Existe uma frase sobre futebol que diz "2 a 0 é o resultado mais perigoso que existe", por mais que o futebol seja cheio de lugares-comun, essa frase nos faz entender como encaramos uma partida. Estar vencendo por um placar maior que um gol de diferença te dá a falsa sensação de segurança, e quando esse resultado é 2 a 0 isso significa que basta um gol para que o nosso adversário se anime para tentar o empate, no entanto, basta também um gol para que a partida praticamente acabe.
Aplicando isso no Magic e ainda no ritmo do último GP, temos um bom gancho para falar sobre grandes eventos e como não tiltar.
No Grand Prix Porto Alegre, no começo do ano, eu passei por uma das minhas piores experiências em GP, como jogador. De 4C Copycat, eu abri 5-1 e perdi todas as perdidas após a 6ª rodada, terminando com um frustrante 5-4. O tipo de resultado que só te dá animo para pegar o primeiro avião para casa.
O 5-1 é perigoso porque você está a uma vitória do Day 2, mais do que isso, se você vencer logo, pode começar a pensar em premiações e em como chegar o mais forte possível para mais um dia de competição. No entanto, se antes você precisava de apenas uma vitória em três jogos, é só perder uma partida, que você vai precisar de uma vitória em dois jogos, o que é uma mudança drástica de perspectiva. E se perder duas e chegar na última rodada precisando vencer? Nessa hora, seu psicológico vai precisar te ajudar muito, porque não é mais a habilidade que vai resolver o resultado de uma partida.
Infelizmente para mim, eu perdi duas partidas por jogadas erradas e cheguei na última rodada do Day 1 pronto para perder, eu praticamente torcia para que meu oponente me atropelasse.
"Porque não estou de Mardu?! Eu estava bem com ele!"
"Foco! Foco! Foco! Foco!"
"Devia ter treinado mais o mirror"
"Meu deus, como fui esquecer daquela energia e perder o game vs Mardu..."
"Nice, errei duas vezes o que meio mundo errava no Mol contra mim no mirror, senhor amado, como sou burro..."
"Belo uso de um Bye 2, agora está em um lindo 3-3"
Esse pedaço de caos era minha cabeça no espaço entre eu ver a mesa da última rodada e sentar para jogar, após um Game 1 longo e cansativo em que tive uma sequência ruim de draws eu estava 0-1 e pronto para a surra que levaria no Game 2 e seria o fim do meu GP.
No dia seguinte eu pouco queria saber do jogo e me via mais em reflexão do porque fazia isso comigo mesmo, no caso, porque competir em grandes eventos. Demorou um bom tempo para eu notar o quão bizarra foi a variação de humor, quando estava 5-1 eu achava que era o rei do mundo, que as horas de treino tinham valido a pena, top16 no PTQ do Mol, Top16 no RPTQ, ambos perdendo em bubble match, mas saindo feliz pelo jogo que apresentei e agora eu era um personagem de uma música do Joy Division, costurando a corda para me enforcar.
A pior coisa de jogar algo com foco competitivo, na minha opinião, não é o tempo dedicado, não são os treinos, mas depender de resultados. Você precisa estar muito bem com seus pensamentos para não pirar depois de uma sequência ruim. Somos preparados para focar em resultados, quem venceu, quem está indo bem, nunca em desenvolvimentos. Quando fui citar o PTQ e o RPTQ antes do GP, eu comentei da minha posição final e não de como fiz boas jogadas e apliquei corretamente o plano do maindeck e do sideboard, é como se o vencedor tivesse jogado de forma perfeita e o resto errado. Magic tem variância, e esse é um dos grandes desafios, entender que você fez tudo o que pode, ás vezes é mais importante que o resultado final.
Mas voltando ao GP, demorou um bom tempo para eu poder pensar de forma clara sobre todos os meus jogos e entender que, acima de tudo, eu que me derrotei naquele evento, eu entrei em uma espiral de desespero que não tinha como sair, apenas não entrar era a coisa certa a se fazer.
