Standard, Modern e Limited, na correria.
Olá! Depois de um resultado fraco no Nacional, como comentei
em meu último artigo, sempre é possível extrair lições para seguirmos em frente em busca de um desempenho melhor da próxima vez; desde então, tive algumas oportunidades para jogar, entre etapas do CLM Modern e Standard aqui em Santos, o MOCS Monthly Standard no Magic Online e o PPTQ Richmond no formato Limited de Ixalan, e no artigo de hoje pretendo compartilhar meu desempenho nesses eventos e um pouco de teoria por trás das escolhas nessas decklists.
CLM Modern e o velho Ad Nauseam
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Sideboard (15) Main Deck (60)
Sideboard (15) Main Deck - (40 cards - 12 diferentes)
Terrenos - (20 cards - 8 diferentes)
Sideboard - (15 cards - 8 diferentes)
Criaturas (5)
x4
x1
Mágicas (20)
Artefatos (8)
x4
x4
Encantamentos (7)
x4
x3
Terrenos (20)
Sideboard (15)
Main Deck - (40 cards - 12 diferentes)
Terrenos - (20 cards - 8 diferentes)
Sideboard - (15 cards - 8 diferentes)
Logo no dia seguinte ao Nacional, haveria mais uma etapa de CLM Modern na House of Cards em Santos. Eu estava com minhas
Leyline of Sanctityemprestadas, portanto segui apenas com 3 no Main Deck, e aproveitando que não estou mais focado na temporada Modern, resolvi realizar alguns testes nos slots a mais do sideboard. Coloquei 3
Solenidade no side como plano alternativo contra Infect, Grixis DS e afins, e o
Mapa do Tesouro, de Ixalan, para partidas mais grind onde há trocas de recursos - as mesmas partidas em que Painful Truths era usado.
Aqui, o interessante do Mapa é que ele cai por menos manas na mesa, e o Ad Nauseam é o baralho no Modern em que o Scry mais se aproxima de efetivamente dar um draw. Além disso, geralmente os cards que saem nas matches de atrito ,onde não é importante ser tão rápido, são os
Pentaprisma, e ter a possibilidade de gerar bastante mana de uma vez com os Tesouros pode vir a calhar em alguns cenários.
No CLM em si, dei bastante sorte nos pareamentos ao enfrentar matchups tranquilos em praticamente todas as rodadas, vencendo de Grixis Madcap, RG Valakut e Naya Burn 2x, fazendo um 4-0 que me mantém bem posicionado no ranking da loja para tentar a vaga na Final Modern do CLM 10.
Standard, Temur, MOCS e CLM
Minha "weapon of choice", no Standard com Ixala,n tem sido o Temur Energy, desde o início, e não seria essa semana que eu optaria por outro baralho. Porém, desde o Mundial, a imensa maioria dos jogadores têm optado pela versão "Peach Garden Oath", sem o splash preto e com
Essence Scatter MD e
Torrential Gearhulk no SB. Testando essa versão, os principais atrativos dela não me agradaram -
Essence Scatter é excelente para responder os bichos quando você pode se dar ao luxo de ficar passando com as manas abertas e tem ele na mão para o bicho certo, mas falha quando você precisa achar aquele
Harnessed Lightning ou
Confiscation Coup para responder algo que já está na mesa causando problemas.
O
Torrential Gearhulk é outra carta poderosa no sideboard mas que é sub-utilizada no Temur, que nem sempre tem alvos bons na hora certa como os U/x Controls, com
Glimmer of Genius e uma variedade de remoções, counters e utilidades genéricas, e comigo sempre parece que vem na hora errada, quando o deck não tem a sexta mana ou a segunda azul, e situações similares.
Outra carta que tem sido excelente para mim contra todos os matchups exceto Ramunap Red é a
Chandra, Torch of Defiance, e a lista do PGO não usa no MD e apenas 1 no SB. Apesar de ter um certo consenso de que a carta é fraca na mirror (principalmente porque ela é suscetível ao
Glorybringer), nas partidas que tenho jogado isso não acontece, já que não é necessário sair jogando a Chandra logo no turno 3 ou 4. Na maioria das vezes, ambos os jogadores fazem Hydras, Refiners, Virtuosos etc. e a mesa "trava", e nesses momentos um Planeswalker que cai na mesa e sobe, rumo ao ultimate, o que acaba exigindo que o oponente faça ataques numa mesa travada, o que geralmente favorece quem está bloqueando pela possibilidade de alinhar melhor double/triple-blocks; então, mesmo quando a Chandra não é diretamente responsável pela vitória, ela age como um pivô que força o oponente a tomar uma ação quando o melhor seria esperar.
