nauseam, e no Standard joguei algumas etapas de Temur Torre, até eventualmente concluir que a Torre era um "elo fraco" no deck e chegar no UR Control com Kefnet, o Consciente que me agradou e inclusive cheguei a escrever sobre aqui na LigaMagic.
Esse foi um aprendizado importante não apenas para repensar algumas coisas sobre o deck, mas para ver nos números alguns "feelings" que tinha sobre várias matchups no Modern, e que considero um exercicío interessante para qualquer jogador (registrar e acompanhar os resultados do seu deck no field).
Já nos PPTQs T2, consegui um Top 4 jogando de U/R Control, onde uma jogada duvidosa acabou me eliminando na Mundo Kinoene em SJC, e depois do ban de Aetherworks Marvel eu penei um pouco para encontrar algum deck que eu me encaixasse, já que a minha versão de U/R apostava principalmente num metagame cheio de Marvel e outros decks lentos. Acabei fazendo outro Top 8 na Epic Game de B/G Cobra, mas essa temporada ficou por isso mesmo para mim até a Grande Final do CLM 9.
Agradeço pelos elogios e pelo feedback sincero, de verdade. Entendo que esse modelo "report/diário de bordo" por vezes pode não ser tão interessante para quem não está sempre "vidrado" no grind dos torneios, mas tenho também um público que tem curiosidade e gosta de acompanhar esse aspecto mais "dia-a-dia" dos eventos, de como é estar jogando torneios algumas vezes 3, 4 dias numa mesma semana, ou mesmo pessoas que sempre vão me perguntando no IRL/facebook sobre como foi determinado torneios, quais atualizações tenho feito nos decks, etc., e ao invés de responder todos um por um, acaba sendo mais fácil para mim e completo para eles acompanhar a coluna aqui na Ligamagic. No caso, como estamos em período de festas/recesso, a pauta dessa semana foi "fria" com a Retrospectiva, que deixa um pouco a desejar em termos de "conteúdo inédito", mas funciona bem para o pessoal que estava curioso no meu dia-a-dia do jogo e como reflexão para o ano que está por vir.
Mas, pode ficar tranquilo, outros textos como análises de metagame, primers sobre decks e teoria do jogo continuam "na stack" para os artigos futuros, assim que virarmos o ano e o "grind" retornar. Já estou trabalhando num material sobre Modern para a Grande Final do CLM 10, e logo mais temos Rivals of Ixalan batendo na porta.
Abraços!