Falei no meu último texto sobre minha preparação para o Grand Prix São Paulo e como na terceira rodada eu já sabia que o sideboard não estava alinhado ao resto do baralho, e ter esse tipo de consciência não te anima muito. Assim como na capital gaúcha, eu abri 5-1 e após dois jogos complicados eu estava 5-3, e pior do que isso, pronto para o abate. Desde a 6ª rodada, minha única resposta para quem comentava que eu estava indo era a história de Porto Alegre, como que um lembrete para mim mesmo, e depois que as derrotas começaram a vir, a narrativa começava a ganhar ares de drama e desespero. O roteiro se repetia e os presságios eram ruins.
Eu precisava mudar, e rápido.
A primeira coisa para lidar com o tilt é desligar. Esquece de tudo, levar a cabeça para outro lugar. Sentar em algum lugar sozinho, com água e/ou algo pra comer e música é o que funciona comigo, você tenta preparar forças para o próximo round.
Aceitar o resultado também ajuda, parar de pensar se jogou ou não errado, isso é para discutir com os amigos na volta, com uma cerveja na mão, agora é aceitar o 5-3 e entender que a próxima partida tem que ser vencida. Não é "OMFG eu caguei tudo e podia estar numa situação melhor!", é entender que essa é a situação atual e remoer não vai resolver, apenas aceitar e tentar tirar o que tem de melhor, o Day 2 ainda era possível.
Foque no objetivo, no momento o que eu queria era simples e claro: Day 2. Não pensava em premiações, top8, etc, eu pensava que precisava vencer o próximo jogo para vencer, apenas nisso. É uma meta simples e que não cria grandes sequências na cabeça, você sabe o que quer, e sabe como conseguir, não tem drama envolvido.
Bons 20 minutos nessa vibe e estava indo pra mesa pensando que meu oponente era a única coisa que me separava do segundo dia, meu objetivo parecia bem alcansável e possível. E confesso que animei ao ver um oponente com uma expressão bem parecida com a minha em Porto Alegre, trocando em miúdos, a de alguém que teve um dia ruim de Magic e só queria que ele acabasse logo. Uma Furia de Batalha Temur no G1 e outra no G2 e assinava a slip pensando no Day 2.
Importante notar que não falei sobre habilidade, ou sobre os decks, ou a match up, mas em como eu sentei animado com a partida e meu oponente completamente desanimado.
Muitas vezes o tilt é quase que uma overdose do torneio, você está focadíssimo naquela situação, ao ponto que não consegue mais pensar racionalmente, sair disso, mesmo que por alguns minutos, costuma ser a melhor solução.
Focar apenas nas partidas e não em como está seu score, também ajuda, evita a euforia de estar x-0 e só pensar em um possível ID e premiação, quando ainda não é garantido, e evite o desânimo quando o o resultado é ruim. Para mim isso é mais grave porque tenho essa variação entre os games, se abro 1-0, já penso no top8, se abro 0-1, já penso no 0-2 drop. Focar apenas no jogo, como vencer essa match, como sidear, o que meu oponente tem e não tem, é o que sempre tento.
Ter objetivos pequenos, mas que podem escalar, é uma coisa que nos ajuda a não sonhar algo muito longe e que nos deixaria frustrado. Entender que fazer Day 2 é uma vitória nos ajuda a encara melhor esse último jogo quando estamos 5-3, e só depois da vitória pensar em entrar no prize, pro points, etc.
Magic é um jogo difícil e ter sua cabeça toda na partida é uma das suas grandes vantagens, então valorize um bom mindset.
Rudá joga Magic desde 2003, sendo que em 2012 começou a produzir conteúdo sobre o jogo, fazendo artigos, streaming e narração. Como jogador tem diversos resultados, destacando top8 no Magic Fest São Paulo em 2019 e participações no Regional Player Tour Europe e Kaladesh Championship.