Para manter-se em Temur puro, uma das versões que mais me chamou a atenção foi a que o Seth Manfield utilizou para fazer Top 8 no Nacional norte-americano, com
Carnage Tyrant no MD e sem os Gearhulks. Utilizei uma versão própria inspirada nessas escolhas em uma das etapas do CLM aqui em Santos:
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Sideboard (15) Main Deck (60)
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Sideboard (15) Main Deck - (38 cards - 13 diferentes)
Terrenos - (22 cards - 8 diferentes)
Sideboard - (15 cards - 12 diferentes)
Criaturas (24)
Planeswalkers (1)
x1
Mágicas (13)
Terrenos (22)
Sideboard (15)
Main Deck - (38 cards - 13 diferentes)
Terrenos - (22 cards - 8 diferentes)
Sideboard - (15 cards - 12 diferentes)
Nesse CLM, joguei cinco rodadas, vencendo de Temur Energy, Sultai Energy, Ramunap Red e RG Pummeler, e dando ID na última com o 4C Energy do amigo e colega de treino, Bruno Calazans.
Carnage Tyrant foi relevante nas três primeiras rodadas, ganhando a mirror sozinho por contornar os
Essence Scatter e demais remoções.
Geralmente as Hydras trocam entre si e o
Longtusk Cub sofre para remoções convencionais, e sendo os únicos bichos que conseguem equipará-lo em tamanho, quando o
Carnage Tyrant entra, o oponente é forçado a realizar block com vários Refiners, Virtuosos e Serviçais - uma simples remoção destrói toda a mesa e deixa o Tirano impune, e foi o que aconteceu em ambos os games que venci na Mirror.
Já contra Sultai, uma abertura esquisita dele foi punida com
Carnage Tyrant e
Vizier of Many Faces, copiando o próprio, enquanto que até contra o Ramunap no G1, depois de estabilizar o começo, o dinossauro fechou o jogo rápido antes do alcance dele com Ramunap Ruins e queimas diretas.
O ponto que mais me agrada na versão de Temur puro é a base de mana. Sem a necessidade de usar o Pântano (e eventualmente buscá-lo), os custos duplos de Hydra, Chandra e
Golpe do Confisco ficam bem mais fáceis de serem alcançados, além de que é praticamente impossível não fazer Refiner ou Virtuoso no turno 3 (o que acontece uma quantidade não-zero de vezes com o Pântano). Pelos motivos de consistência, a versão "pura" acabou sendo minha escolha para o último MOCS Monthly da temporada, onde joguei com o mesmo MD do CLM, trocando o
River's Rebuke e a Aethersphere Harvester do sideboard por uma terceira Chandra, Torch of Defiance e por um Deathgorge Scavenger.
No MOCS meu resultado foi bem pífio, um 2-3 drop, vencendo uma mirror de Temur Energy e um Ramunap Red, e perdendo de Sultai Control, Ramunap Red (onde o Temur mostrou seu "lado ruim" e floodou horrendamente em ambas as matches) e Esper Tokens (onde o G1 é bem ruim, e no pós-side partidas muito próximas, mas que no final acabaram pendendo pra ele quando resolveu o
The Scarab God).
Aqui entra um dos motivos que me pendem pra versão com preto, menos suscetível ao flood por ter acesso ao melhor mana sink do formato:
The Scarab God, que ganha partidas sozinho. Mesmo que na mirror tenham os
Essence Scatter,
Confiscation Coup,
Struggle // Survive e afins para respondê-lo, no jogo de troca de recursos eu prefiro ser o que tem a carta que ganha o jogo, e não o que é forçado a ter a resposta para não perder.
Com o Scarab, o deck ganha mais profundidade em matches diversas, visando um metagame mais abrangente. Por exemplo, é possível voltar em um jogo perdido trazendo um Virtuoso, roubar alguns G1s de UW Approach mesmo depois que ele ganha vida e lida com suas criaturas pelo clock ultrarrápido do Deus, e roubar criaturas com Embalm e Eternalize das variações de Tokens, quando o Temur convencional é forçado a tentar fechar o jogo mais rapidamente com
Glorybringer/Thopters e nem sempre esse plano é viável sem a dose certa de
Negate do sideboard.
Outra carta que vem me surpreendendo é a
Vraska, Relic Seeker. Ela é sensacional respondendo
Cast Out e
Search for Azcanta dos Controles e qualquer encantamento da engine do Tokens, além de ser um Planeswalker forte para quebrar board stalls na mirror acumulando criaturas e com um ultimate que ganha o jogo na hora, sendo mais um motivo para o splash. Essa é a lista que venho utilizando no momento:
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Main Deck (60)
Sideboard (15) Main Deck (60)
Sideboard (15) Main Deck (60)
Sideboard (15) Main Deck - (38 cards - 12 diferentes)
Terrenos - (22 cards - 9 diferentes)
Sideboard - (15 cards - 11 diferentes)
Criaturas (24)
Planeswalkers (2)
x2
Mágicas (12)
Terrenos (22)
Sideboard (15)
Main Deck - (38 cards - 12 diferentes)
Terrenos - (22 cards - 9 diferentes)
Sideboard - (15 cards - 11 diferentes)
Com um MD igual a esse, exceto pela base de mana, o Calazans perdeu a final do PPTQ da Bazar de Bagdá no sábado; de diferente, eu uso a quarta Floresta ao invés do terceiro
Spirebluff Canal, para ter mais fontes para
Attune with Aether no early game, e uso 3
Rootbound Crag com 1
Sheltered Thicket para ter mais fontes desviradas nos turnos médios do jogo, enquanto ele usa 1
Rootbound Crag e 3
Sheltered Thicket, para ter menos draws mortos no late game. Já no sideboard tiveram algumas diferenças a mais, como
Spell Pierce,
Nissa, Vital Force,
Cartouche of Ambition e
Skysovereign, Consul Flagship, que ele usa, onde eu preferi
Supreme Will, a terceira Chandra, mais
Chandra's Defeat/
Deathgorge Scavenger,
Carnage Tyrant e Vraska, mas a ideia por trás da quantidade dos slots foi parecida.
Além da versão mais "convencional" do 4C Energy/Temur Scarab, eu cheguei a testar também a
versão do Batutinha, sem Filhote, e gostei bastante dela para as partidas contra Midranges - especialmente mirror de Temur (tanto convencional quanto 4C), Sultai Energy e o U/B do Jaberwocki que o Bertu utilizou no Nacional. Porém, por ser mais pesada e com uma mana base mais gananciosa do que de costume, é possível que UW Approach e as variações de Red Deck sejam partidas mais complicadas do que para o Temur "convencional", e isso é algo que pretendo avaliar e testar até os torneios do final de semana antes de apontar um veredito.
PPTQ Richmond: Deck Selado
Como o grind não pode parar, logo no dia seguinte ao MOCS já tinha PPTQ Limited de Ixalan na Academia de Jogos. Abri uma pool razoável, com um
Hostage Taker e 2
Pirate's Cutlass, que logo me puxaram para tentar montar um UB Piratas. Cogitei outras combinações de cores e ensaiei elas montadinhas com as melhores cartas, playables e as curvas, mas acabei optando por manter o UB pelo power level da bomba e dos equipamentos. Esse foi o deck que listei para o suíço:
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Main Deck (40)
Sideboard (21) Main Deck (40)
Sideboard (21) Main Deck (40)
Sideboard (21) Main Deck - (23 cards - 20 diferentes)
Terrenos - (17 cards - 2 diferentes)
Sideboard - (21 cards - 17 diferentes)
Criaturas (16)
x1
x1
x1
x1
x1
x1
x1
x1
x2
x1
x1
x1
x1
x1
x1
Mágicas (4)
Artefatos (2)
x2
Encantamentos (1)
x1
Terrenos (17)
x9
x8
Sideboard (21)
x1
x1
x1
x3
x2
x1
x1
x1
x1
x1
x1
x1
x1
x2
x1
x1
x1
Main Deck - (23 cards - 20 diferentes)
Terrenos - (17 cards - 2 diferentes)
Sideboard - (21 cards - 17 diferentes)
Minha dúvida foi se splashava o branco para
Pious Interdiction e
Ixalan's Binding, o que acabei não fazendo já que o deck tinha um apelo mais agressivo precisando curvar e eu não queria que a terceira cor afetasse a consistência desses draws; porém, contra decks G/x com Dinossauros acabei sideando esse plano para dentro.