Eu diria que as bad matchs nem são bad, são AKWARD mesmo aeiuaheiuahe, eu entrei pensando comigo: Meu deck é fraco e acho que não tem chance de enfrentar affinity, mesmo no pós side, porque é um deck MUITO rápido e injusto ( contra o meu ). Resultado? Primeira partida do D1, 2ª, 3ª e 5ª do D2 hahahaha, foda. Acrescentaria, no seu texto, não pensar muito bad matchs pq se não as atrai ahhahahhaa
Eu diria que as bad matchs nem são bad, são AKWARD mesmo aeiuaheiuahe, eu entrei pensando comigo: Meu deck é fraco e acho que não tem chance de enfrentar affinity, mesmo no pós side, porque é um deck MUITO rápido e injusto ( contra o meu ). Resultado? Primeira partida do D1, 2ª, 3ª e 5ª do D2 hahahaha, foda. Acrescentaria, no seu texto, não pensar muito bad matchs pq se não as atrai ahhahahhaa
Excelente Texto. Consegui controlar meu tilt no day 1. Deu certo. Fechei 6-2-1 vencendo a última partida. Day 2 abri 0-2 perdendo para 2 match que não ganho de jeito nenhum. Dai foi difícil. Joguei para cumprir tabela, fechei 2-4, onde a última simplesmente entreguei o jogo. TT_TT
Quando você entrou no "cumprir tabela", você meio que já jogou a toalha. O complicado do Modern é isso, as bad matchs são realmente bad e dá um baita desânimo quando enfrentamos eles em sequência.
Muito bom texto. O mesmo tema em outro âmbito: aconteceu comigo a mesma coisa num Campeonato de Tênis no fim de semana. A partida ia acirrada até o 4/4, quando eu errei um forehand fácil que vinha na minha mão, perto da rede e cometi uma dupla falta em seguida, perdendo o saque. Daí em diante fiquei remoendo o erro: "Se tivesse acertado aquele forehand, ou pelo menos não tivesse cometido a dupla falta, não estaria nessa situação...". A frustração vai te corroendo, e você passa a cometer erros ainda mais estúpidos. Saber se perdoar pelos erros é uma das maiores virtudes possíveis em competições.
Tênis e Modern tem uma grande ligação, na minha opinião, você tem que garantir o saque (good match) e tentar segurar o serviço (bad match). Em ambos, quando vamos mal no saque, o psicológico vai pras cucuias.
Tive até que logar no trabalho pra comentar. Ótimo artigo! Falar sobre os aspectos psicológicos do jogo é tão bom e importante, quanto os aspectos mais estratégicos. Esse artigo me lembrou muito os artigos do Will Jonathan, da CFB, que eu curto muito! Traga mais artigos desse tipo sempre que puder!
Obrigado 3 Os artigos deles são fantásticos, me ajudaram muito.
Curti demais o artigo e me identifiquei em alguns pontos hahaha.Confesso que fui muito largado pro GP-SP se comparado com a maioria dos relatos aqui postados ( treinos e mais treinos ). Sou um jogador bem casual, quase não jogo em nível competitivo por falta de tempo. ME inscrevi e fui participar mais pelo desejo de conhecer a competição do que almejando algo ( tanto que só fui saber do TOp64 ao final do Day1).Saí do trabalho no sábado às 7 da matina e já fui direto pra sp ( 1:20 de carro ) com um sanduiche no estomago e 1h de sono a madrugada. Primeira competição grande, atraso de quase 2h, logo de primeira partida pego a pior match possível pra mim ( Affinity ) e o 0-1 já me jogou pra baixo. Mesmo bravo pela match, como você, tentei botar a cabeça no lugar e encarar as próximas rodadas como se fosse uma jogatina mesmo, tive sorte de enfrentar adversários bem bacanas, que dava pra conversar e trocar ideia de boa ( salvo uma outra excessão, que vou te dizer.....). Consegui fazer 2-1, depois 2-2 ( as vitórias animaram, a derrota me botou no lugar hahahah) fiz 5-3 e já estava contente por saber que não ficaria negativo e não nego que minha cabeça estava explodindo de de dor, cansaço e fome já tavam agredindo, mas no fim, mesmo às vezes torcendo pro meu oponente ganhar ( ahahha, eu sei, eu sei) consegui vencer, sem problemas. E o Day2 me surgiu como algo muito inesperado, tanto que nem cogitava ir. Fui pelo apoio dos amigos. Mas, logo de cara, peguei um Valakut, me deixou chateado e 2 partidas em seguida contra Affinitys me deixaram tão puto que a vontade de dropar era imensa. Só continuei pra não desapontar nem a mim e nem a nenhuma outra pessoa, pq a cabeça já tava pilhada. No fim, um drop de outro jogador me deu a primeira vitória, e depois, contra um affinity ( finalmente ganhei uma!) e um counters-company me fizeram fechar o dia 3-3 (9-6 no total). E no geral, percebi que o mais importante não chega nem a ser o treino exaustivo, mas sim ter paciência e estar preparado fisica e mentalmente hahahah.Abraços
Travis Woo uma vez disse que torneios de Magic são maratonas físicas disfarçadas de maratonas mentais (era algo assim), estar preparado para um evento longo vai muito além de ter treiando match ups, é estar hidratado, alimentado e ter cabeça fria em siatuações de stress.
Obrigado a todos pelo feedback, espero trazer sempre mais conteúdo desse tipo.
[quote=kk3kk4=quote]Excelente Texto. Consegui controlar meu tilt no day 1. Deu certo. Fechei 6-2-1 vencendo a última partida. Day 2 abri 0-2 perdendo para 2 match que não ganho de jeito nenhum. Dai foi difícil. Joguei para cumprir tabela, fechei 2-4, onde a última simplesmente entreguei o jogo. TT_TT[/quote]Quando você entrou no "cumprir tabela", você meio que já jogou a toalha. O complicado do Modern é isso, as bad matchs são realmente bad e dá um baita desânimo quando enfrentamos eles em sequência.[quote=Hollow=quote]Muito bom texto. O mesmo tema em outro âmbito: aconteceu comigo a mesma coisa num Campeonato de Tênis no fim de semana. A partida ia acirrada até o 4/4, quando eu errei um forehand fácil que vinha na minha mão, perto da rede e cometi uma dupla falta em seguida, perdendo o saque. Daí em diante fiquei remoendo o erro: "Se tivesse acertado aquele forehand, ou pelo menos não tivesse cometido a dupla falta, não estaria nessa situação...". A frustração vai te corroendo, e você passa a cometer erros ainda mais estúpidos. Saber se perdoar pelos erros é uma das maiores virtudes possíveis em competições.[/quote]Tênis e Modern tem uma grande ligação, na minha opinião, você tem que garantir o saque (good match) e tentar segurar o serviço (bad match). Em ambos, quando vamos mal no saque, o psicológico vai pras cucuias.[quote=t_seixas=quote]Tive até que logar no trabalho pra comentar. Ótimo artigo! Falar sobre os aspectos psicológicos do jogo é tão bom e importante, quanto os aspectos mais estratégicos. Esse artigo me lembrou muito os artigos do Will Jonathan, da CFB, que eu curto muito! Traga mais artigos desse tipo sempre que puder![/quote]Obrigado <3 Os artigos deles são fantásticos, me ajudaram muito.[quote=BlindDefender=quote]Curti demais o artigo e me identifiquei em alguns pontos hahaha.Confesso que fui muito largado pro GP-SP se comparado com a maioria dos relatos aqui postados ( treinos e mais treinos ). Sou um jogador bem casual, quase não jogo em nível competitivo por falta de tempo. ME inscrevi e fui participar mais pelo desejo de conhecer a competição do que almejando algo ( tanto que só fui saber do TOp64 ao final do Day1).Saí do trabalho no sábado às 7 da matina e já fui direto pra sp ( 1:20 de carro ) com um sanduiche no estomago e 1h de sono a madrugada. Primeira competição grande, atraso de quase 2h, logo de primeira partida pego a pior match possível pra mim ( Affinity ) e o 0-1 já me jogou pra baixo. Mesmo bravo pela match, como você, tentei botar a cabeça no lugar e encarar as próximas rodadas como se fosse uma jogatina mesmo, tive sorte de enfrentar adversários bem bacanas, que dava pra conversar e trocar ideia de boa ( salvo uma outra excessão, que vou te dizer.....). Consegui fazer 2-1, depois 2-2 ( as vitórias animaram, a derrota me botou no lugar hahahah) fiz 5-3 e já estava contente por saber que não ficaria negativo e não nego que minha cabeça estava explodindo de de dor, cansaço e fome já tavam agredindo, mas no fim, mesmo às vezes torcendo pro meu oponente ganhar ( ahahha, eu sei, eu sei) consegui vencer, sem problemas. E o Day2 me surgiu como algo muito inesperado, tanto que nem cogitava ir. Fui pelo apoio dos amigos. Mas, logo