No MD, o slot mais duvidoso considero ser o
Pirate's Prize, que fugia um pouco do que o deck fazia, mas gerava card advantage em um deck razoavelmente dependente dos Cutlass/
Mark of the Vampire para fazerem os bichos pequenos continuarem batendo (e colocava o Tesouro para
Desperate Castaways).
Considerei
Blight Keeper, mas fiquei com receio do deck ficar underpowered com muitos drops 1 (já tinha o
Siren Stormtamer e o
Skittering Heartstopper).
Arguel's Blood Fast é uma rara que não tenho muita experiência, mas que me pareceu lenta e arriscada em um formato onde os jogadores estão raceando e não tenho nem Vampiros com Lifelink para recuperar a vida perdida, nem bichos de resistência grande para ativar no modo "Miren" do terreno.
Anointed Deacon não possuía colegas de tribo o suficiente, e
Opt era um filler que não gerava vantagem de cartas igual o
Pirate's Prize.
De maneira geral, o deck se comportou bem, com uma curva bem definida (embora com criaturas relativamente fracas), e bastante evasão para fechar as partidas no mid/late game. Com um ID na última rodada, passo garantido em oitavo, e vamos ao draft.
Draft do Top 8
Começo meu draft revelando um
Legion's Landing FOIL para a mesa, com um
Waker of the Wilds como opção. Na hora, desconsidero fatores como informação e sinais, e penso apenas no power level de ambas as cartas. Waker é uma bomba, mas que é muito mais forte no Selado do que no Draft, já que realmente vai brilhar no late game e Ixalan é um formato mais agressivo onde nem sempre esse late game ocorre.
Legion's Landing é justamente o contrário, te colocando em B/W Vampiros ou R/W Aggro, arquétipos que eu particularmente gosto de jogar.
Meus dois picks seguintes são bem fracos, e fico com um mau pressentimento para o draft -
Dire Fleet Hoarder e
Raptor Companion, em boosters onde praticamente essas são as únicas opções viáveis para B/W ou R/W. Ao meu lado direito (que me passaria o restante do pack 1 e 3) o Modi Sapiras pega um
Vance's Blasting Cannons de terceiro pick, e logo imagino que serei cortado no vermelho, tentando forçar o B/W Vampiros ainda nesse pack.
Depois do review, meu pensamento é de que eu deveria tentar maximizar a carta poderosa que eu já tinha, o
Legion's Landing, e tentar montar um baralho bem agressivo com o máximo de drops 2/3 e tricks de combate, e isso reflete logo no meu primeiro booster onde preciso fazer uma escolha difícil entre
Territorial Hammerskull e
Ixalan's Binding. Opto pelo Dinossauro, já que meus decks W/x agressivos mais fortes sempre envolveram um ou mais do bichinho.
Termino o segundo booster mais otimista quanto às minhas chances, sabendo que tinha completado criaturas para praticamente todas as minhas curvas, e tinha algumas sinergias de Vampiros. Meu foco para o terceiro booster era pegar acima de tudo tricks de combate
(Vampire's Zeal e Skulduggery, os principais) para viabilizar a estratégia de agressão curvada, e com sorte uma ou duas remoções para ter como responder ameaças do adversário (
Contract Killing e
Pious Interdiction, preferencialmente, mas
Vanquish the Weak também seria bem-vindo). Um ou dois payoffs de Vampiros a mais também cairiam muito bem, sendo um segundo
Anointed Deacon o mais provável, mas algum incomum ou raro também poderiam chegar. Por fim, conseguir algum
Mark of the Vampire de médio/late pick também seria interessante, encaixando-se na estratégia de bichos pequenos evasivos e ganho de vida da tribo.