de cara, peguei um Valakut, me deixou chateado e 2 partidas em seguida contra Affinitys me deixaram tão puto que a vontade de dropar era imensa. Só continuei pra não desapontar nem a mim e nem a nenhuma outra pessoa, pq a cabeça já tava pilhada. No fim, um drop de outro jogador me deu a primeira vitória, e depois, contra um affinity ( finalmente ganhei uma!) e um counters-company me fizeram fechar o dia 3-3 (9-6 no total). E no geral, percebi que o mais importante não chega nem a ser o treino exaustivo, mas sim ter paciência e estar preparado fisica e mentalmente hahahah.Abraços[/quote]Travis Woo uma vez disse que torneios de Magic são maratonas físicas disfarçadas de maratonas mentais (era algo assim), estar preparado para um evento longo vai muito além de ter treiando match ups, é estar hidratado, alimentado e ter cabeça fria em siatuações de stress.Obrigado a todos pelo feedback, espero trazer sempre mais conteúdo desse tipo.
Tanto é que a maioria dos times profissionais brasileiros, seja em qual fronte for, sofre de falta de preparação psicológica... conseguimos ver isso claramente, quando uma bola de neve se torna um 7 a 1. E-sports, Triatlon, tudo que o Brasil enfrenta, sofre do mesmo mal... começou perdendo, desiste! É falta de visão, falta de incentivo, falta de concentração! Tudo ligado ao imediatismo dos dias de hoje.
Já venci partidas que estavam ridículas de ruins para o meu lado e, mesmo com pensamento de perdedor, o simples fato de não desistir fez com que a luz do fim do túnel fosse vista :)
Tanto é que a maioria dos times profissionais brasileiros, seja em qual fronte for, sofre de falta de preparação psicológica... conseguimos ver isso claramente, quando uma bola de neve se torna um 7 a 1. E-sports, Triatlon, tudo que o Brasil enfrenta, sofre do mesmo mal... começou perdendo, desiste! É falta de visão, falta de incentivo, falta de concentração! Tudo ligado ao imediatismo dos dias de hoje. Já venci partidas que estavam ridículas de ruins para o meu lado e, mesmo com pensamento de perdedor, o simples fato de não desistir fez com que a luz do fim do túnel fosse vista :)
Curti demais o artigo e me identifiquei em alguns pontos hahaha. Confesso que fui muito largado pro GP-SP se comparado com a maioria dos relatos aqui postados ( treinos e mais treinos ). Sou um jogador bem casual, quase não jogo em nível competitivo por falta de tempo. ME inscrevi e fui participar mais pelo desejo de conhecer a competição do que almejando algo ( tanto que só fui saber do TOp64 ao final do Day1). Saí do trabalho no sábado às 7 da matina e já fui direto pra sp ( 1:20 de carro ) com um sanduiche no estomago e 1h de sono a madrugada. Primeira competição grande, atraso de quase 2h, logo de primeira partida pego a pior match possível pra mim ( Affinity ) e o 0-1 já me jogou pra baixo. Mesmo bravo pela match, como você, tentei botar a cabeça no lugar e encarar as próximas rodadas como se fosse uma jogatina mesmo, tive sorte de enfrentar adversários bem bacanas, que dava pra conversar e trocar ideia de boa ( salvo uma outra excessão, que vou te dizer.....). Consegui fazer 2-1, depois 2-2 ( as vitórias animaram, a derrota me botou no lugar hahahah) fiz 5-3 e já estava contente por saber que não ficaria negativo e não nego que minha cabeça estava