Enfrento uma nova decisão difícil no primeiro pick do terceiro booster, com
Vampire's Zeal vs.
Contract Killing. Acabo optando pelo trick, justamente porque tenho uma base muito fortes de Vampiros, e eu tinha convicção de que o Modi à minha direita estava em R/W (o que significava que também pickaria Vampire's Zeal alto, e que dificilmente eu teria acesso ao trick até o final do draft).
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Main Deck (40)
Sideboard (19) Main Deck (40)
Sideboard (19) Main Deck (40)
Sideboard (19) Main Deck - (23 cards - 22 diferentes)
Terrenos - (17 cards - 2 diferentes)
Sideboard - (19 cards - 17 diferentes)
Criaturas (16)
x1
x1
x1
x1
x2
x1
x1
x1
x1
x1
x1
x1
x1
x1
x1
Mágicas (5)
Artefatos (1)
x1
Encantamentos (1)
x1
Terrenos (17)
x8
x9
Sideboard (19)
x1
x2
x1
x1
x1
x1
x1
x2
x1
x1
x1
x1
x1
x1
x1
x1
x1
Main Deck - (23 cards - 22 diferentes)
Terrenos - (17 cards - 2 diferentes)
Sideboard - (19 cards - 17 diferentes)
No final das contas, o que parecia um desastre absoluto no primeiro booster, tornou-se um deck bem sinérgico, curvado e jogável ao final do draft. Tive que completar com algumas criaturas mais fracas e fora da tribo, além do questionável
Sheltering Light para aumentar o número de tricks. O defeito do deck, que acabou se provando fatal no game fatídico do torneio, foi a completa ausência de remoções. Ao final do draft, descubro que à minha direita o Modi Sapiras realmente estava de R/W, e que o jogador à sua direita havia mudado para B/W Vampiros no meio do segundo pack, o que acabou me cortando por praticamente todo o Draft.
Nas quartas-de-finais, enfrentei o César Kurohane que draftou um B/R Piratas com dois
Ruthless Knave, além de
Treasure Trove e
Revel in Riches. Mesmo com a sinergia de Tesouros, o deck dele acabou ficando com power level fraco. No G1, fico atrás na partida depois de floodar bastante, mas consigo estabilizar com o Adanto colocando infinitas fichas e usando ao máximo a minha vida como recurso para tentar trocas melhores no combate - em certo ponto da partida, eu estava a 3 de vida, passando 3 de dano com um mísero token lifelink no meio de outro block. Porém, quando o Adanto de fato trava a mesa, uma hora acabo achando
Rallying Roar e
Bishop of the Bloodstained para dar um monte de dano de uma vez e fechando a partida. Meu G2 é mais tranquilo, com o Adanto garantindo.
Nas semifinais, meu oponente foi o Murilo, que também draftou B/R Piratas, mas apostando mais nas sinergias de Raid com
Deadeye Tormentor,
Heartless Pillage e
Repeating Barrage. Ele conseguiu atacar os recursos na minha mão e mesa fortemente nos três games, mas no G1 vim absurdamente curvado e com um
Sheltering Light pontual para salvar um dos meus bichos que ele estava matando com a
Repeating Barrage, pela segunda vez - consigo finalizar a partida ele ainda com business na mão, mas sem tempo para conseguir jogar tudo.
No G2, porém, o plano dele deu bastante certo comigo mulligando, e quando era o turno 5 eu já não tinha cartas na mão e somente bichos pouco relevantes na mesa. Depois de algumas trocas e um
March of the Drowned, fui soterrado por card advantage e fomos para o G3. Aqui novamente o plano dele deu certo com
Deadeye Tormentor, e em um turno crítico do jogo eu acabei fazendo um ataque suicida pra forçar ele a tentar ir pelas trocas boas, mas caindo a 4 de vida - ao final ele ficou com um
Seekers' Squire com marcador, e eu com
Raptor Companion equipado com
Pirate's Cutlass. Fui atacando, e durante alguns turnos seguidos, minha jogada era equipar algum bichinho com o Cutlass, e ele colocar algum bicho que trocasse ou dar remoção. Quando meu
Dire Fleet Interloper revela um
Adanto Vanguard, consigo quebrar esse padrão, e quando ele tenta remover meu vampiro, pago 4 de vida para continuar atacando contra o
Elaborate Firecannon dele e causar letal.
Chegando na final, meu oponente é o Carlos Tibério, e sei que ele está de U/G Merfolks. O que me preocupa, porém, é saber que ele foi o único da mesa draftando o arquétipo, e que alguns dos boosters que circularam tardiamente no draft continham coisas como
River Heralds' Boon,
Deeproot Warrior e
Shaper Apprentice, o que significava que ele teve acesso a praticamente tudo que era desejável e possivelmente possuía um deck absurdo.
No G1 ele começa me rushando com um
Merfolk Branchwalker, que entra com marcador, e diante do meu turno 2, sem criatura, ele vai pra cima, colocando dois marcadores no tritão em seu próprio turno para clockar mais forte. Vou estabilizando com
Inspiring Cleric, e coloco outras criaturas na mesa, e no turno que consigo forrar com
Bishop's Soldier,
Anointed Deacon e
Territorial Hammerskull para começar a ganhar campo, ele faz um
Tempest Caller que tapa todos os meus bichos e passa exatamente letal - sem o Skulduggery na mão, vamos para a próxima.
Já o G2, comigo na play, consigo curvar forte, e coloco ele na defensiva desde o início. Ele estabiliza a 6 de vida com a ajuda de
Deeproot Warrior,
Vineshaper Mystic,
Storm Sculptor e
Jade Guardian, que fazem uma mesa forte pra ele, mas equipando o
Pirate's Cutlass em alguns bichos maiores, consigo ir fazendo ataques que forçam ele a fazer trocas, diminuindo a mesa. Acho um
Bishop of the Bloodstained, que reduz ele a 4 de vida, e meu
Shining Aerosaur, que bateria por cima ,é respondido com um
Pounce. Quando eu acho
Blight Keeper para equipar, ele acha
Air Elemental, o que faz com que as criaturas fiquem se olhando por um tempo, já que ele não consegue atacar por cima, e nem fazer ataques muito ousados por baixo, e tampouco meu Keeper com Cutlass bate pra cima do elemental. O jogo fica nessa situação por um tempo, até que eventualmente eu acho o oitavo terreno, e ativo a habilidade do morceguinho para letal.
No G3 keepo uma mão com
Blight Keeper,
Skulduggery,
Sheltering Light e
Territorial Hammerskull, mas sem drop 2. Na draw, tenho dois turnos para tentar achar um deles, e na pior das hipóteses poderia tentar fazer algo com os tricks ou mesmo matar um
Shaper Apprentice ou
Merfolk Branchwalker. Ele abre com
Deeproot Warrior e
Watertrap Weaver, me clockando e travando meu jogo, e em seguida um
Storm Sculptor, que não tenho como responder (aqui foi onde a falta de remoções me custou o PPTQ). Para não ser clockado em três turnos, faço um block maluco de três criaturas no
Deeproot Warrior, onde ele usa o
River Heralds' Boon para pumpar um nele e matar dois bichos meus, e o outro marcador para aumentar o poder do
Storm Sculptor.
Sem um clock de minha parte, tento me debater com
Inspiring Cleric e outros bichinhos, mas com outro
River Heralds' Boon, o Tibério fecha o jogo e leva a vaga no RPTQ, merecidamente, com o deck mais forte da mesa. Apesar de ser meu segundo PPTQ seguido com derrotas nas finais (o outro sendo o Modern onde perdi de RG Valakut para o BG Tron do Caparroz), sinto que fiz o possível para tentar salvar um draft que estava horrendo até o segundo pack, e joguei partidas complicadas onde algumas decisões boas resultaram em games arrastados pendendo em meu favor, especialmente nas quartas-de-finais e nas semifinais.
Perder na final pode até doer, mas chegar em duas finais seguidas significa que pelo menos alguma coisa estou fazendo certo, e pretendo seguir nesse caminho para tentar minha vaga nos próximos eventos. Vamos que o grind não pode parar!
Abraços e até a próxima!