explodindo de de dor, cansaço e fome já tavam agredindo, mas no fim, mesmo às vezes torcendo pro meu oponente ganhar ( ahahha, eu sei, eu sei) consegui vencer, sem problemas. E o Day2 me surgiu como algo muito inesperado, tanto que nem cogitava ir. Fui pelo apoio dos amigos. Mas, logo de cara, peguei um Valakut, me deixou chateado e 2 partidas em seguida contra Affinitys me deixaram tão puto que a vontade de dropar era imensa. Só continuei pra não desapontar nem a mim e nem a nenhuma outra pessoa, pq a cabeça já tava pilhada. No fim, um drop de outro jogador me deu a primeira vitória, e depois, contra um affinity ( finalmente ganhei uma!) e um counters-company me fizeram fechar o dia 3-3 (9-6 no total). E no geral, percebi que o mais importante não chega nem a ser o treino exaustivo, mas sim ter paciência e estar preparado fisica e mentalmente hahahah. Abraços
Curti demais o artigo e me identifiquei em alguns pontos hahaha.Confesso que fui muito largado pro GP-SP se comparado com a maioria dos relatos aqui postados ( treinos e mais treinos ). Sou um jogador bem casual, quase não jogo em nível competitivo por falta de tempo. ME inscrevi e fui participar mais pelo desejo de conhecer a competição do que almejando algo ( tanto que só fui saber do TOp64 ao final do Day1).Saí do trabalho no sábado às 7 da matina e já fui direto pra sp ( 1:20 de carro ) com um sanduiche no estomago e 1h de sono a madrugada. Primeira competição grande, atraso de quase 2h, logo de primeira partida pego a pior match possível pra mim ( Affinity ) e o 0-1 já me jogou pra baixo. Mesmo bravo pela match, como você, tentei botar a cabeça no lugar e encarar as próximas rodadas como se fosse uma jogatina mesmo, tive sorte de enfrentar adversários bem bacanas, que dava pra conversar e trocar ideia de boa ( salvo uma outra excessão, que vou te dizer.....). Consegui fazer 2-1, depois 2-2 ( as vitórias animaram, a derrota me botou no lugar hahahah) fiz 5-3 e já estava contente por saber que não ficaria negativo e não nego que minha cabeça estava explodindo de de dor, cansaço e fome já tavam agredindo, mas no fim, mesmo às vezes torcendo pro meu oponente ganhar ( ahahha, eu sei, eu sei) consegui vencer, sem problemas. E o Day2 me surgiu como algo muito inesperado, tanto que nem cogitava ir. Fui pelo apoio dos amigos. Mas, logo de cara, peguei um Valakut, me deixou chateado e 2 partidas em seguida contra Affinitys me deixaram tão puto que a vontade de dropar era imensa. Só continuei pra não desapontar nem a mim e nem a nenhuma outra pessoa, pq a cabeça já tava pilhada. No fim, um drop de outro jogador me deu a primeira vitória, e depois, contra um affinity ( finalmente ganhei uma!) e um counters-company me fizeram fechar o dia 3-3 (9-6 no total). E no geral, percebi que o mais importante não chega nem a ser o treino exaustivo, mas sim ter paciência e estar preparado fisica e mentalmente hahahah.Abraços
muito bom o artigo, ainda tenho muito a aprender em como lidar com isso, acho que estou melhorando... antes, era só perder a primeira que eu ia ladeira abaixo, agora já consigo me reerguer
muito bom o artigo, ainda tenho muito a aprender em como lidar com isso, acho que estou melhorando... antes, era só perder a primeira que eu ia ladeira abaixo, agora já consigo me reerguer